A Arma De Esther escrita por AnaTheresaC


Capítulo 37
Capítulo 37 - Vampira


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevi este capítulo a ouvir Be Still. Sim, é a música quando o Alaric morre na série. Muito triste: http://www.youtube.com/watch?v=J9_KjzyGebc



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Capítulo 37 – Vampira


Teresa entrou na enorme casa, correndo para os braços do loiro que a recebeu com ternura.

–Não pode ser…

–Vai ficar tudo bem. Prometo – garantiu ele, alisando os cabelos negros dela.

–Não, não vai! – gritou Teresa, explodindo. – Quero vê-la. Agora!

Klaus acenou, pegando na sua mão e levando-a até um quarto onde repousava Liliana. Parecia morta, sem um único movimento a mostrar que respirava, que havia vida naquele corpo.

E de repente, os seus olhos azuis abriram-se e ela ofegou. Olhou em redor, confusa, e ficou ainda mais confusa quando viu Teresa.

–Teresa… não pode ser… tu estás morta.

–Liliana, tiveste um acidente de carro – informou Klaus, colocando uma mão no ombro de Teresa, fazendo-a permanecer no lugar. – Lamento, mas Carlos não sobreviveu.

Os olhos azuis dela encheram-se de lágrimas. Abraçou-se a ela mesma e Kol apareceu na ombreira da porta.

–Irmão, tens que lhe contar a parte importante.

Klaus acenou e avançou devagar até á cama. Ergueu o rosto de Liliana, obrigando-a a fitá-lo.

–Liliana, tu também morreste.

–Mas eu continuo aqui! – exclamou ela, tremendo. – O que se passa, Klaus? Como é que tu e Teresa estão vivos? E quem é ele?

–Uma pergunta de cada vez – pediu ele, não olhando para Teresa e Kol. – Lembras-te quando fui ter contigo anteontem?

Ela acenou.

–Para confirmar que Teresa tinha realmente morrido. Mas ela está aqui!

–Sim, está – confirmou Klaus. – Eu menti-te. Era necessário. Lembras-te que me disseste que tinhas tido uma fratura nas costelas?

Liliana voltou a acenar.

–Dei-te o meu sangue para te curar. Fi-lo porque sabia que Teresa não iria suportar saber que estás magoada e ela não podia estar contigo. Então fui-me embora. E ontem, um camião veio para cima do carro que Carlos conduzia. Ele tentou desviar-se, mas por causa disso caíram numa ravina.

A loira começou a chorar compulsivamente, assim como Teresa que não estava a aguentar manter-se ali em pé, a ouvir tudo e sem poder consolar a amiga.

–Liliana, tu estás em transição.

–Não… - murmurou ela e olhou para a amiga. – Teresa… diz-me que isto é mentira. Diz-me que eu estou no Céu contigo.

Teresa negou com a cabeça, deixando escapar um soluço.

–Lamento, Liliana. Eu não estou morta, mas tu…

–Como? O incêndio acabou com tudo! Eu vi com os meus olhos! Céus, nós fizemos o teu funeral! Tu tens uma campa!

A morena voltou a soltar outro soluço e as lágrimas não paravam de escorrer pelo rosto de ambas.

–Eu ia ser ameaçada de assassinato. Não havia testemunhas que indicassem que eu era inocente e Esther estava cada vez mais próxima de mim. Tivemos que ir embora.

–Eu fiz o teu velório! – gritou Liliana, não sabendo se era a traição de ter sido mantida longe de tudo aquilo ou o medo. – Raios, todas nós fizemos!

–Lamento… - suspirou e limpou as lágrimas.

Liliana olhou para o moreno alto.

–E quem és tu?

–Kol – respondeu ele. – Irmão do Klaus.

A loira voltou-se para Klaus.

–Perguntas todas respondidas – afirmou ela. – Agora diz-me o que queres dizer com transição. E não me mintas.

Klaus acenou, paciente.

–Transição significa que ainda não és totalmente vampira, mas também já não és totalmente humana. Precisas de cumprir um ritual para acabar com a fase de transição: tomares sangue de um humano ou morrer.

–O quê? Não tenho poder de escolha?

–Tens duas hipóteses – reafirmou Klaus. – Tudo depende de ti.

Liliana olhou em pânico para Teresa.

–Também és uma vampira?

–Não.

A amiga acenou com a cabeça.

–E presumo que não queiras ficar sozinha no meio deles os dois.

–Por favor, não faças isto girar á minha volta. O que te aconteceu não tem nada a ver comigo.

–Verdade, mas tu continuas a ser importante para mim.

Teresa deu dois passos na direção da amiga, mas Klaus ameaçou com o olhar para não avançar mais.

–Não a vou matar, híbrido! – exclamou Liliana, indignada. – Ela é minha amiga!

–Acredita quando eu digo que os teus instintos vão todos mandar a tua lealdada para a cova assim que sentirem o cheiro do sangue dela.

Liliana olhou magoada para Teresa.

–Sou jovem, não estou preparada para morrer! Mas por outro lado, Carlos morreu. Teresa, como vou sobreviver sem ele? Ele é a minha alma gémea! Nós somos perfeitos um para o outro!

Soluçou alto e escondeu o rosto com as mãos.

–Liliana, tens que decidir – disse Klaus, afastando as mãos do rosto, obrigando-a a fitá-lo. – Mas esta decisão é só tua.

Ela engoliu em seco, percebendo a importância daquele momento. Então, depois de segundos de puro silêncio, acenou com a cabeça.

–Está bem. Eu torno-me vampira.

Um peso no coração de Teresa saiu de cima do peito. Respirou fundo e olhou para Klaus. Os seus olhares encontraram-se e falaram numa língua que só eles sabiam.

–Kol, fica com Liliana – mandou Klaus, pegando na mão de Teresa e saindo com ela do quarto. – Trata de tudo.

–Sim, irmão.

Klaus levou Teresa para um quarto grande e escuro, com uma cama de casal king size no centro.

–Agora dorme. Estás horrível, Teresa – comentou ele, entregando-lhe a mala de viagem e apontando para a casa de banho.

Virou-lhe as costas e andou decidido para a porta

–Espera! – exclamou Teresa, atirando a mala para o chão e correndo para o abraçar.

Ficaram por minutos abraçados, apenas apreciando a proximidade dos corpos.

Enquanto isso, Kol tinha acabado de entrar no quarto de Liliana com uma jovem mulher de cabelos castanho-escuros e olhos negros.

–Quem é? – perguntou Liliana.

–A tua refeição – respondeu Kol, mostrando os seus caninos afiados e a sua face demoníaca. Mordeu o pescoço da mulher, que gritou, mas Kol colocou uma mão na sua boca, abafando os seus gritos.

Liliana arregalou os olhos, assustada. Queria fugir, mas não tinha como.

Kol largou a mulher em cima da cama.

–É a tua vez – disse ele e Liliana olhou para a ferida aberta, com sangue quente e viscoso a sair.

Negou com a cabeça, mas o cheiro já lhe tinha chegado ás narinas. A sua mente queria aquilo mais do que alguma vez quis alguma coisa. Ela necessitava daquilo para sobreviver. Era uma necessidade primitiva, de predadora, que ultrapassava tudo o que ela alguma vez conhecera.

–Não… - murmurou ela, chorando. – Desculpa…

Aproximou os seus lábios na ferida e sugou aquele líquido. Uma dor nas gengivas apanhou-a desprevenida e gritou, afastando-se do corpo quase morto.

–Vai passar! – disse Kol, alisando os cabelos loiros de Liliana, soprando as suas palavras no ouvido dela. – Agora bebe mais.

Liliana voltou a olhar para a ferida e a necessidade daquilo cresceu. Voltou a sugar a vida da desconhecida, ouvindo o ritmo cardíaco diminuir e a sua fome diminuir. Quando sugou a última gota, ela tinha-se esquecido do seu próprio nome. Olhou para Kol e sorriu.

–Muito bem! – exclamou Kol, num jeito de aprovação e com um sorriso triunfante no rosto.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

O que acharam Liliana como vampira? Acham que ela devia de ter morrido? Meninas, RIP Carlos. Ele era muito lindo e muito fofo. Liliana está agora perdida. O que acham que vai acontecer?
Acham que ela e Kol deviam de ser um par amoroso?
NOVA FANFIC - Infinitamente Proibido: http://fanfiction.com.br/historia/338963/Infinitamente_Proibido/ageconsent_ok
XOXO