Alice estava seguindo mais uma lembrança, dessa vez, uma carruagem onde estavam Sebastian e o Ciel. Mas em sua mente ela só tinha uma pergunta que a chocava.

- francamente, coomo diabos você acabou servindo esse moleque?

Alice conseguia vê-los pela janela da carruagem. Ela pôde ouvir claramente o que diziam. O garoto abria um sorriso sarcastico...

- Quando o contrato daqueles dois terminaram, estava esperando pra ver o que você ia fazer. Você me fez rir, Sebastian, quando tentou me matar.

- Matar? do que ele está falando? - Alice ouvia surpresa com cada palavra. A expressão de Sebastian não era mais como antes, seu sorriso por mais que fosse falso ou não, não existia mais.

- Quando a sua vingança ficasse completa, eu receberia a sua alma. Foi por apenas isso que servi a você como mordomo.

- porém, eu ainda estou vivo. 

- Sim, está vivo. Não como humano... - O sol batia em seus rrostos enquanto Ciel mostrava seus olhos que agora não mostravam mais aquele brilhante azul, eles deram lugar aos olhos vermelhos que provavam sua nova vida. Como Sebastian disse, não como humano - ...mas como demônio. Naquele dia, Alois Trancy fez um contrato com Hannah Annafellows. Por isso eu...

"- Foi um modo estranho de me receber. Antes que eu pudesse acordar como demônio, você tentou me matar.

- Não, eu só queria confirmar se você tinha se tornado mesmo um demônio.

- Entendo. Tentou lidar com a situação da melhor maneira. Tal como um mordomo deve fazer. "

- Eu não poderei comer sua alma por toda a eternidade.

- Sim, e ainda -  Ciel retirou seu tapa olho e mostou a marca de seu contrato - Tal como eu lhe ordenei naquele labirinto de rosas...você será o meu mordomo por toda a eternidade.

- Sim... Eu respondi "sim" a essa ordem... - Sebastian tirou a luva de sua mão esquerda mostrando sua marca - Mesmo que eu não possa comer a sua alma...eu sou um mordomo e... - Seus olhos brilharam demonicamente - Eu sou um mordomo de um demônio.

- Então, por isso serviu ele... aquele pirralho - Alice sentia um pequeno ódio do Ciel, Sebastian eteve servindo ele durante todos aqueles anos. Alice não via mais aquele sorriso que ele tanto estampava no rosto, o sorriso de alguém que esperava ansiosamente pela alma do garoto. Para Alice, Ciel havia tirado a felicidade que um dia aquele demônio pôde ter. Alice continuou seguindo até que chegou no mesmo lugar que ela via em seus sonhos, havia rosas negras e brancas cobrindo todo o chão, e pétalas seguindo o curso dos ventos, tal como a última visão das lembranças que mostrava Ciel no colo do Sebastian próximos ao penhasco, mais uma vez aquelas lembranças se transformaram em pétalas negras que se juntaram às outras. Alice não sabia mais o que fazer além de esperar. Mas não durou muito tempo, quando se virou lá estava o garoto sentado tomando chá.

- Jovem Mestre, já lhe disse inúmeras vezes que não adianta, demônios não tem paladar humano. - Dizia Sebastian tentando convencer Ciel de desistir de tomar aquele chá

- Calado, temos visitas, vá buscar mais chá. - disse Ciel friamente.

Sebastian se curvou um pouco - Como desejar.

- Venha, sente-se, deve estar cansada depois dessa longa viagem até aqui - Ciel demonstrou um ar mais calmo com Alice, como um cavalheiro.

Alice agradeceu o convite e se sentou - Muito prazer, me chamo Alice  - Anotação: pelas imagens que vi, o nome daquela freira era Matilda, mas no anime estava Megda(eh, doidera) pena que não falaram o sobrenome dela.

- Igualmente Alice, desculpe a grosseria, mas o que faz por aqui?

- Estou procurando por alguém...

- Ah, é? e quem seria?

- Eu procuro por Sebastian Michaleis - Alice abaixou a gola da camisa de modo que Ciel pôde ver a marca - Ele é meu pai.

Ciel no mesmo instante cuspiu o chá de tão surpreso - O-o que disse?

- O que você ouviu - Alice ficou mais séria - Eu quero falar com ele.

- Bom, isso com certeza será divertido, como será a reação dele? - 17 anos se passaram e Ciel continua agindo como uma criança? Enfim, Ciel chamou Sebastian, disse a ele que a visita queria falar com ele e se afastou.

- Aonde vai, Jovem Mestre? - perguntou Sebastian

- Vou dar uma volta, algum problema com isso?

- Não, só peço que não se afaste demais, você as vezes é tão descuidado.

- Calado! vá falar com a visita - Ciel começou a sussurrar pra si mesmo - veremos quem é o descuidado agora...

Sebastian foi até Alice (finalmente..) e se sentou - Então, o que deseja falar comigo? - Alice ficou calada de tantas coisas que pensava, finalmente estava em frente ao seu pai, depois de tanto tempo o procurando lá estava ele. chegava a pensar se aquilo poderia ser uma ilusão, mas negou aquela ideia depois de tocar em sua mão apoiada na mesa - Humm.. senhorita?

- Ah? me desculpe. Bem não vou ficar enrrolando...bem... Há cerca de 17 anos você esteve em um convento e conhceu uma freira de cabelos longos e castanhos e olhos verdes?

- Humm - Sebastian tentava se lembrar - Ah sim, aquela garota gentil e um tanto tímida.

- Sim sim, bom... parece que deixou algo para trás...

- Do que está falando? A propósito, quem é você? - sebastian estava bem confuso.

- Bom... - Alice mostrou sua marca, idêntica a dele - Prazer em conhece-lo, papai. - Ao ouvir aquilo, sebastian quase caiu para trás, mas se conteve e apenas demonstrou surpresa. Ciel apareceu atrás dele com um sorriso largo de deboche.

- Quem é o descuidado agora? kkk

Alice explicou toda a situação, como foi sua vida nesses 17 anos, como ela decidiu procura-lo e sua jornada.

- Tudo isso pra me encontrar? e o que vai fazer agora? não tem como eu ir com você, estou preso ao Jovem Mestre pela eternidade.

- Eu sei, mas não vim aqui para pedir isso, no início, eu apenas queria saber quem você é, o que eu sou, mas agora eu peço que... me deixe acompanhá-los eternamente. Já que sou um semi-demônio que fugiu de casa, não tenho mais pra onde voltar, eu jamais seria aceita de volta, e nem quero. Por favor, me deixe ser um demônio ao seu lado, pai.

- Então já fez sua escolha, mas a decisão não cabe só a mim - Sebastian olhou para o Ciel.

- Ta ta, faça como quiser. Mas que fique claro, ser um demônio pode ser um saco. - Disse Ciel

- Eu não me importo, já que fianlmente poderei estar ao lado de meu pai, mesmo que tenha que aturar as ordens de um projétil de demônio como você, quero ver o sorriso no rosto do meu pai mais uma vez. - dizia Alice com um sorriso falso para Ciel, mas ao olhar para Sebastian, aquele sorriso foi mais sincero.

- Como é? o que disse? 

- Bom, você pode até ser mais velho do que eu, mas com esse corpo de 11 anos, você tá mais pra um PROJÉTIL DE DEMÔNIO - Sebastian começou a rir discretamente, afinal era um apelido que combinava com Ciel.

- Não abuse ein, eu não vou ser tão gentil assim. E quando eu fui transformado em demônio, eu tinha 13 anos.

- Uou, baixinho até pra idade, você tem carra e tamanho de 11, mas uma atitude de um velho rabugento. - No mesmo instante, Sebastian cobriu a boca de Alice com uma das mãos.

- Ok, agora já está abusando - Interrompeu Sebastian ainda rindo um pouco.

Ciel se acalmou - Humpf, tanto faz, vamos logo.

Alice tirou a mão do Sebastian da sua boca - CERTO, VAMOS NESSA!!! - Antes que Alice começasse a andar, ela sentiu algo peludo arrastando em sua perna.

- Kyaaaa você de novo, que susto Chu-chan - É, eu tava sem ideia pro nome do gato e decidi colocar Chu-chan porque eu acho bem fofo (nossa me sinto a Lizzy falando assim). Sebastian e Alice se agacharam e começaram a fazer carinho nele.

- Que ótimo, dois neko bakas (idiotas dos gatos).

- Então... vamos Chu-chan? - Chu-chan miou como se estivesse respondendo a Alice, e acho que estava. Alice fez uma cara fofa e implorou para convencer o Ciel que Chu os acompanhecem (e né que ela conseguiu). Os três, ou melhor, os quatro, sumiram com as pétalas que voavam cada vez mais e mais numerosas até que cobrissem toda visão do lugar. Alice finalmente havia encontrado seu lugar, sua felicidade, ao lado de seu pai. Aquela Alice que vimos no início da jornada estava morta. Agora só existia Alice Michaelis.

                    FIM

          *por enquanto*