Mais um dia como outro qualquer, Sebastian treinava Alice para se tornar um semi-demônio melhor enquanto Ciel preferia só observar e terminar os preparativos para poderem partir.

– Esse último golpe n foi muito bom, acho que devia descansar - Dizia sebastian suspirando - Daqui a pouco iremos partir

– Ta, mas antes de irmos, eu queria fazer uma coisa - Alice tentava recuperar o fôlego, ao se acalmar um pouco foi até Sebastian que perguntou:

– E o que seria? Espera... - Sebastian olhou bem para a Alice, e deduziu - Quer falar com sua mãe?

– PERA!? - alice se surpreendeu com tal dedução - VOCÊ LÊ MENTES?

– Não, foi só um palpite - Sebastian sorria e se gabava por ter acetado o palpite em cheio.

– Bom, é só uma visitinha, eu não disse um "adeus" descente a ela da última vez (É, daquela vez, eu apenas deixei um bilhete, com medo de ver sua expressão, afinal, sua cara não foi a das mais felizes quando eu disse que ia procurar pelo papai. Além disso, quero ver algo) - Alice estava de cabeça baixa e com a mente no passado até que Sebastian interrompeu.

Sebastian apoiou a mão no ombro da Alice, ele estava com um sorriso simpático - Bom, acho melhor pedirmos ao Jovem Mestre.

Alice olhou para o pai com um rosto confuso e desconfortável, e por um bom motivo - Por que chama o projétil de demônio de "Jovem Mestre" se ele nem é mais tão jovem assim?

Sebastian por um momento ficou pensativo - Pior que você tem razão - Ele voltou a sorrir com uma conclusão - mas são velhos hábitos, sem contar que eu sou bem mais velho do que ele.

Alice pegou um pouco de aguá pra relaxar um pouco - não deve ser tão grande assim a diferença - Alice acabou se dando conta de algo - mas você é um demônio, então talvez...- Alice se desesperou e o agarrou pelo smoking - QUAL A SUA IDADE?

– Pra ser sincero, eu até já perdi a conta.

– EH? - Alice se acalmou um pouco - Nem ao menos uma referência? - Alice bebeu um pouco de água

– Bom... - Sebastian pensou um pouco - Teve a peste negra que eu espalhaei...

Ao ouvir isso, Alice cuspiu a água imediatamente - TA BRINCANDO NÉ? Já faz mais de 500 anos que isso aconteceu. Só falta você me dizer que conheceu um faraó.

– Na verdade... -Alice o olhou seriamente quase assustada - na verdade eu já conheci.

Alice ficou de queixo caído, se virou, agachou-se depressiva e sussurrou - meu pai é uma múmia - Sebastian a olhava um pouco confuso, então Alice berrou ao perceber que.. - AAAAAAHHH, MINHA MÃE TRANSOU COM UMA MÚMIA!!!

Sebastian se sentiu um pouco ofendido mas percebeu que o que ela dizia fazia sentido - Bom, demônios tem uma vida beeeem longa.

– Deu pra perceber - Alice levantou-se se virou olhando atentamente para o pai e concluindo algo - Conservado... uma múmia bem conservada - Alice o cutucava com um ar deprimido enquanto ele continuava confuso.

Ciel surgiu ainda mais confuso - Quem foi a gracinha que gritou?

Sebastian suspirou - Foi só a Alice com seus pensamentos malucos. A propósito, ela gostaria de visitar a mãe antes de partimos.

Ciel suspirou de alívio por não ser nenhum problema - Ta ta, desde que não demorem

Imediatamente, ao ouvir a resposta de Ciel, Alice voltou a si, correu até ele e o abraçou - AAAAHHH valeu seu alfinete encapetado.

Ciel ficou vermelho. No início, Sebastian acho que seu jovem Mestre havia gostado do abraço, mas logo percebeu que ele estava mais era surpreso e logo em seguida com raiva - Me solta, ta me sufocando!!!

– Ah, desculpe, é que o papai me disse que você é bem mal humorado, então pensei que não fosse deixar, afinal, você é bem dependente do seu mordomo (acho melhor não mencionar o que ele me disse sobre o Ciel não saber amarrar os sapatos sozinho, se não ele pode mudar de ideia).

– Vamos logo, antes que eu mude de ideia - Ele havia ficado com raiva mas resolveu manter a calma.

– (ainda bem que eu não disse) - Alice estava aliviada por não ter continuado a falar tais coisas que Sebastian havia lhe contado - Então, VAMOS NESSA!!!

(no vilarejo)

Finalmente chegando ao vilarejo, viram a mãe da Alice saindo de casa, mas Alice esperou até que ela se afastasse e foi até a casa.

Sebastian e Ciel ficaram confusos - Mas, sua mãe está indo pra lá 

–Eu sei pai, eu só preciso ver uma coisa antes. - Mesmo confusos, preferiram ficar calados e seguirem ela. Em casa, Alice foi até o quarto da mãe - vamos, cadê? - Alice olhava em volta apressadamente, mas atentamente.

– Ei, o que está procurando? - perguntou Ciel.

Alice olhou mas um pouco e próximo a entrada do quarto viu uma porta, a abriu e sorriu - Ah, achei!!!

– O que é? Fale logo - Ciel estava irritado por ela ter ignorado a primeira pergunta.

– É só algo que estou esperando pra ver a um bom tempo - Era uma sala pequena com somente uma janela, e pelo jeito a única fonte de luz daquele quarto, estava cheia de quandros tampados com panos brancos, e uma cdeira bem no meio da sala. - Finalmente vou conseguir ver o que ela tem pintado nesses anos todos - ela puxou o pano de um dos quadros a sua direita e todos se surpreenderam, além de pintar bem, era justamente... um homem de somoking.

– S-Sebastian? Ela pintou o Sebastian? - Ciel ficou um pouco surpreso.

Alice resolver tirar os panos das outras pinturas, cada uma diferente da outra, porém, com somente uma semelhança, todas mostravam um homem de de cabelos um pouco bagunçados com pontas em um dos lados e usando um somoking. Em um deles, um dos maiores quadros, era somente o rosto, dava pra ver claramente que era o Sebastian.

Alice estava surpresa - Todos esses anos, ela esteve pintando o passado - Havia um outro quadro, que mostrava o dia da queda do convento e o Sebastian lutando com o Anjo

Ciel brincou um pouco - É, parece que você tem uma fã. - Ciel olhou para um quadro ainda coberto, próximo a cadeira - Ei, Alice, ainda falta aquele.

Alice tirou o pano do último quadro que faltava, mas dessa vez ele não era como os outros, naquele quadro não havia um homem de somoking, um convento sendo destruído, ou uma batalha entre anjo e demônio. Naquele quadro havia simplesmente uma pessoa... - Eu? Mamãe fez uma pintura minha? - Alice ficou muito feliz, mas as lágrimas começaram a caír. - D-desculpe mamãe, eu devia ter me despedido.

Sebastian apoiou a mão no ombro de Alice e sorriu - Essa é sua chance, ela está vindo.

– O QUE? - Alice saiu correndo deixando no criado mudo do quarto a foto que os empregados haviam lhe dado e um bilhete dizendo "Desculpe não ter me despedido decentemente antes, estou bem, não se preocupe - Alice. P.S.: O papai continua bonito". Os dois a seguiram. Fora da casa ,já distantes, Alice olhou para trás e viu sua mãe olhando para ela e Sebastian em lágrimas. Alice disse algo que ela não pôde ouvir mas a garota gesticulou tão bem que ela conseguiu entender.

– Adeus, Alice - Disse a mãe com um sorriso que conteu as lágrimas.