Ficámos sérios. Sabíamos que ninguém o iria denunciar, porque: para além de ninguém acreditar num monte de pirralhos de 11, 15, 16 e 17 anos, era o pai dela. Sabíamos que isso ia afetar a vida dela, quer ela goste dele ou não, sabíamos que Voldemort podia matá-la (e a
todos nós, já agora…). O Silencio permaneceu. Durante aqueles momentos pude rever na minha cabeça a invasão da minha casa. Era tão óbvio! O Draco era igualzinho a ele, apenas não tinha aquele cabelo de bicha. Cabelos loiros claros, pele mais pálida que um morto e olhos cinza e sem vida. Ao contrário de Dada, claro. E o sorriso dele ao ver o meu sofrimento, aquela malvadez, aquelas risadas, como se o meu sofrimento lhe desse felicidade. Aquela expressão louca e perigosa da Bellatrix (descobri que era assim que ela se chamava) invadiu a minha mente. Ela ainda ria com mais insanidade e gosto que o pai da Dada, só lhe faltava bater palmas. Será que ela sabia onde andava a tia dela. Será que ela sabia que eles eram comensais?

- Calma, não vai acontecer nada. Eles vão apanhar a Bellatrix e nós vamos destruir Voldemort. E tudo vai acabar bem, ok? -  falou Padma.

- E ninguém que se aproxime dos meus amigos sai para contar a história. – terminou Harry me abraçando, como quando eramos pequenos. Eu cuidadosamente me soltei dos seus braços e fui até Dada.

-Tens todo o direito de não falares comigo. E de me odiares. E de denunciares o meu pai e a minha família aos aurores.  – falou Dada. Era óbvio que eu não a ia entregar.

-Ouve lá… Tu tens o quê na cabeça, cocó de hipogrifo?! É óbvio que eu não te denuncio! – falei eu abraçando-a. Em segundos estava-mos todos num abraço de grupo torto e estranho.

Passado alguns segundos Lino, Fred e Kathy chegaram, com Samantha.

- Cherrý, eu preciso de te contar uma coisa… -  começou Dada, que foi interrompida por Kathy.

-Ela já sabe, o Lino obrigou o teu irmão a contar-lhe.

- Eu juro que não sei o que o meu pai te fez, mas seja o que for, desculpa. Por favor, perdoa-me.

- Tu não tens culpa… Afinal, somos amigos, certo?

-Certo! – falámos todos juntos.

- Somos um grupo estranho de amigos que sabem lidar com as suas diferenças! Viva à paz! -  falou Ron.  WTF?!

- E amantes, não esquecer dos gémeos e do Lino. -  acrescentou Demi.

-Isso aie! Essa noite você é minha, gostosura. – Falou Lino fazendo um gesto felino para George. WTF?!

- Eu vim parar num bando de loucos…

- Você sozinha é mais louca que todos nós! – disse Charlie.

- Olha o respeitinho! -  falei rindo -  eu não sou louca!

- É bipolar! -  concluiu Simas.

- Como eu disse para o Cachinhos, sou e com muito gosto! -  terminei. E eles me olharam com uma cara “WTF?!- que-raio-é-um-cachinhos?”

- É o Sirius, padrinho do Harry. – explicou Mione.

Dada estava ainda muito calada. E Jessy também. Mas acho que ela ainda deve ser por causa da carta do seu pai.

- Vamos almoçar? – perguntou Victor

-Nãoooooooooo! Muita preguiça... – falámos nós, raparigas e Charlie.

- Rapazes, já sabem o que fazer! -  gritou Lino, pegando Padma no colo como se fosse um saco de batatas.

Ron pegou na Mione – Porquê? Adora irrita-la. Era deve ser masoquista, deve gostar de levar porrada, só pode…

Fred pegou na Cherrý, o que fez com que ela deixasse de estar triste e começasse a dar-lhe murros na cabeça. Cedrico pegou na primeira garota que viu ( Kathy) e Victor pegou em Dada. Ele é forte, bem que podia levar a Vati, tadinha… Mas só levou a Dada. Ernie pegou em Beka que gritava, Simas em Ally ( o que fez Charlie o fuzilar com o olhar), acredite quem quiser, Demi pegou em Harry, que estava com preguiça, mas ela não. Ela é forte ú.ú

Luna e Neville foram andando com Jessy, Vati e Charlie a conversarem. A andar todos, calmamente. Dino pegou em Ginny e (capeta dos infernos, Merlin me odeia, só pode!) George pegou em mim.

- DINOSSAURO,ME AJUDA! LARGA A RUIVA NO CHÃO E ME SOCORRE. ESSA RUIVO SURTOU!

Mas ninguém me ajudou TT^TT

Ele correu com Ginny e George, safado, se ria enquanto eu lhe batia e gritava. Todos os alunos olhavam para o bando de retardados de andavam a correr com raparigas violentas e histéricas aos ombros.
Nota mental: Matar Lino pela ideia, matar George por me carregar no ombro, matar Ginny por estar no colo do dinossauro, porque como ela estava ao ombro dele, ele não me ajudou (TT^TT) e o Dino por não me ajudar. Quando chegámos no salão principal e eles nos largaram por causa das reclamações dos professores no sentámos todos na mesa da Grifinória. Isso mesmo. Muitos Grifinórianos, uma sonserina, 4 lufanos e 5 corvinais, visto que também chamámos a Cho. Alguns grifinórios ficaram fora dos bancos para nós ficarmos todos juntos. Eramos 26 no total.  Claro que passamos o almoço a bater nos rapazes, mas tadinho do Lino, foi quem levou mais. Ninguém mandou ter ideias de merda… Mas o clima ainda estava tenso. Então eu sorri.

Em caso de sorriso de Carla Miranda fuja a sete pés e não pare enquanto não chegar ao outro lado do mundo. Evite espaços fechados ou contacto visual. O seu seguro de vida não cobre incidentes causados por Cami’s

Aviso dado!

- Fred, me diz que a Cami não sorriu… - falou George.

-SALVE-SE QUEM PUDER! – gritou Charlie.

-Novamente, olha o respeitinho pirralho!

- O que se passa? – perguntou Ernie.

-Vou animar-vos. – e dei o meu sorriso mais demente possível.

Eles que se preparem…