A semana passou a correr. Charlie saiu da enfermaria e Cho andava a evitá-lo. Ally andava muito preocupada com o irmão, que parecia cada vez mais em baixo. O professor de DCAT ainda não tinha aparecido, e já havia a suspeita que este ano não tivessem conseguido
professor. Kathy estava cada vez mais estranha, por causa dos Weasleys, mas eu ainda não sabia porquê…  Jessy andava cada vez mais distante de todos nós, e nosso maior medo aconteceu quando ela começou a falar com o Malfoy. Isso mesmo, o imprestável do gémeo da Dada! Cherrý andava muito mais connosco, e muito mais livre Descobrimos nela uma
pessoa agradável e divertida. Fred falava muito com ela. E eu comecei a andar mais com Lino. Rapaz divertido, mas eu tenho a certezinha absoluta que ele tem uma queda pela Padma, da Corvinal. Queda, não. Escorregão gigantesco! Só falta babar! (Correção: Ele já se baba) Dada andava a chegar atrasada ao pequeno-almoço e eu acho que é de propósito. Ela tem andado a fugir do correio, coisa muito estranha. Hermione, Ron e Harry andavam sempre colados e a mudar a conversa quando alguém chega. Muito misteriosos… Beka andava colada a Vati (Parvati) e Demi, que continuava um pouco misteriosa. Conclusão: A semana está estranha e o mistério paira no ar. E hoje voltaríamos a tentar ter uma aula de DCAT,
esperando que algum professor desse o mínimo sinal de vida. E amanhã teria minha detenção com o Seboso.

Fomos informados que uma professora chegou mas ninguém a viu nem sabe o nome. Em vez de nos dar uma aula por ano e casa ela escolheu alguns alunos ao calhas de todos os anos e casas, pelo que
fomos informados em papeis espalhados pela escola, ela queria fazer uma
experiencia com bichos-papões. Meus amigos em explicaram que são bichos sem forma que assumem o nosso maior medo. E tem um feitiço para transformar o nosso bicho-papão em algo comigo e divertido. Contaram-me que o maior medo do Neville foi, e ainda é, o Seboso e que ele o vestiu com as roupas da sua avó. Hilariante! Não irei perder por nada! Ele bem que podia por o Snape a dançar funk. “Vamos para o cabaré” seria uma boa opção músical… “Riddikulus” é o nome do feitiço. Chegámos na sala, muito grande e ampla, apenas com um armário no
meio da sala. Logo vi que estavam ali: primeiro ano de Lufa-Lufa, 5º ano da Lufa-Lufa, Corvinal e Grifinória, 6º ano da Corvinal, Sonserina e Grifinória e 7º ano de Grifinória e Corvinal. Reconheci todos os meus amigos ali, menos Cho, porque a Corvinal do 1º ano não estava ali. Passado algum tempo uma mulher com longas vestes negras e arrepiantes entrou na sala e o clima gelou. As suas feições me fizeram pensar na hora: esta eu não vou irritar. Não vai ser como com a vovó irada, que, pode não parecer, mas tenho imenso respeito e admiração. Mas esta é mesmo por medo.

- Aqui dentro se escondem bochos-papões. Eles adquirem a forma daquilo que vocês mais temem. Um simples feitiço “Riddikulus” e pensarem num modo engraçado de mudar a figura que estará na vossa frente fará com que isso aconteça. Senhor Potter, não quero que você faça o exercício, porque já fui informada que o seu medo são Dementadores, e ter um aqui na escola não será muito agradável.  -  falou ela rapidamente na sua voz seca, fria e inexpressiva, um pouco parecida com a do Seboso.

Harry colocou-se num canto da sala, se preparando para ver. Ela começou com o primeiro ano. Não liguei muito até ser a vez de Charlie. As portas do armário se abriram e de lá saiu Alice (ou uma cópia dela) o que fez com que a verdadeira Ally arregalasse os olhos. Mas aquela Alice estava triste, se deitou no chão e chorava, alto, e cada soluçar daquela
falsa Alice fazia com que Charlie se mostra-se incomodado e nervoso.

- Riddikulus! -  ele disse quando finalmente ganhou um pouco de coragem e lhe passou o choque inicial por aquela falsa Alice ser tão parecida com a verdadeira, parecer tudo tão real.

Então a Alice falsa se levantou e ria, a sorrir, o que fez, inevitavelmente quase todos sorrirem. Daqueles sorrisos contagiantes. Menos claro a professora, que pelos cochichos descobri que se
chamava Anna Wilson.  Ela tinha cabelos muito negros, apanhados muito firmemente na cabeça, pele pálida e um olhar cinzento sem sentimentos, muito parecido com o de Draco Malfoy. Só que muito menos tristes que os dele. Depois ela passou para o 5º ano. Novamente só prestei atenção em Ally, Luna e Ginny.  Em Ally foi um palhaço gigante, que pareceu assustá-la bastante. Com o feitiço ele virou uma flor colorida. Com Luna era (acredite quem quiser) zonzóbulos. A professora arregalou os olhos e disse que era muito raro. Eu não vi nada, mas o clima pesou, isso foi notado. O.o Afinal ela não pirou. Apartir de agora ela merece meu respeito. Uau! Como feitiço o clima ficou leve e ela disse que os zonzóbulos desapareceram. Estranho… Com Ginny foi diferente. Foi como um filme. Apareceu uma “tela” do tamanho dela que nos mostrou uma Ginny com cerca de 11 anos e chorar e a ser torturada.

- Eu não quero matar ninguém! – ela gritava- Eu não queria esse diário!

-Não devias ter-te metido com Tom Riddle. Ou pelo menos, uma memória dele…

Tom Riddle. Era Voldemort. Eles depois vão ter de me explicar isso. Harry engolia em seco e Ginny estava a ser amparada por Luna e estava tão pálida que parecia que ia cair a qualquer momento.  Depois de muito esforço ela gaguejou o feitiço e mudou tudo. Comos e tivessem colocado um novo filme. Harry com cerca de uns 11/12 anos estava a salva-la, um elfo estava muito feliz a dizer que Harry Potter o libertou, ela estava a divertir-se com Luna e com Ally. Ela estava a praticar feitiços com muitos alunos. Alguns amigos nossos, numa sala que não reconheci. Ela estava feliz. Lancei um olhar cúmplice para Ginny e Harry como “depois-me-contas-ou-vais-ser-avada-kedavrado/a- ok?” e prestei mais atenção, afinal ela o meu ano.  Ela fez a todos os Sonserinos e eu fartei-me de rir quando vi que o maior medo de Draco era Pansy. E o maior de Zabini era Draco. Bela amizade… Faltava Cherrý, mas a professora disse para ela aguardar,
pois queria fazer umas coisinhas com os Lufanos e Corvinais. O maior medo de Cedrico era um dragão gigante. Que o pobre coitado ganhou um tutu rosa e blush laranja. O bicho-papão de Ernie assumia a forma do Barão Sangrento, fantasma da Sonserina, fazendo os alunos dessa casa rirem. Rapidamente ele ganhou um vestido de princesa vermelho, uma trela e ladrava para Ernie. (É só impressão minha ou isso é fetiche dele? O.o) Passaram para os Corvinais. Padma também tinha medo de palhaços, mas este transformou-se numa bailarina dentro de uma
caixinha de música gigante. Já Jessy tinha medo de aranhas. Uma aranha
gigantesca, que fez Ron empalidecer. Não me digam que ele também tem medo de aranhas… Às vezes ainda me pergunto se o nome dele não será Ronalda… Rapidamente Jessica transformou a aranha numa borboleta. Chegava a última Corvinal, Beka, que seu bicho-papão era um rapaz aparentemente mais velho que ela (pode ser irmão…) a ser atacado por uma aranha (esse povinho de Hogwarts deve ter todo fobia de aranha…) e ela, num impulso de raiva, e não de medo, lançou o feitiço que fez o rapaz crescer metros e fazer a aranha fugir para longe…

-Grifinória!

Chegou o Neville. Eu não vou perder isto por nada. De repente o nosso Seboso apareceu e mudou de roupa, usando uma roupa de velha, muito cómica, que me fez desmanchar a rir. Depois foi Ron. Eu sabia
que ele tinha medo de aranhas! Era uma gigantesca que graças ao feitiço ganhou patins e caiu no chão.

- Foi um trauma que sofri no 2º ano! -  falou-me ele para ver se eu parava de rir. Conclusão: ri ainda mais.

Vati “recebeu de presentinho” uma cobra gigantesca que passado algum tempo virou uma minhoca. Aconteceu a mesma coisa com Kathy, mas a cobra dela virou uma formiga. Tão cute… Quando chegou a vez de
Dada eu vi que o traste do irmão dela estava a zoar ela com alguns Sonserinos. Reuni todas as minhas forças para não lançar Crucios neles. Do armário saíram sombras negras que a rodeavam. O clima estava pesado e foi como se uma sensação estranha nos invadisse. De estarmos sozinhos. Era esse o maior medo dela. A solidão… Com o feitiço as sombras desapareceram e um vento leve e uma luz agradável tornaram o ambiente confortável. Chegou Demi . Me assustou um pouco: saíram cópias de todos nós (que estávamos do trem juntos) e por momentos pensei que ela tivesse medo de nós. Mas não, “nós” começamos a cair no chão, sem vida. Era esse o maior medo dela. Perder-nos. De um momento para o outro (com o Riddikulus) nós nos levantámos e começamos a dançar. As raparigas dançaram danças de salão umas com as outras (porque raio eu estava a dançar o tango com a Mione?!) E os rapazes dançavam dança do ventre. Eles (os verdadeiros) pareciam procurar um buraco para esconderem a cabeça. George e Ron dançavam com roupa e tudo, um ao lado do outro.

Em caso de estar mais de um dia em contacto com Demeter Loregarde se afaste bruscamente ou as consequências poderão ser dançar o tango com suas amigas ou dançarem a dança do ventre em frente a centenas de alunos.

Aviso dado! Depois de nos recuperarmos da sessão risos/vergonha foi Mione (corajosa…).

Maior medo dela: A professora Minerva lhe dizer que chumbou a tudo. -_-‘

Merlin, que mal fiz-te eu?! Ela parecia assustadíssima (credo…) mas com o feitiço as suas notas estavam no máximo e a professora lhe
sorria. Miúda estranha…  Vou seguir com os medos:

Victor: uma mulher baixinha e velha (que presumi ser a sua avó) a dar-lhe um sermão em búlgaro e a puxar-lhe a orelha. Meu queixo caiu, desta eu não estava à espera… Com o feitiço a velha largou-o, calou-se
e começou a dar-lhe ouro. (esta gente tem problemas. Novamente: Merlin, que mal fiz-te eu?!).

Simas: Uma mulher meio- transparente como um fantasma de cabelos brancos e olhos vermelhos a gritar e chorar sem parar. Era tão irritante. Apeteceu-me dar-lhe um par de chapadas para ver se calava-se. Com o feitiço ela começou a cantar Hakuna Matata, com a sua voz aguda e irritante. ( Os teus problemas são para esquecer. Pra sobreviver, tens
de aprender, HAKUNA MATATA! – que foi? Sou fã ú.ú)

Dino: Um Jornal. O profeta diário, era o seu medo. Então ele leu-o.

“ – Família Thomas, trouxa, foi brutalmente assassinada, deixando apenas um único sobrevivente que terá de viver com a dor da perda de toda a sua família, Dino Thomas.”

O silêncio se instalou. Com o feitiço a noticia muda para:

“- Dino Thomas, o bruxo mais rico, bonito e poderoso se torna diretor de Hogwarts!”

Então ele se acha todo gostosão. Pobres gémeos, vão perder sua amante favorita (Lino) para o Dinossauro.

Ela chamou por Cherrý, que se apresentou em frente ao armário. De lá saiu uma doninha. ESPERA! Eu conheço a doninha! Ela estava em minha casa com a bicha-histérica!

Cherrý estava pálida e tremia, assim como Dada e Draco. Estranho… Alguns alunos (entre eles os Weasleys, Harry e Mione) se mostravam confusos. O Bicho-Papão/Doninha loira se aproximava dela.

-Estás bem? -  perguntou Harry. Reparei que estava estática.

-Ele estava em minha casa no dia do ataque. Com a bicha-histérica. – falei eu. Enquanto alguns falavam com Draco e Dada vi Cherrý a desfalecer (provavelmente de medo) no chão.

-Samantha! -  gritei e corri na frente dela, varinha em punho. Já alguns alunos socorriam Cherrý. O bicho papão mudou de forma, para a
bicha-histérica. A que em atacou. A que tentou roubar meu medalhão. A que me torturou. Uma das poucas pessoas que tenho medo. Mas sinto que já a conhecia. Que ela já me havia magoado antes, mas eu não me lembrava dela. Eu suava e tremia, estava pálida certamente. E o bicho-papão ria, com aquela voz histérica e demente dela. Tinha de me concentrar. Não era real. Mas já sentia minhas pernas enfraquecerem. Chão, prepara-te que eu vou dar uma de bela adormecida. Vi que minha mão que segurava a varinha tremia muito.

-Cami? – Harry falava.

Deixei minha varinha cair e me preparei para bater no chão com força. Mas Demi me manteve de pé. George se colocou na minha frente e a bicha virou o Fred, com uma espada no peito ensanguentado.

- Uau irmãozinho, tua compaixão comigo me comove. – ainda ouvi Fred dizer.

Em alguns segundos o Fred voltava para dentro do armário a cantar “Ai se eu te pego” e a fazer uma dancinha estranha.  A professora mandou todos sairmos aos gritos e nem deixou a aula acabar. Cherrý acabou por acordar e eu me recuperei do choque, mas ainda tremia.

-O que se passou lá dentro?  - todo o nosso grupo ficou ali no corredor. Cherrý começou a chorar e saiu dali disparada, com Kathy, Fred e Lino a correrem atrás dela.

-Fala Cami. -  disse Dada, um pouco pálida.

- Porque é que o teu bicho-papão é a mais recente fugitiva perigosa e mortal de Azkaban? -  falou Cedrico.

- E minha tia! Infelizmente… - falou Dada. ERA TIA DELA?!

- Para tudo… A BICHA HISTÉRICA É TUA TIA?! – gritei-lhe.

-Bicha histérica?

- Sim! Ela atacou minha casa e me torturou! Ela e a Doninha Loira da Samantha!

Daena se agarrou a Vati.

- Não… Isso não… -  ela murmurava.

POV 3ª pessoa:

Fred apanhou Cherrý e Lino arrastou Draco até lá.

- O que se passa? -  perguntou Draco sem vontade.

Lino arrastou-o para um canto.

- O teu pai é o bicho-papão dela, e tu vais dizer-lho!

-Porquê?

-Ou és tu ou a tua irmã, escolhe. – pela primeira vez, ele falava a sério.

Fred encarou Cherrý, que limpava as lágrimas.

- Eu sei quem é o teu bicho-papão. – ele disse sério.

- Q-Quem é? -  perguntou ela.

- O meu pai. -  disse Draco saindo do canto com Lino.

Cami POV:

- O que se está aqui a passar afinal?  - perguntei eu incomodada, porque: eles me viram frágil e fraca e estavam me escondendo algo.

- Para além de a minha tia ser uma fugitiva de Azkaban, ter-te torturado e o meu pai estar lá, nada não…

- O TEU PAI?! – gritei.

- Fala mais alto que a mãe dela ainda não te ouviu. -  falou Jessy.

- Isso prova uma coisa… -  falou Neville.

- O Senhor Malfoy… -  começou Beka.

- É um comensal… -  terminou Ginny séria.