Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 41
Enfim, um saldo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo novo, espero que gostem......

E já agradecendo a Gabiluz e a Gabi Hiddles pelas fofíssimas recomendações!



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Ao fim de todo conflito, os elfos negros se renderam, Thor, Loki, Sigyn e Sif descobriram ainda no castelo que a rainha dos elfos negros, Alflisse estava aprisionada no calabouço. Assim que a libertaram ela lhes contou o que havia acontecido. Tempos antes, após a derrota para Bor, pai de Odin, os elfos se reclusaram por muito tempo, até que a então rainha é convencida pelo feiticeiro Malekith de que eles deveriam atacar Asgard e se vingar. Então quando Alflisse se convence das palavras de Malekith ele a trai e a prende no calabouço, intitulando-se o novo rei de Svartalfheim.

Em suma a rainha nada tinha a ver com os planos malignos do elfo bruxo, sendo mais uma vítima, tal como o próprio povo daquele reino que também fora enganado, e agora teria que se reconstruir outra vez. Loki usando de sua esperteza por ter ajudado a rainha a sair de sua prisão ganhou muitos pontos positivos com ela, os asgardianos normais não o fariam, mas ele não era um asgardiano, não totalmente, e por isso a rainha selou uma trégua longa, pois ambos os povos jamais se dariam bem mesmo.

Após a vitória todos retornaram para casa, ou melhor para Asgard. Todos comemoram a vitória, Frigga empolgada já foi logo providenciando um belo banquete e também deu uma bela bronca em Sigyn por tê-la deixado preocupada. A garota é claro riu completamente sem graça, já Alvim quando a viu só quis saber de abraça-la e claro também queria que ela lhe contasse sobre a batalha e quantas cabeças ela havia flechado, Nina lhe contou que havia acertado uma bruxa má bem no meio da testa.

E por falar em Amora, sua irmã Lorelei ficou sabendo por meio de Frandal que a feiticeira havia sido morta. A ruiva ficou triste, Amora apesar de tudo era sua irmã, Nina ao encará-la sentiu um certo desconforto.

– Irei entender se me odiar – disse a vanir.

Lorelei apenas deu um sorriso sincero.

– Não a odeio Lady Sigyn, na verdade minha irmã teve o que procurou, milady estava em batalha e apenas fez o que deveria fazer.

– Eu sei, mas mesmo assim, isso não era muito meu feitio, sua irmã me fez muito mal, e não sei se vou perdoa-la algum dia, mas certamente eu queria esquecê-la.

– Sim, de fato que ela lhe fez –Lorelei tinha um sorriso triste no rosto – e me envergonho por isso. Torço muito para que a milady a esqueça, mas... eu também queria pedir perdão em nome de minha irmã.

– Obrigada Lorelei – Nina segurou as mãos da jovem – obrigada pela consideração, você é bem diferente dela...

– Nunca fomos parecidas milady – Lorelei suspirou – o importante é que no fim tudo terminou.

No dia seguinte o castelo se encontrava em grande agito, todos os servos iam de um lado para o outro enquanto Frigga dava as orientações, no pátio do castelo pessoas iam e viam, ora segurando rolos de tecido, ora arranjos de flores perfumadas além de muitos barris de hidromel que estavam sendo estocados para a festa e carne, muita carne. Asgard também pareceu ter acordado de cabelo em pé, até porque não era todo dia que se via gigantes de gelo passeando pela cidade de forma civilizada, eles seriam gratificados pela ajuda significativa que havia dado durante a batalha.

Odin estava na varanda do palácio observando a as engraçadas interações entre gigantes e aesir, alguns se tornaram amigos depois da batalha, tal coisa jamais teria acontecido se não fosse pela ideia maluca que Loki teve. E por falar em Loki, ele fez apenas uma coisa depois que voltou da batalha: dormiu. E dormiu bastante, enquanto todos se encontravam acordados, o trapaceiro de Asgard se escondia entre os lençóis, Sigyn estava ali com ele o observando dormir, a garota já havia acordado e tomado café. Foi então que ele acordou dando um longo bocejo para depois então fitar o rosto de sua esposinha.

Uma batida na porta. Alvim entra sem cerimonias cantarolando uma música élfica, Nina ri e Loki faz uma expressão rabugenta.

– Até que enfim ele acordou - disse Alvim dando um pulo na cama – Nina disse que quando você chegou desabou na cama e não falou mais nada!

– Ficaria agradecido se você parece de pular - Loki falou arrastado.

– Credo! O senhor tá parecendo um velho desse jeito!

Loki apesar do olhos sonolentos fez uma careta atravessada para Alvim.

– Quem você tá chamando de velho aqui pirralho?

– O senhor, quem mais seria? – disse a criança.

– Ora seu... – Loki agarrou o menino e encheu de cocegas.

– Quem é velhinho agora?

Alvim ria sem parar, Nina apenas fitava os dois divertida, porem seu semblante logo se entristeceu, deixou os dois brincando e foi para a varanda do quarto, sentada próxima a beirada, escorando a cabeça na parede, ela não viu, mas Loki percebera. Os olhos turquesas miravam o céu, perdidos, divagando por um estranho vazio que a jovem sentia, a experiência sombria de ter perdido o seu pequeno bebê ainda lhe era muito dolorida, a culpa ainda martelava em sua mente, sentia-se mal por não ter tido a chance de proteger o filho que fora tirado de si. Uma lagrima solitária pendeu de seu olho e um polegar a limpou, e só então Nina percebeu que Loki estava bem ali a sua frente, lhe fitando com certa preocupação.

– O que há pequena?

– Nada é que.... – a jovem não conseguiu se conter e acabou chorando, e Loki prontamente a abraçou. Alvim que observava a cena se sentiu confuso.

– O que a Nina?

– Eu não sei pirralho – disse ele enquanto massageava os cabelos alaranjados da jovem – Nina, aconteceu alguma coisa?

Porem a garota não conseguia dizer nada, as palavras não saiam direito da boca.

– Eu... eu, sinto... tanta culpa... – ela repetia enquanto as lagrimas desciam grossas de seus olhos – p-pelo... bebê...

– Shhh – Loki colocou o dedo em seus lábios – não diga isso...

– Mas, é verdade...

Loki virou para Avim.

– Chame minha mãe, rápido!

A criança elfo saiu correndo o mais rápido que podia pelos corredores do Valhala, Loki imaginava que talvez Frigga ajudasse sua esposa a se sentir melhor, embora não entendesse de sentimentos femininos, o mais provável, acreditava Loki, era que Nina precisava chorar tudo o que ainda não tinha chorado, era plausível, afinal depois de todo aquele momento fatídico, a menina mal teve com lamentar a perda do filho, e talvez agora todo esse sentimento tivesse vindo à tona de vez. Já para ele pereceu mais fácil superar, pois na lógica de Loki, ele e Nina poderiam ter outros filhos, mas ele entendia que ela era diferente de si, sua natureza não era fria como a dele.

Frigga chegou no quarto preocupada e Loki deixou nora e sogra sozinhas no quarto sindo acompanhado de Alvim.

A rainha de Asgard agora abraça Nina.

– Chore bastante querida, chore o quanto quiser – a mulher disse amável – mas não se martirize com a culpa.

– Se... eu tivesse ouvido a senhora... – a jovem falou com a voz embargada.

– Não, não diga isso – disse a rainha – sabe, certas coisas ruins acontecem, para que venham coisas boas. Ás vezes algo de precioso nos é tirado, mas o destino quase sempre trata de nos presentear com um milagre, com algo tão ou mais precioso do que aquilo que nos foi tirado.

– Eu tento ´pensar assim... mas, quando vejo, eu me sinto tão cruel.

– Você precisa superar essa dor – disse Frigga – precisa seguir em frente. A vida é como uma corrente de agua, ela não volta atrás. Pode ser que eu não compreenda totalmente a sua dor, mas tenho certeza de que você será presenteada de maneira maravilhosa.

Nina fitou Frigga curiosa.

– Sigyn, eu vi o seu futuro hoje pela manhã – a rainha lhe acariciava o rosto – você terá filhos lindos, será uma mãe maravilhosa, e não demorará muito para isso.

Sigyn enxugou os olhos com a mão.

– Verdade?

Frigga apenas sorriu. A menina logo sorriu de forma tímida e então as duas se abraçaram. A vanir aos poucos fois se sentido mais leve e menos triste.

– Obrigada, Frigga.


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Notas finais do capítulo

Bem galera, estamos cada vez mais próximos do final (snif snif)
Agora alguns pareceres:
A fic não tem sequência, isso já é uma coisa certa. Mas poderemos ver a Nina de novo?
Sim!!!
Pois então minhas amadas leitoras, existe uma possibilidade, pois estou pensando em trazê-la de volta em uma outra história, tipo um crossover, a história seria bem diferente dessa e ela e o Loki estariam numa situação bem diferente. É que eu comprei um romance chamado Runas da Joanne Harris (maravilhoso) que é basicamente mitologia nórdica pura, recomendo, e digo mais, o Loki dela é fabuloso, não tem como não se apaixonar por ele, enfim, este livro me deu umas ideias loucas....
Bjs e até o próximo!!