Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 40
O desfecho, a batalha de suas vidas


Notas iniciais do capítulo

Apenas leiam....

uma música que me ajudou a escrever o capítulo, achei ela muito boa:
http://www.youtube.com/watch?v=w8GG_Mp27gk



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Ninguém havia notado quando Nina entrou de maneira furtiva dentro de uma das naves negras que estavam a postos próximo ao palácio real. Dias antes Loki havia tido a ideia de usa-las contra os próprios elfos, então os asgardianos analisaram tudo o que continha ali, desde comandos a armas e apetrechos que eram encontrados. Agora a menina se escondia esperando o momento em que finalmente Heimdall os mandaria para o campo de batalha. A garota tinha um objetivo em mente: acertar as contas com Amora. Bem, como Sigyn havia recobrado a memória, a mesma também se lembrava do que havia ocorrido no último encontro que teve com a bruxa que resultou na morte de seu filho que estava no ventre e, em sua quase morte.

Quando as naves foram mandadas para Svartalfheim, Nina mal teve tempo para respirar, apenas sentiu uma forte pressão em todo o ambiente, só havia se dado conta de que estava em outro lugar quando viu os soldados se mexendo e marchando para fora do veículo grande e preto. A garota se misturou entre eles, logo depois viu Thor e Loki dando os seus respectivos discursos para dar ânimo, a nave que chegara segundos depois com tantos gigantes de gelo e por fim gritos e início de uma luta.

Nina agia de forma furtiva, os elfos morriam sem saber o quê e quem lhes havia acertado, a garota tentou acompanhar Loki de longe, mas era algo quase impossível, mas ela tentou, e sem se expor a ele. A última coisa que Nina queria era deixa-lo desestabilizado, a vanir odiava o fato de saber que era uma fraqueza do caçula de Odin, mas não podia negar que aquilo era verdade, e por isso, odiava ainda mais.

Thor e Kurse se digladiavam em frente à entrada do enorme e cinzento castelo do finado Malekith, era difícil abrir um buraco naquela carapaça de Kurse, sem falar que o dito cujo tinha três vezes a corpulência do deus do trovão, as marteladas de Thor não pareciam surtir efeito algum no corpo do ex-elfo Algrim. Agora mesmo, o monstro insano derrubava Thor com mais um soco. O príncipe trombou contra a parede do castelo abrindo uma fenda, mas rapidamente se postou de pé e tratou de limpar o sangue que escorria no canto da boca, urrou e partiu para cima de Kurse novamente.

Um pouco distante dali Sif e Frandal lutavam com outros elfos, a situação era seis contra dois, quando por momento a guerreira havia sido desarmada por um dos elfos.

– Sif! – gritou Frandal que estava cercado por outros tantos.

O elfo apontou a bazuca para a cabeça da asgardiana, e Sif imaginava então que morreria em batalha como um bom guerreiro deveria fazer, mas não, não seria daquela vez. Uma flecha transpassou em cheio a cabeça do elfo que lhe mirava a arma, assim como outras tantas que acertavam os demais elfos que cercavam Frandal, os dois ficaram surpresos, ainda mais quando viram a figura que surgia adiante.

– Sigyn? – Sif falou enquanto se levantava e pegava sua espada.

– Princesa? – disse Frandal se aproximando das duas jovens – achei que estivesse no castelo?

Sigyn deu um meio sorriso.

– E vocês achavam mesmo que eu ficaria lá, esperando e perdendo a festa?

– Mas milady mal se recuperou? – disse Frandal.

– Eu estou ótima como podem ver, e ainda por cima salvei vossas vidas.

Um forte abalo chamou a atenção de todos que olharam para o castelo emitia rajadas de luzes ora negras ora esverdeadas.

– Loki... – Nina apertou o medalhão dentro de sua roupa.

No castelo as coisas não pareciam muito boas para Loki, o mesmo neste exato instante era atingido por uma rajada negra que o jogou contra uma das colunas do castelo que se partiu ao meio.

– Eu esperava mais de você, Loki – disse Amora com um visível tédio – Anda? Onde está todo o seu poder?

Loki se levantou tirando a poeira da roupa que já apresentava sinais de desgaste, o príncipe estava guardando suas energias, o momento certo para fazer o que deveria ser feito, mas o éter era muito poderoso. Loki tentava a todo momento manter a calma, diferente de Thor ele tinha mais paciência, se tinha umas coisas em que ele era bom elas eram: esperar, mentir e escapar. Mas naquela situação ele não poderia escapar, não se permitiria a tal, senão jamais poderia provar o seu valor como um guerreiro de Asgard, como um mago poderoso e acima de tudo, como um homem honrado.

Amora desferiu mais um ataque, porem ele de forma ágil se esquivou e usando sua espada lançou uma rajada flamejante tão rápida que pegou Amora desprevenida, mesmo possuindo todo o éter, ela não pode evitar o ataque. A mulher se ajeitou apagando um pequeno chamuscado que havia em seu cabelo.

– Que abusado – sibilou a mulher.

Loki empunhou sua espada.

– Não esqueça que eu já derrotei-a uma vez.

Amora deu riso amargo.

– Como esquecer, o dia em que um garoto ousou me derrubar usando seus truques de quinta.

– Ousei? Muito pelo contrário, até onde eu me lembro era você que tinha jogado sujo pra cima de mim, me seduzindo quando na verdade queria era ficar com o meu irmão. E só para constar, na época você era considerada uma veterana quando eu ganhei.

Amora estreitou os olhos.

– E sabe o que mais? Thor nunca teria olhos pra você, mulheres como você não fazem o tipo dele, a não ser para... bem você deve saber. Mesmo que vocês dois reencarnassem mil vezes, Thor te ignoraria mil vezes mais!

– Ora cale-se – a mulher ficou furiosa e avançou contra Loki.

Loki pressentiu que era momento certo de agir, então segurando Leavanteinn, ele a arremessa em pleno ar e então ele pronuncia algumas palavras mágicas.

“Fast silhuetten” (Fixa silhueta)

Thor já aparentava um certo cansaço, antes que pudesse raciocinar era atingido por uma serie de socos consecutivos que o derrubavam no chão, Thor não tinha outra escolha a não ser se defender e chamar Mjonir para socorre-lo.

– Ei feioso! – uma voz fina chamou a atenção de Kurse que com seus olhos mirou há alguns metros uma garota de cabelos cor de fogo.

– Você...

– Si..gyn – disse Thor botando um pouco de sangue pra fora da boca.

– Vem aqui me pegar – a garota o provocou.

O monstro caminhou em direção a menina deixando Thor de lado feito um boneco.

– Ainda está viva? Mas não por muito tempo eu garanto...

Enquanto Thor se levantava Lady Sif correu até o seu encalço para ajuda-lo.

– Você está bem?

– Na medida do possível, sim – ele lhe encarou forçando um sorriso, e então os dois encararam Nina que enfrentava Kurse – o que ela está fazendo aqui?

– Ela veio escondida.

Kurse avançou em direção a garota.

– Nina! – Thor gritou.

Mas para a surpresa do trovejante a garota era apenas uma mera ilusão que fez Kurse cair no chão, o monstro urrou de raiva.

– Onde ela foi? – perguntou-se Thor.

– Estou bem aqui – disse a garota atrás de Sif e Thor.

– Você adora deixar os outros preocupados – disse Thor.

– Você parece não chegar a lugar nenhum com ele – disse a menina se referindo a Kurse – mas eu sei como derrota-lo.

– Como?

– Da última vez em que eles estiveram em Asgard, bem... eu enfrentei ele, minhas flechas podem romper a carapaça dele. O ponto fraco dele é no pescoço – disse a jovem – há um pequeno espaço entre o pescoço e a cabeça que fica exposto, talvez se eu acertá-lo ali, eu consiga romper a armadura deixando um espaço maior, dessa forma voce pode utilizar sua mjonir para arrancar a cabeça dele – concluiu a garota.

Thor piscou os olhos rapidamente.

– E acha que isso dará certo?

– Mas é claro, essas flechas são feitas de visco, atravessam qualquer coisa, inclusive a armadura de elfo deformado.

Antes que Thor pensasse em mais alguma coisa o urro de Kurse chamou a atenção dos três, a criatura então partiu em sua direção, ambos desviaram dele, Nina soltou uma espécie de pó que deixou o monstro desorientado, Kurse parecia uma barata tonta. A jovem então preparou o arco e atirou, a flecha passou na lateral da cabeça de Kurse, quebrando a carapaça e expondo uma área maior e desprotegida.

– Agora Thor! – Sigyn gritou.

Thor girou martelo e o arremessou com tudo, Kurse nem teve tempo de reação, e Mjonir levava a sua cabeça para longe, restando apenas aquele corpo grande e descabaçado que logo cambaleou e caiu no chão.

Thor e Nina se encararam.

– Obrigado.

– Disponha – disse a jovem.

– Pessoal – disse Sif chamando a atenção dos dois.

Nina e Thor viram então uma forte luz azul saindo dentro do castelo.

Mas para entender o que estava acontecendo, vamos voltar para dentro do castelo:

– O quê? – Amora não conseguia se mexer – O que você fez?

– Prendi a sua sombra – disse Loki.

No momento em que ele jogou a espada e invocou o feitiço, Leavanteinn de fixou na sombra de Amora impedindo que a mesma saísse do lugar.

Loki então tirou o fragmento do Tesseract e segurou com firmeza em uma das mãos, fechou os olhos dando início a invocação de um antigo feitiço:

“Ond kraft, nå lytte til meg,

Ubrytelig ånd, nu kan ikke overnatte gratis,

Nå og for alltid vil

Du være forseglet!”

(Força maligna, agora ouça-me,

Espirito inquebrável,

De agora em diante livre não podereis mais ficar,

Agora e para sempre selado estarás!!!)

Amora sentiu o sangue gelar, “como?” ela pensava, como ele conhecia aquele feitiço, e então para o desespero da feiticeira, ela viu o éter saindo aos poucos de seu corpo.

– Não! Volte! Não!

Logo não havia mais nela, e o éter agora não passava uma fonte inquieta e selvagem espalhada no ar, agora viria a parte mais difícil para Loki, trancá-lo. O príncipe usou mais de sua energia e então o fragmento do Tesseract foi tendo um brilho mais intenso, e lugar foi completamente tomado por uma luz azul, o éter estava aos poucos sendo contido. Loki usava de toda a magia que tinha, até que o impacto da força aplicada atingisse o seu próprio corpo, suava e seu nariz e boca derramavam um pouco de sangue. Ele fechou olhos com força, e a luz ficou mais forte e por fim o éter foi dominado se transformando em cubo preto e avermelhado, oTesseract na mão de Loki se fragmentou em partículas envolvendo o cubo que por fim o prenderam. O éter estava selado.

A caixa caiu no chão. Loki respirava com dificuldade, zonzo o príncipe tombou de joelhos, recuperando o folego, com um mão fez o movimento para chamar leavanteinn, mas antes que ela viesse, algo o interrompeu, logo seu braço estava imobilizado, e aos poucos o seu corpo. Ele então encarou Amora que o fitava de forma assassina, com um gesto a mulher fez corpo de Loki se erguer no ar.

– Você não deveria ter feito isso – ela sibilou – mas não será problema, eu matarei você com minhas próprias mãos.

Com um outro gesto e ela moveu seu corpo, fazendo Loki se contorcer, e o príncipe começou a sentir que o ar não lhe vinha aos pulmões.

– Vou matar você da mesma forma que eu matei a sua esposinha, aquela camponesa sem sal... – ela o apertou ainda mais.

Loki sentiu que sua visão estava prestes a escurecer, Amora ria enquanto o via desfalecer, mas algo a desconcentrou, ou melhor uma flecha certeira em sua mão. Mulher urrou de dor e o corpo de Loki desabou no chão, ele ainda estava semiconsciente.

– Quem se atreve? – Amora bufou de raiva até que encontrou dois pares de orbes turquesas furiosas que lhe encaravam de volta – Você? Está viva?

Outra flecha. Agora na coxa.

Amora cambaleou um pouco.

Mais uma flecha.

– Essa foi por ter tentado me matar – disse Nina.

E mais uma.

– Essa foi pelo filho que você tirou de mim!

E mais outra.

– Essa é pelo Loki.

A essa altura Amora cuspia sangue, mas se mantinha de pé.

– E essa.... – Nina estreitou os olhos – é o meu presente para você, vadia!

E uma flecha atravessava a testa da bela e cruel feiticeira, e finalmente Amora tombou morta no chão. Nina saiu do breve estado de topor e correu direção ao corpo do marido.

– Loki, Loki – ela dava leves tapinhas em seu rosto.

Ele então abriu os olhos com dificuldade, e encontrou os olhos azuis turquesa de sua Sigyn.

– Ni...na?

– Meu amor – ela o abraçou.

– Como você....? – a pergunta ficou no ar – Você disse meu amor?

A jovem anuiu, tinha já algumas lagrimas em sua face.

– Eu me lembrei de tudo agora...

– Lembrou? – ele mal podia conter o sorriso – Como?

Ela então lhe mostrou o medalhão, e depois Loki viu o corpo sem vida de Amora do outro lado e no canto oposto a caixa com éter selado.

– Acabou? – ele disse baixo.

– Acabou Loki, nós conseguimos... você conseguiu...

O príncipe fechou os olhos deixando algumas lagrimas caírem.

– Eu consegui.... eu finalmente fiz a coisa certa...

Os dois então se abraçaram em meio aqueles escombros.


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Notas finais do capítulo

Então? Mereço comentários, recomendações?
E já aviso de antemão que a fic tem só mais três capítulos.....