Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 31
O dia do céu negro - parte final


Notas iniciais do capítulo

Gente nem sei o que dizer desse capítulo, ele é muito forte e confesso pra vocês que eu quase chorei.....



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As pessoas aos poucos iam deixando de fazer o que estavam fazendo assim que viram aquelas naves negras voando pelos céus de Asgard, em pânico várias pessoas começaram a correr, fechar as janelas e se proteger. Frigga e Sigyn logo notaram o alvoroço de alguns servos que corriam pelo jardim, logo ao longe as duas mulheres viram as naves distantes.

– Pelos deuses! – Frigga empalideceu, suas visões estavam realmente acontecendo – Temos que sair daqui!

Alvim começou a chorar.

– Foram essas naves.... que atacaram meu lar...

– Vamos menina – disse Frigga puxando a jovem. Porem esta sequer mexeu – Sigyn? Está me ouvindo? Precisamos sair daqui!

A jovem não moveu nenhum passo, e então materializou seu arco e flechas mágicas.

– Tenho que ajudar – a jovem falou resoluta.

– Ficou maluca! Esqueceu que você está grávida? Temos que nos proteger!

A jovem encarou Frigga com um olhar sério.

– Há muitos que estão desprotegidos aí fora! Vá leve Alvim com a senhora! Eu irei ajudar. Não quero ver mais crianças perdendo suas famílias.

– Sigyn.... – Frigga tinha os olhos lacrimejantes.

– Ficarei bem minha rainha, há anos treinei com as valquírias e Loki também me ensinou magia, não se preocupe.

– Você mente mal minha menina, Loki não vai gostar nada disso.

Ela deu um sorriso fraco.

– Deixe que com Loki eu me resolvo.

As duas ainda se olharam e então Nina encarou Alvim que a fitava choroso.

– Fique junto da rainha, tá?

Nisso ela abraçou o garotinho.

– Nina... vê se não morre tá? Promete?

– Prometo – disse a jovem que então se afastou do garoto e agora encarava a rainha e o menino. Antes que Nina se afastasse, Frigga lhe segurou o braço e lhe sussurrou.

– Sigyn cuidado! Cuidado com a mulher do sonho!

– Como? – a garota fitou a mulher surpresa.

– Cuidado criança...

As naves dos elfos negros sobrevoavam a cidade, e para conte-las os guerreiros asgardianos utilizavam naus voadoras com forte artilharia para conter as naves, embora eles atrapalhassem ainda sim algumas naves conseguiam destruir as torres de tiro.

Sigyn subiu em uma parte alta do castelo que lhe dava uma visão estratégica da cidade e ao longe estavam as naves, a garota preparou a arma e fitando seu alvo falou:

– Alguém vai estragar a festa de vocês...

Certeira ela atirou a flecha levemente azulada de visco que se multiplicou aos milhares cortando o céu e atingido uma das naves que acabou tendo o motor destruído e derrubando a nave ao longe.

A vanir deu um meio sorriso.

– Vai dar trabalho, mas não vai ser impossível – e então tonou a atirar em outra.

Heindall colocou a espada na válvula da Bifrost a fim de ativar a barreira de proteção, e então uma coloração dourada foi aparecendo em torno do castelo, algumas naves se chocaram a barreira e acabaram explodindo, porem algo estranho aconteceu e a barreira diminuiu até se desfazer.

Dentro do castelo, Skurge olhava seu trabalho satisfeito enquanto via a válvula da barreira do castelo destruída graças ao seu poderoso machado e uma trilha de soldados asgardianos mortos atrás de si.

– A barreira foi destruída! – disse Thor.

– Droga – praguejou Loki.

– Vamos nos dividir – disse o deus do tovão – eu tento conter algumas naves – Sif e os três guerreiros ajudem os demais soldados no combate em terra, e Loki...

– Vou procura minha esposa e mamãe – ele interrompeu o meio irmão.

– Claro – disse o loiro.

– Eu também quero ajudar - disse Lorelei. Logo a jovem acompanhou Loki para outro lado do castelo.

Enquanto isso Thor invocava alguns trovoes a fim de derrubar mais naves até que uma delas acerta em cheio a ala oeste do castelo derrubando várias colunas, algumas pessoas ali acabaram mortas ou soterradas pelo impacto.

Sigyn sentiu o chão tremer e viu logo abaixo de si, uma parte da nave dentro do castelo, a jovem agilmente desceu com cuidado segurando o arco e se escondeu. De dentro da nave saia alguns elfos negros e entre eles o seu chefe, Malekith que segura uma espécie de arma parecida com uma bazuca e logo depois um guerreiro mais forte e com quase três metros de altura, o Kurse.

A jovem olhou em volta e constatou que haviam mortos ali, e muitos feridos.

Executor encontrou Amora logo depois que deixou a sala da válvula.

– Fez muito bem – disse a mulher ainda disfarçada.

– O que farei agora minha senhora?

– Tens que deter Thor e atrasar os outros, pois parece que aquele principezinho está destroçando algumas naves... – ela disse - e eu ainda preciso fazer mais uma coisa por aqui...

Loki e Lorelei acabaram encontrando Frigga e Alvim no meio do caminho com alguns soldados.

– Loki! – a rainha o abraçou.

O trapaceiro notou que Sigyn não estava com eles.

– Onde está Nina? – ele perguntou.

– Ela... – a rainha – Loki, eu tentei impedir mais ela tão teimosa quanto você...

Loki fechou os olhos.

– Não! – pisou no chão com força e nem percebeu que suas mãos haviam ficado azuladas, o que chamou a atenção dos demais, respirou findo e encarou a mãe – onde ela está perto da ala oeste.

Um soldado apareceu empoeirado e ofegante.

– Há elfos negros na parte oeste do castelo!

Loki nem pensou duas vezes e saiu correndo.

Enquanto isso Thor derrubava outras naves, embaixo Sif e os três guerreiros combatiam alguns elfos negros que apareciam das naves caídas, logo sendo ajudados por Odin que pareceu logo depois usando sua poderosa lança para destruir os inimigos, porem o pai de todos estava preocupado com a esposa, pois ainda não a tinha visto.

Os ataques aparentemente pareciam ter cessado pois as naves estavam recuando, mas Odin ainda estava preocupado, porem aliviou-se quando viu Frigga entre alguns soldados acompanhada de Lorelei e Alvim. Thor pousou no chão e foi até a mãe.

– Onde está Sigyn? – foi a primeira coisa que ele perguntou ao notar que a cunhada não estava lá.

– Ela foi lutar – disse Frigga – eu disse para ela não fazer isso, Loki foi atrás dela.

– Não devia ter deixado, Frigga – Odin segurou o rosto da mulher preocupado – e além do que ela está gravida...

– Eu sei... mas – a rainha começou a passar mal – Oh céus!

– Frigga! – Odin segurou a mulher antes que a mesma caísse – O que houve?

– Mãe!

– Não... Não! – a mulher berrava.

Loki corria até ala oeste, podia sentir que Nina estava ali perto, porem algo o atingiu o derrubando contra uma coluna, o moreno se levantou com dificuldade e cuspiu um pouco de sangue.

– Não parece tão focado pequeno príncipe.

Loki se levantou e encarou Malekith, o jovem percebeu a áurea maligna que rondeava aquele corpo, a metade do rosto apodrecida e outro lado intacto, Malekith deveria estar morto, mas graças a uma substancia maligna chamada éter, ele conseguia se manter poderoso.

– Malekith – Loki sibilou.

– Hum, então você é principal arma de Odin contra mim? – aquelas palavras entraram nas entranhas do jovem mago como uma faca, porque de fato era por isso que ele estava ali.

– Arma ou não farei questão de manda-lo para o quinto dos infernos.

Ambos se encararam ferozmente.

Sigyn ainda estava escondida, e então quando viu os elfos estavam prestes a matar os restantes que ainda estavam vivos tratou de rapidamente atirar suas flechas. Algrin notou que alguns de seus aliados estavam sendo acertados por algo que ninguém via até fora atingido no braço. O elfo monstro ficou surpreso de ver a frágil flechinha de visco havia atravessado a carapaça, até que fim conseguiu achar a direção da flechas e encontrou duas orbes turquesas de uma jovem que lhe encarava destemida.

– A esposa – ele sibilou.

Ele caminhou até ela de forma rápida porem Sigyn o atingiu em cheio em um dos olhos o que fez o fera urrar de dor. Tal barulho ecoou pelo castelo, chamando a atenção de Loki e Malekith que lutavam ali próximos.

– Algrin – disse o elfo.

Loki imaginou se o monstro de Malekith havia encontrado sua esposa, e certamente deve ter levado uma bela flechada na cara, afinal ele sabia do poder letal de uma flecha feita de visco.

Enquanto isso Nina dava um meio sorriso, estava prestes a acabar com aquela criatura, preparou-se novamente para atirar mas algo a paralisou, de repente a jovem não conseguia se mexer, seu corpo todo tremia.

E em meio as sombras surgia uma mulher de cabelos negros que fez a jovem vanir empalidecer, aquela mulher era a mulher do sonho. E num passe de mágica a mulher se transformou em Amora.

– A-amora? – a jovem falou com dificuldade.

–Surpresa não? – disse a loira com um sorriso doentio.

Thor foi para dentro do castelo assim que ouviu as palavras desconexas de Frigga sobre “Loki”, “Sigyn” e “Sangue”, ele logo viu Loki lutando contra Malekith, notou que o irmão parecia um pouco ferido, mas antes que pudesse fazer algo alguém lhe impediu. Um homem com machado magico.

– Tenho ordens de minha senhora para detê-lo - disse Skurge sem emoção.

Thor trincou os dentes.

Amora fitava Singyn, a feiticeira sorriu satisfeita ao constatar que a garota já dava os primeiros sinais de medo.

– Onde está a sua coragem camponesa? – disse a última palavra de forma debochada.

– O-o que é isso? – disse a jovem já pálida.

– Isso é o que chamamos de – ela pausou e com uma mão fez um gesto que fez o corpo de Nina levitar – magia proibida... fascinante não?

A jovem arregalou os olhos e logo seu arco e sua bolsa de flechas cariam no chão, ela já não tinha mais controle sobre si. Amora então começou a mexer a mão livremente fazendo a garota se contorcer, a dor lhe corroía.

– Não há nada que você possa fazer, eu tenho o controle sobre seu corpo, cada musculo, veia e órgão...

– P-pare por favor – a jovem agora chorava.

– Eu estou apenas começando – a feiticeira colocou a mão no dedo – tenho que destruir o coração do seu maridinho.... e já sei como...

– O- que vai faz.... – a jovem não conseguiu falar, pois uma dor horrível se apoderou de seu ventre. E aos poucos amora ia invadindo o ventre de Sigyn com sua mente. A jovem sentiu que seu pequeno bebe estava sendo aos poucos estrangulado e não havia nada que ela pudesse fazer e então veio uma pontada forte que fez a jovem gritar em plenos pulmões.

O grito acabou por chamar a atenção de Loki e Thor. Loki se desesperou e Malekith percebeu isso, e após evitar outro ataque do elfo ele correu em direção aonde havia vindo o grito de sua esposa, porem foi barrado por uma réplica de Malekith.

– É tarde – disse o elfo.

– Saia. Do. Meu. Caminho! – Loki usou seu cetro disparando uma rajada sobre Malekith e correu em direção ao local onde Nina estava. Thor havia conseguido dar uma martelada na cabeça de Skurge finalmente derrubando desacordado e voou atrás do irmão.

Nina sentiu uma pequena vida lhe abandonando, logo o vestido azul ficou manchado de vermelho, a jovem derramava lagrimas grossas, havia perdido o filho. Sentiu o corpo fraquejar e cair no chão, porem logo uma mão grande a segurou pelos cabelos e ela encarou Kurse com os olhos semicerrados. Amora se aproximou da jovem.

– Olhe só para você... nem Loki está aqui para lhe proteger – Amora disse com deboche.

– Você mentiu pra mim – disse a jovem derramando lagrimas – o que eu fiz a você?

– Nada – disse loira – só precisava destruir a única coisa que mantinha a sanidade de Loki. Então quais são as suas ultimas palavras camponesa?

Nina falou entredentes.

– Sabe de uma coisa... você não sabe o que é ser amada – a loira desfez o sorriso – você se enche de maldade, de ganancia porque não é amada, você é vazia...

– É – disse Amora seca – você pode até está certa, mas quem vai morrer aqui é você.

E então sem demora ela cravou uma adaga no abdômen da garota e tirou e então a jovem caiu no chão desfalecida.

– NÃO!!!!

Foi tudo muito rápido e Loki apenas conseguiu gritar, Kurse e Amora o encararam, a loira tinha um riso de satisfação nos lábios, deus da trapaça gritou e foi para cima de ambos com seu cetro mas Amora usou a magia para desaparecer e ela Kurse sumiram, assim com Malekith que também havia sumido, ambos haviam fugido.

Thor chegou logo depois e se desesperou ao ver os gritos de desespero de seu irmão. Ele correu até Loki que segurava Nina nos braços, a jovem havia perdido muito sangue.

– Nina... Nina .... minha pequena - ele falava em meio ao choro – fale comigo!

A jovem abriu as íris azuladas e encarou o esposo.

– Loki....

– Sua bobo – ele dizia com a voz embargada – por que não ficou com mamãe?

– Eu...queria .... ajudar .... sinto muito – ela tinha a voz fraca então chorou – perdi nosso filho... eu... eu... me perdoe... – aquilo foi uma facada para ele.

– Eu é que tenho que te pedir perdão.... eu não te protegi como eu deveria....

Ele notou que Nina estava ficando mais fraca e gelou.

– Pequena, fique comigo – e a aninhava nos braços perto de seu rosto – não me deixe... não me deixe....

– Lo...ki

Nina apenas sentiu sua mente se esvair e tombou a cabeça para o lado.

– Não.... não.... Não!!!!!

Thor fechou os olhos com força deixando escorrer uma lagrima.

Logo em seguida o restante do pessoal chegou ao local, Frigga chorou e Odin olhou com pesar ao ver que sua nora estava quase sem vida nos braços de seu filho caçula.


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Notas finais do capítulo

Antes de mais nada não quero que vocês tirem conclusões precipitadas.... ok?