Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 20
Um novo nome – surge uma deusa


Notas iniciais do capítulo

Capítulo fresquinho!

Aqui vcs saberão do tal rito de passagem, e também de uma ideia que me veio a mente e resolvi encaixar na história...

Boa leitura....



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Nina estava no quarto com Frigga e Sif. A jovem agora trajava um belo vestido de veludo rosado e bem quentinho, em toda a sua vida a jovem vanir nunca havia experimentado um tecido tão confortável como aquele, era como se sentisse abraçada.

- Senhora – disse ela fitando Frigga.

- Me chame de Frigga minha criança – disse a mulher de Odin e depois olhou para Sif – ela é tão novinha... Quantos anos você tem minha criança?

- Fiz 17 há alguns dias – disse Nina corada.

- Que maravilha! – disse Frigga – mas me diga minha menina, como você enlaçou o coração do meu filho?

Nina sorriu embaraçada.

- Muitos aqui em Asgard mal acreditaram quando a noticia se espalhou. Eu fiquei muito curiosa...

            Nina fitou a sogra a sua frente com sorriso meigo.

- Não entendo porque as pessoas veem isso com tanta estranheza. É tão simples: eu amo Loki. Sabe Frigga, quando o conheci ainda pequena, eu estava passando por um momento difícil e naquele dia em que ele me salvou, ele também me fez sentir a vontade  de viver de novo. Mesmo sabendo de seu lado mais cruel, das coisas ruins que fez eu em nenhum momento consegui odiá-lo. Minha mãe mesmo costumava-me dizer que existem dois tipos de sentimentos, quando gostamos e quando amamos. Quando gostamos de alguém, gostamos por causa das coisas boas que ela tem e faz. Amar é diferente, quando se ama alguém, amam-se seus defeitos e amam-se suas virtudes. Por isso que amar é tão difícil, mas ao mesmo tempo é um privilégio – Nina terminou levemente emocionada.

- Acho que isso explica muita coisa – disse Sif com um pequeno sorriso – espero que Loki faça por merecer a garota que tem...

- Quanto a isso eu não tenho com que me preocupar – disse Nina – ele é muito amável comigo, embora rabugento às vezes.

- Isso é ótimo – disse Frigga, mas logo a mulher fez uma feição triste – mas ainda sim me entristeço em ver que ele se fechou para nós, para mim.

- Basta dar tempo ao tempo – disse Nina – as feridas as vezes demoram para sarar, mas acredito que Loki aos poucos irá se desprender de seu remorso...

- Assim também espero minha criança –disse Frigga – mas mudando de assunto, queria muito te falar do rito de passagem é algo muito importante para aqueles que entram na casa de Odin.

- O que é esse rito? – perguntou Nina.

- O rito é para sacramentar a entrada na nossa família, como você deve saber, todos nós aqui da casa de Odin somos deuses, e como você se casou com meu filho, você também deve se tornar uma.

- Eu? Uma deusa? – disse Nina arregalando os olhos – Mas, eu só uma garota dos campos de Vanaheim, não posso ter um status de deusa.

- Sim você pode – disse Frigga de forma branda – não duvide.

- Loki sabe disso?

- Sim – Sif respondeu.

- E o que irá acontecer comigo?

- Você se tornará imortal – disse Frigga –e receberá um novo nome acompanhado de seu atributo mais importante...

- Um novo nome...

- Sim.

- Mas eu gosto do meu – respondeu a menina.

- Calma você ainda poderá ter o seu nome – disse Frigga rindo.

- Quem escolhe o nome? – Nina perguntou.

- As runas – disse Frigga – mas fique tranquila, só faremos a sua cerimonia amanhã, procure descansar, um pouco.  

-

Bifrost

Heimdall permanecia vigilante com sua face indecifrável:

- O que veio fazer aqui?

Loki estava atrás de si, com as mãos voltadas para trás.

- Queria apenas lhe fazer umas perguntas, e não, elas não tem nada a ver com a minha esposa – disse o deus com uma invejável calma – apenas queria que me informasse se notou algo estranho dentro de Asgard.

- Não – respondeu o guardião.

- Nenhum ponto oculto?

- Até onde eu sei só você consegue fazer esse tipo de magia.

- Não deixe enganar meu caro vigilante, há muitos magos talentosos por aí. Por isso peço que redobre os seus olhos, e me avise se notar algo estranho.

- Não sigo ordens suas – Heimdall respondeu.

- Não sou eu quem estou pedindo... Odin me pediu, e eu estou pedindo a você – Loki disse da forma mais macia e irônica possível – você desacataria uma ordem do pai de todos, Heimdall?

Heimdall lhe olhou com raiva. Loki lhe deu as costas.

- Não estava de olho na sua mulher, trapaceiro.

Loki parou de andar.

- Só lamento a sorte de ela ter o senhor como marido.

Loki sentiu a raiva lhe subir a cabeça, mas se conteve e respondeu.

- É eu pelo menos ainda consegui me casar, já você meu caro, continuará aí nessa ponte, solteiro e ainda por cima virgem.

- ORAS SEU! – Heimdal falou furioso.

Loki continuou andando sem dar-lhe a mínima confiança.

- Até mais Heimdall – disse ele rindo, para a ira do guardião da ponte.

Mais tarde ainda naquele dia Loki voltou para o castelo e foi para onde era o seu antigo quarto, notou que o mesmo se encontrava da mesma maneira que havia deixado, todos os seus livros, pergaminhos e cadernos de anotação, deu um meio sorriso pensando que desta vez orientaria melhor a esposa nos treinos com magia.

- É um belo quarto – uma voz fez com que Loki se despertasse de seus devaneios.

Ele mirou Nina que estava na porta lhe fitando.

A jovem caminhou para perto do esposo e girou o corpo mexendo a saia do vestido.

- Gostou? – ela perguntou.

- Ficou lindo em você.

- Obrigada. A proposito Loki...

- Sobre o rito, não se preocupe – ele disse lhe acariciando o rosto – será melhor para você, se sentirá mais forte, levando o fato de que você é uma vanir, hum, seus poderes mágicos se tornaram mais fortes também.

- Isso é bom – ela falou cabisbaixa.

- O que há? – Loki perguntou.

- Quando vou poder ver a sua forma jotun.

Loki se engasgou.

- Por que isso de repente? – ele perguntou desconfortável.

- Curiosidade.

- Curiosidade?

- Sim, mas não leve para um mau sentido tá? – ela respondeu apertando seu nariz, rindo.

Loki deu um suspiro, mas logo depois encontrou os orbes azulados da esposa e sorriu divertido.

A noite passou e no dia seguinte Nina se encontrava próximo ao jardim do palácio, a jovem usava um lindo vestido branco com detalhes dourados. Todos os outros se encontravam ali, muitos curiosos e fascinados pela beleza da jovem esposa do deus da trapaça. Loki estava ao lado de Thor e Frigga, embora se sentisse desconfortável, se mantinha em sua postura orgulhosa e inalcançável.

Odin estava ao centro, e ao seu lado Iduna, a deusa da juventude que trazia em suas mãos um cesto com maçãs de ouro.

Nina pensou consigo mesma: “Então essas são as famosas maças da juventude”. Quem comia daquele fruto ganhava uma incrível longevidade, incomum para mortais e criaturas dos outros mundos.

- Pode se achegar Nina de Vanaheim – disse Odin. Para a jovem que caminhou timidamente até o pai de todos. Iduna, uma jovem linda de cabelos loiros sorriu-lhe e lhe deu a maçã. Nina segurava a fruta em suas mãos fitando de forma curiosa.

- Pode comer – disse Odin achando graça daquilo.

- Claro! – a jovem embaraçada deu uma mordida na fruta e sentiu uma mudança instantânea por todo o corpo. Perecia mais forte do que era antes. Nina comeu a maçã inteira com muito gosto.

- Nunca comi algo tão gostoso! – Loki e os demais não tiveram com não rir daquilo.

- Nina – Odin lhe falou.

- Sim pai de todos – a jovem respondeu um pouco corada, devido aos risos.

- Sabe que agora você terá um nome asgardiano – disse o pai de todos – a partir de agora você faz parte desta casa.

Odin deu uma breve pausa e prosseguiu.

- Conforme eu li nas runas sagradas, a parti de hoje tu serás chamada de Sigyn, deusa da fidelidade e constância.

A jovem se inclinou em sinal de reverência, e depois fitou o marido ao canto que a olhava, orgulhoso.

E assim nascia a deusa da fidelidade, Sigyn.  


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam do novo nome da Nina?