Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella
Notas iniciais do capítulo
Capítulo fresquinho!
Aqui vcs saberão do tal rito de passagem, e também de uma ideia que me veio a mente e resolvi encaixar na história...
Boa leitura....
Nina estava no quarto com Frigga e Sif. A jovem agora trajava um belo vestido de veludo rosado e bem quentinho, em toda a sua vida a jovem vanir nunca havia experimentado um tecido tão confortável como aquele, era como se sentisse abraçada.
- Senhora – disse ela fitando Frigga.
- Me chame de Frigga minha criança – disse a mulher de Odin e depois olhou para Sif – ela é tão novinha... Quantos anos você tem minha criança?
- Fiz 17 há alguns dias – disse Nina corada.
- Que maravilha! – disse Frigga – mas me diga minha menina, como você enlaçou o coração do meu filho?
Nina sorriu embaraçada.
- Muitos aqui em Asgard mal acreditaram quando a noticia se espalhou. Eu fiquei muito curiosa...
Nina fitou a sogra a sua frente com sorriso meigo.
- Não entendo porque as pessoas veem isso com tanta estranheza. É tão simples: eu amo Loki. Sabe Frigga, quando o conheci ainda pequena, eu estava passando por um momento difícil e naquele dia em que ele me salvou, ele também me fez sentir a vontade de viver de novo. Mesmo sabendo de seu lado mais cruel, das coisas ruins que fez eu em nenhum momento consegui odiá-lo. Minha mãe mesmo costumava-me dizer que existem dois tipos de sentimentos, quando gostamos e quando amamos. Quando gostamos de alguém, gostamos por causa das coisas boas que ela tem e faz. Amar é diferente, quando se ama alguém, amam-se seus defeitos e amam-se suas virtudes. Por isso que amar é tão difícil, mas ao mesmo tempo é um privilégio – Nina terminou levemente emocionada.
- Acho que isso explica muita coisa – disse Sif com um pequeno sorriso – espero que Loki faça por merecer a garota que tem...
- Quanto a isso eu não tenho com que me preocupar – disse Nina – ele é muito amável comigo, embora rabugento às vezes.
- Isso é ótimo – disse Frigga, mas logo a mulher fez uma feição triste – mas ainda sim me entristeço em ver que ele se fechou para nós, para mim.
- Basta dar tempo ao tempo – disse Nina – as feridas as vezes demoram para sarar, mas acredito que Loki aos poucos irá se desprender de seu remorso...
- Assim também espero minha criança –disse Frigga – mas mudando de assunto, queria muito te falar do rito de passagem é algo muito importante para aqueles que entram na casa de Odin.
- O que é esse rito? – perguntou Nina.
- O rito é para sacramentar a entrada na nossa família, como você deve saber, todos nós aqui da casa de Odin somos deuses, e como você se casou com meu filho, você também deve se tornar uma.
- Eu? Uma deusa? – disse Nina arregalando os olhos – Mas, eu só uma garota dos campos de Vanaheim, não posso ter um status de deusa.
- Sim você pode – disse Frigga de forma branda – não duvide.
- Loki sabe disso?
- Sim – Sif respondeu.
- E o que irá acontecer comigo?
- Você se tornará imortal – disse Frigga –e receberá um novo nome acompanhado de seu atributo mais importante...
- Um novo nome...
- Sim.
- Mas eu gosto do meu – respondeu a menina.
- Calma você ainda poderá ter o seu nome – disse Frigga rindo.
- Quem escolhe o nome? – Nina perguntou.
- As runas – disse Frigga – mas fique tranquila, só faremos a sua cerimonia amanhã, procure descansar, um pouco.
-
Bifrost
Heimdall permanecia vigilante com sua face indecifrável:
- O que veio fazer aqui?
Loki estava atrás de si, com as mãos voltadas para trás.
- Queria apenas lhe fazer umas perguntas, e não, elas não tem nada a ver com a minha esposa – disse o deus com uma invejável calma – apenas queria que me informasse se notou algo estranho dentro de Asgard.
- Não – respondeu o guardião.
- Nenhum ponto oculto?
- Até onde eu sei só você consegue fazer esse tipo de magia.
- Não deixe enganar meu caro vigilante, há muitos magos talentosos por aí. Por isso peço que redobre os seus olhos, e me avise se notar algo estranho.
- Não sigo ordens suas – Heimdall respondeu.
- Não sou eu quem estou pedindo... Odin me pediu, e eu estou pedindo a você – Loki disse da forma mais macia e irônica possível – você desacataria uma ordem do pai de todos, Heimdall?
Heimdall lhe olhou com raiva. Loki lhe deu as costas.
- Não estava de olho na sua mulher, trapaceiro.
Loki parou de andar.
- Só lamento a sorte de ela ter o senhor como marido.
Loki sentiu a raiva lhe subir a cabeça, mas se conteve e respondeu.
- É eu pelo menos ainda consegui me casar, já você meu caro, continuará aí nessa ponte, solteiro e ainda por cima virgem.
- ORAS SEU! – Heimdal falou furioso.
Loki continuou andando sem dar-lhe a mínima confiança.
- Até mais Heimdall – disse ele rindo, para a ira do guardião da ponte.
Mais tarde ainda naquele dia Loki voltou para o castelo e foi para onde era o seu antigo quarto, notou que o mesmo se encontrava da mesma maneira que havia deixado, todos os seus livros, pergaminhos e cadernos de anotação, deu um meio sorriso pensando que desta vez orientaria melhor a esposa nos treinos com magia.
- É um belo quarto – uma voz fez com que Loki se despertasse de seus devaneios.
Ele mirou Nina que estava na porta lhe fitando.
A jovem caminhou para perto do esposo e girou o corpo mexendo a saia do vestido.
- Gostou? – ela perguntou.
- Ficou lindo em você.
- Obrigada. A proposito Loki...
- Sobre o rito, não se preocupe – ele disse lhe acariciando o rosto – será melhor para você, se sentirá mais forte, levando o fato de que você é uma vanir, hum, seus poderes mágicos se tornaram mais fortes também.
- Isso é bom – ela falou cabisbaixa.
- O que há? – Loki perguntou.
- Quando vou poder ver a sua forma jotun.
Loki se engasgou.
- Por que isso de repente? – ele perguntou desconfortável.
- Curiosidade.
- Curiosidade?
- Sim, mas não leve para um mau sentido tá? – ela respondeu apertando seu nariz, rindo.
Loki deu um suspiro, mas logo depois encontrou os orbes azulados da esposa e sorriu divertido.
A noite passou e no dia seguinte Nina se encontrava próximo ao jardim do palácio, a jovem usava um lindo vestido branco com detalhes dourados. Todos os outros se encontravam ali, muitos curiosos e fascinados pela beleza da jovem esposa do deus da trapaça. Loki estava ao lado de Thor e Frigga, embora se sentisse desconfortável, se mantinha em sua postura orgulhosa e inalcançável.
Odin estava ao centro, e ao seu lado Iduna, a deusa da juventude que trazia em suas mãos um cesto com maçãs de ouro.
Nina pensou consigo mesma: “Então essas são as famosas maças da juventude”. Quem comia daquele fruto ganhava uma incrível longevidade, incomum para mortais e criaturas dos outros mundos.
- Pode se achegar Nina de Vanaheim – disse Odin. Para a jovem que caminhou timidamente até o pai de todos. Iduna, uma jovem linda de cabelos loiros sorriu-lhe e lhe deu a maçã. Nina segurava a fruta em suas mãos fitando de forma curiosa.
- Pode comer – disse Odin achando graça daquilo.
- Claro! – a jovem embaraçada deu uma mordida na fruta e sentiu uma mudança instantânea por todo o corpo. Perecia mais forte do que era antes. Nina comeu a maçã inteira com muito gosto.
- Nunca comi algo tão gostoso! – Loki e os demais não tiveram com não rir daquilo.
- Nina – Odin lhe falou.
- Sim pai de todos – a jovem respondeu um pouco corada, devido aos risos.
- Sabe que agora você terá um nome asgardiano – disse o pai de todos – a partir de agora você faz parte desta casa.
Odin deu uma breve pausa e prosseguiu.
- Conforme eu li nas runas sagradas, a parti de hoje tu serás chamada de Sigyn, deusa da fidelidade e constância.
A jovem se inclinou em sinal de reverência, e depois fitou o marido ao canto que a olhava, orgulhoso.
E assim nascia a deusa da fidelidade, Sigyn.
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E então o que acharam do novo nome da Nina?