Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 2
Nina indo para Asgard


Notas iniciais do capítulo

Agora o segundo capítulo... com algumas alterações no final (para quem já tinha lido)



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Nina's POV


Caminhava a passos largos pelos corredores, aquela seria uma oportunidade única de escapar daquelas quatro paredes. Quando já estava fora do castelo eu pode vê-la chegar. Era lady Sif, indo ao encontro a Brynhildr, as duas conversavam alguma coisa, na qual eu não ouvi, procurei ficar próxima delas para assim poder falar com lady Sif.

Nós nunca nos falamos, mas quando era criança lembro-me de vê-la varias vezes no campo de treinamento, ela era habilidosa, tão ágil como um homem. Até onde sei era muito amiga de Thor. Talvez ela me ajudasse no que estava pensando em fazer.

Quando eu finalmente fui notada pelas duas, Brynhildr se dirigiu a mim com seu costumeiro ar serio.

– Algum problema Nina?

– Não, líder. Eu apenas gostaria de falar com lady Sif.

– Comigo? – lady Sif achou um pouco estranho, já que ela nem me conhecia.

– Dever ser uma admiradora sua Sif – disse Brynhildr com um meio sorriso – ela é uma de nossas melhores arqueiras.

– Por mim tudo bem – respondeu lady Sif com um sorriso amigável no rosto.

Caminhamos juntas e sentamos em um banco próximo dos jardins.

– Sobre o que seria? – ela perguntou educadamente.

– É algo muito importante, preciso de sua ajuda. Eu quero ir para Asgard, você pode me levar junto com você?

– C-como assim? – ela falou um pouco surpresa – Mas você está em treinamento!

– Eu preciso muito falar com Odin, ou Thor. Por favor, é um assunto muito importante... – eu lhe supliquei aflita.

– Que tipo de assunto? – ela falou preocupada.

Eu mirei rapidamente o cordão em meu pescoço e olhei novamente para ela.

– Se trata de Loki.

– O que? – agora sua expressão se tornou séria – O que Loki tem a ver com isso?

– Você não entenderia – eu falei olhando para cordão novamente – eu não sei como lhe explicar, por isso que eu preciso que me ajude a ir até Asgard. Isso significa muito para mim, você não imagina o quanto.

Ela ficou pensativa por alguns minutos, e eu tentei ser mais persuasiva, segurando agora uma de suas mãos.

– Por favor...

– Bem, se você me contar o que está acontecendo, talvez eu possa fazer algo...

– Contar... – eu olhei para o chão, será que ela me ajudaria?

E se ela se recusasse, o que eu poderia fazer, não tinha alternativa.

– Está bem, vou lhe contar tudo – eu falei ainda segurando em suas mãos.

Contei a ela sobre a minha história, desde o momento em que perdi a minha família, até o momento em que fui levada para as valquírias e quando Loki havia salvado a minha vida. Ela apenas ouvia tudo atentamente.

– Soube por meio de algumas guerreiras o que aconteceu a algum tempo, nunca havia imaginado que ele pudesse ter feito tantas maldades. Custa-me a acreditar, mas apesar de tudo Loki salvou a minha vida antes, e eu sempre quis dar a ele algo em troca, é uma promessa que tenho comigo guardada. Entende? É por isso que eu preciso falar com o pai de todos, lady Sif.

Ela ainda ficou alguns segundos pensando até se pronunciar.

– Vou falar com Brynhildr primeiro.

– Você vai me ajudar? – eu falei com os olhos quase marejados.

– Sim.

Inesperadamente eu lhe abracei, a deixando um pouco assustada.

– Fico grata, lady Sif.

Depois naquele mesmo dia ela falou com a líder das Valquirias, pedi à lady Sif que omitisse alguns detalhes, Brynhildr estranhou o pedido, mas cedeu e me liberou dos treinos dando-me o prazo de uma semana para ficar em Asgard. Eu mal podia acreditar, eu havia conseguido.

No dia seguinte nós duas fomos até os portões do castelo onde pegamos os cavalos alados que estavam a postos para nós duas. Lady Sif chamou por Heimdal e uma forte luz surgiu de cima para baixo e nos absorveu, foi rápido. Em questão de segundos eu e ela estávamos em meio a uma Bifrost recém-construída, com nossos cavalos caminhamos em direção à fortaleza asgardiana. Era a primeira vez que eu cruzava a ponte do arco-íris. Era uma sensação única.

– Espero que saiba o que está fazendo Nina.

– Não se preocupe, eu sei disso.

– Não querendo desanima-la, mas é bem provável que você se decepcione com o que vai encontrar.

Não demonstrei mas senti um medo e um leve arrepio.

– Ele é tão terrível assim.

– Eu nunca fui muito amiga de Loki, mas vê-lo como ele está agora, ele não é mais o mesmo de antes.

– Você sabe o que aconteceu? – eu perguntei.

– Não ao certo – ela disse com aspecto mais sério – houveram muitas coisas, mas acho que eu não sou a melhor pessoa para lhe contar.

– Quem poderia me contar?

– Somente Odin e Thor.

Senti uma grande angustia no peito, precisava muito saber o que tinha acontecido, pois a pouca informação que eu tinha não me ajudaria muito. De repente senti uma mão em meu ombro, mirei diretamente para lady Sif.

– Apesar de não ser muito a favor da sua ideia admiro sua coragem Nina.

– Obrigada – disse com um pequeno sorriso.

– É engraçado...

– O quê? – a fitei curiosa.

– Vocês dois são parecidos. Você e Loki.

– Nós dois?

– Sim. Ambos são muito persuasivos, mas diferente de Loki você persuade com pureza, já ele... costuma fazer isso com malicia.

– Como se eu tentasse agir pelos meios certos e ele pelos meios errados...

– Não sei dizer se isso ao certo...

– Acho que posso dizer que ganhei uma amiga – eu falei sorrindo para ela.

– Se for assim, vai ser a primeira amiga guerreira que conheço.

– Lady Sif, por que não se tornou uma valquíria como as outras?

Ela corou com a pergunta, me arrependi no mesmo instante.

– Perdão, eu não quis constrange-la!

– Não, está tudo bem. Eu respondo – ela falou olhando para frente, já estávamos próximas do castelo real – eu só não estava preparada, por isso não entrei para o exercito das valquírias, só isso. Veja, cá estamos.

– Nossa – nunca havia visto algo tão imponente, era um imenso castelo dourado – então essa é a morada dos deuses.

– É.

– Nunca imaginei pisar num lugar assim – falei abobada – é de tirar o folego!

Lady Sif apenas achou graça do meu infantil comentário.

– Sif! – uma voz grave nos fez voltar as atenções para cima.

Lá estava ele descendo com o seu martelo mágico, era a primeira vez que via Thor desde aquele dia de anos atrás. Estava mais forte e imponente, com uma barba e cabelos mais compridos.

– Thor – reparei que olhar dela adquiriu um brilho diferente ao vê-lo.

– Que bom que voltou, estava a tua procura – e depois olhou para mim com aquele seu sorriso sempre caloroso e amigável – e está jovem, quem é?

– Creio que já nos conhecemos alteza – falei com impecável referencia – há alguns anos. Sou eu. Nina.- ele ainda parecia confuso - A garotinha das valquírias.

– Ah – ele pareceu se recordar – Sim! Aquela menininha que meu irmão Loki salvou... – notei que ele ao falar o nome do irmão demonstrou um pequeno sinal de tristeza – Sim, eu me lembro de você Nina. Mas, o que a traz aqui a Asgard?

– Bem... é sobre um assunto muito importante. Eu precisava falar com o pai de todos, ou até mesmo com você Thor.

– É realmente importante? – falou Thor, notando minha preocupação.

– Sim, é sobre seu irmão, Loki.


Nina's POV off


Narração em 3ª pessoa ON


– O que sabe sobre o meu irmão? – perguntou Thor para a pequena jovem de cabelos alaranjados.

– Nada. Na verdade eu é que queria saber o que aconteceu com ele – Nina pausou enquanto pensava nas palavras certas – o ou melhor, o que ele andou fazendo?

Thor deu um suspiro entristecido, olhando para a uma jovem que parecia ter muita consideração para com o irmão, assim com ele também, apesar de tudo.

– Loki fez coisas terríveis Nina – então ele começou a contar a ela sobre o incidente da Bifrost, quando Loki caiu da ponte, e todos achavam que ele estava morto até Thor encontra-lo em Midgard, e a ameaça de destruição que ele havia causado aquele mundo.

– Agora ele está preso, esperando pela punição de meu pai.

Ela ouviu tudo, mas ainda sim não conseguia acreditar que eles eram a mesma pessoa, todos falavam que ele era travesso e malicioso, mas Nina nunca imaginaria que aquele doce garoto que ela visualizava em sua mente inocente fosse capaz de coisas de tais proporções.

Thor pode ver a tristeza nos olhos da menina, ele se sentia péssimo por vê-la daquela forma.

– Eu sei que parece de difícil de acreditar – ele falou – eu... eu mesmo nem o reconheço mais...

– Mas... por que ele ficou assim? O que aconteceu para que ele se tornasse tão cruel?

– A culpa foi minha. – uma voz se pronunciou ao fundo, assustando os três.

Surgiu diante deles a figura de um senhor de idade, que apesar de velho tinha um porte altivo, os cabelos brancos caiam-lhe pelos ombros e um de seus olhos era coberto por um tapa-olho dourado, aparentava um ar muito sábio.

Nina virou-se em direção ao ancião, ela sabia muito bem que aquele ali a sua frente era o soberano de Asgard, Odin.



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Notas finais do capítulo

Ainda estou fazendo o terceiro capítulo, andei lendo alguma coisa aqui e acola de mitologia nórdica, pois quero fazer uma história com consistência... espero que tenha achado a ideia da fic interessante.