We Are Young escrita por Rosie


Capítulo 1
Power and Control


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo pessoa! Espero que vocês gostem! Boa leitura hihi



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Power and Control



“ Como você pode fazer isso Percy?” a voz da garota ecoou no subconsciente de Percy,aquela voz que aparecia em todos os seus pesadelos ”Eu confiei em você! E você faz isso?”

A imagem daquele dia se reproduzir na cabeça de Percy e ele estava novamente naquele lugar. Ele conseguia sentir a chuva caíndo em seus cabelos.

“ Você não vai dizer nada?” ela gritou.

Percy tinha a próxima fala da garota na ponta da língua.

“ Você é um monstro! Eu odeio você” Percy repetiu junto com ela. “ Você nunca,NUNCA mais me procure ou olhe para a minha cara,você está entendendo?”

E sem dizer adeus ela se foi. Ela havia ido embora apenas uma vez e nunca mais havia voltado,diferente da cabeça de Percy,onde essa cena se repetia milhões e milhões de vezes,fazendo ele acreditar que ela já havia indo embora mais do que um milhão de vezes. O garoto levantou rápidamente da banheira,ele havia ficado tempo demais debaixo da água,conseguia sentir a água dentro do seus pulmões.

Em uma tentativa inútil de tirar a água de lá de dentro ele tossiu,tossiu como se a sua vida dependesse disso. Pegou a toalha rápidamente e se secou com uma velocidade maior ainda,ele precisava esquecer isso de uma vez. Abriu a primeira gaveta do seu quarto desesperadamente procurando pelo seu “rémedio”

– Droga,onde está você?- Percy gritou jogando todas as suas roupas no chão a procurando o que ia deixar ele melhor.

Ele conseguiu ver o pacote branco no canto do quarto e um sorriso de satisfação escapou de seus lábios. Agora sim ele estava feliz. Sentou-se na cama e abriu o pacote ansiosamente,despejou um pouco do pó em sua mão e respirou fundo antes de cheirar.

Quando sentiu o pó fazendo efeito dentro do seu corpo,um suspiro de alegria escapou de sua boca. Aquela sensação era a melhor de todas para ele,sentir seu coração bater cada vez mais rápido,sua respiração ficar cada a momento mais alta. Mas o melhor de tudo era esquecer,esquecer que ela foi embora,esquecer que ela algum dia existiu. Ele fechou seus olhos com força entrando em seu “país das maravilhas”.

Sentiu seus músculos ficarem relaxados e depois de alguns segundos não sentiu eles mais,ele adorava aquilo. O toque irritante do seu Iphone ecoou no quarto,ele sentiu seu celular vibrar cada vez mais forte no seu bolso. Abrindo os olhos irritado ele pegou o celular. Fechou os olhos com força,esperando que a tela do seu celular se transforma-se em uma rápidamente.

– Alô?

– Eai cara!- ele reconheceria a voz de Luke em qualquer lugar.- Como você está?

– Você acabou de interromper meu momento de glória.- Percy falou rindo do seu próprio estado.

Luke gargalhou no outro lado da linha.

– Não é bom você se drogar essas horas.- Percy não ligou para o seu comentário.- Enfim, o que você acha de ir em uma festa hoje?

– Festa? Que horas?- Percy perguntou com a língua um pouco enrolada.

– No mesmo horário de sempre,no mesmo lugar de sempre. Você vai?

Ele respirou fundo.

– Eu não sei cara. Meus pais não estão querendo deixar eu sair de casa.

– E desde quando você obedece seus pais?

Ele riu.

– Diga para a sua mãe que a Thalia vai junto.- ele apresentou a solução.

– Ela não vai acreditar.- Percy disse rápidamente.

– Ela não vai acreditar na verdade?

E a sua mente funcionou por um segundos.

– Você quer que eu leve a Thalia?!- ele praticamente gritou.- Você quer que a sua namorada fique no meio de todas aquelas pessoas?!

– Você sabe que eu não quero mas você é o meu perceiro nessa,a festa não vai ter graça sem você.

– Tudo bem,tudo bem.- Percy tossiu.- Eu vou.

– Esse é o Percy que eu conheço! Mas olha

Antes que ele pudesse terminar a frase Percy largou o meu celular e se deitou na cama observando o teto branco virar preto. Deu uma última risada antes de ir para o seu paraíso.





– Percy,querido,abra essa porta.- ouvi a minha mãe dizer.

Abri os olhos rápidamente e me vi deitado no mesmo lugar onde havia adormecido. Coçei os olhos e peguei o meu Iphone vendo as horas, ” 10:00”. Eu estava 2 horas atrasado para a escola,eu não ligava para isso.

– Deixe-me tentar.- dessa vez eu ouvi uma voz grossa.- Percy saía do quarto ou eu irei quebrar essa porta.

Levantei dando um suspiro de raiva e destranquei a porta. Abri e dei de cara com os olhos zangados do meu padrasto.

– Sabe.-engoli o seco.- Gentileza é bom as vezes.

Ele respirou fundo.

– O que você pensa que estava fazendo? Você tem ideia de como preocupou a sua mãe?

Eu fechei os olhos lentamente, a voz dele ecoava em meus ouvidos. Os efeitos da droga ainda não haviam passado

– Você está pelo menos me ouvindo?

– Espere um segundo.- respirei fundo.- O efeito ainda não passou totalmente.

– Você deve estar bricando.- ele murmurou.- Sally,você precisa levar esse garoto em algum médico.

– Paul,não fale assim com ele.- ouvi minha mãe dizer,como sempre,ela estava me defendendo.

– Sally,eu estou apenas preocupado. Seu filho está em um caminho que não tem volta.- abri meus olhos vendo ele.- E você está 2 horas atrasado para a escola.

Depois disso ele desceu as escadas,parecendo que estava tentando quebrar cada degrau. Voltei os meus olhos para a minha mãe,meus olhos se encontraram com os dela no mesmo segundo. Essa era a pior parte,encarar os olhos decepcionados da minha mãe.

– Querido,o que aconteceu?-ela perguntou colocando a mão em meus braços.- Você lembrou dela?

Eu balançei a cabeça negativamente.

– Está tudo bem mãe.

Ela respirou fundo e colocou a mão na minha testa.

– Você está quente.

– Você sabe que esse é um dos efeitos.- disse engolindo o seco.- Vou ficar bem ok?

– Tudo bem.-ela falou ainda não convencida.- Tome um banho.

Assim que ela saiu eu fehcei a porta com força. Me olhei no espelho dando de cara com a minha aparência horrível que eu já estava acostumado. Tirei minha camisa e o resto da roupa lentamente. Liguei o chuveiro frio e rápidamente fui para debaixo dele. Era um alívio sentir a água gelada tocar a minha pele.

Eu ainda teria que pedir para a minha mãe a permissão para ir a essa maldita festa. Peguei o sabonete com raiva e ensaboei as minhas costas. Depois de uns 30 minutos resolvi desligar o chuveiro,vi meus dedos da mão ficarem enrrugados como a pele de alguém idoso. Me sequei e enrolei a toalha em minha cintura. Vesti a droga de uniforme que eu usava fazia séculos já e desci as escadas.

– Você nunca aprende não é?- minha mãe perguntou arrumando a gravata em meu pescoço.

– Se eu gostasse do uniforme,eu aprenderia a dar um nó nessa gravata idiota.- falei rindo.

Ela sorriu.

– Você é igualzinho a ele. Ele ficaria muito orgulhoso.

Minha mãe não precisava dizer nenhum nome para eu descobrir de quem ela estava falando. Meu pai. Minhas memórias dele são poucas,quando ele morreu eu tinha apenas 6 anos,mas eu consigo me lembrar exatamente do meu último dia com ele. Foi antes dele sair para uma viagem de negócios,a sua última viagem de negócios.

– Eu vou voltar logo ok? Eu prometo.-ele disse antes de depositar um beijo na minha testa.

– Como eu posso saber que você realmente vai voltar?- perguntei inocentemente.

– Eu sempre volto garotão! E dessa vez não será diferente.- ele bagunçou meus cabelos.- Quando eu voltar,nós vamos ir para o Havaí e você vai nadar com os tão sonhados golfinhos!

– Nós vamos para o Havaí?!

Ele assentiu sorrindo.

– Sim! Nós vamos! Mas você precisa se comportar viu? Precisa ser um bom menino,fazer o dever e

– E comer verduras!- complentei a frase dele.

Ele riu novamente.

– Se comporte.- ele se levantou e foi até a minha mãe. Eles conversaram sobre alguma coisa e ela a beijou,de um jeito tão apaixonante que me fez querer casar algum dia e ele se foi.

Duas horas depois,nós recebemos a notícia que seu avião havia caído no pacífico. Como uma estúpida criança,eu não fazia ideia do que isso significava. Não sabia o que significava a minha mãe chorar como doida e as minhas tias a abraçarem,não entendia o que Thalia,Jason,Bianca e Nico falavam para mim quando eles diziam “ Vai ficar tudo bem,o seu pai foi para um lugar melhor.” Eu apenas entendi o que realmente havia acontecido quando o enterro do meu pai aconteceu. Eu não preciso comentar que foi o pior dia da minha vida.

Antes que a minha mãe pudesse chorar,abraçei ela.

– Ele ficaria orgulhoso de ter um filho drogado?

Ela me olhou séria.

– Não foi isso que eu quis dizer.

– Eu sei que ele ficaria.- falei rindo e me separei dela.

Ela fungou e sorriu.

– Você ficou mais bonito do que eu imaginava.

Nós dois rimos.

– Agora vá antes que você se atrase.

Eu engoli o seco.

– Mãe,eu posso ir em uma festa hoje?- perguntei.

– Uma festa? Hoje?- ela perguntou séria.- Depois do que você me aprontou semana passada?

– Mãe,eu sei que você nunca vai deixar mas a Thalia vai comigo!

– Ela vai com você?! Desde quando?-ela perguntou desconfiada.

– Ela queria ir em uma festa! Na verdade foi ela que deu a ideia.- menti.- Ela vai passar aqui em casa e então eu,ela e o Luke vamos juntos.

– Você tem certeza que ela vai mesmo?

– Certeza absoluta.

Ela me olhou séria por alguns segundos.

– Okok,tudo bem você pode ir.- corri para abraça-la.- Mas se alguma coisa acontecer,você já sabe qual vai ser a sua punição não é?

– Eu juro! Juro,juro que nada vai acontecer!- garanti





– Não.- ela disse grossa.

– O que?!

– Não,não e não!- ela disse enquanto fechava o armário na minha frente.

– Ah,vamos lá Thalia.- implorei.

– Eu não vou nessa festa! Já disse.- mumurou ela irritada.- Por que eu iria?

– Porque você é a minha prima querida e eu quero muito que você vá!

Ela me olhou dúvidosa.

– A verdade Percy.

Eu suspirei.

– Tá,tudo bem.- falei me rendendo.-Minha mãe só vai deixar eu ir caso você vá.

Ela riu.

– Não ria de mim!Você sabe que a minha mãe não deixa eu sair desde,desde

– Desde que você virou um perdido na vida?-ela completou a minha frase.

– Desde o acidente da semana passada.- corrigi ela.

– Ah Percy.-ela falou olhando para mim.- Acho que você não vai ir então. Sem chances de eu ir,passar bem.

– Thalia,espera.- falei segurnado o pulso dela antes que ela fosse embora.- Por que você não quer ir?

– Porque não! Você sabe que eu posso ser um pouco rebelde e coisas do gênero,mas eu não estou nenhum pouco afim de ir em uma festa onde só tem drogas,bebida,pessoas fazendo filhos...

– Mas essa é a graça da festa!- exclamei.

Ela revirou os olhos e tentou se virar novamente.

– Vamos Thalia!- falei olhando em seus olhos.- Por favor,faça isso para mim. Para o seu priminho querido... Vamos lá.

Ela continuou calada.

– O seu namorado vai estar lá e dúvido que você vai querer deixar ela com todas aquelas meninas bebâdas...

Ela me encarou furiosa. Eu havia pegado no ponto pesado. Ela colocou a mão na testa.

– Tá,tá,eu vou!

Meu rosto se iluminou.

– V-v-v-ocê vai?-perguntei sorrindo.

– Vou!Mas saiba que isso não vai ser por você.-ela disse apontando para mim.

Eu abraçei ela com uma força que nem eu sabia de onde ela havia saído e beijei sua bochecha milhões de vezes. Aquele era o dia mais feliz da minha vida.

– Obrigado Thalia!

– Argh Percy.-ela disse me afastando.- Você sabe que eu não gosto que as pessoas saibam que nós somos da mesma família.

– Todos nesse colégio já sabem querida...

– Tanto faz.-ela disse.- Mas você precisa me prometer uma coisa.

– Qualquer coisa.- falei sorrindo.

– Ninguém pode saber ok? Você sabe o que pode acontecer caso alguém saiba que eu fui nessa festa...

– Minha boca é um túmulo prima.- falei debochado.

Ela me olhava séria.

– Quando eu disse ninguém,quis dizer uma pessoa em especial.

Senti meu rosto ficar vermelho e as minhas mãos suarem. Thalia sabia que tocar nesse assunto era igual colocar o meu coração no frizer por dias,anos. Antes dela continuar,eu cortei as suas palavras friamente.

– Você não precisa dizer o nome dela,eu sei quem você quis dizer.

Ela suspirou.

– Tudo bem então. Mas agora vá,ela está vindo para cá.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiariam? Continuo ou não? Por favor,opinião nos reviews galera! Até o próximo beijos