Hate escrita por Etrom


Capítulo 10
Capítulo 10: Bancando os detetives...


Notas iniciais do capítulo

AEEEEEEEE hate está de volta, com mais um capítulo sensacional para os meus leitores sensacionais. Uma boa leitura, este capítulo está meio confuso, mas tudo ser explicado, eu juro. Mais uma vez, mil desculpas pela demora... Bom divertimento!



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– Já chega. Desisto. Estou indo embora.

Me afastei do corpo inconsciente de Billie caído na areia e de Dylan, parado perto dela, com a boca aberta e os olhos arregalados, incrédulo. Fui em direção ao mar. Quando estava a uns três metros dele, Dylan correu atrás de mim e agarrou meu pulso.

– Ei! Aonde está indo? O que houve?

– O que houve? – perguntei, tentando me soltar. – Acho que você sabe muito bem o que HOUVE. E, para sua informação, estou indo embora. Nadando mesmo.

Me livrei dele e continuei andando. Um milésimo de segundo depois, senti sua mão em meu ombro, me detendo novamente.

– Nadar? – ele estava sério. Me livrei novamente e andei, a água já tocando meus pés. – Você ao menos sabe nadar?

– Sei o básico. O resto aprendo na prática. – corri até a água atingir meus joelhos e estava pronta para mergulhar em uma onda quando os braços de Dylan envolveram minha cintura e me puxaram para longe da água.

– Me largue! Vou embora desta ilha maluca! SOLTA, Dylan!

Mas ele não soltou até me carregar para longe do mar, quas e no limite da floresta, e me colocaar no chão.

– Não. Não vou deixar que uma confusão momentânea acabe te matando. Para, Abby!

Ele viu que eu tentava me debater para escapar e entrar no mar de novo, então segurou meus pulsos com as mãos e minhas pernas com o peso do próprio corpo.

– Não, não. Ou esta ilha é louca ou eu estou ficando, Dylan, e se tenho certeza de alguma coisa é de que não quero ficar para descobrir a resposta. Melhor tentar a sorte no mar. Agora, ME LARGA!

– Ei, ei! Abby, olhe pra mim – ele pediu, a voz tão calma que acabei olhando. Seus olhos azuis estavam extremamente abertos, e olhavam diretamente nos meus com intensidade. – Você não está ficando louca! Ou, se está, não é só você. Somos nós três. Então, vê se para com a palhaçada e me ajuda aqui com a Billie.

– Foda-se a Billie. Espero que tenha morrido. Todos nós merec... – arregalei os olhos – Então é isso! Nós três morremos e estamos no inferno. Tem razão, tia, eu deveria ter ido á igreja...

– Besteira. Mas é claro que não estamos mortos. – ele respondeu, se afastando e tirando a areia das mãos.

– Ah, é? Como pode ter certeza? – sentei na areia e cruzei os braços, com raiva – Não saberia se estivesse morto.

Dylan respondeu estendendo o braço e me beliscando.

– Ai! Por q...

– Se dói, então não estamos mortos.

– Ótimo meio de me mostrar isso, inteligência. Mas concordo em discordar.

Ele riu.

– Certo. Agora, o que vamos fazer com a Billie?

– Afogamos?

– Hum, não.

– Entregamos para as sereias assassinas, então?

– Ah... Não.

– Ah, já sei! Cobrimos ela de carne de peixe e esperamos que os predadores venham.

– Tenho certeza de que poderíamos ser presos por isso.

– Argh! – bufei – Não tenho mais ideias.

Dylan riu de novo.

– Poderíamos começar tentando acordá-la, o que acha?

Bufei de novo e me levantei. Fui até Billie, me curvei em direção a seu ouvido e berrei seu nome o mais alto que pude. Teria sido engraçado se ela não tivesse se levantado de súbito e batido a cabeça na minha.

– Ai! Precisava me dar uma cabeçada? Foi com a melhor das intenções – falei, esfregando a testa e tendo certeza de que Billie não ia ouvir em meio ás gargalhadas de Dylan.

– E você ainda me culpa? Berra o meu nome a centímetros de mim! Eu podia ter ficado surda, sua indecente. – ela responde, fazendo caretas de dor.

– Não foi culpa minha que você desmaiou, certo? Culpe as árvores. – retruquei.

Baixou o o maior silêncio na praia. Com toda aquela balbúrdia, todo mundo havia esquecido o por quê de afinal a Billie ter desmaiado: árvores falantes.

Nos entreolhamos por alguns momentos, até que eu suspirei e disse:

– Bem, se conseguimos lidar com sereias assassinas, tenho certeza de que também conseguimos aguentar árvores falantes, pessoal. Afinal, elas não podem se mexer, de qualquer maneira.

Então nós três encaramos as árvores como se esperássemos que alguma delas realmente se movesse. Passaram-se dez segundo sem ninguém respirar, mas, como nada aconteceu, relaxamos de novo.

– Ao menos isso é tranquilizante. Falam, mas não se mexem. Ufa! Estou tão aliviada... – começou Billie.

– Hum, sei. O que eu queria saber mesmo é o que diabos á de errado com essa ilha maldita. – falou Dylan, ainda estudando as árvores.

– Eu já te disse o quê há de errado com a ilha. Não É uma ilha. É o inferno, Dylan. – corrigi.

– Eu queria que tivéssemos um jeito de descobrir – continuou ele, aparentemente me ignorando.

– E talvez tenha! – falei, arregalando os olhos.

– E como seria isto, pode me dizer? Por que eu não...

– Quieta, Billie. Olha só, é o seguinte. O que a gente tem que fazer é...

. . .

– Retiro o que disse sobre você não estar louca, Abby. É capaz que esteja mesmo. – Dylan disse, após eu ter terminado de contar meu plano.

– Ah, deixa disso. Agora que eu sei que estamos mortos, vale a pena correr o risco – dei de ombros.

– Eu já te disse. Não estamos mortos e isso é loucura. Aí sim acabaremos mortos – Dylan falou, passando a mão pelos cabelos loiros.

– Bom, temos uma escolha melhor? Apodrecer nesta praia comendo peixe e bebendo água de coco, dormindo em camas de folhas? Se meu plano der certo, saberemos mais sobre este lugar maldito, e, quem sabe, mais ou menos onde ele fica. É a nossa melhor chance.

Caso consigamos... E isto é puramente suposição... e descubramos onde estamos exatamente, mesmo assim, como pretende sair daqui? Tem algum plano brilhante que não nos contou? Algum que talvez não envolva nos matar? – Dylan cruzou os braços e me encarou. Ainda estava calmo, mas de um jeito sinistro, como se fosse um assassino de um filme de terror.

– Ainda estou trabalhando nisso. Mas, primeiro o que vem primeiro. Vocês topam ou não? Não vou conseguir fazer o que tenho em mente sozinha – continuei, esperando conseguir convencê-los.

– Está doida. Nem morta que vou fazer o que você disse... é suicídio. Não, obrigada. No dia em que eu me odiar o bastante para querer me matar, te procuro – Billie também cruzou os braços e sentou na areia, encarando o mar – bem longe das árvores, por sinal.

– Bom, tecnicamente, se já estivesse morta, não teria como cometer suicídio... – Billie me encarou como se eu tivesse acabado de ofendê-la mortalmente. Dei de ombros – Deixa pra lá. Enfim. Se vossa alteza real tem alguma ideia melhor, apresente-a para nós, e eu esqueço o meu plano maluco.

Eu e Dylan encaramos ela, mas óbvio que a garota não disse nada.

– Foi o que pensei. – falei, segurando o sorriso – Bom, mãos á obra, pessoal. Billie, pegue o que restou do cipó que usamos para construir o abrigo, e Dylan, pegue meu isqueiro e as duas lanças. Temos um trabalho á fazer.

. . .

– Então, o que exatamente tenho de fazer agora?

– Ah, enfiar a cabeça no lago como tinha feito antes. – expliquei. – Só tempo o suficiente para ter certeza de que elas o seguirão até a superfície.

Dylan não hesitou, mas Billie sim.

– Espere! Tem certeza de que isso vai funcionar? – ela perguntou, segurando a corda de cipó com força. – Digo... Não parece muito seguro.

– Não, não tenho – falei, ajeitando a lança na mão. – Pode ir, Dylan. Estou pronta para espetar a filha da puta se algo der errado.

– E bom que esteja mesmo... – foi a última coisa que disse antes de se ajoelhar na beira do laguinho e meter a cabeça loira dentro dele.

Demorou uns quinze segundos para que voltasse á superfície.

– Tem uma vindo – falou, ofegante – Preparem-se.

Segurei a lança com mais força, Billie gemeu. Então os cabelos ruivos e molhados da sereia apareceram, e logo depois seu rosto.

Porém, Dylan, ao invés de gritar e pular para longe, esperou ela atacar e, quando ela o fez, agarrou seus pulsos e puxou-a para fora da água. Billie não perdeu a deixa; jogou a corda em volta de sua cintura e apertou-a o quanto pôde. Ajudei-os a levantá-la e nos afastarmos do lago antes que as outras viessem.

A sereia se debatia e guinchava, mas eu, Dylan e Billie finalmente conseguirmos arrastá-la de lá e levá-la para a cachoeira, livre outras sereias. Então a amarramos pelos pulsos em uma árvore na margem da piscina natural, pouco mais da metade do corpo para fora, a cauda se debatendo tentando escapar.

– Tá bom, pode parar! – berrei, apontando a lança para ela – Temos algumas perguntas, e você vai responder querendo ou não. Já aguentamos o suficiente dessas bizarrices.

– Eu concordo – Dylan apoiou – Enfim. Que lugar é esse? Onde estamos?Como saímos daqui? Pode começar a falar!

A sereia não respondeu, apenas chiou, como se esse fosse o único som que soubesse produzir. Continuou a nos ignorar e tentar se soltar das cordas.

– Hã, na nossa língua desta vez, por favor? – pressionei, a ponta da lança á centímetros do rosto dela.

A sereia parou de se mexer, mas continuou chiando. Nós três a encaramos e depois nos entreolhamos. Mas a primeira a ase pronunciara, como sempre, foi Billie.

– Bah! Ótimo plano, azulzinha. “Interrogue uma sereia”, não é? E como exatamente faremos isso se a droga da sereia nem fala a nossa língua? Por que falaria, afinal? Ela mora debaixo da água! – ela jogou os braços pro ar em frustração e se afastou de nós. Suspirei.

– Bom, falando nossa língua ou não, ela vai nos responder. Vai ficar aí até nos contar o que queremos saber. – disse, olhando para a mulher metade-peixe ruiva.

Ela chiou de novo e desviou o olhar como se dispensasse a idéia.

– Não acredita em mim? Vejamos então. Venham, pessoal, vamos embora. – falei, chamando Dylan e Billie. – Vamos deixar ela aí tomando um solzinho enquanto fazemos um lanche.

Já havíamos saído da água e estávamos realmente nos afastando da cachoeira quando ouvinmos outro chiado, e então mais alguma coisa.

Etrom...

Parei e girei, me voltando para ela.

– Como é?

A sereia chiou de novo e continuou, sua voz similar a qual eu imaginaria em uma cobra, se cobras pudessem falar.

Você queria saber onde está. Esta é a Ilha Etrom.

Hum... Ilha Etrom, né? Tem um nome? Por quê teria um nome? É uma ilha deserta. – dei de ombros – A não ser, é claro, por vocês e as árvores falantes.

A sereia riu, ou ao menos imagino que riu.

Vocês não sabem nada sobre nossa ilha. Há muito mais aqui do que apenas sereias e... Como chamaram?As “árvores falantes”. Muito além da imaginação, a Ilha Etrom é conhecida e temida pelo mundo inteiro.

Desta vez quem riu foi Billie.

– Ah, é? Então como nunca ouvi falar desta ilhazinha sua? – a loira cruzou os braços e encarou a sereia como se estivesse a desafiando para um concurso de moda.

Vocês são tolos – a sereia continuou – Humanos sempre foram os mais burros, sempre. Para protegerem suas mentes, nos chamam de “ficção” e fingem que não existimos. Mas isto é puro medo. Quanto á localização, não é certa. Não existe um certo lugar no globo onde você possa dizer que ela fica. A Ilha se movimenta de acordo com seu desejo.

Tudo bem, agora você está falando besteira. Não queremos mentiras. Olha só, realmente precisamos ir embora. Não pertencemos a este lugar. Então, colabore. Assim que formos embora, jamais importunaremos vocês de novo. Só nos diga alguma coisa. – insisti, andando alguns passos para dentro da água.

Ela chiou mais uma vez, como se estivesse prestes a nos contar algo super secreto.

Não posso contar a vocês.

– Ah, é? Então acho que eu vou... – estava indo embora de novo quando ela me interrompeu.

Espere! – ela estava ofegante, os olhos verde esmeralda brilhando de raiva – Seu destino já está selado, Abigail Heart. Os helicópteros os encontrarão em duas semanas. Permaneçam vivos até lá, e poderão ir embora da Ilha Etrom – ela sorriu – Se conseguirem não morrer, é claro...

– Bom, então acho que é isso o que vamos descobrir – falei, devolvendo o sorriso.



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Notas finais do capítulo

Essspero que tenham gostado, o próximo chega mais rápido, juro pelo cabelo azul da Abby, e se acharem que eu mereço um reviewzinho eu ficaria muita agradecida. ^^ Beijos, marinheiros. Câmbio, desligo.mp3 player



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