Ironias da Vida escrita por Cahxx


Capítulo 6
Capítulo 6




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– Bom – começou Hermione – Tudo começou muito tempo atrás, quando um bruxo poderoso chamado Voldemort, assassinou os pais do meu amigo, Harry Potter. No entanto, quando a mãe de Harry morreu tentando protege-lo, o feitiço refletiu e voltou contra Voldemort, que foi quase destruído.

“Harry virou uma lenda e passou o resto de sua juventude tentando encontrar uma forma de derrotar Voldemort, pois segundo uma profecia ‘Um não poderia viver enquanto o outro estivesse vivo”. Bem, depois de uma grande guerra e inúmeras mortes, finalmente Voldemort foi destruído.

– E como conseguiram mata-lo?

– Exatamente. É aí que se encontra o dilema. Quando jovem, Voldemort utilizou-se de um feitiço chamado “Horcrux” no qual possibilitou que ele pudesse dividir sua alma em sete partes, ou seja: para que ele fosse morto, as sete partes precisavam ser destruídas e finalmente seu corpo tornar-se-ia mortal.

– Caramba... Entendi...

– Então, meus amigos e eu destruímos todas. No entanto, fazendo algumas pesquisas, ao acaso me veio a ideia da possibilidade de Voldemort ter criado uma oitava Horcrux. Mas isto não seria possível, pois se assim o fosse, ele não teria sido morto. Então pensei que talvez esse oitavo pedaço, fosse algo a mais, algo para revivê-lo.

– E como você teve essa ideia?

– Não sei. Ninguém sabe. A única coisa que se sabe, é que não fui a única a ter esse pensamento: vários outros bruxos o tiveram no mesmo instante. Foi como se a própria Horcrux decidisse se revelar ao mundo, entrando na mente de pessoas, conduzindo-as até si. Eu fui uma dessas pessoas.

– Agora tô entendo tudo. E a vidente?

– Bem, a vidente é uma velha conhecida que tem nos ajudado a descobrir o paradeiro da peça, descobrir se outros grupos estão próximos disso, etc.

– Você e seus amigos não estão pretendendo revive-lo... Estão?

– Claro que não! – exclamou Hermione ofendida – Isso seria a pior coisa do mundo! Perdemos família, amigos, conhecidos! Eu fui obrigada a apagar a memória de meus pais e faze-los se esquecer de mim! Meu amigo, Rony, perdeu um irmão! Todos sofremos! E exatamente por isso estamos nessa busca: para impedir que tudo volte a acontecer!

– Sinto muito...

– Nossa última perda foi recente: Hagrid. Um grande amigo nosso – e ela riu, com lágrimas nos olhos – Foi morto por ex seguidores de Voldemort que estão tentando revive-lo. Dean, entenda que não estamos por mal nisso tudo!! Nós somos o lado do bem! Nós queremos evitar que o mundo sofra novamente!

– Bem, tem gente que pensa que é o contrário – comentou ele, por entrelinhas.

– Eu sei! Por isso corremos do seu amigo ontem... Ele é um deles. Muitos comentários terríveis foram espalhados sobre nós. Comentários dos que estão contra nós. Seu amigo tem amizade com ex seguidores de Voldemort, que estão fazendo a cabeça dele! Você tem que acreditar em mim!

– Eu acredito Hermione! Eu acredito agora! E eu irei ajuda-la! Eu... – Dean ouviu Gordon chiar no comunicador – Só um minuto – e se afastou – Que foi Gordon?

Você está demorando demais! O que tá acontecendo? Encontrou a garota?

– Ah, bem... Não. Estava até agora esperando que ela aparecesse, mas acho que furou comigo...

– Ah cara! Que merda! Onde é que você está mesmo?

– Na praça central... Eu...

– Espera aí cara, estamos tentando localiza-la! Parece que Crabb conseguiu rastreá-la! Ela não está na praça... Tá num bar, a leste daí!

– O que?!

– É isso aí cara! Vá pra lá! Encontraremos você nesse bar e pegaremos a garota juntos! Desligo!

– Espera! Droga...!

Dean voltou para perto de Hermione.

– Anda! Temos que sair daqui!

– O que?!

– Encont...

Mas antes que Dean pudesse terminar de falar, as portas do bar foram arrombadas. Gordon entrou com os dois homens do clã, atirando dardos paralisantes nas pessoas, expulsando outras, num total alvoroço.

– Gordon! – gritou Dean.

– Aí está você... – sorriu Gordon, maliciosamente, para Hermione. Esta estava parada em pé, ao lado da mesa, surpresa, mas ainda sim, séria, encarando Gordon e desafiando-o com o olhar – Venha aqui! Sua cadela imunda...

– Estupefa! – gritou Hermione atirando com sua varinha e abaixando-se ao mesmo tempo, para trás do bar.

– Peguem-na! – ordenou Gordon. Os dois homens se posicionaram cada um de um lado diferente. Sam puxou Dean para junto de si, atrás de Gordon.

– Sam, idiota! O que está fazendo?!

– EU é que pergunto! O que VOCÊ está fazendo?!

– Pensei que estivesse do lado dela! O que deu em você?

– Só estou do lado que salva nossa pele! Se ficarmos contra Gordon, o clã inteiro nos extermina!

– Mas que covardia, imbecil! Me solta! Ela precisa de mim!

– Não Dean! Não há nada que você possa fazer!

Enquanto isso, Hermione continuava agachada atrás do bar. Calculava a melhor hora para levantar-se. Criou coragem e apareceu gritando outro feitiço:

Bombarda!

Mesas e cadeiras se explodiram, próximas a Gordon, Sam e Dean.

– Vadia! Não a deixem escapar!

Hermione apareceu mais uma vez, preparando um novo ataque, mas um dos homens foi mais rápido e atacou-a:

Sectusempra!

Hermione caiu pra trás, com um baque no chão. Todos se aproximaram e olharam por cima do balcão: ela estava caída, tremendo, com um grande sangramento na barriga.

– Hermione! – gritou Dean.

– O que? – Gordon surpreendeu-se com a reação de Dean – Está do lado dela?

– Gordon, você tem que parar! Ela não é culpada! É inocente!

– Mas que porra você tá dizendo moleque?! Ela enfeitiçou sua cabeça? Sam, dê um jeito no seu irmão!

– NÃO! Não faça isso Gordon, ou EU acabo com a sua raça!!!

Gordon o encarou sorrindo:

– Acho mais fácil acontecer o contrário. Dean, garoto, você sabe que nós somos caçadores. Caçamos seres sobrenaturais que merecem ser punidos. E bem, isso inclui bruxas. Homens: façam-na implorar por misericórdia.

Os dois aproximaram-se. Um deles apontou a varinha e:

Crucio!

Hermione gritou de dor e se contorceu pelo chão. A barriga sangrando, e o corpo tremulo.

Crucio! – foi a vez do outro. E um novo urro de dor ecoou pelo lugar. Dean torcia a cara a cada grito da garota, e uma lágrima descia por seus olhos.

– Para!!! Filho da put*!

– Crucio!

– Eu vou ACABAR com você!

Mas no exato instante em que mais um crucio ia ser disparado, alguém gritou algo da porta e as varinhas dos dois homens voaram.

– Expelliarmus!

Todos se viraram para a entrada e se depararam com um homem de sobretudo marrom, cabelos desgrenhados e um tapa olho muito assustador.

– Crabb! Goyle! Gordon... Enfim, nos encontramos novamente...

– Moody... – rosnou Gordon.

– Agora! – gritou Moody. Várias pessoas entraram no local disparando feitiços contra os três. Sam puxou Dean para um canto, se protegendo da briga. O trio estava em desvantagem e após um urro de fúria, Gordon e os demais desapareceram no ar.

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– Mione! – gritou Tonks se aproximando da garota. Ela e Moody cuidaram dos ferimentos da menina, enquanto Harry e os demais ajudavam Sam e Dean a levantar, se acalmar e tentar entender tudo. Após ter suas feridas fechadas e as energias renovadas, Hermione sentou-se e suspirou.

– Foi crueldade o que fizeram a você, menina. Mas isso é para aprender a NÃO me desobedecer! Eu lhe avisei para manter a guarda e NÃO se misturar por aí! Você falhou no acordo!

– Quieto Moody! – gritou Tonks – Isso não é coisa que se fale!

– Hu... Quanto a vocês – e o homem olhou para os irmãos – Precisamos ter uma conversinha...

Moody levou os garotos para um canto, para lhes explicar tudo: desde o começo da descoberta, até o assassinato de Hagrid e as diversas missões que tiveram tentando conter destruições. Também explicou sobre as perseguições de Gordon e sua aliança aos comensais da morte.

– Então Gordon agora é um deles?

– É o que parece.

– Mas por quê? O que ele ganha com tudo isso?

– O que todos os demais comensais esperam com sua servidão: proteção de Voldemort, poder, riqueza, etc. Mas nunca os têm, não é verdade? E quase que vocês entram nessa. Agora só resta a vocês dois decidirem pra que lado vão.

– Eu já disse que farei de tudo pra ajudar Hermione.

– Ótimo. Sendo assim, acho que já está na hora de lhes mostrar umas coisas.

Dizendo isso, Moody assobiou e um grupo de vassouras se dirigiu flutuando até eles ao lado de estranhos cavalos cadavéricos com asas negras.

– Escolham um veículo e montem nele.

Dean e Sam foram conduzidos aos testrálios: Sam foi com Gina, e Dean com Harry.

– O que são essas coisas? – perguntou Sam.

– Interessante vocês poderem vê-los, pois só podem ser vistos por pessoas que já presenciaram a morte.

Com um solavanco, todas as criaturas içaram voo. Dean adorou a viagem e com o tempo passou a achar que os testrálios eram criaturas magníficas. Um instante pode dar de cara com Hermione, voando com Tonks num outro animal. Ele sorriu pra garota, mas esta simplesmente baixou o olhar, tristemente, e ignorou-o.

Chegaram a um morro e aterrissaram num jardim repleto de folhas vermelhas pelo chão e estátuas de pedra. A frente erguia-se um pequeno castelo de pedra com uma grande porta dourada.

– Bem vindos a Guilda Hogwarts!

Os rapazes ficaram admirados com a construção. Conheceram todos os pátios, salas e todas as histórias por trás da guilda, que antes fora uma gigante escola. Dean tentou diversas vezes falar com Hermione, mas a garota se afastava sempre.

Pela noite, todos se reuniram numa grande sala circular.

– Bem – começou Moody – Estamos aqui reunidos para saber se os, rapazes aí, se eles vão de fato se juntar a nós. A vocês dois, digo que não há mais meios de lhes provar que somos o lado do bem. Já dissemos tudo que tínhamos pra dizer, e agora só cabe a vocês aceitarem ou não.

– Mas é claro que aceitamos! – exclamou Dean – Desde o começo eu sempre quis ajuda-los! Estamos com vocês pro que der e vier! Não é Sam?

Sam simplesmente concordou com a cabeça, contrariado.

– Pois bem, vou lhes passar as coordenas de como serão as missões.

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Ao término da reunião, Dean seguiu Hermione para tentar conversar com ela.

– Hermione!

– O que foi? – perguntou a garota parando bruscamente no meio do corredor.

– Preciso falar com você. Me desculpe pelo que aconteceu. Eu não tenho nada a ver com Gordon! Tentei fazer de tudo pra que ele não a encontrasse, mas falhei...

– Me perdoe...

Hermione virou o rosto e encarou a paisagem que erguia pela janela ao lado.

– A culpa não foi sua... Não devia tê-lo envolvido nisso.

– Não! – exclamou Dean e ela o encarou – Não diga isso! Eu realmente quero ajuda-la! Hermione, desde a primeira vez que a vi eu senti algo por você... Senti vontade de protegê-la, de salva-la de... Ama-la.

E a face da garota anuviou-se com a última palavra. Dean aproximou-se dela, tocando suas mãos.

– Não me afaste disso... Me deixe ficar perto de você e tentar fazê-la feliz... Me deixe protegê-la... é tudo que peço.

Hermione gemeu algo que Dean não conseguiu entender.

– O que?

– Tá... – repetiu ela. Dean se surpreendeu com a resposta. Seu coração acelerou. Ele não pode conter-se e beijou-a. Ali. Naquele exato momento. E por longos instantes, os dois puderam esquecer-se de tudo e de todos. Por longos instantes seus temores foram postos de lado.

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