Depois da última detenção de Draco, o garoto chegou eufórico na sala comunal contando tudo que havia acontecido. Inclusive que Potter e sua amiga Granger haviam sido pegos na mesma noite de Draco e Astoria logo após eles levarem um sermão de Severus Snape e voltarem cabisbaixos para sala comunal da Sonserina.

Conforme os últimos ocorridos e as notas dos exames, os Grifinórios cairam na pontuação, e consequentemente a conquista da taça das casas se distanciara dos seus sonos. E para felicidade dos sonserinos que levaram a sério todos os exames e tarefas, estavam em primeiro lugar novamente.

_GANHAMOS POR SEIS ANOS CONSECUTIVOS, E NÃO IRIAMOS PERDER PARA ESSES LEÕEZINHOS DE MEIA BOCA. – Gritava Marcos Flint, na sala comunal agitando os alunos.

O resto da semana passou correndo, e durante o último final de semana que os alunos teriam em hogwarts rolaram boatos de que o trio grifinório mais odiado por Draco Malfoy (Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley) tinham feito um ato heroico, onde conseguiram pegar algo relacionado a uma pedra ou talvez um elixir da vida. Sem dúvidas eram muitas informações para a cabeça de Astoria absorver. Mas o que a deixou curiosa fora o fato de que quem queria a tal pedra antes do trio era o professor Quirrel, que queria ajudar Você-sabe-quem.

_Será que é verdade?

_Sim, e o professor Quirrel iria ajudar você-sabe-quem a retornar ao poder.

_E o Weasley e a Granger ajudaram.

Ouvia os alunos conversarem no corredor.

As irmãs Greengrass já tinham as malas prontas para o retorno, então tiveram um tempo livro para curtirem a sala comunal que estava em ritmo de festa. Musica alta, comida que os garotos haviam pegado na cozinha, cerveja amanteigada  que os mais velhos trouxeram de Hogsmead – Povoado próximo a Hogwarts –  e vários docinhos.

_Olá, Greengrass – Cumprimentou Blaise, sentando-se ao lado da garota na escada que levava aos dormitórios.

_Olá, Zabini – Respondeu sorridente enquanto fechava um livro de contos em sua mão.

_A TAÇA É NOSSA – Marcos Flint passou gritando pelos garotos que riram.

_Eai, o que acha sobre os boatos de Potter?– Astoria perguntou intereçada.

_Claro, até os professores comentaram um dia desses.

_Sim, mas... Você acha que você-sabe-quem tentou retornar ao poder, e que o professor Quirrel tentou ajudar?

_Sinceramente, acho que essa parte são apenas boatos, mas ele bem que poderia estar interessado na pedra.

Astoria sentiu seu corpo estremecer ao imaginar como foi a época em que Lorde Voldemort comandava, e imaginou como seria ruim se ele retornasse.

_Você acha que ela o ajudaria a retornar? – Perguntou a garota apreensiva.

_Sim, ela continha o elixir da vida. – Astoria sentiu calafrios por todo o corpo.

_Mas não existem outras formas?

_Para falar a verdade não faço a mínima ideia, mas eai quer uma tortinha com recheio de morango? Trouxeram várias de Hogsmead! – O garoto mudou de assunto propositalmente.

_Claro. – Asty respondeu sorridente.

_Então quem chegar por ultimo é a mulher do sapo. – Dito isso o garoto disparou a correr na frente de Asty que arremessou uma almofada no colega, passando a sua frente.

E assim a noite foi chegando, e os alunos foram para o salão principal. Estava tudo decorado em verde e prata, cores da sonserina. Havia também uma enorme bandeira atrás da mesa dos professores.

_Boa noite, Srta. Greengrass – Cumprimentou Snape, enquanto passava pela mesa da sonserina com um ar importante e orgulhoso.

_Boa noite, Prof. Snape.

_Desejo-lhe boas férias.

_Obrigada – Astoria lhe respondeu sem jeito.

O barulho das algazarras foram sessando quando Dumbledore chegou. Daphne e Pansy que conversavam aos cochichos pegaram seus chapeis pontudos, antes postos à mesa, e os vestiram endireitando a coluna.

_Mais um ano se passou – Dumbledore dizia alegremente à frente de todos – E preciso incomodar vocês com a falação de um velho antes de cairmos de boca nesse delicioso banquete. E que anos tivemos! Espero que suas cabeças estejam um pouquinho menos ocas do que antes... Vocês têm o verão inteiro para esvazia-las muito bem, antes do próximo ano letivo.

“Agora, pelo que entendi,  a taça das casas de ser entregue e a contagem de pontos é a seguinte: em quarto lugar Grifinória, com trezentos e doze pontos; em terceiro, Lufa-Lufa, com trezentos e cinquenta pontos; Corvinal, com quatrocentos e vinte seis, e Sonserina com quatrocentos e setenta e dois pontos”

A mesa de sonserina se irrompeu em palmas, e todos os alunos se puseram de pé. Até mesmo Astoria comemorou junto de Pansy e Daphne.

_Sim senhores, Sonserina está de Parabéns – Nesta hora, o prof. Snape esbanjava um sorriso torto e batia palmas com um pouco mais de intusiasmo do que de costume – No entanto, temos de levar em conta os recentes acontecimentos.

A sala silenciou, e os sonserinos ficaram apreensivos, tentando decifrar o que ele quisera dizer com aquilo.

_Temos alguns pontos de ultima hora para conferir. Vejamos, sim...

“Primeiro: ao Sr. Ronald Weasley, pelo melhor jogo de xadrez presenciado por Hogwarts em muitos anos, eu confiro a Grifinória cinquenta pontos”.

 Foi à vez de Grifinória festejar. Os sonserinos apenas observavam sérios.

_Segundo: a Srta. Granger... Pelo uso de lógica inabalável diante do fogo, concedo a Grifinória cinquenta pontos.

Os Grifinórios voltaram a fazer barulho.

_Terceiro: ao Sr. Harry Potter. – Tudo ficou quieto, e Asty viu Draco ao longe com o rosto vermelho de raiva.

Era impossível ouvir “Harry Potter” e não se lembrar do loiro platinado, frio e orgulhoso. Mas o que chamou também a atenção de Asty era a reação dos sonserinos mais velhos, que distribuíram socos e muxoxos baixos ao longo da mesa.

Astoria fez as contas mentalmente chegando à conclusão de que estavam empatados.

_Esperem, por enquanto só empatamos... – Cochichou às pessoas que estavam por perto.

Dumbledore ergueu a mão, pedindo mais uma vez, silêncio.

_Existe todo tipo de coragem – Começou Dumbledore sorrindo. – É preciso muita audácia para enfrentar os nossos inimigos, mas igual audácia para defendermos nossos amigos. Portanto, concedo dez pontos ao Sr. Neville Longbotton.

Todas as mesas se corromperam em aplausos, com exceção de sonserina, é claro. Por um momento Astoria achou que Marcos Flint fosse vomitar um sapo. Malfoy ficou inconformado. Daphne, Pansy e Tiffany quase deixaram o queixo cair. Astoria observava séria, e o que lhe chamou muita atenção foi ver a mesa de Lufa-Lufa e Corvinal, euforicamente felizes.

Apesar das duas casas terem ficado por último, a felicidade de ver a casa mais odiada de toda hogwarts perdendo era impagável. Asty imaginou qual seria sua reação se estivesse ido para a Corvinal.

_O que significa que precisamos fazer uma pequena mudança na decoração.

Dumbledore bateu palmas e logo a serpente de sonserina desapareceu e o leão da Grifinória tomou seu lugar. Toda a decoração verde e prata tiveram de dar espaço para as cores vermelha e dourada que invadiram a sala de uma vez só. E feito isso, o prof. Snape apertou a mão da prof. Minerva com uma expressão nada contente.

Mesmo após toda a festa e todos os fatos, as notas não deixaram de vir. Astoria foi a melhor aluna de serie, logo em seguida veio Draco Malfoy e por fim Theodore Nott. Junto das notas vieram avisos aos alunos para que os alunos menores de dezessete anos não fizerem magia fora da escola. “Seria bem mais fácil fazer as coisas flutuarem até mim.” Reclamava Pansy.

Hagrid já estava levando os garotos para a flotilha de barcos que fazia a travessia do lago; tampouco já estavam embarcando no Expresso Hogwarts, desfrutando da imagem que corria pela janela, comendo sapos de chocolate, acalmando corujas...

Quando finalmente chegaram a estação em King’s Cross desembarcaram a procura de seus pais. Asty e Daphne seguiram em direção aos pais perto da parede que fazia a travessia para o outro lado conversando com o Sr. e a Sra. Malfoy.

Caminharam juntas de Draco em direção aos seus pais. E Daphne encarou o colega como se estivessem cumplice de algo. Os dois mal chegaram perto de suas mães e antes mesmo de cumprimentarem fizeram um pergunta nada delicada.

_O que vocês duas foram fazer em Hogwarts? – Perguntou Malfoy e Daphne as fitou com interesse.

As mães tentaram disfarçar, enquanto Grayer e Lucio sessaram a conversa para prestarem mais atenção.

_O que queriam com Sna.. – Daphne parou de falar quando recebeu um sinal para ficar quieta da mãe.

Astoria arregalou os olhos assustada com a reação da irmã e de Draco. Com certeza não poderia mais confiar neles. Encolheu os ombros ao receber um olhar de reprovação da mãe. Por um minuto o chão lhe pareceu mais interessante do que qualquer coisa a sua volta.

_Bom acho melhor irmos querido – Narcisa estendeu a mão à Draco que assentiu.

A família se despediu dos Malfoy, e assim que eles sumiram de vista pela parede sólida Grayer fez uma pergunta pouco baixa à mulher que respondeu que deveriam conversar sobre algo quando chegarem em casa.

_Bem meninas... Vamos? – A voz de Courtney saiu falha.

A família deu uma ultima olhada para a estação e foram embora.

Assim termina o primeiro ano letivo de Astoria na escola de magia e bruxaria, Hogwarts. A garota sentia falta de casa, mas com certeza sentiria mais falta da escola nesses dois meses de férias.