P.O.V. CARLISLE

O dia passou rápido, bem rápido. A cena do nosso primeiro encontro não saia da minha cabeça, eu tinha tantas coisas para pensar, mas só pensava nela. Minha mente não tinha outro foco, seu rosto ocupava a minha mente toda a vez que eu fechava os olhos. Seus olhos mais verdes que a  mais pura esmeralda me encantaram na primeira troca de olhares. Peguei seu livro em cima da cama e fui para a biblioteca. Sentei-me em uma das poltronas. Ouvi um barulho na porta, coloquei o livro ao meu lado, em um sofá. Olhei para frente, era Carmem, esposa de Eleazar.

- Majestade, desculpe-me se atrapalho sua leitura. – ela disse indicando o livro. Levantei-me e coloquei o livro no bolso. – Meu marido quer saber se o senhor tem alguma exigência em relação as lugares na mesa.

- Quero vocês dois, Edward e meus filhos perto de mim. Coloque o Duque Aro de frente para mim. – respondi.

- Tudo bem. Eleazar quer saber se  o senhor não se importa que ele venha lhe falar. – ela disse.

- Não, pode manda-lo vir. – respondi.

Ela assentiu e fez uma leve reverencia, depois saiu. Fiquei olhando pela janela dos fundos as biblioteca, as janelas davam diretamente para o bosque. Peguei seu livro no bolso novamente e comecei a folha-lo. Na ultima contra capa tinha uma coisa escrita.

“Um ótimo livro, para a melhor mulher do mundo.” – Seu filho adorado, Emmett.

É bom saber que foi o filho dela quem deu. Ou não. Será que ela é casada?! Meus Deus por que essa mulher me deixa assim?! A conhecia tão pouco tempo, e mau a conheci. Quando ela foi embora no bosque, era como se a minha metade tivesse partido junto com ela. Nunca foi tão difícil ver alguém virar as costas para mim. Ele fez eu me sentir muito estranho, eu perdi totalmente os controles do meu bom senso, eu agi errado em ter chegado perto dela. Meu Santo Deus, cale a boca Carlisle! Olhe o que está dizendo! Isso não foi errado, mas você a deixou assustada.

Sacudi a cabeça em negação. Olha o que ela está fazendo comigo, estou discutindo comigo mesmo. Isso é muito estranho, eu estou me mandando calar a boca. Nem Elizabeth, minha falecida esposa, me deixou assim. Nessa mulher tem algo especial, eu sei disso. Mas nem imagino seu nome, nem se ela é do reino, mas acho que sim, ela me conheceu como Rei. Eu percebi o jeito que ela me olhou, não sei se estou certo, mas nesse momento , eu tenho quase certeza que ela está pensando em mim.

- Majestade! – Eleazar disse alto. Olhei para ele ainda confuso.

- Ah! Não vi que se aproximava. Algum problema? – perguntei.

- Não apenas queria lhe fala antes do jantar com o Duque. – ele disse. Ele se sentou em uma cadeira de frente para a minha mesa. – Vamos conversar? – ele disse indicando minha cadeira.

- Sobre o que? – falei me sentando, fiquei de frente para ele.

- Com quem estava falando no bosque, majestade? – ele perguntou.

- Estamos sozinhos, meu amigo, não precisa me chamar de “majestade”. – falei ignorando a pergunta.

- Tudo bem Carlisle, agora diga-me, com quem falava? – insistiu ele. Ele tirou o livro da minha mão. – Eu ouvi você se desculpar com alguém, agora dês que chegou estás estranho, muito quieto. – ele completou.

- Você enlouqueceu?! Não... Não tinha ninguém lá comigo. Agora me devolva esse livro! – falei serio.

- Des de quando gosta de romances? – ele perguntou analisando a capa do livro. Peguei o livro da mão dele.

- Des de um tempo que não é de seu interesse. Meu amigo, se você encostar nesse livro de novo, perde os dedos. – falei irônico. Sorri.

- Tudo bem, vou falar com Rosalie e Edward. Está quase no horário do jantar, não demorará a chegada do Duque. – ele disse indo em direção a porta, reverenciou-me. – Quando quiser me contar, sabe onde me encontrar majestade. – ele falou. Assenti com a cabeça e ele saiu.

P.O.V. ESME.

Cheguei em casa com a respiração pesada, eu estava nervosa. Dei-me por conta que meu livro havia ficado na campina.

Fui trabalhar durante a tarde, quando cheguei em casa de noite as meninas ainda estavam fora. Estou totalmente sem fome. Arrumei-me e fui deitar-me.

Eu não conseguia dormir. Fico pensando nele, que coisa mais estranha. Eu nunca reparei tento nele, ele tem os olhos mais lindos que já vi na minha vida. Eu fiquei encantada, totalmente presa em seu olhar, nunca fiquei assim na presença de ninguém. Meu falecido marido, em todo o tempo que ficamos juntos os únicos sentimentos que ele me proporcionou foi dor e sofrimento. Charlie era um mostro para mim, e para meus filhos. Quando encontrei o Rei na campina, era como se todo o espaço que meu marido deixou vazio em nosso tempo de casados, o Rei tivesse completado no nossa primeira troca de olhares.  Fui dormir, e possivelmente, sonhar com ele.