As Filhas De Calipso escrita por Liz Jensen, Laís di Angelo


Capítulo 5
Reclamadas


Notas iniciais do capítulo

Oii, galerinha! Tudo bem com vocês?
Soy yo, Lizzie!
Bem-vindos novos leitores! Estão gostando da fic? Espero que sim *--*
Este capítulo é deidcado à alize1 que recomendou a fic! Muitíssimo obrigada! Linda!
Se quiserem um capítulo dedicado recomendem a fic e alegrem nossos coraçõezinhos. :) :) :)
Bem, aqui está o capítulo.



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POV Violet


As coisas não estavam nenhum pouco a nosso favor naquela noite.

Pra começar, quando eu me levantei para jogar minha oferenda na fogueira a fila estava enorme. Eu fiquei esperando por um bom tempo até que finalmente estava quase na minha vez. Como se fosse o destino, eu desviei meus olhos da enorme fogueira e encarei Nico na sua mesa. Por que eu estava desse jeito não faço a mínima ideia!

Voltando ao assunto, quando eu me virei novamente para frente acabei colidindo com uma das filhas de Apolo. O que houve a seguir pode ter sido hilário para todos, mas me matou por dentro: minha pobre pizza, cheia de queijo e azeite, que estava no meu prato, virou em cima da menina e acabou sujando sua roupa. No mesmo instante, o suco de laranja dela voou para meus sapatos. Não estou reclamando, podia ter sido na cabeça... Além do mais, os sapatos não eram meus.

– Sua desgraçada! – A garota gritou.

– Ishi! Foi mal – falei. A culpa foi do Nico, eu queria dizer.

– Foi mal? Você acabou de manchar a minha camisa nova.

Garotas com vozes estridentes e que se acham superior me irritam extremamente. Então, não me julgue por eu quase ter batido nela, ali mesmo.

– Já pedi desculpas! – Eu dei a volta nela e fui jogar minha comida na fogueira, mas antes que eu pudesse fazê-lo a garota segurou meu braço e me virou pra ela com força fazendo com que eu me desequilibrasse e toda minha comida que havia sobrado no prato voasse no chão. Odiei isso! Larguei meu prato em uma mesa e trinquei os dentes.

– Você vai...

Eu também queria saber o que ela ia falar, porém, de repente ela calou a boca. Todos calaram a boca. Todos olharam de mim pra Cristal... Foi aí que percebi.

Eu e Cristal caminhamos uma até a outra, lentamente, atônitas, encarando aquelas coisas acima de nossas cabeças: uma luz prateada na forma de uma planta de flores entrelaçadas. Parecia que o brilho da planta vinha da lua.

– Calipso... – a voz de Percy inundou o silencioso e pensativo refeitório.

Quem é Calipso e por que estão nos olhando assim?

Quíron se aproximou de nós trotando.

– Meninas - falou ele -, precisamos conversar. Por favor, me acompanhem.

Saímos atrás de Quíron, todos nos olhando, ainda. Olhei para Percy, Annabeth, Dean e Nico, mas todos pareciam tão confusos quanto eu.

– Sentem-se, por favor, meninas - disse-nos Quíron assim que chegamos.

– O que tá acontecendo? - perguntou Cristal sem se sentar, assim como eu.

– Vocês devem saber alguma coisa sobre Calipso, eu suponho - falou Quíron.

– Bom... - comecei - ela é algum tipo de ninfa, filha de Atlas, não é?

– Exatamente – ele confirmou gentilmente. - E vocês duas devem ter dislexia também, não é?

– E hiperatividade - falou Cristal. - Mas o que isso tem a ver?

– Pode ser chocante pra vocês, mas... Calipso é a mãe de vocês, garotas.

Fiquei paralisada. Pelo que sabia, Calipso tinha sido aprisionada em uma ilha em lugar nenhum, literalmente, e ela não podia ter filhos. Não devia.

– Como? - perguntou Cris depois de um minuto em silêncio.

– Nós ainda não sabemos direito, isso é trabalho para os deuses, por enquanto.

– Mas se Calipso é nossa mãe - falei -, nós não seríamos, ao certo, semideusas, não é?

– Como eu disse meninas, isso é trabalho para os deuses. Eu quero apenas que vocês fiquem longe de brigas, como aquela que iria acontecer no refeitório, e evitem qualquer tipo de luta. Como eu disse, não sabemos ao certo o que pode acontecer com garotas como vocês. Agora, por que não descansam um pouco?

– Mas... - começou Cris, mas foi cortada por Quíron.

– Amanhã, quem sabe.

Fomos andando, sem dizer uma palavra, até o Refeitório.

– O que aconteceu? - perguntou Mike

– O que aquilo significava? - continuou Connor e em segundos a maior parte dos campistas que estavam no Refeitório estavam amontoados a nossa volta, fazendo várias e várias perguntas, que eu não sabia responder nem metade.

– Deixem elas respirarem - falou Dean empurrando alguns campistas pro lado. - A maioria é reclamada no jantar, pra que esse auê? Querem dar uma voltinha? - ofereceu e agradeci aos deuses por ele não ter chamado apenas Cristal que com certeza me largaria com toda aquela gente, só pra ficar com o Dean.

Seguimos Dean até próximo a floresta.

– O que aconteceu? - perguntou ele e antes que Cristal pudesse responder tudo, eu disse:

– Pensei que você nos tivesse tirado de lá exatamente para evitar essa pergunta.

– O que eu perdi? - perguntou Nico se aproximando. Deuses! Como ele consegue ser tão lindo?

– Por enquanto nada – falei.

– Cristal ia nos contar o que Quíron disse a elas, não é Cris? - disse Dean piscando para Cristal, que ganhou uma cotovelada nas costelas bem dado para não desmaiar. De mim, é claro.

– É claro... – ela engasgou.

– E então...

– Ah é! Bem...

Cris contou sobre a “conversa com Quiron” e os dois assentiram pensativos.

– Se nem Quíron sabe ao certo o que aconteceu - refletiu Dean -, os deuses devem estar escondendo isso por algum motivo. Ou talvez não saibam.

– Olha - falei -, isso tá muito confuso. Se os deuses não queriam que ninguém soubesse, como nossa mãe conseguiu nos reclamar?

– É exatamente isso que queremos saber, Violet - disse Nico e isso me fez bambear um pouco ao ouvi-lo dizer o meu nome.

Eles nos contaram como foram reclamados para nos deixarem mais calmas, conversaram conosco de forma gentil e amigável e nem comentaram sobre sermos filhas malditas de uma ninfa proíbida.

Porém, a trombeta soou ao fundo e soubemos que era a hora de nos recolher.

– Nos falamos amanhã - falou Dean. - Boa noite, meninas!

– Boa noite - dissemos eu e Cristal em uníssono, mas a voz dela saiu entre o sonhador e o triste "não vai embora".

– Tchau, gente - falou Nico me fazendo parecer uma cópia de Cristal ao se despedir de Dean.

– Tchau.

Andamos até o Chalé 11. Por sorte, todos estavam calmos e quando nos perguntaram sobre a cena no refeitório nós apenas dissemos que não sabíamos de nada. Em sinal de respeito, não tocaram mais no assunto.

E, ao contrario do que pensei que sentiria quando soubesse quem era minha mãe, eu fui para a cama com a pior sensação do mundo.



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Notas finais do capítulo

Merecemos reviews? Espero que sim.
Beijos&Queijos



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