A Marca - Vingança escrita por Sweet Nightmares


Capítulo 16
Carta (Rebeca/James)


Notas iniciais do capítulo

MEU COMPUTADOR NOVO CHEGOU! UHUL!!!! *TODOS DANÇA*

E, para comemorar, resolvi postar esse capítulo dois em um - dois em um pq o primeiro era muito pequenino e eu achei que vcs mereciam mais.

Viu como eu sou diva?

E também, sábado eu vou fazer o cabelo feat a unha pq terça é minha formatura do fundamental (vei...) e domingo eu faço prova de concurso (ah!)

Desejem-me sorte.

Sério.

Desejem.

Amo vocês, té lá embaixo!



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Rebeca:

Quarta-feira

–Boa tarde, Pedro! - gritei, correndo para o elevador. Abri a mochila para pegar a chave e esqueci de fechá-la.

Ainda estava perplexa com a notícia de que James estava no país. Perguntei-me em que hotel ele estaria e se eu deveria ou não falar com ele. De certo, desejava fortemente vingar-me pelo que me fizera passar. Mas ao mesmo tempo, tive medo de procurá-lo e me machuucar ainda mais. E se ele não quisesse me ver? E se estivesse acompanhado?

Do que estou falando? O que James faz da vida dele ou não, já não me importa mais. Ele é passado.

Subi para o meu quarto e joguei minha mochila em cima da cama, porém ela quicou e caiu no chão, espalhando quase tudo que estava dentro dela. Dei meia volta e me ajoelhei, recolhendo minhas coisas, cadernos, papéis, livros, estojo. Dentre todo o material e lixo que carrego na mochila, encontrei aquela caixinha que um alguém misterioso deixara para mim. Ficara tão preocupada com a volta de James que me esquecera dela. Abri-a, sentindo o cheiro das rosas - que na verdade já estavam meio podres devido ao calor assassino do Rio de Janeiro.

Peguei o envelope, atrás dele, em letras prateadas que pareciam ter sido desenhadas ali, lia-se meu nome. Peguei as pétalas podres de rosa e joguei-as fora. Desci, levando o envelope comigo, e fui para a cozinha, estava morrendo de fome. Estava com preguiça de cozinhar, então fui procurar algo na geladeira. Ainda tinha um pouco de frango do dia anterior, então peguei o pote e abri-o, tirei uma coxinha e comi. Coloquei o resto no microondas. Enquanto esperava meu almoço esquentar, abri o envelope e tirei dele uma cartinha em papel azul claro.

"Dear Rebeca,

I know that what I've done to you is inexcusable, and I know I own you an explanation. And, believe me, when the time is right, you will have it. But, for now, you should only know how sorry I am. I really want to fix things, and this might be my one chance. So, here it is:

I'm at the Fasano Hotel, room 1306. If there's any way you would be willing to give me a second chance, please, come to see me. I promise you, Rebeca. This time I'll make things right.

Love, James."

Tradução:

Querida Rebeca,

Eu sei que o que fiz com você é imperdoável, e eu sei que eu devo a você explicações. E, acredite, quando chegar a hora certa, você terá. Mas, por enquanto, você apenas deveria saber o quão arrependido eu estou. Eu realmente espero consertar as coisas, e talvez essa seja minha única chance. Então, aí vai:

Eu estou hospedado no Hotel Fasano, quarto 1306. Se existe qualquer chance de você estar disposta a me dar uma segunda chance, por favor venha me ver. Eu te prometo, Rebeca. Dessa vez eu farei direito.

Com amor, James.

Li atenciosamente cada palavra. Li e reli. Analisei cada letra, cada frase. Observei a caligrafia, o desenho das letras. Percebia-se que haviam sido escritas cuidadosamente, sinceramente. O microondas apitou, tirando-me de meus devaneios. Tirei dele o pote e comi o frango ali mesmo, sentada na pia da cozinha. Pote no colo, com uma mão pegava o frango e com a outra continuava a análise. Eu simplesmente não conseguia acreditar nas palavras que lia. "Love, James" Essas duas pequenas palavras piscavam em minha mente, chamando-me a atenção. Então, depois de ler e reler aquela carta tantas vezes, ri. Mais que isso, gargalhei. Parei de rir apenas quando me engasguei com minha própria risada.

Aquilo era ridículo. Ele some por praticamente um ano e volta dizendo que me ama?

Não, eu não era tão idiota.

–Certo, Jamie querido, vamos ouvir o que você tem a dizer.

James:

Sexta-feira

Cheguei ao hotel com apenas um pensamento em mente: Descansar.

Havia sido um dia cansativo. Como o banco e o shopping que foram atacados ainda estavam sob investigação - portanto, estavam fechados - eu não poderia fazer nada além de buscar testemunhas e vítimas sobreviventes, mas é bem difícil interrogar pessoas quando vocês falam línguas diferentes. Claro que eu fiz um curso de português antes de vir para o país, porém, por falta de tempo, fiz um desses cursos rápidos "aprenda português em um mês". Sabe de uma coisa? Foi bem inútil.

Seria mais fácil se eu tivesse Rebeca.

Suspirei. Rebeca... Desde que mandara-lhe a caixa com o pedido de desculpas esperava alguma resposta da mesma. Mas nada. Até ali, nada. Talvez eu devesse desistir. Talvez ela esteja ferida demais para me perdoar...

Idiota. Por que deu ouvidos àquela ruiva? Ela não está aqui agora, está?

Eu deveria tê-la ignorado quando tive a chance.

O elevador chegou ao meu andar. Caminhei lentamente, cansado demais para me esforçar com passos largos, em direção à minha suíte. Tudo que eu desejava naquele momento era tomar um bom vinho, um bom banho e me jogar naqueles lençóis macios do hotel.

E provavelmente sonhar com ela.

Abri a porta e a primeira coisa que fiz foi procurar o interruptor.

–Você tem uma bela vista daqui. - disse alguém, uma voz feminina. Julguei que fosse a ruiva.

–O que você... - interrompi-me ao ver Rebeca em pé, à porta da varanda, sorrindo para mim - Desculpe, pensei que fosse outra pessoa.

–Mal chegou no país e já arranjou alguém? Ou será que você a trouxe para cá em uma viagem de casal? Não, seria um passo muito grande na relação. Você não é grande fã de compromissos sérios, estou certa?

Forcei uma risada, mas na verdade doía um pouco ouvir isso, talvez por ser verdade.

–Não é como está pensando, vim sozinho. Aliás, estou sozinho. - eu disse.

–James Stevens sozinho? - ela riu ironicamente - Essa é nova. - disse, andando até o sofá e sentando-se no mesmo.

Olhei para o chão, sem saber exatamente o que dizer.

–A banheira é bem relaxante. - ela disse de repente. Levantei o olhar, um pouco surpreso e confuso com o comentário - Você estava demorando, então me dei a liberdade de tomar um banho. Usei sua toalha, espero que não se importe.

–Claro que não. - ficamos em silêncio por um momento. Não posso negar que tal cena me veio à mente.

–Aposto que agora se arrepende de não ter chegado mais cedo.

–O quê?

–Você sabe, enquanto eu estava no banho. - ela me lançou um olhar provocante.

–E-eu... - não sabia o que dizer. Eu nunca esperaria algo assim de Rebeca, antes tão inocente. Sem que eu conseguisse formular qualquer frase, ela jogou a cabeça para trás, gargalhando.

–Perdeu o jeito, Jamie querido? - perguntou irônica, então riu novamente - Devia ter visto sua cara.

Ri também, aliviando um pouco da tensão que me preenchia. Andei até o bar e peguei uma garrafa de vinho, servindo-me uma taça. Virei-me, percebendo Rebeca que observar com a sobrancelha arqueada.

–Não vai me oferecer uma taça, James? - disse.

Surpreendi-me com a pergunta, reação que ela provavelmente percebeu, então explicou-se.

–Já tenho dezoito anos, James. E estamos no Brasil. Caso não saiba, com essa idade já podemos beber por aqui.

Dezoito anos. Uau. Eu havia me esquecido disso.

–Desculpe. - peguei uma segunda taça e servi-a. Andei até o sofá e sentei-me ao seu lado, entregando-a a taça. Ela sorria para mim, com a cabeça levemente inclinada para o lado.

–À vida. - ela disse, erguendo levemente a taça, antes de tomar o primeiro gole. Fechou os olhos, apreciando o sabor.

–Então... Dezoito anos, já? Está na faculdade, suponho. - ela balançou a cabeça de forma negativa.

–Ensino médio, último ano.

–Ainda? Por que isso, a nerd repetiu de ano? - brinquei. Ela abaixou o rosto, levantando-o com um pequeno sorriso sem-graça, desconfortável.

–Uma vez, no fundamental. No ano em que minha mãe morreu. - Rebeca desfez o sorriso, adotando uma expressão um tanto quanto irritada - Não me chame de nerd. Nunca.

–Desculpe. Velhos hábitos são difíceis de esquecer.

Ela revirou os olhos, parecia querer dizer alguma coisa, mas se conteve. Tomou mais um gole da bebida. Ficamos em silêncio novamente. Apoiei a taça na mesa de centro e toquei o rosto de Rebeca, levemente virando-o para mim. Senti sua pele macia em meus dedos. Quis abraçá-la, beijá-la. Possuí-la. Ela segurou minha mão e afastou-a de si.

–O que você está fazendo? - perguntou. Sorria sem-graça e corava suavemente.

–Queria te ver melhor. Você mudou, está mais bonita.

–Obrigada. Você também está mais bonito.

Sorri, senti falta disso. Da maneira que seu rosto corava e seus olhos brilhavam sempre que era elogiada. Ou do jeitinho que ela se irritava quando eu a chamava de nerd. Ela havia mudado, isso era fato. Não apenas fisicamente como, aparentemente, de personalidade também. Mas algumas pequenas coisas continuavam as mesmas. Pequenas e adoráveis coisas, como essas.

–Como você está? - perguntei, sorrindo ternamente para ela.

–Vou bem. Muito bem, na verdade. Estou namorando.

E, de repente, tudo estava desmoronando. As paredes do hotel se desfazendo, o cenário esbranquecendo até desaparecer. Uma espécie de burado negro me sugava para dentro dele. Levava minha vida, minha alma. E então eu já não mais existia. Nada mais existia. Apenas um mundo vazio, abandonado, preenchido apenas por dores e arrependimentos. Meu coração, que um dia bateu forte só de ouvir o nome da garota à minha frente, agora estava estático, sem mais pulsar. Fora congelado pelo olhar frio da garota ao dizer tais palavras. Estou namorando. Ela tinha outro, havia superado. Senti-me preso no labirinto do Minotauro. Um Ícaro sem asas. Apenas aguardando o golpe mortal da fera. Aquelas palavras foram esse golpe.

Abaixei o olhar, meu sorriso morreu.

–Eu devia ter imaginado. - murmurei para mim mesmo. E era verdade. Devia. Phill comentou que ela estava tendo um caso com alguém. Talvez eu simplesmente tenha sido incapaz de aceitar.

–O quê?

Levantei a cabeça novamente, não me importei em forçar um sorriso.

–Achei que você estava aqui para me dar uma segunda chance.

Ela riu. Não, ela gargalhou. Jogou a cabeça para trás e riu o mais alto que pôde. Meu coração apertou, pedia piedade. Aquela risada tinha o efeito de uma facada.

–Que fofo. Ele acredita em segundas chances. - ela disse, secando seus olhos. Lágrimas escorriam de tanto rir.

Abaixei o rosto mais uma vez. Sentia-me humilhado,sujo.

–Por que veio, afinal?

Ela sorriu, com algo de superior no olhar.

–O mesmo que você: Vim pelos filhos de Hanaggan.


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Notas finais do capítulo

Ui, draminha do James.

Se liga no quarto que ele se hospedou, véi, é uma suíte deluxe no hotel fasano e eu coloquei hiperlink na banheira pq é importante notar que a cortina é fininha - mais um motivo para "Aposto que agora se arrepende de não ter chegado mais cedo."

O quarto é daora, se quiserem ver é só ir no site do Fasano e procurar a suíte deluxe.

Até só Deus sabe quando meus pupilos (wtf?)

PS: se tiver um W no lugar de uma ? é pq no meu novo note a ? fica no W e eu ainda não acostumei, aí às vezes quando eu aperto alt gr + w não vai direito, sei lá.

BOA NOITE LINDOS E SEDUTORES! VOU ASSISTIR MAIS UM EPISÓDIO DE INO x BOKU SS E DORMIR

PS²: Tá tão quente aqui no Rio que eu me queimei sem sair de casa. Sério. Eu passei uns dias na casa da minha amiga e meu irmão achou que eu tinha ido à praia pq fiquei morena

EU FIQUEI MORENA!

EU SOU BRANCA QUE NEM UM URSO POLAR ALBINO DE SANGUE DRENADO - tá, mais que isso - E VOLTEI MO-RE-NA!

SEM SAIR DE CASA!

CIDADE MARAVILHOSA MEU CU! ISSO AQUI É A CIDADE MAIS "INFERNOSA", ISSO SIM!

que merda, véi.

enfim, tchau!



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