Ele me mandou fazer um raio-x só para ter certeza se era uma virose. Ok, sem problemas.

O hospital estava vazio, então foi bem rápido. Voltamos para a sala do médico, e ele examinou o meu raio-x.

-Não dá para ver nada significativo. –Ele olhou mais um pouco. – Mas eu fiquei preocupado com os seus sintomas. Você se incomodaria de fazer  um exame mais detalhado, só para ter certeza?

-Pode ser alguma coisa perigosa? – Eu perguntei.

-Por hora é só um exame de precaução. – Ele falou. A Becca já tinha ficado nervosa. –Então passe na entrada e marque uma data ok? –

Fui até a entrada e marquei a data do exame. Meu celular tocou. Uma mensagem nova.

“Nininhah, vem pro meu apartamento. Beijos do Nicolas” Eu sorri feito uma boba.

A Rebecca me deixou no prédio do Nicolas e eu subi, abri a porta e estava escuro, só com algumas velas. A mesa estava posta.

-Nicolas? – Eu o chamei. Ele saiu da cozinha com uma panela e uma garrafa de vinho.

-Senta aqui. – Ele puxou a cadeira para eu sentar. Tinha uma cesta de pão sobre a mesa. Ele colocou a panela num apoio, com um braseiro em baixo. Foundue de queijo. Ele abriu a garrafa de vinho e sentou do meu lado.

-Assim você me mima de mais. – Eu falei rindo.

-Você merece Nininhah. – Ele disse puxando a cadeira dele e sentando do meu lado. Eu não estava com nenhuma fome no momento, mas ele tinha preparado aquilo com tanto carrinho que deu pena de não comer.  Eu peguei um pedaço e molhei no queijo. Quase que não desce. Eu bebi um gole de vinho. Eu peguei mais um pedaço do pão e coloquei na boca mesmo não querendo. O Nicolas colocou a mão na minha perna, ai eu engasguei.

Eu comecei a tossir muito, por mais que eu tentasse respirar, eu não conseguia.

-NINAH, VOCÊ TA BEM? NINAH RESPIRA. – Ele falou antes de tudo ficar escuro.