Please, Peace! escrita por Mieolchi


Capítulo 4
Sinceridade


Notas iniciais do capítulo

Não me aguentei e resolvi postar logo o capítulo!
Haha!
Espero que gostem =]



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Ele parou de me beijar por um instante apenas para recuperar o fôlego, e logo voltou, mas dessa vez ele estava mais agressivo, seu beijo era mais quente e ele me apertava mais forte contra seu peito. Quando percebi, ele tinha me puxado para mais perto ainda e eu estava quase deitada em cima dele.

Não consegui pensar em mais nada, eu só queria estar ali com ele para sempre, sem pensar nas consequências e em todas as coisas ruins que poderiam acontecer se alguém descobrisse. O beijo estava ficando cada vez mais quente e mais difícil de se desvencilhar. Nós dois estávamos completamente envolvidos naquele beijo. Meu coração batia tão forte que podia sentir em todo meu corpo.

O garoto começou a descer as mãos até a minha cintura, alcançou a barra da minha blusa e, acariciando minhas costas, puxou-a para cima lentamente. Levei um susto com o que ele fizera e, enfim, me dei conta do que estava fazendo. Empurrei-o de volta na cama e levantei-me, olhando para ele assustada.

– I-isso não pode acontecer... Jonggie... Eu não... – eu disse, enquanto o via levantar da cama e vir na minha direção, corado e com os olhos úmidos.

– Noona... me perdoe por isso... eu... eu acho que não consigo ficar sem você. – dizendo isso, aproximou-se ainda mais de mim, me fazendo dar uns passos para trás. – Eu não quero forçar nada, mas eu também não consigo esperar mais.

– JongHyun, você deve estar enganado com alguma coisa, eu sou mais velha que você, você é só um estudante e... – ele me interrompeu com outro beijo, desta vez ele veio rápido, pressionando-me contra a parede.

Minhas mãos estavam soltas, mas não consegui empurrá-lo. Não que eu não pudesse, mas eu não queria. Por mais que essa situação fosse estranha, eu não queria sair dela. Ele me abraçava forte e me beijava intensamente. Parou o beijo por um instante, olhou-me nos olhos e sorriu.

– Você é tão linda, SoYoung. – disse.

Um barulho na sala interrompeu qualquer pensamento que eu tinha naquele momento. Era o barulho da porta, eu não a tinha trancado quando o oppa saiu. Fui até lá cautelosamente e vi algo que não queria ver.

– Ah, SoYoung! Eu bati na porta e ninguém atendeu. Eu entrei porque estava aberta. Vim me desculpar pelo que aconteceu mais cedo. – disse o Oppa, entregando-me um buquê de flores. – Vou esperar você ficar pronta, eu sou paciente! – ele riu.

– Ah, sobre isso... eu...

– Não responda nada agora. Eu vou viajar sozinho e... – ele olhou na direção do corredor. – Esse garoto ainda está aqui?

– Estou.  – ele estava sem camisa agora, foi até a cozinha e pegou uma maçã. – Noona, volte logo. – piscou para o oppa e voltou para o quarto.

– O-o que esse garoto ainda faz aqui? O que vocês estavam fazendo? Agora tudo faz sentido. Eu achei estranho que seu rosto estivesse tão corado e sua roupa amassada, mas achei que estivesse dormindo. Nunca esperei isso de você, SoYoung! – ele disse, levantando a voz.

– Não é nada disso, oppa! Preste atenção em mim!

– Ah, SoYoung... Boa sorte com o sue namoradinho. Eu achei que você fosse diferente das outras, sabe. Acho que me enganei. Diga para o garoto tomar cuidado na rua, meu sobrinho anda muito por aqui. – ele disse, indo na direção da porta.

– Oppa! – puxei-o de volta, fazendo-o esbarrar em mim. – Eu tenho algumas coisas pra te falar. – podia sentir o seu perfume forte naquela distância. – Em nenhum momento eu te dei liberdade pra tomar conta da minha vida. Você sempre foi um ótimo amigo, me ajudou quando eu precisei. Mas nunca fomos nada mais do que amigos. Entende isso? Se eu estou ou não namorando qualquer pessoa, isso não te dá o direito de brigar comigo, ainda mais porque eu nunca te dei esperanças de nada. E se aparecer um arranhão naquele garoto você acorda sem os dentes, ouviu bem?

– Ah, então era verdade! Vocês estão juntos, não é? Fica defendendo o moleque!

– Não, não estamos juntos! E mesmo se estivéssemos, o problema é meu. Oppa, por favor, não vamos brigar. Eu não quero brigar com você. – abracei-o.

– SoYoung – ele disse, friamente e com a voz rouca. – você nunca percebeu que eu só te ajudei esse tempo todo e fui um bom amigo porque eu te amo? Foi só por isso. Não tenho outro interesse em você senão este. – segurou meus ombros com força e afastou-me bruscamente. Olhou-me nos olhos, ele tinha os olhos mareados de lágrimas e o rosto vermelho de raiva. – Eu não quero que você tenha outra pessoa além de mim. Vou fazer de tudo para te ter, você não sabe o que faz. – gritou, empurrando-me com força, o que me fez cair no chão.

Ele me lançou um olhar firme antes de sair e bater a porta. JongHyun, que escutava tudo do corredor, correu ao meu encontro e me abraçou, levantando-me devagar. Eu estava tremendo, nervosa. Comecei a chorar e abracei o garoto também. Ele me levou para o sofá e me abraçou com os braços e as pernas, de modo que ficamos encolhidos e muito próximos. Ele acariciava meus cabelos e me confortava. Não precisou dizer nada para me acalmar, apenas o abraço dele já me fazia bem.

Já era quase noite quando percebi. Mandei-o para casa mesmo ele não querendo, pois sua mãe poderia estar preocupada. Trocamos os telefones e pedi que me ligasse quando precisasse. Tranquei a porta. Não queria ter mais ninguém do meu lado hoje. Precisava pensar.

O celular tocou em cima da mesa. Era uma mensagem de JongHyun que dizia: “Durma bem, noona. Vou sonhar com você.” Esse garoto queria me enlouquecer. Não bastava a ceninha que ele criara para o oppa, agora fica mandando mensagens. Não vou conseguir aguentar mais. Não dormi à noite, mas consegui acordar cedo para dar aulas. Meu rosto estava inchado e com olheiras enormes, que tentei disfarçar com maquiagem, mas não adiantava muito. Fui para a escola daquele jeito. Felizmente o caminho tinha sido tranquilo até a escola.

Dei os dois primeiros períodos ainda sonolenta, mas, como teria o terceiro vago, aproveitei para relaxar na sala dos professores. Ela era grande e tinha uma mesa com 20 lugares, dois sofás em um dos cantos, um grande armário para os professores e muitos livros. Sentei-me confortavelmente em um dos sofás e tentei esquecer um pouco os problemas. Aquele garoto conseguiu virar minha vida de cabeça para baixo.

Estava quase dormindo quando entrou o professor de matemática na sala, abrindo seu armário e guardando algumas coisas. Ele olhou para mim e sorriu, cumprimentando-me, mas logo trocou a expressão sorridente por uma preocupada.

– SoYoung-ssi, está tudo bem com você? – ele vinha na minha direção.

– Ah, apenas alguns problemas, mas é normal, não é?

Ele apenas sorriu e sentou-se ao meu lado. Ele era o professor mais bonito que eu já tinha visto na vida. Era jovem, alto, magro, cabelos castanhos até os ombros, tinha os olhos grandes e amendoados, o rosto mais fino e um sorriso largo com dentes perfeitos. Ele costumava se vestir com uma camisa social – sempre com os dois ou três primeiros botões abertos –, calça jeans um pouco justa e um tênis casual. Sim, ele tirava o fôlego de qualquer aluna ou professora!

– Se precisar de alguma coisa, pode contar comigo, ok? – ele disse, colocando a mão no meu ombro.

– Sei sim, JiHo. Muito obrigada!

– Uhm, não parece que sabe. Quer almoçar comigo hoje? Vou te distrair um pouco.

– Ah, não sei se dá tempo, eu tenho compromisso logo depois das 13h.

– Dá sim, te levo de carro. Te encontro aqui no final da aula. Não aceito um “não” como resposta. – afagou os meus cabelos e levantou-se, sorrindo. Saiu da sala.

Fiquei comovida e aflita ao mesmo tempo. JiHo sempre ajudou a todos e é uma boa pessoa, mas eu, a essa altura, já estava desconfiando de qualquer um. Não queria arranjar mais problemas do que eu já tinha. Mas, olha só! Já estou pensando bobagens. O cara só quis ser gentil. Vamos dar uma chance. Não havia problema nisso, não é?

Chegou o final das aulas e me dirigi, como combinado, à sala dos professores e encontrei JiHo, além de outros professores. Ele veio ao meu encontro e colocou um dos braços sobre meu ombro, guiando-me para fora.

– Hey, garota. Vamos nos divertir um pouco! Gosta de comida chinesa?

– Uhm, gosto! Mas lembre-se que não podemos demorar, ok?

– Certo! – ele fez sinal de “sentido” com a mão. – Meu carro está ali, vamos entrar!

Entramos no carro e fomos até um restaurante chinês perto dali. No caminho ele contava coisas engraçadas que tinham acontecido na aula, como as bolinhas de papel que deixaram no ventilador e, quando ligaram, elas se espalharam pela sala. Notei, enfim, que, apesar de nos conhecermos há dois anos e sempre conversarmos, eu não sabia nada da vida dele.

– Mas, me conte, JiHo. Você mora sozinho?

– Ah, não. Eu moro com o Bob e o Chad! Meu cachorro e meu hamster! Haha.

– Uhm, e a sua família, onde está?

– Bom, sobre isso... Ah! Chegamos. Aqui está. – ele desceu do carro e abriu a porta para mim. – Vamos?

Entramos e almoçamos. Conversamos mais um pouco, mas não entrei no assunto da família novamente, percebi que ele ficava sem jeito e não quis incomodá-lo. Ele também não me perguntou dos meus problemas, então, mesmo curiosa, eu não tinha o direito de querer saber da vida dele. Terminamos o almoço e ele se ofereceu para me levar até o meu compromisso. E lá fomos nós.

Cheguei no portão e quem me atendeu foi JongHyun. Ele olhou para o carro que ainda estava parado na frente da casa com um ar sério e me convidou para entrar, ainda espiando quem estaria naquele carro. Quando eu ia entrar na casa, ele me puxou para um canto do jardim.

– Quem era o cara? Era aquele “oppa”? Ele está te perturbando de novo?

– Não, não. É apenas um colega meu da escola. Não se preocupe com isso.

Eu mal terminei a frase e ele me puxou para um abraço forte. Me apertava com tanta força que eu podia sentir seu coração batendo. Seu cheiro de sabonete e o cabelo úmido evidenciava um banho recém tomado. Eu começava a ficar inebriada com seus toques e seus carinhos. Meu corpo pedia isso mais e mais. Eu estava me apaixonando lentamente por aquele projeto de homem, tão menino e tão ingênuo. Olhou para mim, com um sorriso no rosto, e disse:

– Vou me esforçar para ser o melhor para você, Noona. Mesmo que sejamos só amigos, eu quero que você seja feliz onde estiver. – ele disse, aproximando o rosto do meu e selando nossos lábios. Foi um beijo curto, pois não podíamos demorar muito ali fora, alguém poderia ver.


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Notas finais do capítulo

AI SÉRIO! EU MESMA ESTOU ME DERRETENDO COM ESSA HISTÓRIA!
XD
Enlouqueço com pouco.



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