POV Madu. 

Ainda estava brava com Matth mesmo depois de tudo o que Jhon disse, embora acreditasse queria deixar ele um pouco mais sozinho, reprimi o dia todo a vontade de me jogar em seus braços, e quando soube que a Hele já havia voltado preferi esperar mais um pouco para isso, logo que o agente Harpper chegou entrei com Jhon para trocar meu filho.

- vai continuar com isso até quando? - perguntou Jhon enquanto entrava no carro.

- isso o que nem sei do que você esta falando. - segurei o riso.

- Madu isso é maldade sabia, é a primeira vez que vejo ele assim. - sorri involuntariamente de seu comentário.

- vou conversar com ele assim que possível prometo. - garanti.

Esperei até Jhon sumir de vista e voltei para dentro, arrumei tudo e corri tomar um banho rápido, vesti um shorts e uma blusinha e voltei para sala, pela distancia da minha casa até o aeroporto ainda levaria um tempo até eles chegarem, ouvi a porta atrás de mim ser aberta, me virei achando serem eles, mas apenas me assustei ao ver Leonard parado com uma arma apontada para cabeça de Harpper.

- Boa tarde Promotora. - gelei com seu tom debochado, não consegui dizer e nem me mexer, Harpper tinha um machucado na testa que não parava de sangrar. - quanta educação, bom vamos direto ao ponto, as pessoas que contratei para fazer o serviço para mim, foram muito incompetentes, então acho melhor acabar com isso de uma vez por todas, cade o pestinha do seu filho? - engoli em seco.

- ele não esta na cidade. - menti com medo. - não o envolva nisso é a mim que você quer.

- que lindo. - debochou. - pena que eu não gosto de clichês, mas não importa já ficarei contente me divertindo com você, mas primeiro vamos gravar um vídeo para mandar para empresa. - logo depois de dizer isso outros três homens armados entraram na casa, arraram Harpper e abriram espaço na sala empurrando todos o moveis de lado. 

- Chegou alguém. - falou um deles, Leonard me puxou pelo cabelo colocando a arma no meu pescoço.

- renda os deve ser o agente namoradinho dela, tenho contas a acertar com ele também. - mandou e os capachos apenas obedeceram.

POV Matth.

Minha mãe nem bem entrou no carro e já começou a me encher de perguntas, avisei que só responderia quando estivéssemos na casa da Madu e mesmo a contra gosto ela aceitou e finalmente ficou quieta, não é por nada eu amava minha mãe e estava com saudade dela, mas quando ela desconfiava das coisas ficava muito irritante, agradeci mentalmente por finalmente estar estacionando.

- pronto D. Helena chegamos, feliz agora? - ela bufou descendo na frente.

- ficarei feliz depois de saber o que vocês estão me escondendo isso sim. - falou sem humor.

Toquei a campainha três vezes até a porta ser a berta, mas não pela Madu, dois caras com armas apontadas para nós, puxaram minha mãe para dentro primeiro colocando uma arma na minha cabeça em seguida, poderia até reagir e tirar a arma da mão daquele idiota, mas Leonard do outro lado da sala apontava uma arma para cabeça da Madu.

- passa as armas. - pediu o mesmo que apontava a arma para mim.

- armas? - gritou minha mãe assustada. -o que esta acontecendo aqui, aposto que tem dedo seu na história. - falou para Harpper que apenas deu de ombros.

- anda logo as armas. - entreguei minhas duas armas sendo revistado e amarrado em seguida.

- você liga a câmera. - Leonard gritou para um deles. - vamos  nos divertir um pouco vadia. - falou pra Madu puxando os cabelos dela, fechei minhas mãos em punho e tentei afrouxar o nó para poder me desamarrar, vê-lo agredindo a Madu me dava ainda mais raiva.

- isso tudo é culpa sua, se não bastasse o que fez no passado. - minha mãe acusou Harpper, tive certeza de que eles se conheciam antes, mas não era hora nem lugar para eu me preocupar com isso.

Continuei tentando me soltar, porém mantive os olhos fechados não podia continuar vendo aquele idiota agredindo ela,  finalmente consegui me soltar ao invés de tentar reagir localizei meu celular no bolso da calça e pressionei duas vezes a tecla de realizar chamadas já que o último número dicado foi o do Ryan, torci para que ele atendesse e principalmente, esperei um pouco antes de falar com Leonard.

- Leonard, você sabe que isso não acabara bem, logo a casa da promotora estará cercada pelo FBI, não tem como isso acabar bem então porque apenas não aceita e se entrega? - perguntei auto.

- me entregar? nunca, você quer saber o que vai acontecer? - assenti incentivando que ele falasse. - primeiro eu vou fazer vocês três assistirem a morte dela, olha que trágico dois entre os melhores agentes do FBI, assistindo a morte da promotora sem poder fazer nada, mas não se preocupem um de vocês ainda sobrevivera para carregar esse fracasso. - engoli em seco diante da ideia disso vir a acontecer. - agora chega de conversa você pegue meu canivete no carro e vocês dois amarrem ela.

Aproveitei que ele subiu para o andar de cima e os outros dois estavam ocupados de mais e me livrei das cordas, fiz sinal para Harpper de que estava desamarrado assim como ele e esperamos os dois se afastarem um pouco da Madu para os renderem, aqueles dois não passavam de um idiota Harpper os deixou desacordados e aproveito para amarra-los, peguei minha arma de volta e subi atrás do Leonard enquanto ele desamarrava Madu e minha mãe.

Caminhei de vagar até o andar de cima encontrando ele distraido fuçando no quarto da Madu, algo lá fora chamou a atenção dele, provavelmente o FBI já havia chegado, ouvi um tiro vindo da sala assim com ele que logo percebeu minha  presença ali. 

POV  Madu.

Estava apavorada, acho que nunca senti tanto medo na minha vida, não conseguia lidar com a ideia de nunca mais ver meu filho isso doia mais que todos o socos e tapas que havia levado dele, Matth também estava com medo pude ver isso em seus olhos, mas mesmo diante de toda situação ele conseguia manter o foco e quando renderam os dois, senti um alivio e ao mesmo tempo uma angústia, Harpper soltou a mim e a Helena que correu me abraçar, quando finalmente o FBI chegou tudo o que ouvimos foram dois tiros seguidos vindo do meu quarto, tentei correr para cima e Harpper me puxou de volta, logo Ryan entrou com um grupo de agentes subindo.

- vai ficar tudo bem. - Hele sussurrou, mas pelo seu tom nem ela mesma acreditava nisso.

- o que esta acontecendo? - perguntei para Harpper ouvindo outros três tiros em seguida.

- Chama os para-médicos. - gritou Ryan.

Pouco tempo depois sendo obrigada a ir para um hospital Harpper venho me dizer o que realmente tinha acontecido, Matth estava ferido havia levado dois tiros um de raspão e outro que precisaria  remover a bala do braço, Leonard acabou sendo morto em um tiro certeiro de outro agente, os outros três já haviam sido presos, Helena estava mais desesperada e a todo momento culpava Harpper, que até então apenas andava de um lado para o outro, Jhon ja estava sabendo e cuidaria do Juan para mim naquela noite, depois de fazer alguns curativos voltei para sala de espera do hospital, sentei junto com Helena que se mantinha impaciente.

- o que se passou pela sua cabeça para querer de uma hora para outra entrar em nossas vidas olha só o que aconteceu. - Helena estava realmente furiosa com Harpper.

- dá pra você se acalmar, ele está bem o tiro não foi grave, e além do mais você deveria começar ver o lado bom das coisas, ele salvou o filho dele. 

- como assim salvou? - perguntou um pouco mais calma.

- foi ele quem resgatou o menino, assim como foi ele que resgatou a baba e aposto como foi ele quem ligou para o Ryan, sem contar que já realizou esses feitos outras vezes salvando pessoas que ele sequer conhecia. - Explicou.

- meu filho e tão bom assim? - perguntou com uma ponta de orgulho.

- ele é o melhor, agora não se preocupe quanto ao ferimento ele já esteve em situações piores e provavelmente ira para casa hoje mesmo. 

- como assim situações piores? - lembrei do tiro na costa e das cicatrizes pelo corpo.

- Mas porque tive que falar. - Harpper murmurou mais para ele, mas foi salvo pela médica que se aproximou dizendo que poderíamos entrar ver ele.

POV  Matth.

Meu braço doia pra caramba, mas a sensação de dever cumprido aliviava um pouco, pelo menos o tiro que acertei na perna dele deve ter doido também, essa bala estava mais facil de tirar do que a da costa que foi preciso cirugia, então iria para casa hoje mesmo, a media terminou de dar os ponto avisando que deixaria minha mãe entrar, e agora começa a diversão.

- Mattheu Henrique Golveia, como você pode se tornar um agente do FBI e esconder isso da sua própria mãe? - embora seu tom fosse irritado, sua expressão estava calma até relaxada.

- mãe por favor, imagine se você soubesse o que você iria fazer, não obrigada. - dei meu melhor sorriso para ela.

- meu Deus o que são isso no seu corpo. - apontou indignada minhas cicatrizes.

- acidentes de trabalho. - disse debochado.

- você não muda mesmo né. - neguei sorrindo.- bom acho que você ainda tem que conversar com a Madu então vou pra casa do Jhon, ele disse que tudo bem eu ficar com eles hoje, amanhã vou na sua casa te ver. - se despediu com um beijo e em seguida Madu entrou com alguns curativos no rosto. 

- oi. - disse com a voz controlada. - como esta o braço?

- bem, nada que não cicatrize. - sorri.

- eu trouxe seu carro, mas acho que não pode dirigir, quer que eu te leve para seu apartamento?

- só se você for cuidar de mim. - brinquei.

- parece que você já esta melhorando não é? - sorri assentindo.

- quando você deixar de ser cabeça dura e acreditar em mim? - perguntei me referindo a Katerine.

- eu acredito em você, só estava esperando o momento certo para conversarmos. 

- você é muito malvada sabia? - perguntei a fazendo rir de uma maneira gostosa, me aproximei a puxando pela cintura com o  braço bom. - isso não se faz. - quando estava prestes a beija-lá a medica abriu a porta fazendo com que nos afastássemos.

- Bom vim avisar que já pode ir para casa, vai doer bastante nos primeiros dias mais pode movimentar o braço normalmente, boa noite para vocês. - saímos junto com ela, minha mãe e Harpper também já haviam ido.

Sai com o braço bom sobre os ombros da minha baixinha que abraçou minha cintura, Guilherme nos viu de longe e se aproximou para saber o que aconteceu, Madu explicou por cima e nos dirigimos até o carro o caminho até minha casa era curto então logo chegamos.

- acho que deveríamos terminar o que a médica atrapalhou. - sorri quando ela passou um braço sobre meu pescoço.

Comecei a beija-la com calma, com carinho, carinho esse que não senti por ninguém antes, a guiei até o sofá a sentando no meu colo, embora meu ombro doesse um pouco, não deixaria atrapalhar nosso momento, com a ajuda dela tirei minha camiseta e deslizei a minha por de baixo da dela, olhei bem em seus olhos e tirei de vagar, ele era linda o sutiã preto contrastava com sua pele, toquei delicadamente seu seio, por baixo do sutiã, a fazendo jogar a cabeça para trás, a ajudei a se levantar e caminhamos entre beijos até o quarto.

- calma, você esta machucado. - disse com a voz baixa.

- relaxa, garanto pra você que estou bem a não ser.- sussurrei fazendo um caminho de beijos até seus seios e subindo até sua boca novamente. - que você queira parar. - ela engoliu seco apenas me beijando.

Voltei a beijar seu corpo e cada pedaço que tocava via ela se arrepiar, intensifiquei nosso momento a tornando minha definitivamente, entre gemidos, beijos e caricias acabamos a noite na certeza de que de agora em diante pertenceríamos um ao outro.