POV Math.

Suspirei derrotado ao me jogar em minha cama, de certa forma tudo o que aconteceu me fez ver que por um momento eu me tornei semelhante aquele que eu mais repudiava, a quem eu devia chamar de pai porém me recusava essa palavra não se encaixava nele eu sei que nem o conhecia e tinha certeza de que não queria era tarde demais para tentar voltar atrás de meus atos, mas eu ainda de alguma forma iria me redimir nem que fosse me afastando se isso fosse o melhor é o que iria fazer, por hora tudo que  faria era me focar nos estudos e me manter o mais longe possivel para não causar mais tanta merda.

Ouvi o barulho da porta sendo aberta e imaginei ser ela, de fato estava,mas era alguém com quem eu realmente precisava conversar.

- Mãe. - chamei do topo da escada.

- Matth, ta sozinho em casa? - perguntou receosa.

- Sim eu queria levar um papo contigo podemos?

- Claro filho senta aqui. - gesticulou batendo ao seu lado no sofá, desci rapidamente sentando com ela e segurando sua mão eu precisava me desculpar com a mulher que sempre esteve comigo e sempre lutou por mim.

- Mãe eu queria te pedir desculpa por tudo, por ter sido o pior dos canalhas esses últimos tempos eu sei  que não tenho agido corretamente mãe, mas eu quero me redimir eu quero ser o filho que você merece e quero que tenha orgulho do mim, não quero que você ache que errou comigo porque você sem dúvida nenhuma é a melhor mãe e a mais guerreira que existe. - encarei minha mãe pela primeira vez desde que comecei a falar e fiquei aliviado ao ver sua expressão de alegria embora estivesse com lagrimas nos olhos eu sabia que eram de alegria.

- oh Matth como me alivia ver que você caiu em si meu filho, juro que não te reconheci nesses últimos tempos eu estava começando a ficar com medo de que. - minha mão não terminou suspirando pesadamente.

- medo de que eu me tornasse igual a ele. -completei dando um sorriso fraco. - não se preocupe mãe o que eu menos quero pra mim é isso. - sorri beijando sua mão.

- que bom meu filho, eu sei que não podemos passar uma borracha em tudo que ouve, mas podemos escrever um novo capitulo juntos pode deixar que eu vou falar com a Madu e vamos ser uma familia de verdade. - seus olhos brilharam de forma intensa o que me fez sentir culpado novamente.

- mãe eu acho melhor deixar tudo como esta, prometo não fazer nada contra a Madu ou o bebê, mas acho melhor apenas me afastar e deixar tudo como esta ela já sofreu demais com tudo isso. - fechei os olhos me lembrando da cena vista na praia.

- como assim filho eu não entendo se você quer mudar sua história, por que deixar como esta?

- Porque é melhor mãe ela já esta começando a seguir em frente simplesmente vamos deixa-lá prosseguir enquanto a mim, eu recebi uma proposta de trabalho em na capital do estado e estou tentado a aceitar e terei que me mudar pra lá e também seguirei tenho certeza de que o Guilherme sera melhor para os dois. - não percebi ter dito a última parte em voz alta.

- Como assim o Guilherme. - minha mãe parou para pensar. - entendi eles estão se envolvendo não é? - fez uma pergunta retórica. - te confesso que já esperava por isso e sinceramente acho que eles combinam. - sorriu triste. - Mas te apoiarei no que decidir ok. - afirmou me abraçando.

-Obrigada. - surrei antes de ver a porta ser aberta e Madu entrar acompanhada de Guilherme e Jhon levantei meio de sopetão e passe direto murmurando apenas um oi.

Sai de casa sendo acompanhado por Jhon até o portão, sempre foi fácil pra mim fingir não me importar com nada, mas essa história estava cada vez mais difícil até porque eu não conseguia ficar no mesmo lugar que a Madu sem me sentir culpado e envergonhado por tudo.

- Ta difícil? - Jhon perguntou dando leves tapas no meu ombro.

- O que? - fingi não entender.

 - fingir que não se importa. -  rolei os olhos tentando parecer indiferente.

- é você realmente me conhece bem. - lamentei.

- creio que bem mais do que imagina. - sorriu debochado. - e o que pretende fazer então?

- o que já lhe disse manter distância e como não seria muito fácil morando na mesma casa decidi aceitar uma oferta de trabalho na capital, em 3 meses me mudo para começar meu treinamento e até lá farei o possível para ficar o mais longe que consegui você sabe como sou impulsivo.

- sei, e vê-los juntos pode fazer o ciumes fala mais alto. - declarou serio.

- não acho que tenho direito de sentir ciúmes Jhon. - indaguei o encarando.

- de fato se formos pela razão não, mas sabemos bem que não foi isso que te fez cair em si. - sorriu indo em direção ao portão novamente. - se precisar de um amigo pode me chamar sabe que ainda somos como irmão só não torne a fazer as mesmas burradas. - sorri em afirmativo e entrei em meu carro seguindo sem rumo. 

Parei em frente a uma praça e comecei a observar os casais com seus filhos brincando querendo ou não aquilo transmitia uma sensação boa, peguei meu celular e disquei o número que precisava para cumprir minha promessa de me afastar.