Você Pode Ser Meu. escrita por Maria Vinagre


Capítulo 22
Capítulo 22 - Namorados (?)


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é um "presentinho" pra vocês, mas é mais que uma obrigação minha postar um capítulo a mais no dia, já que fiquei bastante tempo sem postar. Isso não significa que eu não vá postar amanhã. Estou aproveitando minha criatividade que está bem ativa hoje. Boa leitura. ~Narrado pela Madison.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/247780/chapter/22

Passou duas semanas, e eu e o Jessie estamos namorando. Meu  pai ainda não sabe, não sei se consigo contar pra ele. Bom, ele sabe que eu vou pra casa do Jessie depois da aula, ou então saímos e ele vai em casa. Mas, papai acha que somos amigos. Nunca disse nada do tipo pro meu pai. Ou ele já sabe e finge que não, ou ele realmente está preocupado com o trabalho. Não contei pra ninguém da minha família. Meu primo Kevin foi em casa e me perguntou se eu estava namorando. Eu engasguei um pouco, não sabia se eu podia contar, não só porque meu pai não sabia, mas porque.. Jessie não me pediu em namoro em nenhum momento. Apenas vou na casa dele, D. Bertha sabe que estamos juntos, cuido da Brooke junto com ele, e assistimos tv juntos, e nos beijamos quando estamos á sos. Não tem nome pra o que eu e o Jessie estamos tendo. Então, preferí não dizer "sim" para o Kevin porque lá no fundo me bateu uma dúvida horrível. Ele é um suposto namorado. 

Jessie: Você já terminou a carta da propósta da venda de sanduíches no intervalo amanhã?

Eu: Sim, tá no caderno dentro da sua mochila de roupas de educação física. 

Jessie: Pra que que vai ser usado o dinheiro mesmo?

Eu: Viagem dos veteranos do outro prédio. Eles precisam de ajuda.

Jessie: Da sua antiga turma?

Eu: Sim, eles gastam dinheiro com festas e coisas fúteis. - Eu disse andando pelo corredor vazio olhando pro chão - Sei bem como é.

Jessie: E nós da turma de "reforço" já pagamos a viagem. E olha que desse lado não tem muita gente rica. 

Eu: Porque somos honestos. Eles são filhinhos de papai irritantes. Claro que tem alguns que salvam. 

Jessie: Tipo seus amiguinhos chicletes?

Eu: Não começa, Jessie!

Jessie: O que!? Eu não fiz nada.

Eu: Sinto cheiro de ciúmes. 

Jessie: Eu sinto cheiro de alguma coisa, mas não é de ciúmes.

Eu: Do que é?

Jessie: Da menina mais linda da escola inteira bem aqui do meu lado. - disse chegando mais perto. -

Eu: E o cheiro é bom?

Jessie: O melhor. - Ele me disse isso e me deu um beijo na bochecha. -

Quando a aula acabou, eu peguei meus livros e cadernos e coloquei no banco de trás do carro do Jessie e tirei minha jaqueta e coloquei lá também, depois disso sentei. Estava fazendo frio de manhã e calor de tarde. O Jessie entrou no carro, e logo me perguntou onde eu queria ir. 

Eu: Você que escolhe!

Ele foi dirigindo direto pra casa dele. Como D. Bertha tinha seu carro, ela passou ir buscar a Brooke, agente cuidava dela depois que chegava. Então era natural irmos pra casa dele antes de qualquer coisa. Chegando lá, a Brooke já tinha chegado. Então o Jessie foi dar banho nela, e eu preparei seu cereal preferido e coloquei na geladeira enquanto ela não vinha. Subí até seu quarto e escolhí uma roupinha de dormir e coloquei em cima da cama. Quando o Jessie foi pro quarto, fiquei de joelhos e coloquei a roupinha nela, e ele como sempre, ficava olhando pra mim vestindo ela. Penteei o cabelinho fino e loiro dela e amarrei num rabo de cavalo. Ela já tava limpinha e com fome. Quando olhei pra porta não ví o Jessie. Coloquei a Brooke no colo e fui até a porta. Jessie estava falando com a Vó dele, e logo ele apareceu. 

Jessie: Vovó vai cuidar de você Brooke, eu já volto.

Brooke: A Mady vai também?

Jessie: Vai. 

Eu: Vamos onde?

Jessie: Você vai ver. - Ele disse quase sussurrando e pegando a Brooke no colo. -

Eu: Hm Mr. Misterioso..

Ele sorriu e levou a Brooke lá pra baixo e em um instante ele já estava no quarto de novo. Ele não disse nada pra mim, apenas pegou um cholchão de baixo da cama dele, pegou um cobertor e dois travesseiros. 

Jessie: Uma ajuda?

Eu: Claro... - Disse pegando os travesseiros e colocando o cobertor em um dos meus ombros -

Jessie dobrou o colchão no meio e foi levando pro carro. Dona Bertha nos deu um beijo e entramos no carro. 

Eu: Pra onde vamos? 

Jessie: Bom, já que já te fiz surpresa com esse mesmo lugar, não é justo eu dizer que isso é surpresa. Vamos pro prédio do meu pai.

Eu: Tem certeza que quer ir pra lá? Tá ficando tarde, e meu pai já avisou pra eu chegar mais cedo.

Jessie: Seu pai é gente boa...

Eu: Sim, mas é melhor agente não abusar...

Jessie: Você é linda, sabia?

Eu: Não mente, é feio.

Jessie: Para de ser tonta. - Ele disse isso, se inclinou e me deu um selinho demorado. -

Eu: Olha pra frente, Jessie! - Disse virando o rosto - Agente vai acabar morrendo, você tá dirigindo!

Jessie: Não me importaria de morrer te beijando.

Eu: Não? Porque?

Jessie: Porque seu beijo é o melhor do mundo. 

Eu: É? - eu senti meu rosto ficando quente -

Jessie: Tá com vergonha né? Bobona.

Eu: Tonto.

Chegamos no prédio, e subimos rapidinho, já que ainda estava claro. Chegando lá em cima, ele colocou o colchão, os travesseiros e com o cobertor na mão, fez um sinal pra eu me deitar. Eu deitei e coloquei minha cabeça em um dos travesseiros. Ele ficou me olhando sorrindo e eu bati a mão de leve no espaço vazio do meu lado. Ele se deitou e nos cobriu. Eu acho que ele iria dizer alguma coisa. Mas apenas fez eu me aninhar nos seus braços e beijou a minha testa. Ficamos alí sem falar nada, apenas curtindo a presença um do outro. Eu estava amando ficar com ele alí, sentindo sua respiração, e tendo um momento totalmente perfeito com o garoto que eu amo. Foi então que ele olhou pra mim, e perguntou se eu o amava. Eu disse que sim, então ele me beijou. Me abraçou pela cintura, e abrí os olhos, conseguia ver a lua já, estava tarde, e eu estava beijando ele sem nenhuma preocupação. Por um minuto procurei algo pra me preocupar naquele instante e estragar todo aquele momento. Por medo, talvez. Mas não lembrei de nada. Alí era apenas eu e ele, a noite, e nosso amor. Eu relaxei meu corpo e continuei o beijando. Ele me puxou com certa força e me colocou em cima dele. Eu apenas continuei beijando, e ele colocou as mãos nas minhas pernas e as apertou com vontade. Eu continuava com minhas mãos nos seus cabelos, e eu comecei a beijá-lo com força e eu estava com vontade dele. Queria ele todo pra mim, queria ser dele. Naquela hora, éramos um do outro, não tinha como negar. Estou louca pelo Jessie. Eu estava deixando claro pra ele que estava me entregando á seu amor. Soltei o beijo pra recuperar minha respiração, e ele olhou nos meus olhos de uma forma tão intensa, que eu queria beijá-lo mais. Então, nesse pequeno espaço de tempo, conseguí colocar minha cabeça no lugar, e deitei do lado dele de novo. E ele me deu um selinho. E ficamos deitados daquele jeito por uns 40 minutos, com ele mechendo no meu cabelo, fazendo carinhos em vários lugares. Mas ele não se arriscou fazendo nada de mais. 

Eu: Jessie, o que eu sou sua?

Jessie: Você é meu amor.

Eu: Não tô falando em sentimento...

Jessie: Socialmente?

Eu: Sim.

Jessie: Você é... Minha amiga.

Eu: O que? - Olhei pra ele com um olhar imperativo, e em questão de segundos meus olhos encheram de lágrimas. Quer dizer que eu não passava de uma amiga que ele ama beijar? -

Jessie: O que foi? O que você tem?

Eu: Achei que eu fosse mais que isso.

Jessie: Tá falando de namoro?

Eu: Acho que estou. - Me arrependi de ter sido tão insegura na resposta -

Jessie: Não te considero como namorada. - Disse ele olhando pra cima. - Eu ainda não falei com seu pai. 

Sentí meus olhos brilharem, e um sorriso involuntário apareceu no meu rosto. Então me virei pra ele e o beijei. Beijei ele sabendo que estava beijando meu namorado. Ele queria algo sério comigo. Eu fiquei com vontade de falar que eu nunca namorei, que ninguém nunca havia se apaixonado por mim, e que eu só tinha beijado uns 3 ou 4 garotos, mas achei que não seria a oportunidade certa. Então ele ficou mais ofegante com o beijo e me pegou de um jeito que me colocou em uma posição perfeita para transar. Ele me sentou em cima dele, e se estivéssemos sem roupa (ou se eu estivesse de saia) algo iria acontecer. Foi então que uma série de perguntas sobre ele 'pipocou' em minha cabeça. Jessie ainda era virgem? Será que ele já tinha namorado outras vezes? Ele estava mesmo me amando? Jessie é o nerd que parece ser? Quem é meu namorado? Será que devo transar com ele agora? Eu sei que ele quer. Então, aquelas perguntas fizeram minha cabeça doer. Eu deitei de novo em seu lado, e ele me deu um beijo no rosto. Eu virei de lado, e ficamos deitados de 'conchinha'...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Nesse eu caprichei mais...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você Pode Ser Meu." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.