In Love With Her escrita por naty


Capítulo 20
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

heey meninas, depois de séculos sem postar, tô de volta!
desculpem por ter deixado vcs na expectativa, mas tá aí!
espero que gostem *-*



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EDUARDA

Depois de dar um “chega-pra-lá” em Princesa, que dava sinais de querer sair portão afora, abri o portão e vi Manuela indo embora.

 

 

Merda, Eduarda! Ela ficou com raiva, grande ideia essa sua – pensei por alguns milésimos de segundo antes de arriscar chamar seu nome.

 

 

 

—- Manuela

Ela estava tão linda que perfeição não seria palavra suficiente para descrevê-la. Virou-se lentamente ao me ouvir chamá-la, e pude ver, com um pouco de dificuldade devido à chegada da noite, como ela estava esplêndida.

Mesmo ali, no escuro da rua, Manuela parecia emanar um brilho no olhar que me puxava até ela de forma arrebatadora. Mesmo com aquela carinha de quem não queria me ver, reparei que Manuela me analisava minuciosamente.

Fui perscrutada da cabeça aos pés por seu olhar penetrante e intenso. Senti meu rosto em chamas quando ela parou, olhando descaradamente para meu decote e minhas pernas. Seus olhos transmitiam puro desejo, a raiva foi deixada de lado durante o tempo em que ela me olhava. Eu já tinha visto aquela expressão em seu rosto algumas vezes quando ela estava comigo, mas nunca de forma tão intensa, e aquilo me despertou algo que eu não sabia muito bem como explicar.

—- Du-Duda – disse olhando-me profundamente nos olhos

Apenas com aqueles olhos azuis ela era capaz de me tirar a razão e iluminar todo o meu dia. Andei até onde ela estava com um sorriso que não pude conter ao vê-la tão linda, mas logo me lembrei que ela deveria estar bem irritada comigo.

—- Er... Primeiro não me mate! Segundo, eu não esqueci do nosso aniversário de namoro. E terceiro, mas não menos importante: cê tá linda! – falei entregando-lhe a rosa que ela confidenciara-me ser sua flor preferida.

Ela sorriu de volta para mim e vi suas bochechas ficarem adoravelmente vermelhas, provavelmente por eu tê-la chamado de linda. Eu não via o porquê disso já que dissera apenas a verdade, mas não me importava, ela ficava ainda mais linda daquele jeito. Ela me encarou, sem dizer nada e vi ali a minha deixa para tentar me explicar.

—- Suponho que eu tenha algumas explicações a dar – falei – Mas, eu não quero ser vítima de crime passional no meio da rua, então... Será que  pode entrar para eu me explicar?

Por alguns segundos eu pensei que ela não entraria, pois permaneceu calada, ainda me olhando.

 

 

Porra, Duda, olha a merda que você fez! – pensei.

 

 

—- Para o seu próprio bem, eu espero que a desculpa seja realmente boa – disse séria, mas eu suspirei aliviada vendo um sinal de sorriso em seu rosto.

—- Eu também – murmurei enquanto dava passagem para ela

—- Por que tá tudo escuro aqui, Eduarda? Esqueceu—se de pagar a conta de luz também? – perguntou irônica, mas percebi que não estava brava, apenas me provocando.

—- O que eu vou ter que fazer pra você acreditar que eu não esqueci o nosso aniversário? – disse entrando em seu jogo

—- Não foge da pergunta mocinha, por que as luzes estão apagadas?

—- Entre e verá com os próprios olhos

—- Duvido que consiga ver algo nessa escuridão

—- Manuela! Colabora, poxa – falei rindo

—- Tudo bem, tudo bem...

Deixei-a ir à minha frente e entrar em casa, reparando em tudo, tentando, de fato, ver alguma coisa.

—- Aiii, droga! – xinguei ao tropeçar em algo no escuro

—- Que foi? – perguntou Manu, virando-se para mim

—- Nada, apenas o de sempre – falei simplesmente, e ela riu, entendendo que eu tinha tropeçado

—- Desastrada como sempre

—- Pera aí, me deixa entrar – pedi passando à sua frente e pegando a caixinha de fósforos que havia deixado em um lugar estratégico.

Acendi a primeira vela e senti os olhos de Manuela em minhas costas, mas não me virei. Eu estava bem consciente do fato de não termos nos tocado desde que ela chegou, e se me virasse antes de terminar de iluminar o ambiente, tinha certeza que não me contentaria em apenas olhá-la.

Finalmente acendi a última vela e por fim me virei para encará-la. Manuela estava parada no meio da sala, observando os meus movimentos e reparando em tudo à sua volta ao mesmo tempo.

—- Tá explicado o motivo da escuridão? – perguntei, aproximando-me lentamente dela

—- Uhum – falou, ainda olhando para todas as velas que exalavam um perfume suave à nossa volta

—- E você gostou? – aproximei-me um pouco mais

—- Uhum

—- E será que eu consigo ser perdoada por ter fingido esquecer o nosso primeiro mês de namoro? – agora estávamos a centímetros uma da outra

—- Uhu- Digo, não. Você não vai escapar dessa tão fácil assim. Onde já se viu fazer isso comigo. Você não tem coração, não é, garota? Tem ideia do quanto eu fiquei chateada? Você é muito idiota, Eduarda, e burra, e infantil, e – interrompi-a com um beijo ardente, já não estava mais aguentando olhar para a sua boca tão rosada e convidativa.

Puxei-a pela cintura, unindo nossos corpos enquanto ela subiu suas mãos pelos meus braços e ombros, chegando ao meu pescoço e envolvendo-o com elas, fazendo com que eu me arrepiasse toda no processo.

Podia fazer apenas um dia que não nos beijávamos, mas eu já estava com saudade de seus lábios junto aos meus, suas mãos arranhando-me a nuca, eu estava com saudade de Manuela por inteiro.

Naquela noite, eu desejava a minha baixinha mais do que nunca e mostrei isso no beijo que trocamos. Meus braços ao redor de seu corpo não permitiam que houvesse qualquer espaço separando-nos, e ela também não parecia querer separar-se de mim quando interrompemos o beijo.

Eu sorria descaradamente quando perguntei:

—- O que você estava falando mesmo?

—- Huh, não... Não sei! – disse ofegante

—- Eu estou perdoada?

—- Não sei – falou, sorrindo-me sapeca, e avancei sobre ela novamente, beijando-a.

—- E agora? – perguntei

—- Não sei! Eduarda, quer parar de me confundir?

—- Mas o que eu fiz? – perguntei fingindo inocência

—- Nadinha – respondeu-me irônica

—- Perdoada? – eu iria vencê-la pelo cansaço

—- Tá bom, Duda, tá perdoada! Satisfeita?

—- Ô, demais da conta, sô! – disse carregando meu jeito mineiro de falar, rendendo a ela boas risadas – Agora sim podemos começar a noite

—- Hã? Não entendi – falou enquanto puxava-a até o outro cômodo

—- Espero que você esteja com fome, porque eu definitivamente estou – falei pegando novamente a caixa de fósforos e acendendo uma vela no centro da mesa que mostrava dois conjuntos de pratos, talheres e taças dispostos sobre ela, junto com guardanapos e, em uma pequena jarra, outra rosa vermelha.

—- Não me diga que você cozinhou!

—- Acredite se quiser, mas eu finalmente tomei um pouco de vergonha na cara e fiz o jantar, agora se está bom, eu já não sei - fiz uma pausa, antes de me render a uma risada e continuei - Mentira, tá bom, sim, não queria me arriscar em te matar de intoxicação alimentar e encomendei a comida – falei sorrindo.

—- Boba!

—- Por favor, mademoiselle! – disse puxando a cadeira para que ela se sentasse e peguei a comida, servindo-nos – E, para a senhorita, o melhor vinho, digo, suco de uva, da região! – completei servindo sua taça enquanto ela ria

—- Você não existe, Duda – disse ainda em meio às risadas

—- Vinho seria definitivamente mais romântico, mas meu pai daria falta de uma de suas garrafas, e por aqui é difícil achar alguém que venda bebida alcoólica para menores, então ficamos só no suco – falei desculpando-me

Sentei-me, e jantamos em um clima romântico, proporcionado pelo ambiente que eu havia preparado, e ao mesmo tempo descontraído, devido ao teor da nossa conversa.

—- Mas me conta de onde veio isso – disse Manu fazendo um gesto para o meu vestido – Porque não me lembro de nada nem remotamente parecido em seu armário

—- Adivinha?

—- Rafa? – perguntou, e balancei a cabeça em afirmação

—- Me lembre de nunca deixar Rafael unir-se a Karina e Ana novamente, os três juntos são terríveis!

—- Falando em terríveis, Lucas e Matheus não ficam muito atrás, viu

—- Lamento ter deixado você nas mãos daqueles dois, amor – falei rindo – mas ao contrário de mim, você já  acostumada com esse tipo de coisa, então nem foi tão ruim assim.

—- Não posso negar, mas olha, seu sofrimento valeu muito a pena – olhou-me maliciosamente, seus olhos descendo furtivamente para meus seios, um pouco descobertos pelo vestido.

—- Manuela! – reclamei, envergonhada

—- Ah, desculpe! – falou desviando o olhar, mas ainda sorrindo

Terminamos de jantar, e eu guiei-a novamente até a sala, pegando uma caixinha de veludo na estante enquanto ela me observava.

—- Manu... Eu não sou muito boa com palavras, sempre acabo me enrolando toda, principalmente com você na minha frente, tão linda assim. – percebi que ela iria dizer algo, mas coloquei meus dedos sobre seus lábios, impedindo-a – O que eu quero dizer, ou, ao menos tentar, é que eu te amo, Manuela. Te amo do jeito que eu nunca pensei que poderia amar alguém. Você veio pra minha vida trazendo alegria pro meu coração, certezas para as minhas dúvidas, e agora não me imagino vivendo sem você. Só tenho a agradecer por ter você como namorada, você é um anjo que caiu na minha vida

Abri a caixinha, deixando-a ver seu conteúdo.

— Não é grande coisa, e não chega nem perto da enorme aliança de compromisso que eu queria ter o prazer de colocar no seu dedo. Mas, devido às circunstâncias, achei melhor não arrumar mais problemas para nós duas, espero que goste

Ri nervosamente, sem saber se ela tinha gostado ou não do colar que tinha comprado para ela.

Era simples, com um pingente prateado de um uma peça de quebra-cabeça que se encaixava à que eu já usava no pescoço, com o desenho de um coração partido ao meio e que ficava completo quando as duas peças se uniam.

Olhei para Manuela, que estava calada esse tempo todo, ela me encarava com os olhos vidrados e um lindo sorriso.

—- Eu mandei gravar meu nome nele – disse tirando o colar da caixinha e virando-o para que ela visse – Assim como gravei seu nome no meu – mostrei a correntinha prateada em meu pescoço, e Manu parecia vê-la pela primeira vez – Será que você pode, por favor, dizer alguma coisa? Eu estou ficando nervosa aqui. Se você não tiver gostado, eu... eu posso trocar, ou comprar outra coisa, não me importo. Não fique com vergonha de falar que não gostou, Manu, você sabe que comigo não tem dessas coisas.

—- Shh, eu amei! Pode colocar em mim? – perguntou já segurando os longos cabelos para longe do pescoço e virando-se de costas, me dando livre acesso à sua nuca

Rapidamente passei o cordão por seu pescoço bronzeado de tanto tomar sol e ir constantemente á praia. Mesmo depois de dois meses sem nem chegar perto do mar, Manuela continuava com o seu típico bronzeado carioca.

Abotoei o fecho do colar e não me contive, depositando um suave beijo em sua nuca, fazendo-a se arrepiar e virar-se de frente para mim.

—- Eu amei tudo, Duda, a surpresa, o jantar, e agora esse colar, e admito que odiei a brilhante ideia que você teve de me fazer pensar que você tinha esquecido que hoje faz um mês que você tem me feito a pessoa mais feliz do mundo. Eu te amo, Eduarda Ribeiro – disse, me olhando com seus olhos azuis intensos

—- Dança comigo?

—- Com que música, Duda?

—- Pra quê música se a gente pode fazer o próprio ritmo? – respondi com outra pergunta

—- Não era você que um mês atrás odiava dançar?

—- Ainda acho péssima ideia com a minha coordenação motora, mas hoje eu quero dançar com você.

—- Tudo bem, seu pedido é uma ordem – brincou, e peguei em sua mão, puxando-a mais para perto para que a abraçasse confortavelmente enquanto começávamos a girar lenta e desajeitadamente em um pequeno círculo.

Dançávamos no meio da sala, sem música nenhuma, nossos passos eram guiados apenas pelas batidas dos nossos corações.

Manuela encostou sua cabeça ao meu peito, fechando os olhos e apertando-se ainda mais contra mim.

—- Posso ouvir o seu coração – sussurrou

—- É mesmo? E o que ele tá te dizendo?

—- Ela tá falando muito rápido, sabe? Difícil de entender com a pressa que ele parece ter, mas é algo como: “teamo, teamo, teamo” – disse sorrindo.

—- Mas isso ele não precisa dizer, você já sabe, não sabe?

—- Claro, mas é bom te ouvir dizer isso pelas batidas do seu coração, faz com que o meu responda na mesma intensidade.

—- Hm... – murmurei girando-a mais rápido, o que resultou, é claro, nos meus pés enrolando-se um no outro e me fazendo desabar no chão e puxar Manuela, que caiu por cima de mim

—- Machucou? – perguntou-me preocupada

—- Claro que não, sou profissional em quedas estratégicas, e você?

Balançou a cabeça negativamente e já começando a rir de mim.

Começamos a rir descontroladamente, até percebermos a posição em que estávamos, e o riso foi cessando ao poucos. Senti minha respiração acelerar-se devido a proximidade do rosto de Manu, sem contar que eu podia sentir todo o seu corpo quente e macio por cima do meu.

—- Olha só, parece que a sua respiração também sabe falar – provocou, olhando para a minha boca.

—- E o que ela tá dizendo agora?

—- Quer que eu te mostre? – perguntou, e apenas balancei a cabeça, recebendo em seguida seus lábios sobre os meus de forma sedutora e possessiva.

Permiti que sua língua emergisse em minha boca, provando cada canto que já conhecia tão bem, num beijo que me levou às nuvens.

Seus lábios quentes e molhados desceram por meu pescoço, parando ali, sugando com vontade, o que me fez soltar o primeiro gemido, e senti-a sorrir contra a minha pele.

Suas mãos passeavam pelas minhas pernas, subindo pelas coxas e apertando-as por cima do vestido enquanto sua boca subia e descia entre o meu queixo e pouco abaixo da minha clavícula.

Ela beijava, sugava e, às vezes, até mordia, me fazendo gemer e sentir uma umidade crescente entre minhas pernas.

Troquei de posição, ficando por cima e olhando-a. Seus olhos refletiam o meu próprio desejo. Beijei-a e logo senti suas mãos em meu bumbum, ainda por cima do vestido, e sorri da sua obsessão recém-descoberta.

Separei-me arfante, levantando-me com dificuldade e estendendo a mão para Manu, que me olhou questionadora.

—- Você quer mesmo fazer isso no chão da sala? – perguntei divertida – Vamos para o meu quarto – Manu sorriu-me e segurou a mão que eu mantinha estendida para ela e a levava para a cozinha

—- Aonde você vai?

—- Não quero acordar amanhã e descobrir que a minha casa pegou fogo – disse, apagando as velas que havia ali

—- Tem razão – disse ajudando-me a apagar as velas que estavam na sala – Além do mais, o único lugar que vai pegar fogo essa noite é o seu quarto, dona Eduarda - ela fazia de propósito, só para me ver sem jeito

—- Acho que vamos precisar disso então, né? – falei ironicamente, sacudindo a caixinha de fósforos.

—- Não, acho que podemos dar conta do recado sem isso – insinuou, beijando-me e fazendo de fato com que pegássemos fogo

Puxei suas pernas para rodearem meus quadris e peguei-a no colo, subindo as escadas sem dificuldade.

Parei no corredor, em frente ao meu quarto, e tirei uma das mãos do corpo de Manu para abrir a porta e entrei no cômodo que estava iluminado apenas pela meia luz que o pequeno abajur na mesa de cabeceira proporcionava.

—- Tem certeza de que quer fazer isso? Se você não estiver preparada ainda, nós podemos esperar, Duda, não quero que você faça nada forçado – falou, me olhando com sinceridade.

Manuela podia ser um pouco mais nova, mas era muito mais experiente que eu. Antes de começarmos a namorar, eu já sabia que ela tinha perdido a virgindade aos 15 anos, com sua ex-namorada, Natália, e que depois disso já tinha saído com algumas garotas também.

—- Eu quero você, Manuela - olhei-a com toda a segurança, mesmo não sabendo muito bem o que fazer, aquela era a verdade. Eu desejava Manuela.

Ela aproveitou que ainda estava em meu colo e beijou meu pescoço novamente, me fazendo suspirar fortemente. Minhas mãos desceram para o seu bumbum apertando-o com força fazendo a gemer sobre a minha pele.

Caminhei de costas com cuidado até sentir a beirada da cama atrás de meus joelhos e me sentei. Manuela afastou seus lábios de meu pescoço apenas pelo tempo suficiente para chegar até minha boca, me beijando com paixão e desejo, e eu retribuí da mesma forma. Afastamo-nos, e, sem desviar meus olhos dos seus, desci uma alça do seu vestido, beijando seu ombro em seguida, fazendo o mesmo do outro lado.

Manu empurrou meu corpo, me deitando sobre o colchão enquanto sentava-se sobre o meu ventre, deixando uma perna de cada lado do meu corpo.

Fiquei parada, olhando-a feito boba, os cabelos negros caídos contra a face lhe davam um ar extremamente selvagem e ao mesmo tempo sexy. Notando o meu estado de admiração, Manu pegou minhas mãos, levando-as para suas costas, no zíper de seu vestido.

Entendi o recado e comecei a abri-lo lentamente, e ela levantou-se um pouco, me ajudando a tirá-lo de seu corpo, para logo em seguida jogá-lo em um canto qualquer do quarto.

Olhei para seu corpo, que agora só tinha as roupas íntimas, um conjunto simples de renda branca que a deixava ainda mais bela. Num movimento rápido, girei meu corpo, colocando-a contra o colchão e ficando por cima enquanto ela me sorria e, não entendi como, arrancou o meu vestido de uma só vez, revelando minha lingerie preta.

Observei a sua minuciosa análise sobre o meu corpo, suas mãos acompanhando seus olhos, passando lentamente por meu abdome. Abaixei-me, distribuindo vários beijinhos pela região de seu rosto e pescoço, e ela sorria daquilo. Me aproximei de seu ouvido, tomando cuidado para não olhá-la nos olhos e, um pouco envergonhada, sussurrei:

—- Manu, eu... N-não sei como fazer isso

Ouvi seu riso baixo, e ela me empurrou um pouco, me obrigando a olhá-la naquelas lindas safiras pelas quais eu era imensamente apaixonada.

—- Lembra quando você me beijou pela primeira vez?

Assenti em silêncio

—- Lembra o que você me disse quando eu falei que você parecia ter experiência com aquilo, quando, na realidade era o seu primeiro beijo?

—- Eu disse que apenas segui o meu coração – respondi, me lembrando perfeitamente daquele momento

—- Então, meu amor, você só precisa deixar o seu coração te guiar. Não pense em nada, apenas siga o seu coração, e os seus instintos farão o resto

—- Mas... E se... Eu fizer algo errado? – perguntei receosa

—- Você não vai, Duda, confio em você, e você também deve confiar

—- Tem certeza?

—- Absoluta – respondeu-me sorrindo

Antes que eu pudesse arranjar algum outro argumento, Manu me puxou para si, selando nossos lábios. Bastou apenas isso para que meu corpo se acendesse,  e, mesmo sem saber como, fiz o que minha namorada disse e segui meu coração.

Voltei a beijar seu pescoço, dessa vez com mais vontade e determinação. Desci com minha boca e parei por alguns instantes, beijando seu colo até onde o sutiã me permitia. Ela ergueu seu torso apenas o suficiente para que eu passasse minhas mãos por trás do seu corpo e pudesse desabotoar seu sutiã, fazendo com que ele não fosse mais um obstáculo. Puxei-o, passando rapidamente por seus braços e livrando-me da peça.

Parei por alguns segundos, admirando seus seios perfeitos. Agora, sem o sutiã, podia ver suas charmosas marquinhas de biquíni, onde a pele era bem mais alva do que a do restante do corpo.

Lentamente, levei minha mão até um de seus seios, tocando a  a auréola rosada com as pontas dos dedos com carinho, em uma leve exploração, e pude senti-lo ficar rígido devido ao contato. Não me contentei apenas com as carícias, e enquanto minha mão trabalhava em um seio, envolvi o outro com a boca, sugando-o e passando a língua ao redor do mamilo e fiquei algum tempo ali, revezando entre um e outro.

Os gemidos de Manuela me incitavam a continuar. A sensação de poder proporcionar prazer à minha namorada era maravilhosa. Nunca poderia imaginar que seria tão bom. As mãos de Manu passeavam por minhas costas nuas, arranhando minha pele enquanto eu descia os beijos por sua barriga lisinha, dando leves mordidas.

À medida que me aproximava da pequena calcinha branca, eu ia ficando um pouco nervosa, com medo de fazer alguma besteira ou de machucar Manu. Mas não deixei que meus pensamentos me dominassem, agindo instintivamente. Parei os beijos, assim como fizera com o sutiã, no local onde a calcinha me impedia de continuar.

Manuela, parecendo impaciente com a minha demora, levou as mãos até a própria calcinha, começando a deslizá-la, e me olhou, levantando o quadril e mandando que eu continuasse com as íris azuis quase completamente dominadas pelas pupilas negras. Obedeci de imediato, livrando-me também da calcinha, que foi parar sabe-se lá onde.

Olhei Manuela de cima a baixo, não tinha como negar que ela era linda por inteiro e também não tinha como negar que eu a queria por inteiro. Finalmente olhei para seu rosto, que estava com uma expressão que dizia que eu pagaria caro por fazê-la esperar. Sorri com isso e subi por seu corpo para beijá-la. Ela, impaciente, antes mesmo que pudéssemos nos separar, pegou uma de minhas mãos e guiou-a até sua intimidade, gemendo junto comigo quando meus dedos encontraram-se com sua quente umidade.

Passei a mão por ali com suavidade e carinho, explorando aquela região nunca antes conhecida. Observei com genuína curiosidade, meus olhos acompanhando todo o caminho enquanto meus dedos passavam por cada pequeno detalhe de seu corpo, cada curva, cada reentrância, os pelos que protegiam sua intimidade... era tudo tão belo e perfeito que eu não conseguia imaginar nada mais belo. Manuela, por sua vez, gemia cada vez que eu tocava em algum ponto mais sensível. E eu ficava mais excitada a cada suspiro que ela soltava, por menor que fosse.

—- M-me... me faz... sua – ela sussurrou com dificuldade devido à respiração alterada.

Com todo o cuidado que pude, penetrei-a com um dedo, ouvindo seu longo suspiro de prazer. Voltei a beijar e acariciar seus seios enquanto movia meu dedo lentamente dentro dela, em movimentos ritmados. Subi minha boca para seu pescoço, sugando fortemente enquanto sentia o cheiro delicioso de seu perfume. Aos poucos, fui aumentando a velocidade e a intensidade de meus movimentos dentro dela e logo senti-a tremer, e sua intimidade apertou-se contra meu dedo, aumentando o atrito. Ela pediu, e eu penetrei-a ainda mais intensamente, prevendo o que provavelmente aconteceria em seguida.

—- Eduarda – Manuela gritou ao chegar ao ápice

Foi a minha vez de estremecer ao vê-la tão entregue a mim naquele momento de paixão. Ouvir meu nome sair de sua boca em seu momento mais íntimo me causou uma enorme sensação de êxtase e torpor, que eu só fui entender mais tarde, quando aqueles sentimentos singulares voltaram a se apossar do meu corpo

Olhei para a sua face, e ver aquela expressão de serenidade e satisfação, me tranquilizou, dizendo-me que eu havia feito tudo certo. Ou ao menos era o que eu esperava.

 

 

MANUELA

 

 

Aos poucos senti minha respiração ir se normalizando depois de todo o prazer que Duda havia me proporcionado. Aquela garota tinha caído do céu, era a única explicação. Era inegável que eu havia me sentido acima das nuvens com seu toque os seus carinhos.

No início, senti que ela estava meio travada, devido à sua inexperiência no assunto, mas, para quem nunca tinha tocado o corpo de outra mulher, a Duda estava mais que de parabéns. Nunca havia chegado a sentir tanto prazer na minha vida, e eu tinha plena consciência de que não era exagero nenhum.

Nem mesmo a cachorra da Natália tinha conseguido, em várias noites, o que a Duda conseguira na primeira vez que me tocou.

Olhei para Eduarda, deitada ao meu lado, me observando com uma carinha de preocupação, provavelmente devido ao meu silêncio.

—- Eu... eu fiz tudo certo? – questionou-me

—- Mais do que certo, meu amor, você foi espetacular

—- Não exagera, Manu, eu tenho certeza que você já teve noites muito melhores que isso

—- Errou feio, nem a melhor noite que eu já havia tido chega aos pés do que você acabou de fazer – disse-lhe sorrindo com sinceridade e vi um lindo sorriso abrir-se em resposta

Duda fechou os olhos por algum tempo, enquanto eu acariciava seu rosto, apreciando sua beleza.

—- Por favor, me diz que você não está cansada e nem com sono – falei, olhando-a

—- Não... por quê? – perguntou ainda de olhos fechados

—- Porque é a minha vez, oras – respondi, fazendo-a abrir os olhos com uma expressão questionadora no rosto

—- Vez de quê?

—- Como você é ingênua, Eduarda. Achou que eu estava brincando quando disse que iria te mostrar o que a sua respiração estava pedindo? – perguntei maliciosamente, sentando-me na cama

—- Mas...

—- Você acabou de me dar mais prazer do que eu jamais havia sentido, Duda... Me deixa retribuir?

Ela pareceu pensar por alguns segundos, estava um pouco receosa no começo, mas logo se tranquilizou, então avancei, queria fazê-la sentir ao menos um terço do que ela me fizera sentir. Se conseguisse isso, já estaria feliz.

Olhei para Duda com todo o amor que sentia por ela, pensando que teria que fazer com que fosse perfeito para ela. Ela parecia um pouco nervosa, mas demonstrava certa ansiedade.

A minha garota merecia que a sua primeira vez fosse maravilhosa. Eu estava com uma baita responsabilidade em minhas mãos. Mas não deixaria que ninguém fizesse aquilo por mim, queria ser a pessoa que a tornaria mulher.

Duda sentou-se na cama, e me sentei em seu colo, de frente para ela. Aproximei meus lábios dos seus e sorri ao vê-los entreabrindo-se ao mesmo tempo em que seus olhos fechavam-se, à espera do beijo. Mas apenas rocei minha boca na sua, provocando-a.

Ela tentava se aproximar e quebrar a distancia entre nós, mas eu não permitia, me afastando toda vez que tentava.

Suas mãos foram para as minhas costas, restringindo-me para que eu não me afastasse quando ela, enfim, selou nossas bocas, me beijando com fome. Enquanto sua língua brigava por espaço em minha boca, senti que suas mãos foram em direção aos meus seios, massageando-os e me fazendo gemer em sua boca.

Rapidamente, tratei de reverter a situação, tomando o controle, retirando o sutiã de Duda com apenas um movimento da minha mão esquerda. Joguei-a sobre o colchão enquanto avançava com minha boca sobre seus seios pequenos e firmes, lindos, lindos. Suguei, lambi e brinquei com eles, fazendo-a gemer para mim enquanto minhas mãos não resistiam ao seu abdome sarado.

Desci, traçando um caminho molhado com minha boca em toda a região de seu tronco, parando quando chegava perto de sua virilha e voltando a subir. Fiz esse percurso algumas vezes, enquanto notava que Duda se incendiava mais e mais com a expectativa. Mas eu não estava com pressa, e muito menos havia esquecido que ela me torturara um pouco também.

Subi e me dediquei à sua boca enquanto uma de minhas mãos passeava por suas coxas, subindo e descendo. Duda gemeu alto quando pressionei sua intimidade por cima do tecido da calcinha que ela usava. Afastei minha mão só para, em seguida, apertar com um pouco mais de força. E, como esperado, ela gemeu em meu ouvido, que estava próximo agora que eu beijava sua mandíbula. Não retirei minha mão dali, sentindo através do pedaço de pano, como ela estava molhada para mim. Aquilo era uma tentação.

Nem eu mesma estava aguentando mais quando puxei sua calcinha, revelando a sua intimidade. Aproximei meu rosto dali, respirando contra a sua pele. Olhei para a sua feição de prazer e decidi acabar com a sua espera e, mais ainda, com a minha.

Comecei beijando sua virilha, mas logo fui ao que interessava. Passei minha língua de baixo para cima em seu sexo, sentindo sua umidade contra a minha boca e fazendo-a gemer mais e mais.

Delicadamente, envolvi seu clitóris com meus lábios enquanto fazia movimentos circulares com a língua. Suguei com vontade, satisfazendo o desejo que sentia por Eduarda. Ela se remexia na cama, inquieta, agarrando os lençóis.

Encostei um de meus dedos em sua entrada, sentindo-a ficar um pouco tensa com o movimento.

—- Vou ter cuidado – prometi, e tudo que ela conseguiu fazer foi balançar a cabeça em sinal verde para que eu fosse em frente.

Com muito cuidado, aos poucos fui introduzindo meu dedo em sua intimidade, mas parei ao observar sua expressão de incômodo.

—- Tá tudo bem? Quer que eu pare? – perguntei em dúvida

—- P-pode continuar – afirmou

Terminei de introduzir meu dedo, rompendo com cuidado a fina membrana que preservava sua entrada. Duda gemeu um pouco mais alto, levantando o tronco com uma expressão de dor, e não me movimentei, esperando que ela se acostumasse. Algum tempo depois, ela mandou que eu continuasse e, depois de me certificar que ela estava bem, comecei o movimento de vai-e-vem lentamente até que vi o desconforto dar lugar ao prazer.

Enquanto dava continuidade às leves estocadas, eu sugava e lambia o sexo de Eduarda, fazendo-a voltar a gemer.

Aos primeiros sinais do ápice, acelerei meus movimentos, tendo cuidado para não usar força demais, e comecei a sentir os espasmos que tomaram conta do corpo de Duda, sendo seguidos por um gemido longo e alto. Não perdi tempo, sugando todo o seu líquido.

Se eu já achava Duda gostosa, isso apenas se confirmou quando senti seu gosto. Nunca tinha provado nada tão bom.

Devagar, retirei meu dedo de dentro dela e escalei seu corpo, ficando à altura de sua boca e beijando-a para que ela sentisse seu próprio gosto.

Deitei-me sobre ela enquanto sua respiração se normalizava, e Duda me abraçou.

—- Você é tão linda, Duda - sussurrei ao acariciar o vão entre seus seios com a ponta do indicador bem mais tarde naquela madrugada

Eu estava deitada sobre seu peito, me arrepiando com o vento frio que entrava pela janela aberta naquele momento

—- Linda é você, meu amor - respondeu-me com um sorriso luminoso no rosto, o meu sorriso de 10.000 Watts - Eu amei a noite... e pensar que eu estava com receio...

—- Doeu no início, né? Eu fiz de tudo para que fosse bom para você, mas não consegui evitar isso - me desculpei

—- Doeu um pouco, nada demais, foi mais um incômodo... E você foi perfeita, amor, eu amei, de verdade. Mas não era por isso que eu estava receosa, quer dizer, não só por isso - ela sorriu, e eu pude ver que estava envergonhada com seja lá o que estivesse pensando

Ergui-me apenas o suficiente para alcançar seu rosto e lhe dar um rápido selinho. Olhei-a dentro dos olhos com curiosidade e perguntei:

—- Se não era a dor, o que podia te deixar com receio?

—- Hum... outros er... fatores - os olhos castanhos desviaram-se, e eu já estava acostumada com essa evasão envergonhada da minha garota

—- Duda, não me enrola. Que fatores?

—- É que eu tava conversando com a Ana, sabe? - assenti - Pedindo umas dicas sobre uma coisa ou outra... Não queria fazer feio com você, e ela me disse uma coisa que me deixou meio encucada e tive medo de você não querer, er... você sabe... - fez um sinal apontando para seu corpo, especificamente para sua intimidade, e eu desci minha mão, numa carícia naquela região

—- De eu não querer...?

—- Ah, Manu, você sabe... Fazer é... é s-sexo oral em mim. Pronto, falei - eu não pude evitar um sorriso quando Eduarda pegou o travesseiro que estava embaixo da cabeça e cobriu o rosto pela vergonha.

Ela era tão docemente tímida!

—- E por que eu não iria querer fazer sexo oral em você? - questionei ainda com minha mão passando por seu sexo e virilhas -  Você tem noção do quão gostosa é?

—- Não é isso, amor - sua voz saiu abafada pelo travesseiro, mas eu afastei-o fazendo com que Eduarda me olhasse enquanto falava - É que a Ana falou que os garotos não curtem muito pelos e que ela sempre se depila quando tem alguma possibilidade de que ela acabe indo para a cama com o Guto porque ele prefere assim. Aí eu fiquei com medo de que você não me quisesse se eu não me depilasse. Eu até teria feito isso se pudesse, mas eu tenho uma alergia severa quando uso lâminas ou cera 

—- Que bobagem, meu amor. Mulheres têm pelos, aliás, todo ser humano à exceção das crianças, tem. É muita falta de respeito e uma demonstração extrema de preconceito exigir que eu alguém se depile só porque a cultura machista prega isso, você é perfeita do jeitinho que é, pelo nenhum vai mudar isso.

—- Eu te amo – ela sussurrou, me dando um beijo leve

—- Eu também te amo, meu anjo - respondi, voltando a deitar em seu peito antes de nos entregarmos ao sono


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Notas finais do capítulo

então, oq acharam? mereço comentários?
p.s: escrevi na pressa e não tive tempo nem de revisar o capítulo, então, pfvr se tiver algum erro (vão ter vários com certeza ¬¬') me avisem okay?
bjos pra vcs e bgd por acompanhar e comentar, significa muito pra mim *-*