Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 38
Capítulo 37 - Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Rin continuou no hospital durante mais alguns dias, para os médicos fazerem mais alguns testes, no entanto, disseram que não podiam mantê-la durante mais tempo e pediram a Sesshomaru para a levar para casa.

–Então isso quer dizer que parei de envelhecer? - perguntou Rin enquanto saía do hospital ao lado de Mariah - Mas ainda posso morrer.

–Exatamente. - confirmou Mariah.

–Fizeste uma coisa horrível. - disse Rin, para surpresa de Mariah - Nenhuma sacerdotisa deveria ter vida eterna e nenhuma devia fazer isso a outra.

–Mas foi você que me pediu para fazê-lo. - defendeu-se Mariah.

–Tenho a certeza que sim. - disse Rin, cruzando os braços - Aquela que estava apaixonada pelo Sesshomaru...sama.

Mariah levou uma mão à cabeça e, imediatamente, Sesshomaru puxou Rin e Hikari para um beco, dando sinal a Kagome para fazer o mesmo, antes de uma onda de poder sair do corpo de Mariah e ela cair de joelhos no chão com o nariz a sangrar.

Yoru tinha ficado um bocado ofendido por o pai não o ter avisado mas, por outro lado, ele já o devia saber, uma vez que tinha sido ele a levá-lo até à mãe.

Os alarmes dos carros dispararam e algumas janelas tinham rachado mas, felizmente, ninguém tinha ficado ferido. Um bocado ofendida por Sesshomaru a ter agarrado com tanta força, Rin libertou-se e foi ter com Mariah, para a ajudar a levantar-se.

–Então tu precisas da minha ajuda. - disse Rin, quando Mariah se levantou - Por isso é que concordaste com o ritual.

Mariah anuiu, enquanto limpava o sangue que escorria do nariz.

–Mas não precisavas. - disse Rin - Eu faria-o mesmo se não fizesses o ritual.

–Você é muito amável. - disse Mariah - Mas o Sesshomaru-sama nunca deixaria que me ajudasse se não fizesse aquilo por você. O seu próprio filho quase morreu para me levar até si.

Tocada pelas palavras de Mariah, Rin virou-se subitamente e abraçou Yoru com força.

–O que é que está a fazer!? - perguntou Yoru envergonhado e chateado ao mesmo tempo.

–Eu...também não sei muito bem... - confessou Rin, mas não conseguiu largar o filho.

Hikari ficou a olhar para aquela cena e olhou para a tia, com a mesma ideia na cabeça. Só tinham de estruturar um plano. Essa seria a parte verdadeiramente difícil.

Por isso, quando chegaram à casa da mãe de Kagome, Hikari e Kagome juntaram-se e começaram a pensar numa ideia para Rin lembrar-se de Sesshomaru.

–Na verdade, a relação dos meus pais foi sempre um bocado esquisita, do meu ponto de vista. - confessou Hikari - O meu pai é frio para a minha mãe e a minha mãe nunca confessa nem mostra o quanto gosta do meu pai. Então eu sempre me perguntei, como é que eles acabaram juntos...

–Bem, a Rin esteve do lado do Sesshomaru desde pequena. Só foi preciso chegar à adolescência para começar a nutrir sentimentos por ele. - explicou Kagome, encolhendo os ombros - O teu pai sempre gostou da Rin, de uma maneira ou de outra. A desculpa para a levar com ele foi a de que "precisava de herdeiros". Mas nenhum deles sabe expressar o que sente, acho eu.

–Então...porque é que não deixamos a minha mãe na vossa aldeia. - disse Hikari, tendo uma ideia - Nós ficamos com ela, claro. Eu e o Yoru.

–Estás a pensar que ela vai-se lembrar do quanto gosta do Sesshomaru se ele a deixar? - perguntou Kagome, pensando na ideia - Não sei o que acho disso.

–Bem, é o que tenho. - disse Hikari - A tia lembra-se de mais alguma coisa?

–Não, não consigo pensar em nada. - disse Kagome, suspirando - Vamos ter de tentar isso, então. Mas, e se não funcionar?

–Eu vou fazer de tudo para que a "Midoriko" saia do corpo da minha mãe! - exclamou Hikari, irritada - Ela já não pertence aqui!

Rin, que tinha ouvido tudo, desencostou-se da parede e saiu da casa, sentando nas escadas da entrada, enquanto pensava.

A ideia de abandonar os seus filhos era impensável...mas aqueles não eram os seus filhos. A ideia de se afastar do Sesshomaru...era dolorosa. Apetecia-lhe chorar só de pensar nisso. No entanto, não podia amá-lo. A ideia era absurda.

Ela estava simplesmente confusa.

Nunca iria amar outra pessoa, muito menos aquele demónio com olhar frio e personalidade gelada.

Rin levou uma mão ao peito e levantou-se. Tinha que clarear a cabeça e não conseguiria fazê-lo ali, onde toda a gente estava a tentar atirá-la para os braços do demónio.

Como não sabia como voltar para a sua Era, resolveu ir dar uma volta pela cidade, sozinha. Acabou por parar num parque e sentar-se no chão, o que chamou a atenção de várias pessoas, já que havia várias cadeiras do parque vazias.

Fechou os olhos, suspirou fundo e esvaziou a mente. Era aquilo que podia fazer de momento. Apenas esvaziar a mente e esquecer tudo. Lembrar-se do que era verdade ou mentira.

Quando sentiu alguém à sua frente, abriu os olhos e viu o demónio de cabelo branco e meia-lua na testa.

–Como é que me encontraste? - perguntou Rin, enquanto se levantava, um pouco chateada com a interrupção.

–O teu cheiro. - respondeu Sesshomaru - Conheço-o desde que eras pequena.

–Então foste mesmo tu que cuidaste de mim quando era pequena. - Rin sacudiu as roupas - Muito obrigada.

Confusa, viu o demónio parado à sua frente, a olhar para ela durante bastante tempo e depois chocada quando ele agarrou um dos seus braços para a puxar para perto e abraçou-a.

Abriu a boca para protestar mas fechou-a quando sentiu lágrimas a escorrer-lhe pela cara. Porque é que ela estava a chorar? Deixou-se estar no conforto daquele abraço, com os braços caídos e a cara encostada ao peito dele.

Os seus braços queriam mexer-se, mas ela recusou-se a abraçá-lo.

Quando ele se afastou, olhou para ela outra vez, mas não tirou as mãos dos ombros dela.

–Se já não queres estar comigo, não me importo. - mentiu Sesshomaru - Mas eu tenho de saber se estás bem. Nunca mais desapareças assim.

–Eu não sou uma criança. - protestou Rin - Sei muito bem tomar conta de mim.

Sesshomaru ia dizer que ela já se tinha posto em perigo várias vezes por ir a sítios sozinha, mas o lábio inferior de Rin começou a tremer. Não demorou muito até que ela começasse a chorar e a soluçar como uma criança pequena.

–O que é que se passa? - perguntou Sesshomaru, chocado com a súbita mudança.

–Eu...não sei. - respondeu Rin, por entre soluços.

Rin foi chorar até casa, e só se acalmou quando se deitou e finalmente adormeceu na cama de Kagome. Por Kagome estar chateada com Sesshomaru por ter feito Rin chorar daquela maneira, obrigou-o a contar-lhe o que tinha acontecido no parque.

Sesshomaru contou tudo e confessou que não sabia o que se tinha passado.

–Tu disseste que não te importas se ela não estiver contigo. - disse Kagome, suspirando - Ela deve ter ficado com o coração despedaçado.

–Mas ela não quer mesmo estar comigo. - disse Sesshomaru, calmamente.

–O choro frenético prova o contrário. - disse Kagome - Talvez seja essa a solução. Tu precisas de ser cruel com ela.

–O quê? - perguntou Sesshomaru, confuso.

–Trás a Rin que não se queria separar de ti de volta. - explicou Kagome - Se disseres que não te importas se ela ficar para trás, ela vai "acordar".

Sesshomaru olhou para o segundo andar. Não sabia se conseguia fazer isso.

Quando Rin acordou, Hikari estava numa cadeira ao seu lado, a olhar para ela com preocupação.

–O que é que se passou? - perguntou Rin, com uma grande dor de cabeça.

–Não vamos tentar manipular-te. - prometeu Hikari, com um nó na garganta - Por isso...por isso, não desapareças mais.

Hikari levantou-se antes de a mãe poder dizer qualquer coisa. - Eu vou dizer à tia Kagome que tu já acordaste. Rin fechou os olhos e sentiu a fragância de flores acabadas de apanhar.

Aquela menina, costumava levar-lhe flores quando era mais pequena. Aquela menina, tão brilhante quanto o seu nome...tinha a certeza que era a sua filha. E, se tinha a certeza disso, talvez o resto fosse tudo verdade.

Mas, se assim fosse, como é que não conseguia lembrar-se ou sentir nada por aquele demónio.

Devia ser uma pessoa cruel para causar-lhe tanta dor.

Com a dor de cabeça a aumentar, deitou-se e fechou os olhos.

Quando adormeceu, Mariah entrou silenciosamente, ajoelhou-se ao lado da cama onde Rin estava a dormir e pousou uma mão na testa dela.

Estava mais do que na altura de pôr as memórias dela no sitio.

Ou isso, ou acabaria por morrer nas mãos de Sesshomaru pelo que tinha feito.


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Notas finais do capítulo

Eu realmente estou a começar a perder a vontade de escrever e é por isso que demorei tanto. Porque quero voltar a ter vontade de escrever todos os dias como tinha antes. Não vou deixar a história. Só estou a tentar voltar ao que era antes.
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