Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 25
Capítulo 25 - Yokai&Miko


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Estavam todos a olhar para Rin, enquanto ela olhava para Sesshoumaru, à espera de uma resposta. “Quem era Midoriko?”.

– Eu acho que devíamos voltar e discutir este assunto melhor. – disse Hanna – Entretanto, devias explicar à Rin quem é a Midoriko.

Hanna virou-se, guardou a espada e, um pouco humilhada por Rin ter conseguido bloqueá-la, juntou-se às suas servas e preparou-se para ir.

– Filho, não devias ter escondido isto de mim, nem da Rin… - disse Hanna – Esconderes só piorou as coisas.

Rin, Sesshoumaru, Yoru e Hikari ficaram a ver Hanna a partir, em direcção aos céus.

– Nós temos de fugir. – disse Hikari, depois de ter a certeza que a avó não ia ouvir.

– Hikari! – exclamou Rin, em desaprovação – Não te educamos melhor do que isso!?

– Não, ela tem razão. – disse Sesshoumaru, um pouco orgulhoso por ter sido a filha a dizer aquilo – A minha mãe pareceu perturbada quando descobriu que tu eras uma miko. Mas, agora que ela sabe que tu és a descendente da Midoriko, não vão aceitar-te.

– Isso significa que eles vão querer matá-la. – disse Yoru – Uma vez que ela tem o poder da Midoriko, deduzindo que ela foi uma miko tão poderosa como dizem, eles vão vê-la como uma ameaça não só para o nosso clã, como para os yokais em geral. Para dizer a verdade, também não me sinto muito seguro. Ela não consegue controlar o próprio poder.

– Se não te sentes confortável ou seguro, podes ir embora. – disse Sesshomaru, imediatamente – Só quero pessoas que estejam dedicadas a proteger a Rin.

Sesshoumaru olhou para Jaken quando disse isso.

– Entretanto, Totosai está a fazer uma espada para a Rin. – informou Sesshoumaru – Vamos treinar a Rin, enquanto tentamos esconder-nos do nosso clã.

– Pensei que não queria treiná-la. – comentou Jaken, calando-se imediatamente quando Sesshoumaru olhou para ele de lado.

– Não queria. – disse Sesshoumaru – Mas, se ela for treinada apropriadamente, nós não precisaremos de protege-la. Ela poderá proteger-se sozinha.

– Quem vai treiná-la? – perguntou Yoru, verdadeiramente curioso, pois não tinham nenhuma miko ao seu dispor.

– A rapariga que está com o cachorro. – respondeu Sesshoumaru, evitando nomes.

– A Kagome-san? – perguntou Rin – Ela está com o bebé, agora. Não pode partir em viajem connosco. E não tenho a certeza de que ela quereria, mesmo que estivesse livre de obrigações.

– Não conhecemos mais nenhuma miko. – disse Hikari – Pelo menos, nenhuma que esteja disposta a ajudar-nos.

– Eles têm o direito de nos dizer não? – perguntou Seshoumaru, referindo-se a Inuyasha e a Kagome.

– Claro que têm. – respondeu Rin, já que sabia que ele estava a falar a sério ao perguntar aquilo.

– E então a caçadora? – continuou Sesshoumaru.

– Ela está a viajar pelo mundo. – respondeu Rin – Depois de casar, tem ido a vários sítios para continuar o seu trabalho.

– E se trouxéssemos a alma da…

– Não podem trazer a alma da Kikio de volta. – Totosai penetrou a barreira com uma espada na mão – Não pensam na dor que isso pode trazer ao Inuyasha e à Kagome?

– Então a própria Midoriko…

– Pára com isso. – pediu Totosai, interrompendo Sesshoumaru – A alma da Midoriko-sama descansa agora, depois de muitos anos a lutar contra yokais, dentro da shikon no tama. E, se fosse assim tão fácil trazê-la de volta, não acham que aqueles que querem recriar a shikon no tama já não a teriam sob o seu comando?

– Então o que é que achas que devamos fazer? – perguntou Sesshoumaru, irritado com ele.

– Em primeiro lugar. – Totosai aproximou-se de Rin e entregou-lhe uma armadura, uma espada e um arco acompanhado por várias flechas – A Midoriko era uma miko…multifunções. Ela conseguia atirar flechas como a Kikio e a Kagome e manejar uma espada como um samurai.

– Eu vou vesti-la. – disse Rin, referindo-se à armadura, e entrou rapidamente na mansão.

– Em segundo lugar. – continuou Totosai – Têm de sair daqui o mais rapidamente possível. A tua mãe não se vai demorar muito. Brevemente, um exercito de yokais vai quebrar a barreira e destruir a mansão.

– Disso, já sabíamos. – disse Sesshoumaru.

– Em terceiro lugar. – completou Totosai – A Rin não precisa de ser treinada quando se trata aos poderes de miko. Agora que acordaram, só se vão tornar mais fortes, no entanto, ela vai conseguir controla-los. Basta que a deixes lutar com variados tipos de yokai. Contigo até, talvez. No entanto, talvez a pudesses ajudar com o arco e a espada.

– Parece saber muito sobre mikos e sobre a Midoriko. – comentou Yoru, já que ainda ninguém lhe tinha contado nada sobre a famosa miko e ele estava a morrer de curiosidade.

– Em termos de mikos, conheci a Kikio e depois a Kagome, o que me fez perceber mais de mikos de o que eu já sabia antes. – Totosai sorriu – Mas a Midoriko-sama…fui eu que criei a espada da Midoriko-sama.

– Tu… - Sesshoumaru gaguejou – Tu conheceste a Midoriko?

– A Midoriko-sama não se dava muito bem com yokais, como devem saber. No entanto, era uma alma bondosa e não gostava de matar “qualquer” demónio. Havia demónios bondosos, tal como o Inuyasha. Ela não conseguia mata-los. Por muito que as pessoas lhe pedissem. Houve alturas em que ela teve de proteger os demónios das pessoas, até. – disse Totosai – Nessa altura…em que ela protegia um demónio de alguns aldeões…a Midoriko-sama apaixonou-se.

– Pelo demónio? – perguntou Sesshoumaru.

– Pelo demónio. – respondeu Totosai.

– A Midoriko e o demónio. – Sesshoumaru franziu as sobrancelhas – A criança que a Midoriko teve…foi com o demónio?

– Foi com o demónio. – confirmou Totosai.

– Isso parece bastante comum na nossa família. – comentou Yoru, revirando os olhos.

– Isso quer dizer que a Rin é uma hanyou? – perguntou Sesshoumaru, um pouco preocupado.

– Não. – respondeu Totosai – O filho da Midoriko-sama era um hanyou, mas ele casou-se com uma humana. A filha que eles tiveram casou-se com um humano e assim adiante, até já não haver um único traço de sangue de demónio na linhagem da Midoriko-sama. A Rin é completamente humana. No entanto, a relação da Midoriko-sama com o demónio é um segredo muito bem guardado. Poucas pessoas o sabem.

– E a Rin também não vai saber. – avisou Sesshoumaru – Ela não precisa de saber. Ela já tem informação a mais. Diremos apenas que a Midoriko era uma miko muito poderosa.

Quando Rin saiu, Sesshoumaru calou-se imediatamente. A armadura servia-lhe perfeitamente, o que o incomodava um pouco, pois isso significava que Totosai sabia exactamente as medidas dela.

– Humm…Onde é que eu ponho isto? – perguntou Rin, referindo-se à espada e ao arco.

Sesshoumaru aproximou-se imediatamente, pôs a espada à cintura, o arco e as flechas ao ombro.

– Quando tiveres de lutar frente-a-frente, com a espada, largas o arco e a flecha para teres mais liberdade de movimento. – explicou Sesshoumaru, dando os toques finais na armadura – Mas tenta manter-te afastada e usar apenas as flechas. Afinal, isso resultada com a mulher do bastardo.

– A Kagome-san. – corrigiu Rin, suspirando – Não sei se estou preparada para isto, Sesshoumaru-sama.

– Não estás. – disse Sesshoumaru, sinceramente – Mas eu vou ajudar-te a manejar a espada e a usar o arco e as flechas.

– A sério? – perguntou Rin – Não quero que fique cansado por minha causa, Sesshoumaru-sama.

– Se não te ensinar, vai ser pior. – disse Sesshoumaru – Agora vão tirar as coisas de que mais precisam enquanto eu vou levantar a barreira. Despachem-se.

Hikari anuiu com a cabeça.

– Despachem-se. – avisou Sesshoumaru – Não temos muito tempo.

Hanna andava de um lado para o outro enquanto o seu povo se juntava à sua frente para que ela lhes desse o anuncio. “O meu filho está junto e tem filhos com uma miko e, para adicionar a isso, é a descendente da Midoriko.”

Não ia ser fácil de dizer.

Ia começar uma guerra contra a Rin, possivelmente contra a humanidade inteira. Possivelmente até contra o seu próprio filho, que devia estar a preparar-se para fugir com a rapariga e os filhos. Por isso, tinha de lhes dar tempo para se camuflarem dentro da floresta.

O filho era esperto. Sabia que o exercito deles tinha um dos melhores faros no mundo dos yokai. Sabia que devia, não só fugir, mas também fazer o seu melhor para disfarçar o seu cheiro.

Ir com as crianças poderia ser visto como perigoso. Mas Hikari tinha sido treinada por Sesshoumaru desde pequena e Yoru era um demónio sedento. Podiam pensar que Sesshoumaru estaria em desvantagem por ter de proteger Rin enquanto lutava, mas não sabiam que os poderes de Rin estavam a desenvolverem-se rapidamente e descontroladamente.

Não lhes ia dizer isso. Queria dar alguma vantagem ao filho. Afinal, ele era seu filho, pensou Hanna, vendo uma borboleta a passar à sua frente.

Era a primeira vez que o filho amava alguém desde aquele dia em que Hanna tinha destruído toda a sua inocência. Não ia deixar que ele fosse apanhado tão facilmente.

No entanto, também tinha obrigações com o clã.

– Por favor, façam pouco barulho. – pediu Hanna, sentando-se na cadeira de líder – Eu tenho algo para vos dizer.

Sesshoumaru deixou a mansão depois de se despedirem de Totosai.

Iam numa formação que obviamente era para proteger Rin. Sesshoumaru ia à frente, obviamente, seguido por Rin que ia em cima de Ah-Hu. Hikari ia do lado esquerdo de Ah-Hu e Yoru ia do lado direito. A cobrir as traseiras, ia Jaken, que tinha ficado com a simples função de avisar o grupo se sentisse algo de estranho.

Ele não era muito forte mas também não era muito fraco.

No fim, se fosse preciso, serviria de sacrifício se fosse necessário.

– Temos de disfarçar o nosso cheiro. – disse Sesshoumaru, tirando uma poção de dentro das suas vestes. Bebeu um pouco e depois passou a Hikari – Isso vai ajudar durante 48 horas. A partir daí, temos de arranjar outra solução.

Hikari bebeu mais um bocado, fazendo cara feia antes de passar à mãe. Rin bebeu outro bocado, passando de seguida a Yoru, que também bebeu um pouco e passou a Jaken. Quando a garrafa chegou novamente a Sesshoumaru, este deitou a poção restante na mão e deu a beber a Ah-Hu.

– Acampamos à noite. – disse Sesshoumaru, olhando para Rin – Antes de ires dormir, eu ajudo-te a praticares com a espada. Entretanto, temos de nos afastar da mansão o mais rapidamente possível. Aquela mulher já deve estar a dizer ao nosso clã.

Rin sorriu. Sesshoumaru nunca tratava a Hanna-sama por “mãe” a não ser que estivesse muito desesperado. Descobrira que ele chamara-a de mãe quando lhe pedira para descobrir uma maneira de torna-la imortal.

Apesar de estarem a fugir por causa dela, Rin estava feliz, porque estavam todos juntos. As coisas mais difíceis vinham a seguir e Rin esperava conseguir fazê-las sozinha: tornar-se tão boa como a sua antecedente e convencer o clã de Sesshoumaru a aceitá-la. Queria proteger o Sesshomaru-sama e ajudá-lo a voltar para o seu clã.

Queria fazer isso tudo sozinha. Queria ficar mais forte até conseguir derrotar, não só yokais, mas daiyokais como Sesshoumaru-sama. Queria proteger a sua família com as suas próprias mãos. Queria parar de ser a rapariga fraca que precisava de constante protecção.

Queria ser forte.


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Notas finais do capítulo

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