Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 23
Capítulo 23 - Ser ou não ser


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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– O que é que queres dizer com “A Rin é uma miko”? – perguntou Inuyasha, em frente ao irmão, sentado por baixo de uma árvore do quintal da mansão – Como é que isso pode ser verdade? Ela não demonstrou nenhuns poderes até agora.

– A mulher com quem vives também só mostrou poderes de miko mais tarde. – disse Sesshomaru, em pé, em frente ao irmão.

– Mesmo que comparasses a Rin com a Kagome, houve um motivo que desencadeou os poderes de miko da Kagome. – disse Inuyasha – Depois de tantos anos, o que é que poderia ter desencadeado os poderes da Rin?

O silêncio impôs-se. Sesshomaru também não sabia.

– Talvez… - começou Sesshomaru – Talvez por a Hikari estar em perigo.

– Ela já não esteve em perigo antes? – perguntou Inuyasha – Só se os poderes dela acordaram para matar a Hikari. Mas as mikos não são particularmente violentas para demónios que não representam perigo para uma população extensa. Como vilas…

Sesshomaru olhou para o chão. Ela era a descendência de Midoriko. Havia uma outra hipótese.

– E se ela estivesse a tentar purificar a Hikari? – perguntou Sesshomaru.

Inuyasha começou-se a rir. – Acho que nenhuma miko se dá ao trabalho de purificar um demónio, hoje em dia. Matam-nos e acabou. A última que se deu ao trabalho de purificar demónios, que eu saiba foi só a….

– Midoriko. – completou Sesshomaru.

– Exactamente. – disse Inuyasha, levantando-se – E isso foi há muito tempo atrás. Nem sei se as mikos têm poder suficiente para fazê-lo com as próprias mãos, hoje em dia.

– E se fosse passado de geração em geração? – perguntou Sesshomaru, fazendo o irmão franzir as sobrancelhas.

– Isso é ridículo. Como eu te disse, a Midoriko foi a última a conseguir purificar demónios com as próprias mãos e ela não deixou descendência. – disse Inuyasha – Por falar na Midoriko, ouvi outra vez alguns rumores de alguém a tentar recriar a shikon no tama. Vais tratar disso, certo?

Sesshomaru anuiu com a cabeça.

– Imagina. – começou Inuyasha – Se houvesse descendência da Midoriko, seria muito mais fácil recriar a jóia, não achas?

– A Midoriko… - Sesshomaru estava a pensar no que contar a Inuyasha – Ela teve…descendência.

– Não digas mentiras. – disse Inuyasha, limpando as calças – Se assim fosse, não achas que a Sango saberia melhor do que tu?

– Essa mulher! – exclamou Sesshomaru, assustando Inuyasha – Onde é que a caçadora de demónios está?

– A Kagome deve saber. – respondeu Inuyasha, encolhendo os ombros – Mas, se a Midoriko tiver alguém que seja da sua descendência, essa pessoa devia ser treinada devidamente, caso algo parecido aconteça duas vezes.

– Não vai! – disse Sesshomaru – Ela não vai morrer como a Midoriko!

– Dizes “ela” como se soubesses…. – Inuyasha abriu a boca – A Rin é descendente da Midoriko?

– Ele quer tornar uma humana imortal? – perguntou um dos conselheiros do castelo de Hanna – Não pode permitir isso. Não devia ter permitido a relação entre eles para começar. Agora que o seu filho já tem um herdeiro e é um daiyokai, está na altura de livrarmo-nos da humana. Não há maneira de torna-la imortal, mesmo que tentássemos.

– Ele está errado. – disse a miko, ajoelhada em frente a Hanna.

Hanna tinha chamado um dos seus conselheiros, duas bruxas e uma miko para aquela reunião, que estava a começar a ficar confusa.

– Sim, a miko tem razão. – disse uma das bruxas – Há uma maneira de reverter a mortalidade de uma humana.

– Se houvesse uma, não acham que todos os humanos o fariam? – perguntou o conselheiro.

– Não é uma maneira fácil. – disse a segunda bruxa – Teríamos de retirar a alma mortal da humana e transformá-la numa imortal.

– No processo, a rapariga estaria vazia. – disse a miko – Morta. E nem sempre conseguimos inserir a alma imortal no corpo da mortal. Por isso é que, mesmo se as pessoas soubessem, não correriam o risco tão facilmente.

– É isso que devo dizer ao meu filho? – perguntou Hanna – Que a Rin pode morrer no processo? Ele não vai aceitar.

– Se não aceitar, deixe-a envelhecer e morrer numa vila qualquer. – disse o conselheiro – É a maneira mais fácil de se livrar dela.

– Ele também não vai aceitar isso. – murmurou Hanna – Porque é que vocês não vão comigo à mansão dele? Podiam explicar-lhe melhor. Estou a referir-me às bruxas e à miko, é claro. O conselheiro só faria com que o meu filho ficasse mais chateado.

As duas bruxas e a miko levantaram-se, fizeram uma vénia e saíram da sala, deixando Hanna sozinha com o conselheiro.

– Tem a certeza que quer fazer isto? – perguntou o conselheiro – O seu filho será o próximo líder da nossa espécie. Acha que os outros vão concordar que a parceira dele seja uma humana? Podem até rebelar-se.

– O meu filho provou ser capaz de liderar o clã quando lutou contra os irmãos. – disse Hanna – A companheira dele não deve ter nada a ver com o que o clã pensa ou diz.

O conselheiro baixou a cabeça, levantou-se e saiu, deixando Hanna sozinha. Esta suspirou e levantou-se também.

Estava na hora de ir dar as noticias ao filho.

– Ela É a descendente da Midoriko, não é!? – perguntou Inuyasha, visto que o irmão ainda não lhe tinha respondido – Isso…

– Não tem nada a ver contigo. – completou Sesshomaru, dando a resposta a Inuyasha – Ela não sabe e os poderes dela não se vão revelar mais se eu for cuidadoso.

– Não tens de ser cuidadoso. – disse Inuyasha, surpreendendo Sesshomaru – Tens de treiná-la.

– O quê?

– Sabes o quão Midoriko era poderosa? – perguntou Inuyasha – Ela derrotava demónios como tu antes de almoçar. Se treinares a Rin, já não de ter medo sempre que a deixas sozinha. A Sango podia dar-te mais informações sobre ela, mas acho que tens os teus próprios meios para descobrires o que queres saber.

– Eu não vou treiná-la. – disse Sesshomaru, como se fosse a ideia mais estúpida que já tinha ouvido – Ela está bem assim.

– Tem cuidado, então. – avisou Inuyasha – Aqueles que estão a tentar recriar a shikon no tama podem vir ter com ela. Não só eles mas, se vazar a informação, muitos demónios virão à procura dela. Pessoas com pedidos também.

– Eu não quero ouvir conselhos de ti. – resmungou Sesshomaru.

– Eu vou pedir ao Totosai para forjar uma espada apropriada para uma guerreira, uma vez que as mikos não costumam usar espadas. – disse Inuyasha, preparando-se para sair – Se treinares a Rin, ela pode ajudar-te a tirar o teu canino.

– O que é que tem a Rin?

Inuyasha olhou para trás e deparou-se de caras com Hanna, dando um passo atrás.

– Olha, é o bastardo. – Hanna olhou para Sesshomaru – O que é que ele está a fazer aqui?

– Estávamos a conversar. – respondeu Sesshomaru, simplesmente – A Rin, a Hikari e o Yoru estão lá dentro. Podem ir lá ter.

Sesshomaru esperou até que as bruxas, a miko e a mãe tivessem entrado todas na mansão.

– É assustador como a tua mãe consegue entrar na barreira sem sequer ter de pedir. – mencionou Inuyasha.

– É patético que tu não consigas. – refutou Sesshomaru – Eu só te trouxe aqui para me dares conselhos sobre a Hikari. Não quero que digas nada à Rin ou fales sobre ela a ninguém. Percebes-te, cachorro?

– Já te disse o que tens de fazer em relação à Hikari. – disse Inuyasha, agora chateado – Mas vou pedir na mesma a espada ao Totosai. Porque preocupo-me com ela. Agora, podes abrir a kekkai? Quero voltar para casa.

– O que é que se passou? – perguntou Hanna, sentando-se em frente a Hikari, enquanto Rin lhe enrolava ligaduras em volta da cabeça.

– Ela só se encontrou com um demónio. – mentiu Rin, enquanto as acompanhantes de Hanna também se sentavam – As feridas vão passar dentro de alguns dias.

– Tenho a certeza que sim. – disse Hanna, com um sorriso na cara – Afinal, é a nossa Hikari. Tenho a certeza que o demónio que lhe fez isso deve estar em muito mau estado.

– Estraçalhado. – acrescentou Yoru, que se encontrava sentado ao lado da irmã, já propriamente ligado.

– O Yoru também parece estar mal. – mencionou Hanna – Ainda bem que estão todos a salvo. Não enfrentem demónios sozinhos, crianças. Peçam ao vosso pai para ir convosco. Pelo menos tu, Yoru!

– Eu? – Yoru olhou para a avó, chocado – Mas a Hikari é que é a hanyou.

– Mas a Hikari tem anos de treino com o Sesshomaru. – disse Hanna, vendo Rin anuir com a cabeça – Se não queres incomodar o teu pai, leva a Hikari quando saíres.

– Vamos esquecer isto. – disse Rin, depois de acabar de curar Hikari, com medo de que Yoru dissesse o que tinha acontecido com a irmã – O que é que está aqui a fazer Hanna Hime? E quem são as suas acompanhantes?

– Estas são as bruxas e a miko do meu clã. – apresentou Hanna.

Rin sorriu, enquanto olhava para as três mulheres. Duas delas eram idosas, com vários amuletos ao pescoço e nos pulsos. A mais nova, com cabelo negros que se espalhavam pelo chão, continuava a olhar para Hikari.

– Não quero ser desrespeitosa. – começou a miko, timidamente – Mas posso ver a testa da sua filha?

– O que é que viste na Hikari? – perguntou imediatamente Hanna.

A rapariga levantou-se, ajoelhou-se em frente a Hikari e começou a desenrolar as ligaduras da testa dela. Quando acabou, passou os dedos pela queimadura que Hikari tinha. Depois afastou-se um pouco e mostrou-a à avó.

– O demónio fez-lhe aquilo? – perguntou Hanna, um bocado chocada.

A miko abanou a cabeça.

– Veja. – a miko pôs a palma da mão sobre a queimadura e cobriu-a completamente – É a marca de uma mão.

– Não estou a compreender. – disse Hanna – Os demónios também têm mãos.

– Não. Não foi um demónio. Tenho a certeza de que, se a senhora pusesse a mão sobre a queimadura, sentir-se-ia desconfortável. – disse a miko, afastando-se depois de recompor as ligaduras – Aquela marca é o trabalho de uma miko. A sua neta deve estar a carregar uma enorme quantidade de dor.

A rapariga levou a mão à bolsa que tinha trazido e tirou de lá um frasco que, de seguida, estendeu a Hikari.

– Isto deve aliviar a dor. – disse a miko, quando Hikari pegou nele relutantemente.

– Mas pensei que ela tinha sido atacada por um demónio. – disse Hanna, olhando para Rin – O que é que aconteceu, afinal?

A miko olhou para Rin também e depois para a mão dela.

– O que é que se passa? – perguntou Hanna, quando viu a miko a desviar o olhar.

– Nada, minha senhora. – mentiu a miko – Estávamos aqui para falarmos daquele caso…

– Já arranjaram uma solução? – perguntou Sesshomaru, entrando na mansão.

– Já. Mas não vais gostar dela. – respondeu Hanna – Mas o que é isto? A minha acompanhante disse que a Hikari foi atacada por uma miko.

– Deve ser um engano. – disse Sesshomaru, simplesmente sentando-se ao lado de Rin – Então, como é que ela pode tornar-se imortal?

– Imortal? – Rin olhou para Sesshomaru – O que é que está a dizer, Sesshomaru-sama?

– Vais tornar-te imortal para ficares comig….aqui o quanto quiseres sem te preocupares com a tua idade. – explicou Sesshomaru – Se elas estão aqui, é porque há uma maneira. Digam.

– Na verdade. – disse a miko, quase escondendo-se atrás de Hanna – Podem haver algumas complicações, uma vez que é numa pessoa como ela.

– Uma pessoa como ela? – Hanna olhou para a rapariga, confusa.

– Uma miko. – respondeu a rapariga, surpreendendo todos menos Sesshomaru.

– Quem é que é uma miko? – perguntou Hanna – Tu és a única miko aqui.

– A ferida na testa da sua neta… - continuou a miko – Foi causada pela mulher ao lado dela.

– A Rin? – Hanna soltou uma gargalhada e olhou para o filho, que continuava sério – Não é verdade.

– Não é verdade. – confirmou Sesshomaru, sem pestanejar.

– A Rin é uma miko? – perguntou Hanna – Sesshomaru…

– Ela NÃO é uma miko. – disse Sesshomaru, continuando a olhar fixamente para a mãe.

Hanna olhou para Rin, que parecia tão confusa quanto ela. – Rin?

Rin olhou para a mão e depois para Sesshomaru.


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Notas finais do capítulo

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