Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 22
Capítulo 22 - Miko


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Depois de ter tido aquela conversa com Sesshomaru, Jaken tinha ficado na dúvida do que fazer mas, no final de contas, quando Inuyasha apareceu finalmente, acompanhado por Yoru, Jaken partira, em direcção à aldeia.

Sabia que Sesshomaru iria notar a sua falta, mas não sabia o que fazer. Por isso levou Ah-Hu e partiu.

Entretanto, apesar de ter ido de uma maneira bastante forçosa, Inuyasha entrou na mansão de Rin e Sesshomaru e sentou-se no chão, em frente à mesa da sala principal.

– O Yoru já me disse mais ou menos o que é que aconteceu. – começou Inuyasha – Queres realmente a minha opinião? Não seria melhor a da Kagome?

– A tua chega. – respondeu Sesshomaru, sentado ao lado da filha – O que é que fizeste para controlares o teu sangue de demónio, hanyou?

– Eu não fiz nada. – respondeu Inuyasha – Tu sabes o que é que parou o meu sangue de yokai.

– Então basta dares-me a Tessaiga. – disse Sesshomaru simplesmente, esticando o braço – E o assunto fica resolvido, certo?

Inuyasha suspirou. Será que o irmão queria ser pratico ou era mesmo estúpido?

– Idiota! – exclamou Inuyasha, surpreendendo Hikari – O pai mandou fazer a Tessaiga do seu canino para que eu conseguisse controlar o meu poder de yokai. Achas que o poder do nosso pai vai funcionar na Hikari!?

– Porque não? – perguntou Sesshomaru.

– Porque ele não é pai dela! – exclamou Inuyasha, impacientemente – Tu és o pai dela! Manda fazer uma espada do teu canino!

Quando Inuyasha apontou para a sua boca, Sesshomaru franziu as sobrancelhas.

– Achas mesmo que eu vou partir um dos meus caninos para fazer uma espada? – perguntou Sesshomaru.

– Pede a outra pessoa para parti-lo por ti, então. Porque essa é a única maneira. – disse Inuyasha – E eu acho que tu sabes o que é que acontece se ela se descontrolar muitas mais vezes.

– Não há outra maneira? – insistiu Sesshomaru.

– Não há! – exclamou Inuyasha – Queres que seja eu a partir-te o canino? Porque apetece-me mesmo bater-te agora! O pai fez duas espadas com o canino dele e tu nem sequer tens coragem de fazer uma? Tens medo que vá doer muito?

– Já percebi! – disse Sesshomaru, agora chateado.

– Então, quem é que vai partir o teu canino? – perguntou Inuyasha.

– Eu trato disso. – respondeu Sesshomaru – Podes ir, agora.

– Mais nada? – perguntou Inuyasha – Nem um obrigada?

– O Jaken deve ir ter ido ter com a mulher que mora contigo. – disse Sesshomaru – Diz-lhe que está morto quando chegar à mansão.

– Só amor. – murmurou Inuyasha, enquanto se levantava – Para que é que ele foi ter com a Kagome?

– Nada que te diga respeito. – respondeu Sesshomaru – Agora, vai.

– Não sei para que é que me chamaste aqui se já sabia o que tinhas de fazer. – comentou Inuyasha.

– Espera! – exclamou Sesshomaru, lembrando-se que também o tinha chamado ali porque tencionava roubar-lhe a Tessaiga – Podemos experimentar uma coisa?

Cinco minutos, estavam todos no quintal: Inuyasha, Sesshomaru, Hikari e Yoru.

– O que é que queres tentar? – perguntou Inuyasha, desconfiado.

– Empresta a Tessaiga à Hikari. – exigiu Sesshomaru, vendo o irmão soltar uma gargalhada – Não estou a brincar.

– Eu já disse que não funciona se não for teu. – disse Inuyasha.

– É só uma experiencia. – insistiu Sesshomaru.

– Bem, quem é que vai combater contra a Hikari? – perguntou Inuyasha, entregando a Tessaiga a Hikari – Tu ainda estás ferido por isso, se ela se transformar, não vais conseguir contê-la, mesmo que voltes à tua forma de daiyokai, agora. Eu não posso lutar contra ela sem a Tessaiga. Não podes correr o risco de teres dois yokais selvagens, aqui.

Sesshomaru olhou para Yoru, assustando-o.

– Vais lutar contra a tua irmã. – decidiu Sesshomaru, subitamente.

– Mas, pai. – disse Hikari, com a Tessaiga na mão – O Yoru é mais fraco do que eu.

Sesshomaru suspirou, sem saber o que fazer. Depois ocorreu-lhe.

– Rin. – chamou Sesshomaru – Podes vir connosco?

– Aonde? – perguntou Rin, aparecendo à porta.

– Dar um passeio. – respondeu Sesshomaru.

Rin ficou um pouco desconfiada, mas encolheu os ombros e anuiu. – Pode ser.

Apesar de ter dito que iam dar um passeio, limitaram-se a sair da kekkai. Sesshomaru agarrou Rin pelos ombros e colocou-a à sua frente.

– Sesshomaru-sama. – murmurou Rin, sem saber o que é que estava a acontecer.

– O que é que estás a fazer? – perguntou Inuyasha.

– Cala-te e espera. – disse Sesshomaru – Hikari, prepara-te para lutar. Yoru, prepara-te para controlar a tua irmã se ela se transformar.

Controlá-la?, pensou Yoru. Da última vez quase que tinha sido morto.

Tal como esperava, demónios de todos os níveis começaram a aparecer para tentar devorar Rin, apesar de ela estar com um daiyokai. Hikari olhou para o pai rapidamente e depois apontou a Tessaiga aos demónios, mas esta não se transformava. Com pressa, ela atirou a espada para o chão e começou a combate-los com as próprias mãos.

– Hikari! – exclamou Sesshomaru, largando Rin – Recua!

No entanto, antes de ter tempo para o fazer, um demónio de nível apareceu do nada. Ele já rondava a mansão desde que eles tinham chegado, à espera de uma oportunidade para deitar os dentes àquela miko. Não era tão estúpido como os outros, que iam inutilmente contra a kekkai que Sesshomaru construía e morriam instantaneamente.

Sesshomaru estava debilitado e os acompanhantes eram fracos comparados com ele. Era como se fosse o seu dia de sorte. Quando viu a hanyou a aproximar-se para o atacar, riu-se e atirou-a contra uma árvore. No entanto, Hikari levantou-se e investiu outra vez.

– Inuyasha! – chamou Sesshomaru – A Tessaiga! Mata-o!

Inuyasha anuiu e pegou na Tessaiga mas, quando olhou para o demónio, ele já estava estraçalhado no chão. Quando olhou para Hikari, deu um passo atrás.

– Sesshomaru. – murmurou Inuyasha, enquanto olhava para Hikari – O que é que vais fazer, agora? Queres que trate dela?

– Yoru. – chamou Sesshomaru – É a tua vez.

Quando Yoru deu um passo em frente, os olhos vermelhos de Hikari fixaram-se nele, dando-lhe arrepios e, provavelmente, futuros pesadelos.

Se é que ele teria um futuro.

– Midoriko?

Na aldeia, Jaken encontrava-se na cabana de Kagome, sentado em frente dela. Tinha acabado de lhe dizer que a Rin era descendente da Midoriko, mas ela não estava tão chocada quanto ele esperava. Talvez porque não acreditava nele.

– Tens a certeza disso? – perguntou Kagome – Eu acho que a Midoriko-sama não teve filhos.

– Teve. – contrariou Jaken – E não apropriado que a descendente que a descendente da Midoriko-sama esteja ao lado de um daiyokai como o Sesshomaru-sama.

– Tens razão. – concordou Kagome, surpreendendo Jaken – Se a Rin é a única descendente da Midoriko-sama, não é apropriado que ela fique com o Sesshomaru durante muito tempo.

– Exactamente! – exclamou Jaken, contente por alguém o compreender – O Sesshomaru-sama está em constante perigo.

– Não acho que entendas o que eu quis dizer. A Rin não sabe que é descendente de uma miko e nunca usou poderes por isso, tenho quase a certeza de que ela não é um perigo para um daiyokai como o Sesshomaru. – disse Kagome, chocando Jaken – No entanto, a Midoriko-sama tem de continuar a ter descendência e, nem a Hikari ou o Yoru o são.

– O que é que está a querer dizer? – perguntou Jaken – A Hikari e o Yoru são filhos da Rin.

– Verdade. Mas o Yoru não partilha nenhum gene com a mãe e a Hikari só partilha metade. Duvido que tenha algum poder de miko. – disse Kagome – O Sesshomaru já tem descendência. Agora está na altura de a Rin ter.

– O quê? – perguntou Jaken, confuso.

– Está na altura de a Rin deixar o Sesshomaru e ter filhos com um humano normal. – especificou Kagome – Aí, a Midoriko-sama pode continuar a ter descendência.

– Isso…

– O que é que foi, Jaken? – perguntou Kagome – Não vieste aqui para teres a confirmação de alguém de que a Rin tinha de deixar o Sesshomaru? Então, eu estou a dar-ta. Eu sei que ela o ama, mas a Midoriko-sama não pode desaparecer, tal como a Kikiou.

– A Kikiou-sama não teve filhos! – exclamou Jaken.

– Jaken, se tu não disseres à Rin, eu vou dizer. – informou Kagome – E ela VAI deixar o Sesshomaru porque vai compreender-me.

Jaken franziu as sobrancelhas.

Não tinha pensado na parte em que Rin teria de deixá-los.

Yoru estava no chão, tal como o tio. Sesshomaru estava de boca aberta e Hikari estava encostada a uma árvore com a mão da mãe na testa.

Rin tinha agido por impulso. Quando vira Yoru a cair, aproximara-se da filha, encostara-a a uma árvore e pusera-lhe a mão na testa sem sequer saber o que estava a fazer. No entanto, bastaram alguns segundos para que a filha voltasse ao normal. Todos os demónios que se aproximavam de Rin desfaziam-se em pó, como se ela tivesse uma kekkai a envolve-la.

A expressão dela também não era a mesma, pensou Sesshomaru. Tinha visto aquela expressão nalgumas mikos com que tinha lutado mas nunca em Rin.

Depois, como se se tivesse desligado, Rin afastou-se da filha e olhou para Sesshomaru, assustada.

– Vamos voltar para dentro da kekkai. – disse Sesshomaru, quando viu mais alguns demónios a aproximarem-se.

– Que raio é que aconteceu, Sesshomaru? – murmurou Inuyasha, enquanto entravam na mansão.

– Miko. – sussurrou Sesshomaru, vendo Rin a fazer festinhas a Hikari – A Rin é uma miko.


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Notas finais do capítulo

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