Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 17
Capítulo 17 - Todos Juntos


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Yoru? – chocada com a presença do filho, Rin tentou libertar-se, mas Sesshomaru não a deixou – Sesshomaru-sam! – gritou ela – Ponha-me no chão!

- Estás doente. – foi a desculpa que Sesshomaru deu, enquanto segurava Rin nos braços – Não podes enervar-te demais. É uma perda de tempo.

- Você está aqui para proteger-me, não está!? – perguntou Rin, chocando Sesshomaru – Se está aqui, eu não corro perigo.

Relutantemente, Sesshomaru pôs no chão e olhou para Yoru como se estivesse prestes a ataca-lo a qualquer momento. Apesar de querer falar com o filho, quando Rin se aproximou, Yoru desviou-se e colocou-se em frente ao pai. Este franziu as sobrancelhas quando viu Rin desiludida.

- Pai! – exclamou Yoru, como se fosse um cãozinho a abanar a cauda de felicidade – Aquela sacerdotisa contou-me tudo!

Sesshomaru continuou em silêncio.

- A minha mãe é aquela humana ridícula. – disse Yoru – E a minha irmã é aquela hanyou inútil.

Sesshomaru rangeu os dentes, mas continuou em silêncio. Ao ver a situação perigosa, Inuyasha entrou na cabana para falar com Kagome.

- Atravessa o poço e vai chamar a Hikari. – pediu Inuyasha, surpreendendo Kagome – O mais depressa possível.

- Porque é que pensaste na Hikari? – perguntou Kagome – Ela deve estar na escola a esta hora.

- Porque o Sesshomaru pode matar o filho a qualquer momento e, se a Hikari estiver aqui, isso pode ser prevenido. – explicou Inuyasha – O Yoru está a dizer coisas horríveis sobre a Rin e a Hikari. Não sei se o Sesshomaru vai ficar quieto durante muito mais tempo.

- A Hikari… - murmurou Kagome, pensando no assunto. Era verdade que ela tinha sido intensamente treinada pelo pai e, quem sabe se ainda não continuasse com o treino depois ou antes das aulas. Mas o que mudaria se ela a fosse chamar? Teria de confiar nos instintos de Inuyasha – Vou o mais rapidamente possível. Aguenta-os até eu chegar.

Inuyasha anuiu e saiu com Kagome.

- Aonde é que ela vai? – perguntou Sesshomaru, continuando a ignorar Yoru.

- Ela foi buscar…algumas ervas medicinais. – mentiu Inuyasha – Agora, porque é que não entram todos para tomar um chã. A Kagome deixou algum feito.

- Eu só vim aqui porque a Rin estava doente. – disse Sesshomaru – Agora que já sabemos o que é, vamos voltar. O Jaken está à nossa espera.

- Têm algum sítio onde queiram chegar? – perguntou Inuyasha – Dirigem-se para um lugar especifico ou só estão a fugir dele? Porque, se só estão a fugir dele, agora é inútil, não é?

- Estás a sugerir que o mate? – perguntou Sesshomaru.

E como é que ele tinha chegado àquela conclusão?, perguntou-se Inuyasha a transpirar.

- Eu acho que devíamos entrar. – murmurou Rin – Pelo menos até à Kagome-san voltar. Quero agradecer-lhe apropriadamente outra vez.

Sesshomaru olhou para Rin que parecia poder começar a chorar a qualquer momento. Depois olhou para Inuyasha e engoliu um suspiro.

- Quanto tempo é que a sacerdotisa vai demorar? – perguntou Sesshomaru.

- Espero que não demore muito tempo. – respondeu Inuyasha, levando-os a todos para dentro da cabana, fazendo com que Yoru e Rin ficassem o mais afastados possível.

O silêncio instalou-se imediatamente, fazendo Inuyasha fechar os olhos e abanar a cabeça.

- Posso pegar no Hayato? – perguntou Rin, surpreendo Inuyasha – Já não o vejo há algum tempo.

- Ah, ele está a aprender a andar, agora. – disse Inuyasha, com orgulho. Pegou no filho, pô-lo em pé e virou-o para Rin – Vai à tia Rin.

Com um sorriso, Rin esticou os braços e lembrou-se de Hikari quando o bebé começou a andar desajeitadamente até ela.

- Apanhei-te! – exclamou Rin, abraçando-o quando ele se lançou nos braços dela. Deu-lhe um beijo na bochecha como recompensa e virou-o para Sesshomaru – Vai ao tio Sesshomaru.

- Rin… - protestou Sesshomaru, quando viu o rapaz a caminhar até ele.

Quando Hayato viu que Sesshomaru não ia abrir os braços como Rin tinha feito, a criança agarrou-se à perna dele.

- Tio Sessomau! – exclamou Hayato, esfregando a cara na roupa de Sesshomaru.

- E, inesperadamente, ele parece gostar de ti. – comentou Inuyasha.

Chateado, Sesshomaru, pegou nele pelos colarinhos até estarem cara-a-cara e franziu as sobrancelhas. – É Sesshomaru! Se-ssho-ma-ru!

Hayato riu-se e levou as mãos às bochechas de Sesshomaru. – Tio Sessomau!

Enquanto Inuyasha e Rin tentavam conter as gargalhadas, Sesshomaru bateu na testa do sobrinho com cuidado e colocou-o no colo de Inuyasha. Hayato começou imediatamente a brincar com os cabelos do pai.

- Dá-lhe um desconto. – pediu Inuyasha, ainda a tentar conter o riso – Ele ainda não consegue dizer Sesshomaru. Aposto que a Hikari também não conseguia dizer quando era pequena.

- Ela chamava-lhe de Sessamo. – revelou Rin, com um sorriso na cara – O Sesshomaru disse-lhe para chamar-lhe “papá” em vez disso.

- Rin! – exclamou Sesshomaru.

Enquanto eles falavam sobre isso, Yoru não podia fazer mais nada a não ser assistir. Ele tinha sido criado pelos subordinados na avó. E também não tinha quaisquer lembranças da sua infância. Também não podia mexer-se, já que havia duas pessoas na sala que o podiam matar se ele atentasse à vida da mãe.

Felizmente, Hikari já tinha chegado da escola quando Kagome saiu do poço e estava a trocar de roupa quando Kagome entrou.

- Tia Kagome. – disse Hikari, acabando de apertar o fecho do vestido cor-de-rosa rapidamente – O que é que está aqui a fazer?

- Eu preciso que venhas comigo. – pediu Kagome, puxando-a pelo braço – Precisamos de ti para uma coisa urgente.

- Mas, tia Kagome… - ao aperceber-se da situação, Hikari parou, fazendo Kagome parar também.

Quando ela virou costas e voltou para o quarto, Kagome foi a correr atrás dela. – Hikari, a tua mãe…

- É por causa do Yoru, não é? – Hikari desapertou o fecho do vestido, deixando-o cair no chão, para surpresa de Kagome. Ela foi ao armário e tirou a roupa de treino que o pai lhe tinha dado. Já não lhe servia tão bem como naquela altura, mas iria ter de servir, por enquanto – Se a tia está aqui, é porque está na hora de enfrentar o meu irmão.

- Não é nada disso! – exclamou Kagome, mas seguiu-a na mesma quando ela desceu as escadas e saiu de casa – Não foi para isso que te vim chamar?

- Aonde é que ele está? – perguntou Hikari, entrando no templo – Para a tia ter chegado tão depressa, ele deve estar na aldeia.

Aquela rapariga era esperta demais, pensou Kagome, enquanto atravessavam o poço.

- Só nos encontramos na aldeia. – disse Kagome, saltando do poço, já na outra Era – Nós apanhamos o teu irmão a rondar a aldeia e depois o teu levou a tua mãe à aldeia porque ela está doente…

Hikari parou. – Ela está doente?

- É só uma constipação. – respondeu Kagome, contente por ver que ela ainda se preocupava com Rin.

- Sempre que acontece alguma coisa desse tipo, deviam dizer-me alguma coisa. – disse Hikari, começando a andar outra vez – Posso estar numa Era diferente, mas continuo a preocupar-me com os meus pais.

- É a primeira vez que ela está doente desde que foste. – disse Kagome – A tua mãe tem um corpo saudável.

- Eu quero estar com ela, se ela estiver doente. – murmurou Hikari, lembrando-se das flores brancas – Por isso, mesmo que o meu pai discorde, enquanto ela não melhorar, eu vou permanecer nesta Era.

Hikari parou em frente à cabana de Kagome. – Eles estão lá dentro, certo?

- Pelos vistos. – respondeu Kagome.

Sesshomaru conseguiu senti-la mal ela saiu do poço por isso, quando ela entrou na cabana, não ficou surpreendido, ao contrário de Yoru que, apesar de também ter sentido a presença de um hanyou, não fazia a mínima ideia de que era a sua irmã. Era mais forte do que o seu tio, por alguma razão, apesar de serem ambos hanyous.

- Mãe, pai, tio. – disse Hikari, dirigindo-se até à mãe – Yoru.

- Hanyou. – respondeu Yoru, desagradado com a maneira de como ela tinha pronunciado o seu nome.

- Mãe, ouvi dizer que estás doente. – disse Hikari, sentando-se ao lado dela – É grave?

- Não é grave. – respondeu Rin, fazendo festinhas no cabelo da filha – Porque é que vieste até aqui?

- Também não sei. – confessou Hikari.

- Há coisas que têm de ser esclarecidas. – disse Inuyasha – Vocês não podem estar a fugir para sempre. A Rin até ficou doente por causa disso.

- A sério? – perguntou Hikari, olhando para a tia.

- Provavelmente. – respondeu Kagome – O Inverno também está a chegar, afinal de contas. Os corpos humanos costumam ser sensíveis a mudanças de clima.

- Não há nada para esclarecer. – disse Sesshomaru – A Rin vai ficar melhor. Não há motivos para nos preocuparmos.

- Eu já disse ao Yoru que a Rin é a mãe dele. – disse Kagome, chocando Sesshomaru e Rin – Agora, têm coisas para lhe dizer.

- Ele é um demónio violento que quer comer a própria mãe e matar a irmã. – disse Sesshomaru – Não há nada mais para dizer. Não vou deixar que ele venha connosco.

Yoru olhou para Hikari com atenção. Apesar de ter o cabelo preto, tinha orelhas iguais ao hanyou que diziam ser seu tio e as marcas na cara iguais ao do pai, que comprovavam que ela era filha dele.

Ao reparar que ele estava a olhar para ela, Hikari olhou para Yoru e sorriu.

- Nem sequer penses em tentar nada, rapazinho. – avisou Hikari – Eu sei que já notaste que sou mais forte do que tu. Qual é a sensação? Um demónio tão orgulhoso como tu a ser ultrapassado por uma hanyou como eu?

- Cala-te! – exclamou Yoru – Continuas a ser uma hanyou!

- Pirralho. – murmurou Hikari – Nem consegues arranjar uma desculpa melhor. Eu tenho orgulho de ser hanyou.

- É isso mesmo. – disse Sesshomaru, antes de Yoru ter tempo para falar – Porque ela treinou o suficiente para dizer que tem orgulho de ser hanyou, tu nunca perceberias o que ela sente, Yoru.

Fora a primeira vez que o pai lhe tinha dirigido a palavra desde então…e tinha sido para defender a hanyou.

- O concelho nunca vai aceitá-la como herdeira! – exclamou Yoru – Mesmo que ela seja mais forte do que eu, continua a ser uma hanyou!

- Enquanto a minha mãe não morrer, eu continuo a ser o próximo herdeiro. – lembrou Sesshomaru – E, enquanto tu não aceitares que uma humana é a tua mãe e a tua irmã é uma hanyou, não vais poder viajar connosco.

- A Rin precisa de descansar. – interrompeu Kagome – Porque é que não ficam aqui até ela ficar melhor? Depois podem decidir o que fazer.

Hikari levantou-se. – Tia, posso falar consigo lá fora?

Kagome anuiu e, com um sorriso na cara, seguiu Hikari.

- É para isso que me quer aqui? – perguntou Hikari, depois de já terem saído da cabana – Quer dizer, eu quero ficar com a minha mãe até ela melhorar, mas, mesmo assim…

- Tu viste o cenário. – interrompeu Kagome – O Yoru ignora a Rin e o Sesshomaru ignora o Yoru. Se continua assim, nada vai ser resolvido. Mas ele falou contigo, de igual para igual, sem problemas.

- De igual para igual? – perguntou Hikari – Ele sabe que eu sou mais forte do que ele, mas continua a tratar-me como uma hanyou, inferior a ele.

- Peço-te, Hikari. – disse Kagome, juntando as mãos – O teu pai quer que tu sejas a herdeira dele e eu tenho medo que ele recorra a meios excessivos, se não mudar nada.

- Acha que o meu pai pode matar o Yoru? – Hikari suspirou. Era verdade que o pai parecia não aceitar o Yoru como seu filho mas, mesmo assim…matá-lo? Não, se pensasse bem, o pai era capaz de fazê-lo – Vou ficar para proteger a minha mãe, por enquanto.

- Então vais ficar? – perguntou Sesshomaru, que tinha acabado de sair da cabana com Rin – Se é o que queres, vamos recomeçar os treinos amanhã.

- Eu posso costurar um fato de treino maior. – disse Kagome, com um sorriso.

Hikari anuiu com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

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