My Lover escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
As coisas vão aquecer porque Klaus vai aparecer! Não em carne em osso, mas... simplesmente leiam.
Capítulo 7
Voltei a casa por volta das cinco horas. Tinha dado uma volta na praça de Mystic Falls e fiquei a observar como a cidade tinha mudado tanto.
Damon, Stefan, Elena e Bonnie estavam lá com um homem que não conhecia.
-Samantha, Alaric Saltzman. Rick, esta é a nossa fonte de informação sobre os Originais – apresentou-nos Damon e eu revirei os olhos. Eu não era a Wikipédia!
-Prazer, Samantha – disse Alaric apertando a minha mão educadamente. Acenei com a cabeça e coloquei-me ao lado de Elena.
-Klaus acabou de dar o seu primeiro passo – anunciou Damon.
-OK, então nós encontramo-lo e depois? Hum? Qual é o nosso plano de ataque? – perguntou Elena.
-Vocês estão a pensar em quê, precisamente? – indaguei.
-Matar Klaus – falou Damon no seu tom sarcástico de sempre.
-Eu – falou Bonnie repentinamente. – Eu sou o plano para o matar. Ele não faz ideia de quanto poder eu posso canalizar. Se o acharmos, eu posso matá-lo.
-Não! – exclamei repentinamente. – Não façam isso! Se ele aparecer, deixem-me falar com ele, e convencê-lo a sair daqui.
-Sam, estás a ser ingénua – disse Damon. – O teu amor por ele cegou-te, mas o ódio dele cegou-o. Ele não cai em falinhas mansas.
Olhei para ele, chocada e magoada. (N.B: Apesar de me magoar, ele tinha razão… Infelizmente.)
-Damon! – repreendeu Elena, olhando para mim com pena.
-Ele está certo, Elena. Contudo, a esperança é a última a morrer e acontece que eu sou uma imortal, ou seja, a esperança nunca morre para mim. Não para este assunto – falei num tom monocórdico, fazendo questão de o olhar fixamente, o que o incomodou.
-Ele é o pior vampiro que existe por aí – falou Alaric. – Não vai ser fácil falar com ele, nem apanhá-lo.
-Alaric tem razão – concordou Damon, terminando com a conversa paralela e voltando para o assunto principal. – E se ele…
Correu até Bonnie na sua velocidade vampírica, mas Bonnie atirou-o pelos ares e todos olhámos surpreendidos para ela.
-Bem, eu estou impressionado – comentou Stefan.
-Não importa se ele é um Original. Posso acabar com qualquer um. Posso matá-lo, Elena – falou Bonnie, aproximando-se de Elena. – Eu sei que posso.
Não, ela não podia. Aquilo iria acabar com ela, mas de certeza que ela já sabia disso. Para além disso, quem era eu para a julgar? Já estive às portas da morte para salvar amigos meus, e se eu a denunciasse, não a iria impedir de tentar acabar com ele. Eu tinha que fazer algo para que isso não acontecesse, mas o quê? Ela podia matar-me a mim e Niklaus ao mesmo tempo, ela morreria, mas nós também. Tinha que encontrar Katerina. Onde ela estivesse, ele estaria.
-Então, vamos á festa – concluiu Stefan e despediu-se de Alaric.
-Também vais, Samantha? – perguntou ele, antes de sair.
-Sim.
-Então vemo-nos lá – falou ele e saiu. Mal Stefan fechou a porta, um arrepio passou-me pela espinha. Alaric não era confiável, algo me dizia isso.
-Tenho que sair – falei. – Mas não se preocupem, volto a tempo da festa.
Saí de casa e segui Alaric até ao apartamento. Algo não estava certo. Subi as escadas e fiquei à porta, à espera que algo de invulgar acontecesse. Já estava a pensar que afinal aquele arrepio não tinha nada a ver com ele, quando oiço a voz de Katerina:
-Isso é terrível.
-Temos que matá-la, Maddox. E afastar Samantha daqui. Achas que este Alaric tem alguma coisa antiga?
Abri a porta, escancarando-a. Katerina olhou para mim, esperançosa e ao mesmo tempo assustada.
-Quem é, Katerina? – perguntou Alaric.
-Não sei – mentiu ela, e eu sorri agradecida. Naquele momento, ela podia ter-me denunciado, como tantas vezes já o tinha feito, mas não o fez.
Ouvi passos e subi a correr as escadas para o andar de cima. Alaric saiu da casa e eu pulei para cima dele.
-Haha – gargalhou ele. – Devia de ter previsto isto. Tu e o teu instinto apurado.
-Tu conheces-me – disse, confusa. – Quem és tu?
Ele atacou os meus lábios e prensou-me na parede. O seu beijo fogoso, possessivo, trouxe-me memórias que eu pensava que já não existiam. Empurrei-o com força, ainda inebriada com aquilo.
-Quem és tu? (N.B: Uma vozinha soava na minha cabeça, dizendo que sabia muito bem quem ele era. Mas queria que ele o dissesse!)
-Oh, por favor, como se não soubesses! Por favor, entra – disse ele e o aneurisma começou. Caí no chão, imóvel, e tudo ficou escuro.
***
Acordei e estava deitada num sofá. Olhei para os lados e Katerina estava sentada com a perna sangrenta e uma navalha na mão.
-Eu odeio-o – murmurou ela e eu sentei-me no sofá.
-A quem o dizes – concordei. Ele tinha-me apanhado. – Ele é… Niklaus?
-É. Sempre com as suas manobras de diversão – falou ela. Podes sair, acho eu. Maddox não fez nada.
-Então qual era o objetivo dele?
-Ganhar tempo, acho eu – disse ela. – Ele tinha que ter tempo para entrar na festa.
-Quanto tempo é que eu estive a dormir?
-A festa começou á três horas.
-Bolas! – exclamei. – Tenho que sair daqui.
Levantei-me, mas Maddox, o bruxo, apareceu da penumbra.
-Eu não faria isso.
-Eu pego nele – murmurou Katerina, apenas para mim. Levantou-se e correu para Maddox. Saí de casa a correr, mas ainda ouvi o grito de Katerina pela dor do aneurisma.
Corri até à escola e estava tudo uma grande confusão. Pessoas vestidas como se estivessem nos anos 60, músicas, bebida e gargalhadas.
-Samantha! – gritou Damon, correndo até mim, com Stefan logo atrás. – Onde estavas?
-Não há tempo. Niklaus está aqui – falei depressa. – No corpo de Alaric.
O seu rosto mudou instantaneamente.
-Como é que sabes?
-Não importa como, importa é que sei! – gritei e Stefan intrometeu-se entre nós, empurrando Damon para trás.
-Onde está ele?
-Não sei, acabei de chegar. (N.B: Eu parecia uma barata tonta a olhar para todo o lado!)
-Onde estavas?
-Fui raptada, feliz? – disse e Stefan arregalou os olhos. Ia fazer qualquer pergunta, mas fechou a boca.
-Onde está Elena? – perguntei-lhe.
-Não sei – murmurou ele.
-Vamos! – exclamei e corri para dentro da festa, com eles os dois a ladearem-me.
-Por aqui é mais rápido – disse Stefan e corremos por um corredor, mas ouvimos sinais de luta.
-Ei, idiotas! – exclamou Damon e um dos rapazes que estavam a lutar levantou um disparador de estacas, acertando no ombro de Damon. Os outros dois tiraram armas que nos podiam magoar.
-Damon! – exclamei e ele grunhiu.
-Deixa-me adivinhar: Klaus diz “olá”.
-Não acredito – murmurei. Stefan investiu sobre um deles, dando-lhe um murro na cara, deixando-o inconsciente. Corri até outro e bati-lhe com o cotovelo na testa. Tão cedo não iria acordar.
-Não, não! – gritou Stefan para Damon, que tinha uma estaca pronta para investir num dos agressores. Ajudei o inocente a levantar-se. – Ele está hipnotizado!
-E?
-E então isto é uma distração – completei. – Temos que encontrar Elena antes que seja tarde demais.
-Eu cuido deles. Vão! – exclamou Stefan.
Eu e Damon corremos pelos corredores da escola, fomos para vários pavilhões, mas nada de Bonnie ou de Elena. Klaus podia tê-la raptado, eu sabia que ele era capaz de fazer isso.
Entrámos numa das portas e Elena e Bonnie estavam lá, completamente assustadas.
-Onde é que andavam? – perguntou Damon.
-Klaus… Klaus está no corpo do Alaric – gaguejou Elena e Damon olhou para mim, de um jeito que eu não percebi.
-É como se o estivesse a possuir – continuou Bonnie.
-Encontrem o Stefan. Agora – disse ele para mim e Elena e corremos as duas à procura de Stefan. Talvez ele precisasse de ajuda com aqueles mafiosos de terceira categoria.
Entrámos na festa e procurámos por Stefan, que estava a acabar de entrar, mas pela porta oposta.
-Stefan! – exclamei e peguei no braço de Elena, encaminhando-nos para lá.
-O que se passa?
-Ele está a tentar matar Bonnie – disparou Elena.
-Não – murmurei, chocada. Klaus estava cada vez mais mesquinho à medida que os anos passavam.
Aquele não era o Niklaus que eu tinha conhecido, não podia ser.
-Temos que avisar o Damon.
-Ele está com a Bonnie – disse-lhe.
-Temos que ir lá – falou Elena, determinada.
Stefan concordou e corremos até lá, acompanhando a velocidade de Elena.
Quando lá chegámos Damon apareceu da esquina.
-Aí estão vocês.
-O que estás a fazer? – perguntou Elena. – Onde está a Bonnie?
-Está a fazer o que precisa de fazer – respondeu Damon, aproximando-se de nós devagar.
-O quê? – disse.
-Onde está ela? – indagou Stefan, aproximando-se perigosamente de Damon.
-Stefan, deixa-a fazer isto.
-Bolas, Damon, onde está ela?! – gritou Stefan.
-Damon, onde está ela? – perguntei-lhe, tentando manter a calma. Bonnie podia matar Niklaus e eu não queria isso.
-Está a fazer o que precisa de fazer.
-Não – murmurou Elena e começou a correr em direção à porta de segurança. Virou a esquina a correr e Stefan começou a segui-la.
-Damon, o que…
-Cala-te! – exclamou ele e falou baixinho. – Explico-te, mas depois.
Cerrei os dentes, sentindo as veias debaixo dos meus olhos a arder. Passei por ele a correr e parei junto de Stefan. Do outro lado da porta, Bonnie lutava com Alaric/Klaus, que estava no chão dominado pela agonia.
-Bonnie! – gritou Elena enquanto tentava com Stefan abrir a porta. Com a minha força empurrei a porta, mas foi só o impacto forte que aconteceu.
Bonnie lançou mais um feitiço em Klaus e ele gritou de dor. As luzes partiram-se causando um flash e faíscas, tudo ao mesmo tempo. Bonnie olhou para nós e o sangue dela escorria pelo nariz para vários caminhos. Elena parou de se debater contra a porta, olhando chocada para Bonnie. As luzes continuavam a explodir e lançar feixes de luz por todo o lado, e então, Bonnie teve uma convulsão e caiu no chão inerte.
-Nãaaaaao! – gritou Elena e tudo parou. As portas abriram-se e Klaus desapareceu. Caí de joelhos ao lado de Bonnie e tomei-lhe o pulso. Nada.
-Bonnie, Bonnie, Bonnie – dizia Elena e eu afastei-me de Bonnie, com lágrimas nos olhos. – Stefan, não lhe encontro o pulso. Stefan faz alguma coisa! Por favor! Stefan por favor, dá-lhe sangue, faz alguma coisa, por favor!
Stefan olhou para mim e eu neguei com a cabeça.
-É tarde demais. Desculpa – falou Stefan, também derrotado.
-Não, não, não, não. Por favor, não, não, não. Não! Bonnie! Por favor, Bonnie não!
-Stefan, tira Elena daqui – falou Damon aparecendo na sala. – Eu lido com o corpo.
-Como assim “lidas com o corpo”? – perguntou Elena chorando.
-A xerife não pode saber disto. A última coisa que precisamos é de mais uma morte misteriosa – disse ele, frio e sem emoção no rosto, aproximando-se de nós.
-É a Bonnie! – gritou Elena
-Leva-a para casa. Agora. Para eu limpar isto – falou ele, num tom mais baixo para Stefan.
-Ei, ei – disse Stefan e ajudou Elena a levantar-se.
-OMG, Jeremy. E quanto ao Jeremy? (N.B: OMG! Klaus estava a dar de cabo da vida de todos eles, ele não era assim…)
-Nós encontramo-lo – disse Damon.
-Não! – gritou Elena, enquanto era rebocada por Stefan, olhando para Bonnie, com grossas lágrimas a escorrerem pelo corpo.
Quando Elena e Stefan saíram dali, eu permiti-me deixar escorrer algumas lágrimas. Damon estava focado em Bonnie e fechou-lhe delicadamente os olhos.
-Ela não está realmente morta, não precisas de chorar por causa disso – falou ele. – Klaus tinha que pensar que ela estava morta, para ela se tornar o nosso trunfo.
Ele falava, mas eu não fazia conexão com nada. A única coisa que eu sabia era que ele tinha mudado. E muito. Demasiado.
-O que foi? – perguntou Damon, sentando-se ao meu lado.
-Ele foi-se – falei e a minha voz falhou. – Nunca pensei… que ele pudesse realmente matar alguém pela doppelganger, mas agora…
-Tem sido assim desde que a história chegou a Mystic Falls – falou ele e colocou uma mão no meu joelho. – Lamento que tenhas sabido disto da pior maneira.
-Apesar de não a conhecer, não queria que ela tivesse que morrer – disse, olhando Bonnie. Finalmente, o que Damon tinha dito estava a fazer algum senso na minha cabeça. Bonnie era uma bruxa e podia ter simulado muito bem a sua morte. – Não foi justo. Para nenhuma das partes.
-Klaus deve de estar maravilhado – comentou Damon e eu sorri irónica.
-É. Vocês venceram um vampiro com mil anos. Parabéns.
Mais algumas lágrimas escorreram pelos meus olhos, mas eu limpei-as e levantei-me.
-Temos que encontrar o Jeremy e dizer-lhe o que realmente aconteceu.
-Telefona-lhe, por favor – disse Damon e tirou do bolso das calças um telemóvel de última geração. Procurei na lista de contactos e quando encontrei o número dele, enviei-lhe uma mensagem.
Eu e Damon começámos a arrumar aquilo tudo, o que foi até bastante rápido porque usámos os nossos poderes de rapidez. Por fim, Damon pegou em Bonnie e fomos os dois para o carro dele
-Ei, recebi a mensagem – falou Jeremy aparecendo à nossa frente apressado. – O que aconteceu?
©AnaTheresaC
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! Tenho 6 leitores e nenhum comentário? Estou muito triste mesmo. Isto assim não dá motivação nenhuma para continuar a escrever...
Até domingo,
XOXO
PS - vou postar um spoiler amanhã no meu blog http://asminhasfanfics.blogspot.pt/