My Lover escrita por AnaTheresaC
Capítulo 6
Hoje o dia estava bonito, com sol e quase sem nuvens. Estávamos os três, eu, Damon e Stefan, do lado de fora da casa, á espera que Elena assinasse a escritura da casa. (N.B: Não sei se ela me deixaria entrar se eu dissesse não ao acordo…)
–Achas que ele a matou? – perguntou Damon a Stefan.
–Katherine? – Damon acenou com a cabeça. – Provavelmente.
–Ela fez para merecer.
–Sim – concordou Stefan.
–Klaus esteve 500 anos à procura de Katherine. Demorará pelo menos uns aninhos de tortura para ele a matar – disse-lhes e percebi que eles não ficaram muito felizes pelo que eu disse. – Como disseste, Damon: ela fez para merecer.
Elena abriu a porta e o notário saiu.
–Um resto de bom dia – disse ele e nós acenámos com a cabeça.
Elena virou-se e foi andando. Stefan e Damon seguiram-na e eu revirei os olhos. Ela ainda não os tinha convidado e por isso, bateram na parede invisível.
–Desculpem, esqueci-me completamente – disse ela, rindo. – Stefan, gostarias de entrar na minha casa?
–Eu adoraria, obrigado – disse Stefan e entrou dentro de casa.
–Temos 12 anos? – brincou Damon e Elena parou de sorrir.
–Um de nós tem. Se eu te deixar entrar, prometes obedecer à proprietária da casa?
–Não! – exclamou Damon e eu segurei o riso. É, sem dúvida que eu concordava com Elena: um deles tinha 12 anos.
–A sério, Damon. Da minha maneira, tu prometeste. Eu dou as ordens, sem mentiras, sem planos secretos, lembras? (N.B: Ela tinha-os na mão!)
–Sim, Elena, claro – disse ele a custo.
–Então, por favor, entre – falou Elena e olhou para mim.
–É a tua decisão – relembrei-a. – Não vou levar a mal.
Elena respirou fundo e por fim, disse.
–É só mesmo isso que queres? Tirar Klaus daqui?
Acenei com a cabeça.
–E depois desaparecem para sempre daqui?
–Prometo que farei de tudo para Niklaus não aparecer por cá enquanto esta geração inteira não morrer.
–Então, por favor, entra.
Sorri e quando dei um passo para dentro da casa, abracei-a.
–Obrigada, Elena.
Damon e Stefan olharam para nós desconfiados, mas eu ignorei-os. Bonnie apareceu com dois casacos e eu fiquei confusa. Não era suposto Elena ficar cá?
Desfiz o abraço e Elena virou-se para Bonnie.
–Obrigada – falou ela e vestiu o casaco.
–Espera, onde é que vocês vão? – perguntou Stefan, dando voz à pergunta que estava na minha cabeça.
–Escola – respondeu Elena e eu arqueei as sobrancelhas.
–O quê? – disse Stefan.
–Nem sonhes – falei.
–Não, não, não – disse Damon. – Nós não criámos esta casa segura para tu saíres.
–Sim, Klaus está por aí – concordou Stefan.
–Certo. Mas onde? – perguntou Elena. – Ninguém sabe. Olhem, eu agradeço muito o que vocês estão a fazer, e poderei dormir sabendo que estarei segura aqui, mas não serei uma prisioneira.
–Elena, se Klaus te vir, ele vai querer levar-te daqui para fora – falei.
–Não se preocupem, eu estou preparada – assegurou Bonnie. – Se ele aparecer, eu acabo com ele. Sei como.
–Na minha opinião, estar ao lado de Bonnie é o lugar mais seguro onde eu posso estar – disse Elena e ajeitou a mala no ombro. – Vamos.
As duas saíram e Damon apontou para elas.
–Esperem, eu vou com vocês – disse Stefan e saiu.
–Adoro escolas – comentei. – É tão engraçado ver como eles adaptam a história.
Damon riu e serviu-me um copo de whisky.
–Obrigada.
–Então significa que já tentaste passar-te por humana.
–Sim.
–E resultou?
–Tenho seis licenciaturas. Isso faz-te feliz?
–E quantas vezes é que andaste no liceu?
–Algumas – disse e bebi um pouco do whisky. – Mais do que seis.
–Sabes, a Elena deixou-te entrar, mas não é por isso que eu vou confiar mais em ti.
–Confiança ganha-se, Damon. Não estou à espera que confies em mim do dia para noite. E se ganhasse a tua confiança assim, significava que eras muito ingénuo.
Ele sentou-se e bebeu um pouco do whisky.
–Sabes, eu tenho uma grande dúvida. Niklaus era cego?
–Desculpa?
–Sim, se ele era cego. (N.B: Eu. Não. Acredito. Que. Ele. Tinha. Acabado. De. Dizer. Aquilo!)
–Não – respondi, não percebendo onde ele queria chegar.
–Então é muito estúpido.
–Não estou a ver onde queres chegar.
–Porque é que ele não quis passar a eternidade contigo? Quero dizer, não és propriamente a mulher mais feia à face da terra.
Sorri com o elogio.
–Obrigada, Damon. E respondendo à tua pergunta, o ódio cegou-o. Assim que descobriu que havia a maldição, ele quis quebrá-la. Os planos dele meteram-se á frente do coração e ele sempre foi cabeça dura quando era humano e em vampiro…
–Mesmo assim… - ele insistiu. – Aconteceu alguma coisa. Ou será que passaste mil anos a ter um amor platónico?
–Não, não é um amor platónico – respondi.
–E porquê agora?
–Niklaus não é fácil de localizar, quer acredites, quer não. Para além disso, ele é um Original, o que faz dele um dos seres mais temidos à face da terra. Não é fácil arrancar informação a pessoas que sabem dele.
–E quem é que te disse onde ele estava?
–Bridget.
–Bridget também é uma vampira? – perguntou ele, mal querendo acreditar.
–Sim, é – suspirei. – Por acidente, mas é.
–E tu? Porque te transformaste?
–Eu pedi a um dos irmãos de Niklaus para me fazer isso. Fui estúpida, se soubesse o que sei hoje, provavelmente nunca o teria feito, mas aqui estou eu, vampira, à procura de Niklaus.
–Não me contaste o porquê – insistiu ele.
–Porquê? – perguntei-lhe, começando a irritar-me. – Agora não importa! Foi há mil anos, os motivos já não existem! - (N.B: Abelhudo! Isso eram assuntos meus e de mais ninguém!)
–Existem para Klaus, por isso, também devem de existir para ti. (N.B: Intrometido.)
–Eu e Klaus não somos a mesma pessoa – falei-lhe com desdém. Não gostava quando me pressionavam para dizer algo, e contar o porquê da minha transformação era infantil, ninguém deveria de saber.
–Estás a tentar esconder algo.
Virei-me para ele, furiosa.
–Estou a tentar esconder que a minha transformação foi por ele! Assim que soube o que ele era, quis ser uma deles para passar o resto da minha vida com ele! Satisfeito?
Ele arregalou os olhos.
–Tu ama-lo – falou ele, como se não fosse óbvio. Gargalhei, sentindo o humor negro a subir-me.
–Não, que ideia! Tudo o que eu fiz naquele tempo foi para demonstrar que o odiava!
As lágrimas começaram a queimar-me os olhos. Eu tinha perdido tudo por ele, e mesmo assim, rejeitou-me, foi-se embora, não me quis mais ver. Ás vezes pensava como teria sido se eu me mantivesse humana, provavelmente ele iria embora com a sua família, eu casaria com algum aldeão que o meu pai confiasse, teria filhos e morreria infeliz, não sabendo onde ele estaria e como estaria. A minha vida como humana seria miserável, mas não teria Bridget. Elijah amava-a. Ele queria-a e por isso estava disposto a tirá-la dali. A minha vida seria isolada, sem amigos e alguém com quem falar da minha grande deceção.
–Quem me dera voltar atrás. Faria tudo diferente – disse e deixei algumas lágrimas escaparem. Contudo, não me permiti a mais, não deixaria Damon ver o quão frágil posso ser. Niklaus era o meu ponto fraco, bastava tocar no nome dele, e eu descia a minha guarda.
–Podes desligar. Para ti seria o melhor.
–Já fiz isso – murmurei. – Não resultou. Tornei-me numa assassina, algo que eu não queria. As vidas humanas deixaram de fazer sentido para mim e eu matava só por diversão, nem chegava a beber o sangue delas. Elijah encontrou-me uma vez assim, e ele e Bridget ajudaram-me a voltar ao normal.
–Oh – disse ele e levantou-se. Pegou no meu copo de whisky e foi encher os dois copos.
–Vou sair. Não sei quando volto – disse-lhe e saí de casa, precisava de espairecer.
(N.B: Realmente, uma vida assim não era nada…)
©AnaTheresaC
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! Leitores invisíveis, eu não tenho medo de fantasmas. Vejo TVD, e nem por um segundo tive medo da Anna ou da Vicky.
Nº1 - Tenho uma fanfic nova com Klaus, chama-se A arma de Esther: https://fanfiction.com.br/historia/258312/A_Arma_De_Esther/
Nº2 - Eu posto alguns spoilers do que vai acontecer nas fanfics no meu blog. Passem por lá amanhã ou isso: http://www.asminhasfanfics.blogspot.com/
XOXO, até domingo!