Capítulo 13

Já tinha anoitecido. Eu e Elijah regressámos a casa dos Salvatore, e Klaus já tinha levado Elena. Parte de mim desejava vê-lo outra vez, mas a outra parte queria fugir dali a correr. Porém não podia: Elena era minha amiga, e eles precisavam de mim para matar Klaus. Eu iria ajudar Elijah nesse processo.

Alaric conduziu-nos até uma casa onde imensas bruxas tinham sido sacrificadas, onde era o esconderijo de Bonnie naquele momento.

-O ritual é feito em fases como a lua cheia: primeiro o lobisomem é morto, depois o vampiro e finalmente a doppelganger. Assim que Elena morrer, a maldição será quebrada e Klaus será um híbrido.

-Então quando atacamos? – perguntou Alaric.

-A morte de Elena irá acordar o lado dormente de Klaus. Ele ficará vulnerável durante a transformação e é quando a Bonnie entra.

-E tens a certeza que Bonnie irá sobreviver? – indagou Stefan.

-Se ela deixá-lo á beira da morte, eu e Samantha terminamos o trabalho.

O telemóvel de Stefan tocou e ele afastou-se.

Andámos até á casa, e Alaric avisou-nos:

-Vampiros não são bem-vindos, é melhor ficarem aqui.

-Ele tem a Jenna – ouvi Damon dizer do outro do lado da linha.

-O quê?

-Ele pegou-a, Stefan. Ele vai usá-la no ritual.

Jenna era humana, mas não eram necessários humanos. A não ser… que Klaus a transformasse em vampira.

Stefan olhou para Alaric em choque.

-O que foi? – indagou Alaric.

-Klaus pegou a Jenna. Vai usá-la no ritual como vampira – falei e ele deu um passo atrás.

-Não – murmurou ele, olhando para o chão.

-Lamento – disse.

-Prometes que o matas?

-Claro que sim.

-Não há nada para lamentar – falou Alaric determinado, com um brilho assustador nos olhos. – Vai haver justiça. Olho por olho. E agora preciso de falar com o Jeremy.

Entrou dentro da casa, deixando-nos aos três cá fora. Passados alguns segundos, Bonnie apareceu. Sorri para ela, feliz por a voltar a ver.

-O que se passa? – perguntou ela.

-Klaus pegou a Jenna – respondi, e o meu sorriso desapareceu instantaneamente.

-Porque pegou ele a Jenna?

-Uma punição por me intrometer – respondeu Elijah, muito calmo.

-Klaus ia usar Caroline e Tyler – falou Stefan -, mas Damon resgatou-os.

-Então precisamos de ir. Agora, antes que Jenna seja sacrificada. Posso matar Klaus sozinha.

-Bonnie, se usares tanto poder morres – falei. – Já passámos por isto, não é uma opção.

-Nem a Jenna morrer – contradisse ela.

-Stefan concorda contigo – interrompeu Elijah.

-Vamos oferecer outro vampiro, um que ele queira mais: eu – disse Stefan, dando um passo em frente.

-Muito bem – disse Bonnie. – Vou voltar para dentro para os localizar.

-Nós esperamos aqui – acenou Stefan e Bonnie voltou a entrar para a casa.

Esta espera estava a matar-me. Cada segundo que passava, a parte que queria fugir de Klaus estava a tomar conta de mim e para lidar com a dor, afastei-me dos dois. Nunca me tinha sentido tão indefesa e tão insegura em todos os mil anos que passei no mundo. Abracei-me com força e tentei controlar a minha respiração, mas era algo que me estava a custar fazer. Andei de um lado para o outro, com a dor a crescer no meu peito a cada minuto e a falta de ar a tomar conta de mim.

-Samantha, Bonnie fez o feitiço e… o que se passa?

Fitei Elijah e ele colocou as suas mãos gentilmente nos meus cotovelos.

-Estás a tremer.

-Não sei se consigo fazer isto. (N.B: Matar o amor da sua vida, mesmo tendo ele se tornado um monstro, devia ser difícil…)

-Estás a ter um ataque de pânico – afirmou ele e aproximou os nossos rostos. – Inspira e expira.

Afastou os meus braços do meu corpo com firmeza e força e eu respirei fundo. Expirei e fechei os olhos. Tinha melhorado consideravelmente a dor.

-Preferes ficar aqui?

Neguei com a cabeça, mas as lágrimas denunciaram-me.

-Eu percebo que seja difícil para ti. Tu ainda o amas.

-E eu odeio-me por isso – disse entre lágrimas e soluços.

Elijah abraçou-me e eu permiti-me chorar um pouco com a dor no meu peito e a minha cobardia.

-Não há nada para odiar no amor. Não faças isso contigo própria.

-Oh, Elijah – suspirei. – Não sei o que faria sem ti por aqui.

-Mas eu estou aqui, está bem? E juntos vamos enfrentar Niklaus – falou ele com determinação no olhar, fitando-me sem piscar os olhos.

A coragem dele deu-me força. Todas as mortes que ele tinha provocado deram-me força. Niklaus tinha que morrer, e ele assim iria saber o quanto me fez sofrer.

-Há honra na vingança – admiti.

-Precisamente. Vamos?

-Sim, vamos – disse, determinada a acabar com Niklaus.

(N.B: Lets go !!)

©AnaTheresaC