Find A Meaning To Your Life escrita por Jasey rae


Capítulo 3
A world of chances


Notas iniciais do capítulo

TADINHA DA JESS MANO :( a música desse cap ta lá pra baixo



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Jéssica

Eu mato o Sidney por me obrigar a ir nesse teste, eu nunca consegui cantar na frente dos outros a não ser dele, da minha mãe, do tio Chris e da tia Jana, ninguém sabia que eu cantava e tocava, nem que eu escrevia músicas, e além do mais eu nem sei atuar, quer dizer, eu fiz teatro e eu gosto mas eu acho que sou meio tímida pra atuar na frente de um monte de gente, o motivo de começar teatro foi pra eu sair um pouco da 'casca' e até me ajudou, mas eu nunca pensei em fazer isso profissionalmente.

Quando eu contei pra minha mãe do teste ela ficou feliz e falou pra eu tentar, se eu tinha a oportunidade pra eu agarrar e não deixar escapar, mesmo que nada fosse certo, é apenas um teste e eu devo tentar, e é esse o motivo pelo qual eu estou com o Sidney nessa fila esperando minha vez. 

- Jess, você ta ficando roxa, respira - Sidney falou me cutucando

- Eu acho que vou morrer Sid, sério, não vou conseguir fazer isso, eu vou entrar em choque lá na frente e vou passar vergonha, e se eu tropeçar e cair? melhor eu ir embora - falei fazendo menção de sair da fila

- Você não vai morrer Jéssica, pode ficar tranquila, volta aqui agora, você vai lá e vai mostrar todo seu talento - Sidney falou me segurando. Respirei muitas vezes devagar daquele jeito que eu aprendi no yôga, mas nesse momento yôga nenhum ia me ajudar, mesmo porque eu só dormia nas aulas de yôga, aquela música ambiente e o cheiro de incenso me davam sono e eu nunca conseguia chegar até o final da aula acordada.

- Senhorita Jéssica Motgomery, pode entrar - uma moça muito simpática me chamou e eu fiquei parada ali olhando pra ela até Sidney me empurrar para que eu andasse. 

O teste era em um teatro, eu teria que entrar, encenar algo que eles iam pedir para que eu lesse e cantar uma música. Tinham 3 pessoas sentadas na primeira fileira do teatro, um dos homens e a mulher que me 'julgariam' eram muito simpáticos, mais tinha um outro homem que parecia ser meio severo. Eu estava parada no centro do teatro muito nervosa, minhas mãos suavam e eu torcia meus dedos em um ato de nervosismo, eles pediram para que eu lesse o roteiro que tinham me dado e assim eu fiz, confesso que no começo eu estava muito nervosa mas logo me soltei, olhei para eles que não demonstravam emoção nenhuma e isso me deixou nervosa.

- Muito bem, você sabe que tem que cantar também né? - um dos homens falou e eu assenti - então, você pode pegar algum instrumento aqui se quiser e tocar ou pedir para que os músicos toquem, o que você prefere?

- Eu vou tocar - falei e fui em direção ao violão

- Já sabe a música que vai ser? - a moça perguntou e eu assenti.

Fechei os olhos e me concentrei na letra da música, essa música sempre mexeu comigo

 I know I'll stumble

(eu sei que vou tropeçar)

I know I'll still face defeat

(eu sei que ainda enfrento a derrota)

These second chances will define me

(essa segundas chances irá me definir)

So I'm moving forward

(então estou seguindo em frente)....

I'm not what I have done I'm what I've overcome

(eu não sou o que tenho feito, eu sou o que eu vou superar)

Terminei de cantar e abri os olhos, quando eu cantava era como se só existisse eu no local, tudo o que eu não conseguia falar ou demonstrar saia quando eu cantava, era como se eu conseguisse mostrar tudo o que eu quero sobre mim, tudo que gostaria que as pessoas soubessem mas não consigo demonstrar, me ouvindo cantar e lendo minhas letras eu sei que as pessoas me conheceriam bem, me entenderiam ou poderiam até sentir o que eu estou sentindo.

- Muito obrigado senhorita Jéssica, nós entraremos em contato falando se você passou ou não - o homem com cara de irritado falou e eu sai dali

- E ai como foi? - Sid perguntou

- Só vou saber quando eles me ligarem Sid 

- Mas como você acha que foi? - ele insistiu

- Não sei, eu acho que podia ter escolhido uma música melhor, mas eu amo essa música - suspirei, fomos pra casa e foram as mesmas perguntas.

Já haviam se passado 5 dias desde o teste e eu não tinha recebido ligação nenhuma, eu não sei como é todo o processo mas eu acho que já estava no tempo de receber minha resposta, sendo ela negativa ou positiva, eu só queria que essa angustia e essa dúvida fosse embora logo, esse teste fez com que eu sentisse aquilo que eu lutava tanto pra não sentir ... expectativas. Ouvi o telefone tocar e gelei, era sempre assim desde o dia do teste, toda vez que o telefone tocava eu entrava em choque

- Jess é pra você - mamãe falou, desci e peguei o telefone, respirei fundo 3 vezes

- Oi... sim é a Jéssica - respirei fundo esperando o que estavam falando e foi como eu esperava... eu não tinha passado, aparentemente eu não tinha o necessário para ser a protagonista, ou nenhum outro personagem, agradeci e desliguei

- Filha? - mamãe me olhava apreensiva

- Não passei mãe - falei olhando pra baixo

- Pelo menos você tentou meu anjo - ela me abraçou

- Não se preocupa mãe, eu já aprendi a não esperar muito lembra? ta tudo bem de verdade - falei e subi pro meu quarto, mandei uma mensagem pro Sid e deitei na cama. 

Viu? expectativas é igual a decepção, por isso eu estava tão irritada no momento, porque eu levei muitos anos pra conseguir não me importar muito com as coisas e em apenas algumas horas eu tinha uma recaída, nem sei porque eu realmente acreditei que podia ter essa oportunidade

.- Jess sua fedida, você ta bem? - Sid perguntou entrando no meu quarto e se jogando em cima de mim

- Sai daqui garoto, você já passou o dia inteiro comigo, não cansa de mim não? - falei o empurrando

- Nunca nessa vida, você é minha irmãzinha. Vem, tradição do filme de terror de madrugada, precisamos comprar nossos salgadinhos, refrigerantes e tudo que faz mal pra saúde - Sid falou me pegando nas costas, esse era o modo dele me animar, fazer de tudo pra que eu esqueça dos problemas e comer muita besteira, por isso o amo tanto.


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