Find A Meaning To Your Life escrita por Jasey rae


Capítulo 1
Its my life


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo, espero que gooooooooostem, QUEM É FÃ DE SKINS UK VAI RECONHECER A FOTO QUE EU PEGUEI PRA SER O SID *-* não acontece muita coisa aqui buuuuut... espero que gostem mesmo. FALA SÉRIO, ALGUÉM NESSA VIDA NÃO GOSTA DA MÚSICA DESSE CAP ?*-*



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Save me - Hanson

Jessica

Meu nome é Jessica Montgomery, tenho 17 anos e moro em uma cidadezinha no interior da Inglaterra, aqui nunca acontece nada, o maior acontecimento deve ter sido o torneio pra ver quem come mais hamburguês em menos tempo, muito empolgante né? Moro com minha mãe em um apartamento pequeno, ela trabalha em uma doceria como faxineira, ela é linda e é a pessoa mais maravilhosa e corajosa que eu conheço, eu não conheço meu pai, aparentemente ele queria que minha mãe abortasse e quando ela disse não ele a abandonou, eu não me importava com isso porque eu não precisava de um pai que não me queria, na verdade eu até que gostaria dele presente quando era mais nova, mais agora não faz a menor diferença, minha mãe fez o trabalho de pai, mãe, irmã, melhor amiga, tudo sozinha e muito bem feito, imagino como deve ter sido difícil pra ela me criar sozinha ganhando um salário pequeno, mas ela é uma pessoa muito feliz, ela tem aqueles brilhos nos olhos que te faz sentir aquecida, como se todos os seus problemas pudessem desaparecer só de olhar em seus olhos. Problemas? Mas Jéssica, você só tem 17 anos, que tipo de problemas você pode ter?

Bom, não é exatamente um problema, digamos que eu sou invisível, cidade do interior todos sabem da vida de todos e todos sabem da garota que foi abandonada pelo pai e que a mãe é faxineira, como se eu ligasse pra tudo isso, eu tenho muito orgulho da minha mãe, ela ganha o dinheiro dela de forma honesta e todos gostam dela, ela é a pessoa mais simpática que pode existir e está sempre disposta a ajudar quem precisa e esse é o motivo pelo qual as pessoas a respeitam tanto, mas sempre existem aquelas pessoas preconceituosas que gostam de julgar, e além disso eu sou uma garota inteligente, para algumas pessoas isso é bom certo? para outros é motivo de piada.

Eu não tenho amigos aqui, as garotas são fúteis e só se preocupam com o que você tem e não com o que você é e como eu não tenho muito não vale a pena ser minha amiga. Na verdade eu tenho 1 amigo que é mais como um irmão, Sidney, nós fomos criados juntos, nossas mães se conheceram no trabalho e são melhores amigas e eu e Sid crescemos juntos, ele é tudo pra mim, ele me conhece perfeitamente e sabe de tudo o que se passa na minha cabeça, eu não preciso de outros amigos tendo o Sid, muitas pessoas podiam achar que nossa amizade evoluiria para um relacionamento mas nós dois não pensamos desse jeito, eu sou a irmã dele, ele é meu irmão e ponto final, nós nunca nos olharíamos de outro modo. Nunca tive um namorado porque não é bom pra reputação de ninguém andar com a nerdzinha estranha que trabalha na doceria, muito menos namorar, a maior parte do tempo eu não ligava pra nada disso, mas apesar do que esses idiotas dessa cidade acham eu sou apenas uma garota normal, com sentimentos, e as vezes os comentários me machucam sim. Eu desabafo tudo com Sid, mas eu tenho outro modo de desabafar e é através da música, eu escrevo algumas letras e também toco violão, violino, piano e guitarra, isso é o que eu amo fazer mas eu não tinha chances nenhuma de conseguir seguir esse caminho porque todos sabem como o caminho da fama é difícil, como as oportunidades são mínimas e fala sério, quando uma garota do interior como eu poderia ter tal oportunidade?

Minha mãe fala pra eu nunca desistir de meus sonhos porque nossos sonhos é a única coisa que ninguém pode nos tirar então não é para eu parar nunca de sonhar, mas no fundo eu sei que esse meu sonho é impossível então eu não fico criando expectativas, assim é mais fácil. Expectativas só trazem decepções, e eu aprendi a evitar isso desde cedo quando eu achava que meu pai iria aparecer algum dia pedindo desculpas e falando que queria retomar o tempo perdido, quando percebi que nada disso poderia acontecer e que muitas coisas não acontecem conforme a nossa vontade, eu parei de esperar que as coisas acontecessem, parei de esperar muito das pessoas, parei de confiar. Algumas pessoas podem até dizer que eu tenho pouca fé, eu digo que eu tenho muita fé sim, mas tenho fé nas coisas que realmente tem condições de acontecer e valham a pena, algumas pessoas podem dizer que eu sou pessimista demais, eu digo que eu não sou pessimista, sou apenas realista, otimismo é bom mas otimismo demais é idiotice. Eu aprendi da pior maneira que as pessoas vão te decepcionar sem se importar se isso vai te magoar ou não, aprendi que alguns seres humanos são cruéis demais, aprendi tudo isso vendo a luta de minha mãe pra me criar sozinha em condições horríveis quando o desgraçado que a engravidou a abandonou. Nossa Jéssica não fala assim do seu pai ...

Ele não é meu pai, ele foi apenas o homem que deu o sêmen para que minha mãe engravidasse, eu tinha raiva dele por fazer minha mãe sofrer, raiva de fazê-la passar por tudo o que ela passou, mas tudo isso nos tornou fortes e me fez ver que não se pode confiar em ninguém, não se pode colocar a sua felicidade nas mãos dos outros porque ninguém se importa com isso, você é quem faz a sua felicidade. Bom confesso que exagerei, eu podia colocar minha felicidade nas mãos da minha mãe, do Sid, da tia Jana e do tio Chris, mãe e pai do Sid, porque eles eu sabia que se importavam, eles eu sabia que não me decepcionariam.

– Jess anda logo ou você vai se atrasar - minha mãe falou tentando me acordar

– Ai mãe eu tenho mesmo que ir praquele lugar lotado de gente idiota? - perguntei

– Tem Jess, já ta acabando, mais 2 meses e suas aulas acabam - minha mãe falou

– Deixa eu faltar esses 2 meses, eu já passei, minhas notas estão ótimas, liga na escola e fala que sei lá ... eu to doente, com catapora, qualquer coisa - pedi fazendo bico

– Não, você vai pra escola sim, vai logo que jajá o Sid ta ai pra vocês irem juntos - mamãe falou e saiu do quarto. Suspirei e levantei, me olhei no espelho e tremi com que vi, enormes olheiras, cabelo bagunçado e uma enorme palidez, é Jéssica, você ta cada dia pior. Tomei banho, coloquei uma roupa qualquer e desci pra cozinha, Sid e tia Jana já estavam sentados tomando café, eles eram minha família e só a presença deles já me deixava bem, eu me sentia confortável.

– Jéssica você ta horrível - Sidney comentou

– Obrigada pela sinceridade Sid - falei revirando os olhos

– Sidney, não fala assim, ela só ta cansada - tia Jana falou e sorriu pra mim

– Claro, passa a noite acordada com aquele violão - mamãe comentou

– Eu tava com a letra da música na cabeça, eu tinha que escrever ou ia esquecer - expliquei

– E essa letras vão te ajudar em que filha? você sabe como eu te admiro, como eu tenho orgulho de você e como eu te acho talentosa, mas essas letras vão te ajudar em que no futuro? - mamãe perguntou e eu suspirei

– Sei lá mãe, eu só ... eu gosto de escrever, eu me sinto bem, é como um desabafo - falei

– Você tem eu pra desabafar - tia Jana, Sid e mamãe falaram juntos

– Eu sei e eu amo vocês, mas é diferente, vocês não entenderiam - suspirei

– Eu só to tentando te explicar que você tem que se concentrar no seu futuro agora filha, daqui a pouco você acaba a escola e ainda não sabe o que vai fazer depois disso

– Eu posso arranjar um emprego de garçonete - falei

– A claro, com toda sua coordenação motora inexistente - Sid comentou levando um tapa meu logo em seguida.

– Eu sou muito equilibra ta Sidney? - falei

– A claro, tenho que lembrar aquele dia que você caiu descendo do ônibus? - Sid falou e eu mostrei a língua pra ele como uma garota mimada, aquele tombo foi o mais falado por 2 dias, já não basta eu ser a estranha invisível, tenho que ser a estranha invisível que cai sozinha

– Você não vai trabalhar como garçonete meu amor, eu sei que todo tipo de trabalho é digno, mas você já trabalha na doceria, não quero que você tenha um segundo emprego e você é inteligente demais, você tem tudo pra ganhar uma bolsa em uma boa faculdade - mamãe falou

– É Jess, você já trabalha na doceria e pode continuar lá enquanto precisar de dinheiro e depois arranjar um estágio - tia Jana falou

– Depois a gente fala disso, a gente vai se atrasar, vamos Sid - falei puxando meu amigo e saindo de casa.

Fomos o caminho inteiro em silêncio, Sid sabia como esse assunto me desanimava, eu não queria uma faculdade no interior, eu queria uma faculdade boa mesmo em Londres, na verdade meu sonho não era a faculdade, meu sonho era brilhar mas como eu já disse, isso estava fora de questão, Sid sabia dessa minha vontade e ele era confuso com relação a isso, ele meio que me apoiava e meio que não acreditava que isso era possível, passei pelos portões da escola com meu melhor amigo para mais um dia cercada por idiotas


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