A Marca De Atena escrita por rivaille


Capítulo 26
E a marca de Atena por toda Roma é incendiária


Notas iniciais do capítulo

Héstia ajuda os semideuses, que encontram Annabeth e uma deusa perdida. Com isso, eles tem sua batalha final em Roma.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/246271/chapter/26

PIPER


– Como posso ajuda-los, heróis? – Perguntou a deusa Héstia, interessada.

– Bom, devido a um... Incidente, Apolo tem nos cobrado uma espécie de favor. O carro dele deu problema e agora uma parte de Roma está devastada. Milhares de desabrigados. Você é a única que pode entender o desespero dessas pessoas. É a única que pode nos ajudar. – Disse Percy.

Héstia suspirou, entristecida.

– Eu lamento, meu herói. E também estou furiosa com Apolo, afinal, ele era quem devia estar ajudando aquelas pobres pessoas. Mas não posso ajuda-lo. Não agora. Primeiro, terão que encontrar a garota e a deusa perdida.

– Annabeth? Não sabemos onde ela está! E que deusa perdida? Não vai me dizer que Hera está de novo... – Leo ia reclamando.

– Íris. Sem ela, não poderão se comunicar, e vocês vão precisar. Devem encontrar Annabeth, pois sem ela não terão sucesso. Nenhum de seus objetivos será alcançado. E ela está mais perto do que imaginam.

– Conseguimos fechar as Portas. E Annabeth não estava lá. – Disse Jason.

– Vocês logo saberão a verdade, semideuses, só conseguiram completar por causa da garota. Não se esqueçam. Ela não precisava estar lá para ajudar. Vou manda-los para Roma, no lugar em que precisam estar, e sim, terá um momento em que não conseguirão mais lutar. E, é nesse momento, que farei minha parte.

Com um breve aceno de mão, Héstia havia nos dado uma espécie de “apagão”. Tudo ficou escuro, e quando abri os olhos estava caída em um lugar que parecia ter sido vitima de uma explosão nuclear. Até que percebi onde estávamos. Exatamente no lugar em que encontramos Palas e Mnemósine. Exatamente no lugar que escolhemos para esconder o Argo II.

Leo estava tendo alguns problemas com Frank, porque ele tinha caído com o pé em sua cara. Mas, quando viu o seu barco, seus olhos brilharam.

– O Argo II! – Ele exclamou. Os outros também se viraram para olhar, e corremos para lá.

Percy parou de repente, derrubando eu, Jason, Hazel e Frank.

– Annabeth está aqui. – Ele disse.

– Como sabe? – Perguntei. – Está no Argo II?

Percy assentiu, e continuou correndo. Corremos de novo atrás dele, sem saber o que pensar. Todos nós sabíamos que Percy deveria estar sentindo uma falta imensa de Annie, então decidimos não discordar e ver se ele estava certo.

E ele estava.

Annabeth apareceu correndo, com uma aparência terrível. Seu braço estava enfaixado, assim com seu joelho esquerdo. Tinha vários arranhões no corpo e no rosto, e seu cabelo estava um fiasco. Não que eu tenha muita moral para falar de cabelos, mas... Sabe como é. Filha de Afrodite.

– Annabeth! – Percy gritou, pegando-a nos braços. Leo já havia sumido, checando tudo.

– Eu senti tanto a sua falta! – Ela disse entre soluços.

– Onde você estava? – Perguntou.

– Eu... Eu te conto mais tarde. Percy, Roma irá cair. Sei que irá, e precisamos fazer algo. – Annabeth disse, com desespero.

– O que? O que esta acontecendo? – Perguntou Frank.

– Os monstros no museu, eles estão por aí. Mnemósine também, e eles pretendem destruir Roma antes de qualquer coisa. O que a gente precisa é destruir eles, e eu tenho um plano.

– Annabeth, ahn, Roma já esta com alguns problemas... Por sua causa. – Hazel falou, tentando não ser grosseira.

– Eu sei Hazel, me desculpe. Eu precisava impedir vocês de fazer alguma besteira. Mas enfim, esse é um plano de Dédalo. Nunca pôs em pratica, acho. Não tenho certeza de que vai dar certo, pois tem a ver com o labirinto, que morreu junto com seu dono. Porém, é a única opção.

– E o que isso faz? – Perguntei.

– Bem, é assim... – Annabeth foi interrompida por um grito de Leo, que saiu correndo.

– TEM UMA MULHER NO BANHEIRO MASCULINO! – Gritou.

– O que? Ah, é Íris. – Falou Annabeth com tranquilidade.

– ÍRIS? Annabeth, o que você andou fazendo? – Hazel perguntou.

– Depois eu explico! Os monstros não estão atacando porque Íris está aqui, protegendo. CONTINUANDO, os monstros estão em toda a Roma, e serão atraídos para cá. Assim, colocando o plano em pratica, o labirinto se moverá junto com eles. E eles morrem. Simples.

– E se não der certo? – Disse Jason.

– Se não der certo, todos nós morremos, além de destruirmos Roma com mais facilidade do que Gaia imagina. – Falou Annie, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

– Estou dentro. – Disse Frank. Ultimamente ele andava tão corajoso que me surpreendia. Quer dizer, não que ele não fosse. É que... Ah, esqueça.

– E o carro de Apolo? – Perguntou Percy.

– Esse deixa comigo! – Disse Leo, entusiasmado.

– Tudo bem. Vou pegar o laptop de Dédalo. – Falou Annabeth.

– Espere. Quando que vai começar o seu plano? – Perguntei.

– Quando eu pegar o meu laptop, se vocês quiserem se arrumar ou ir no banheiro, fiquem a vontade. E depois, partimos. – Disse Annabeth com simplicidade.

Fiquei surpresa. Ela nunca demonstrara tanto... Entusiasmo? Não sei se era essa a palavra. Mas decidi seguir seus comandos, mesmo assim. Ela era a pessoa mais inteligente que eu conhecera, e eu confiaria nela, mesmo que estivesse arriscando a minha própria morte.

Saímos andando para fora do barco, Leo fazendo bico. Eu ri. Leo tinha uma relação muito engraçada com Festus.

Annabeth e uma mulher com vestido colorido e olhos penetrantes nos seguiram. Annie segurava sua faca e o laptop, quanto a deusa, estava sem armaduras ou armas que pudessem a proteger.

– O que houve? – Percy perguntou para a deusa.

– Logo saberá, Percy Jackson, mas só vou lhe dizer uma coisa. Gaia vai pagar. – Íris respondeu com raiva.

– Certo. – Percy disse, com medo. – O que faremos agora, Annabeth?

– Vamos andando para o museu, e os monstros virão. Acredito que a maioria deles ainda está por lá.

Seguimos em frente. Jason pegou na minha mão, sorrindo. Sorri em resposta.

– Você é linda. – Ele me disse.

– Obrigada. Você que é lindo. E olhe que não é nenhum filho gato de Afrodite. – Eu falei. Ele deu uma risadinha.

– Então eu dei sorte, não é? – Jason disse, brincalhão. Leo apareceu do nosso lado, como sempre, interrompendo nosso clima romântico.

– Gente, eu tenho muitas ideias para o carro de Apolo! Quem quer ouvir? – Leo falou, com aquele sorriso maluco.

– Ahn... Eu não quero. – Eu disse, fazendo cara de pavor. Jason riu.

Annabeth, Íris e Percy pararam, olhando algo.

– Agora. – Annabeth disse, abrindo seu laptop.

Eu os via. Monstros enormes, mais bizarros do que todos que eu já vira antes. Liderados por Mnemósine, correndo na nossa direção.

– Ligar, labirinto. Dédalo 47. Iniciar ativação.

Nada aconteceu. Annabeth arregalou os olhos.

– Íris... – Começou.

– Não vai dar, Annabeth. Continue tentando! – E a deusa se juntou a guerra, com varias luzes coloridas saindo de seu corpo.

Corremos também. Annabeth ficou para trás, tentando iniciar o seu plano. Peguei a minha adaga e me concentrei para usar meu charme. Um ciclope veio correndo até mim.

– Pare! – Eu gritei. Ele parou imediatamente. – Lute do nosso lado!

O ciclope se juntou a nós, e continuei. Raios desciam dos céus, gritos ensurdecedores vinham do museu, e eu sentia alguns tremores no chão. Hazel e Percy deveriam estar trabalhando em conjunto, afinal.

– INICIAR ATIVAÇÃO! – Annabeth gritava atrás de nós.

O chão tremia cada vez mais. Não imagino que Percy e Hazel podiam fazer tudo aquilo. Só uma coisa podia estar fazendo o chão tremer daquele jeito.

Gaia.

Corri ainda mais, enterrando minha adaga nos monstros que passavam. Mnemósine estava a uns vinte passos de mim, e eu ia atrás dela. Ela me atacou no nosso ultimo encontro, mas agora... Ah, agora seria diferente.

– Filha de Afrodite, que bom revê-la! Seu braço já está curado? – Ela gritava, em tom de deboche. – Não precisa responder. Ou responda, afinal, você esquecera de tudo assim que eu resolver que aconteça.

– Não vai acontecer. – Falei, séria. Mnemósine riu, e minha raiva aumentou. Monstros vinham de todos os lados me atacar, um deles carregando correntes perigosas, tentando me acertar. Com um golpe certeiro, peguei a corrente de sua mão e lancei minha adaga em Mnemósine.

Mnemósine arfou. Minha adaga fora atirada bem no lugar esquerdo de sua barriga. Ataquei os monstros que chegavam com a corrente, e aquilo era demais. Nunca tentei lutar com uma corrente antes, e olha, eu era habilidosa de verdade.

– NÃO!!! – Berrou a titânide.

– Esqueça, Mnemósine! Esqueça de seu passado! – Gritei para ela, furiosa. Os olhos dela se reviravam, e o chão continuava tremendo. Mnemósine parecia estar tendo uma convulsão.

Retirei minha adaga de seu corpo, que logo foi se desintegrando. Olhei para o resto da multidão, e metade já havia sido destruída. Mas eram muitos monstros.

Leo lançava fogo em tudo que avistava. Tentei ficar longe dele o máximo que pude, e fui para perto de Annabeth, que tinha lagrimas nos olhos.

– Tem que dar certo! – Ela disse. – Por favor, por favor! Hades, Dédalo, mãe. Por favor.

Annie murmurava freneticamente, rezando. Percy e Íris apareceram do nosso lado.

– Não vamos aguentar! Annabeth, faça alguma coisa! – Íris disse. – Sou uma deusa, mas isso é impossível!

– Labirinto, iniciar! DÉDALO 47, COMEÇAR ATIVAÇÃO! – Annabeth gritou com toda a força que pode.

E então, aconteceu.

Os tremores no chão aumentaram, e símbolos azuis apareciam no chão. Monstros eram enterrados. Me segurei em Annabeth, que estava se segurando nos outros. Hazel, Frank, Leo e Jason também apareceram, cambaleando.

– Não é o suficiente! – Gritou Annabeth.

– Annabeth, olhe! – Gritei.

As casas também eram puxadas, junto com todos os outros objetos. As marcas continuavam aparecendo no chão. Mas ainda não era o suficiente.

Até que um clarão começava a invadir Roma. Fogo.

– CORRAM! – Gritou Íris.

Corremos em disparada para o Argo II, mas o fogo se aproximava muito rápido. Ia nos alcançar. Íris fez uma espécie de caminho Arco-Íris, e mandou que subíssemos.

– Como isso vai ajudar? – Perguntou Hazel.

– Eu sou a deusa do Arco-Íris, garota! Destino: Argo II! – Disse a deusa.

Não sei explicar o que aconteceu ali, mas fomos praticamente voando para o barco.

– Uau! Isso foi incrível! – Disse Leo.

– Incrível? Olhe aquilo. – A deusa apontou para onde o fogo vinha.

O fogo atravessava Roma de uma maneira impressionante. Chamas laranjas e vermelhas se cruzavam, e os lares que eram destruídos iam se refazendo. Era assustados, mas lindo de se ver.

– O que é isso? – Murmurei, encantada.

– Héstia. – Disse Percy, com um sorriso no rosto.

– E a marca de Atena. – Completou Íris.

– O que? – Perguntou Leo.

– Dédalo era um filho de Atena, Leo Valdez. E Annabeth também. Foi um trabalho conjunto, Annabeth sabia o que poderia vir acontecer. Héstia refreou o fogo, mas Roma fora inicialmente incendiada pelo labirinto.

– E a marca de Atena por toda Roma é incendiaria... – Falou Percy, com os olhos arregalados.

– Sim, jovem. – Íris olhou para Annie. – Você foi corajosa, minha querida. Ainda temos muito pela frente, você sabe.

Íris acenou a mão, e uma imagem apareceu para nós.

Os monstros que haviam saído do Tártaro caminhavam para Grécia, imagino. Eu consegui identificar alguns. Medusa, Aracne, Equidna, Esfinge. Nunca as vi pessoalmente, mas sabia muito sobre elas. As imagens iam mudando, e ficando piores. Quíone liderava monstros da neve junto com seus irmãos. Os gigantes lideravam exércitos de ciclopes entre outros monstros que eu não conhecia.

– Terão que enfrentar essa guerra, para serem vitoriosos. – A deusa lançou mais um olhar para Annabeth. - Mas antes, tem que contar a sua história para esses semideuses.

Annabeth olhou para ela, cansada, e assentiu. Tocou em uma cicatriz em seu pulso, e suspirou.

– Annie, o que aconteceu com você? – Perguntou Percy, reparando em seus machucados. – Luke, eu o encontrei. Ele e Héstia disseram algo sobre você ter ajudado a encontrar as Portas. Como as achou? Annabeth, o que você fez?

– Eu havia entendido, Percy, desde o começo. – Falou Annabeth. – Meu objetivo não era andar só por Roma. Era encontrar as portas. Eu tenho uma divida com Hades, e ele está me perseguindo, mas eu tinha que encontra-las. E só havia um jeito de as encontrar.

– Que jeito? – Perguntou Jason.

– Eu morri. – Respondeu Annabeth. – A única forma de encontrar as Portas da Morte foi me suicidar.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tensoooooooo
KK
Ai gente desculpem por toda a demora e por todo o blablabla do cap mas foi isso, não queria adiar para postar, porque se nao iria ser somente na semana que vem.
Obrigada para a Flávia Potter que me recomendou!
GENTE A ANNABETH TA VIVA AGORA VIU NAO ME MATEM!!! MAS ELA VAI EXPLICAR TUDINHOOO OK
No próximo cap, Annabeth conta sua história enquanto estava longe dos outros meio sangues.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Marca De Atena" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.