Amores Da Vida 1.2 escrita por Little Fish


Capítulo 13
A encomenda.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, mas agora que tive tempo pra isso.
A cada dia me empolgo mais e mais.Fico tão ansiosa que vocês nem imaginam #euacho.
Enfim rs boa leitura.



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- Estamos indo pra onde? – Grissom me pergunta quando paro e o olho.

- Já chegamos!

- Você não esta pensando em bater na porta de alguém, está? – ele arregala os olhos olhando para o portão a nossa frente – Já viu que horas tem? – ele arregala mais os olhos.

Dou de ombros e olho para o lugar que não mudou nada. A mesma calçada, o mesmo muro, o mesmo portão, a mesma casa.

- A luz da sala esta acesa!

- Você não... – Grissom para de falar e sai de perto de mim, indo sentar no meio fio da outra calçada.

Fiquei um bom tempo de pé olhando pra casa que me trouxe tantas magoas, tantos choros, tantas infelicidades.

Senti uma mão em meu ombro e ao olhar pra trás vi que Grissom me olhava com aqueles olhos leitosos e gentis.

- Lembre-se das coisas boas. – ele quase sussurrou.

- Não dá. – meus olhos se encheram de lágrimas.

- Aquilo... – Grissom tentou falar, mas não conseguiu.

- Meu pai abusou de mim sim, ele... Ele... – balancei a cabeça tentando esquecer daquilo.

- Xii. – Grissom me abraçou – Por isso foi correndo pra Las Vegas. – ele entendia agora – Por que nunca me contou?

- Eu nunca contei pra ninguém. – seu perfume era tão bom, sua roupa tão macia, a batida de seu coração até parecia uma melodia... só o meu passado que não combinava com aquilo.

Grissom ficou em silencio por um estante.

- Ela deve estar acordada. Vai visita-la. – ele se afastou um pouco de mim e olhando em meus olhos – Ela vai ficar feliz por poder te ver. – ele enxugou minhas lagrimas – O passado é passado, tudo mudou, as coisas agora estão em paz e seu pai nem aqui esta mais.

Sai de perto dele e fui lentamente até o portão velho, olhei pra Grissom que me incentivou a continuar.

Bati três vezes com força no portão, sabendo que aquela luz estava acesa porque ela estava acordada. Ela tinha essa mania.

Vi uma sombra do lado de dentro da casa e logo depois uma voz, rouca, antiga, velha. Arregalei os olhos.

- Quem é? – meu coração foi a mil e corri. Pegando a mão de Grissom e o puxando pra longe dali.

- Desculpa Sara. – Grissom falou ao me acompanhar – Desculpa por não estar com você ao longe desses anos.

Nada respondi, continuei correndo, chorando por Grissom, ou talvez por mim.

**~~

- Acho que podemos parar! – Grissom me soltou parando. Parei logo a sua frente ofegante – Deveria ter falado com ela.

- Desculpa. – respirei fundo – Não estou preparada.

- Surpresa. – ele balançou as mãos me fazendo revirar os olhos.

Olhei ao redor reconhecendo o lugar.

- Ei. – sorri – No final dessa rua... Ha. – olhei pra Grissom me lembrando de algo. De algo que por tanto tempo fiquei curiosa. Tão curiosa pra saber e agora...

- Que cara é essa? – olhei pra Grissom – Esta me assustando!

- Cala a boca. – pensei um pouco olhando pros lados – hã. Ah, é ali! Venha.

- Vamos aonde? – Grissom me acompanhava.

- Wendy pediu pra eu visitar uma mulher, perto da nossa antiga escola. Sabe ela queria pegar uma encomenda ou algo parecido. Sendo que o que ela poderia querer aqui? – olhei pra Grissom que não estava entendendo nada.

- Não quero saber. – ele deu de ombros – Sara?!

- Sim?!

- Não esta pensando em...

- É aqui. – abri um mega sorriso e entrei na avenida correndo. Grissom vinha logo atrás de mim pedindo pra eu parar. Mas só parei quando cheguei ao final e gritei duas vezes.

- Dona. Dona! – Grissom tapou minha boca.

- Tem pessoas dormindo, mal educada. – afastei sua mão de minha boca e lhe dei um tapa.

- Não se intrometa em assuntos que não são...

- Boa noite. – olhei pra frente vendo uma mulher de meia idade sorridente.

- Oi. – sorri pra ela afastando um pouco Grissom que estava envergonhado.

- Desculpa por acordarmos a senhora, mas é que... – bati em Grissom de novo e mandei-o calar a boca.

- Não me acordaram queridos. – ela riu e me olhou – Você é a Sara certo?

Arregalei os olhos e a encarei.

 - Como sabe? – fiquei assustada.

- Wendy me contou que viria. – ela se virou pegando uma caixa e me entregando – Cuidado pra não perder.

- Pode deixar. – olhei pra caixa de papelão que estava lacrada – Dona, o que seria isso? Algum tipo de contrabando?

Ela riu. E pude sentir o olhar de Grissom pesar em mim.

- Não. Mas achei que soubesse. – ela deu de ombros – Isso são asas. Wendy pediu mais vinte, pra durar bastante tempo.

- Asas? – franzi a testa – As malditas asas que eu nunca soube como ela e Greg encontravam?! As asas na qual do nada aparecem quando eles estão bêbados por ai? – olhei pra caixa e sussurrei – Malditos!

Dona continuou a rir, uma risada antiga e amorosa.

- Achei que você só vendesse bebidas! – a olhei.

- Você vendia bebidas pra crianças? – Grissom passou a minha frente.

- Não! – encarei Grissom – Wendy sempre foi esperta. Ela tinha identidade falsa. – me senti um tanto presunçosa pela minha amiga. Virei pra Dona que parecia pensar – Me ver duas asas!

- Pra que? – Grissom puxou meu braço.

- Quero que você experimente algo. – voltei a olhar pra Dona – Ah, também quero uma garrafa de Vodka. – pisquei.

- Sara o que você pensa fazer? – ele estava me encarando, não gostando daquilo.

- Grissom relaxe. – entreguei a caixa pra ele.

- Tem preferência em cor? – olhei pra Dona.

- Hn. Eu quero azul... Grissom?! – o olhei.

- Não vou usar isso. – revirei os olhos – Achei que você estivesse triste!

- Pode trazer uma verde pra ele. – dei um tapinha na caixa falando baixo pra ele – Estava triste, mas parece que esse assunto de asas me fez... – pensei um pouco – Não sei a palavra, mas agora me deu vontade de fazer o que eu fazia há uns anos atrás, sabe compartilhar a minha antiga noite com você. – sorri.

Acho que o convenci de sair por ai. Porque ele sorriu pra mim fazendo um sim com a cabeça e arrancando de mim um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Hn Grissom de asinha? Será? O que eles devem fazer? hnnnn Até o próximo. beijos da titia Kary.