Antes De Partir escrita por WaalPomps


Capítulo 4
Cap. 3 - Por quê?


Notas iniciais do capítulo

Geeente, tenho 9 leitores, cadê os 9 aqui pra eu poder dizer a cada um que os amo? ai que deprê HUAHUAHUAHUAU

Curtam esse capítulo Rachel/Shelby.



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Shelby P.O.V

Suspirei vendo Beth abraçada a mãe biológica. Não imaginei que a conexão seria tão instantânea. Senti Rachel balançar no lugar ao meu lado e sorri, pegando-a pela mão.

_ Fiquem a vontade... Rachel, você me ajuda na cozinha? – pedi e minha filha assentiu – Querida, a mamãe vai lá na cozinha terminar o jantar. Você fica brincando com eles?

Mas ela nem deu muita bola, já maravilhada com o embrulho do presente ganho dos pais. Segui para a cozinha, segurando a mão de Rachel e assim que entramos, parei-a de frente comigo, analisando seu rosto.

Seus cabelos estavam na altura dos ombros, o que era estranho, já que ela sempre os usará longos. Seu rosto já não tinha mais aquele ar infantil de quando nos conhecemos, agora era mais maduro.

_ Você está maravilhosa. – elogiei, acariciando seu rosto – Mas porque cortou os cabelos?

_ Estou fazendo Maria em West Side Story... Na verdade, estrearemos em três semanas. – disse ela, ainda um pouco tímida – Eu realmente adoraria que você fosse.

_ Claro, claro que eu irei! – garanti a ela, sorrindo esfuziante – Mas, me diga... Onde está Finn? A última noticia que eu tive foi de que vocês estavam noivos.

_ Nós terminamos, depois da formatura... Ele entrou pro exercito, para acertar algumas coisas sobre o pai dele... Não nos vemos desde então. Acho que está no Iraque. – disse ela, dando de ombros – Eu estou na verdade namorando o meu parceiro de peça, Theo.

_ Espera... Theo? Theo Beepy? – perguntei e ela confirmou.

_ Você o conhece?

_ Fui instrutora vocal dele quando tinha seis anos... Fazia isso como bicos, quando mudei para NY. A mãe dele, Georgina, é uma vaca prepotente. Ela trabalhou como extra em musicais e engravidou de algum produtor. Ganhou uma bolada para não dizer quem. Quando o menino tinha quatro anos, acharam-no extremamente fofo e o colocaram um papel pequeno em uma peça, não lembro qual. Isso subiu a cabeça dela e ela colocou para treinar canto e atuação. Mas a voz dele é um lixo e ele muito metido. Eu fui sua 5ª instrutora e só agüentei três meses. A anterior não agüentou nem um. – contei, sentando-me na bancada.

_ É... Ele dubla todas as músicas. – confirmou minha filha – Na verdade, só foi escolhido para o papel principal por que... Bom, acho que nem ele sabe por quê.

_ Você gosta dele? – perguntei e ela sorriu amarelo.

_ Nós nos damos bem. – disse ela – Vamos fazer o jantar?

Trabalhamos tendo uma conversa amena, sobre alguns detalhes de NYADA e dos ensaios da peça. Ela me pediu varias dicas sobre como interpretar Maria e eu fiquei feliz em fornecê-las.

_ Vamos chamá-los? – perguntei a ela que assentiu.

_ Nossa... Que casa linda! – comentei, assim que entramos no quarto. Ela estava abraçada com Quinn e ambas sorriam diante do olhar babão de Puck.

_ Mamãe, a Quinn e o Puck falaram que vão me dar a Barbie Veterinária. Assim, eu posso chamar ela de Beth e o B da casinha vai ser do nome dela! – disse a pequena, num fôlego só, fazendo todos rirem.

_ Que legal! – eu disse sorrindo – Agora, que tal lavarmos as mãos para comermos? Depois vocês três podem brincar mais. Você até pode pegar aquele jogo novo...

_ Jogo da Vida? – comemorou ela, levantando-se – Vem Quinn, vem Puck. Vamos jantar!

Ela puxou-os lavar a mão e eu e Rachel fomos atrás, rindo. Na mesa, ela pediu se podia se sentar ao lado deles e eu concordei. Ela e Puck engataram numa conversa animada sobre o CD dele, na qual Quinn às vezes participava.

_ Shelby, me passe o molho, por favor. – pediu Rachel e eu passei, mas Beth se intrigou.

_ Porque você não chama ela de mãe? – perguntou, arqueando as sobrancelhas.

_ Porque, apesar de ela ser minha mãe, nós não temos tanta intimidade quanto vocês duas. – explicou minha filha, calmamente – Agora, com a aproximação, aos poucos, isso será criado e eu poderei passar a chamá-la de mãe.

_ Hum... Então, com o tempo, eu vou chamar eles de pai e mãe? – perguntou se referindo aos pais.

_ Só se você quiser e se sentir confortável com isso. – garantiu Puck e ela parou para pensar.

_ Vocês são legais. – disse ela – Acho que não tem problemas chamar vocês de mãe e pai. Desde que eu possa continuar morando com a mamãe.

_ Você pode morar com quem quiser meu anjo. – garantiu Quinn – E se, algum dia, você quiser conhecer nossa casa e passar uma noite lá, acho que sua mãe deixa. Mas é claro, só se você quiser.

_ Acho que ia ser legal... – disse minha pequena pensativa – Minha amiga tem os pais separados, e ela tem um quarto na casa de cada um. Eu posso ter um na de vocês?

_ Se você quiser, podemos ver isso. – garantiu Puck, sorridente.

_ E a Rachel também vai ter um quarto aqui? – perguntou ela e nós rimos.

_ A Rachel já é adulta querida... Tem uma casa só dela. – expliquei – Mas quando ela quiser, pode sim passar a noite aqui.

_ Você pode ficar no meu quarto Rachel. – ofereceu ela – Eu tenho uma bicama. Vocês dois também podem. A gente faz uma festa do pijama! – se animou ela e eu sorri. Graças a Deus, estava sendo mais fácil do que eu imaginara.

_ Olha que eu vou cobrar. – garantiu Rachel, sorrindo para a pequena.

_ Mamãe... Posso ir buscar o Jogo da Vida? – pediu ela, quicando no lugar.

_ Claro que sim... Mas peça ajuda aos seus pais, está alto no armário. – respondi e ela saiu correndo. Quinn e Puck só balançaram a cabeça antes de segui-la.

_ Vamos tirar os pratos? – perguntou Rachel e eu confirmei. Já na cozinha, ela perguntou – Porque você está fazendo tudo isso Shelby?

Eu parei e suspirei. Ela não era boba nem nada, perceberia. Quinn e Puck cedo ou tarde também. Mas no momento, estavam maravilhados com a filha para notar algo errado.

_ Eu fui ao médico semana passada. – contei – O problema que me fez ficar estéril havia sido um tumorzinho. O médico achava que poderia estar havendo uma recaída pelos exames. Eu fiquei apavorada.

_ Mas você está bem? – perguntou minha filha preocupada.

_ Estou, claro que sim. – disse sorrindo – Foi só um susto, mas me fez pensar muito... Eu sou sozinha Rachel. Apenas eu e Beth. Não tenho mais ninguém. Se algo me acontecesse, o que seria dela? E mais, se eu morresse, poderia ir em paz, sabendo que você, minha filha, nunca teve nenhum tempo comigo?

_ Acho que eu entendo... – disse ela confusa.

_ Por isso, eu decidi que quero passar algumas datas com vocês... Vocês duas, Quinn, Puck. Quero que com essas datas possamos nos fortalecer como família para, se um dia, eu não estiver mais aqui, Beth não esteja desamparada.

_ E quais datas seriam? – perguntou ela, curiosa.

_ Meu aniversário, seu aniversário, o aniversário dela, Ação de Graças, Natal e Ano Novo... Veja bem, é começo de janeiro. Acho que daremos conta de, até o Ano Novo, sermos como uma família?

_ Eles vão amar. – disse ela simplesmente – Beth vai estar no casamento deles.

Eu sorri e ouvimos sons vindos da sala. Hora de Jogo da Vida.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? ME DIGAM! ;@



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