Amor Reprimido escrita por Bea Maciel


Capítulo 5
Possível Reencontro - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Finalmente consegui postar a parte II, espero sinceramente que gostem. Eu gostei deste capitulo. Créditos pela ajuda: Numb, obrigada por me ajudar no capítulo. Devo ter respondido todos os reviews, então é isso. Sem mais delongas vamos ao capitulo. Enjoy...



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_Sua filha é linda, se parece muito com você, exceto os olhos. – disse o loiro

_Boa noite para você também – disse ela sorrindo sarcasticamente, como se a fala do loiro tivesse entrado por um ouvido e saído pelo outro – Sua mãe não lhe ensinou que antes de falar com alguém, nem que seja pra discutir, tem de falar “bom dia”, “boa tarde”, ou “boa noite”? – disse séria – Educação é bom e todo mundo gosta. – finalizou com um sorriso vitorioso.

_Que belas palavras. – ele ironizou– Boa noite pra você Weasley. – cumprimentou-a.

_Boa noite pra você também Malfoy – disse ela num tom que beirava mais ironia do que a educação.

_Então como eu ia dizendo, antes de você me interromper, sua filha é linda, parece muito com você, exceto os olhos, tem uma coloração muito diferente do azul, você não acha? – ele perguntou curioso.

_Sabe que eu também penso assim? – ela sorriu – Engraçado é que os olhos dela lembram muito os da mãe de John... Pelo menos isso ela puxou da família dele – disse sorrindo vitoriosa.

_Sim, muito engraçado – ele sorriu – Pena que é o resultado de uma traição – fez com que a ruiva perdesse o sorriso que beirava a vitória – Como será que Andie se sentirá quando descobrir a traição? – ele disse sério.

_Não acredito que você ainda insiste nisso – disse a ruiva bufando.

_Eu só insisto, pois você me deu provas para isso se casando com aquele idiota – tentou manter a linha de pensamento.

_Você é um grosso Scorpius – ela disse com nojo – Até parece que não cresce, só vive o passado e esquece de viver o presente.

_Ah claro – ele sorriu – Pelo menos sua filha parece com você somente na aparência, pois nunca vi uma criança tão doce.

_Obrigada pela parte que me toca – disse fingindo surpresa.

_E sabe o que é mais engraçado? – ele perguntou.

_O que, querido Malfoy? – perguntou ironicamente.

_Fico pensando, como John lhe aguentou por oito anos? Se fosse eu já teria pedido divórcio – mentiu.

_Oras Malfoy, eu sei que você está mentindo, admita que faria qualquer coisa para estar no lugar dele. – provocou.

_Ah sim, até parece que eu iria querem estar casado com uma... – ele disse e pausou, ficou receoso para chama - lá daquela maneira.

_Uma? – ela provocou – Fale, eu sou o quê?

_Uma vadia... Uma puta... – suspirou.

_Como você pôde me dizer uma coisa dessas? Seu... – Rose engoliu as palavras a seco e deu um tapa no rosto do loiro, este ergueu a cabeça lentamente e fitou a ruiva como quem não mais a reconhecesse e esta percebeu.

_Eu me calei porque sabia que a verdade ia te machucar – calou-se por um momento – Mas parece que machucou a mim...

_Você é um idiota Malfoy... Um grosso... Vê se cresce! Se fica mais maduro, porque você parece uma criança.

_Você não me chamava de criança quando a gente namorava e... – então ouviram um barulho, ambos olharam para o lado, onde Andie estava segurando seu mini puff com uma expressão de espanto.

_Porque vocês estão brigando?... – ela disse com a voz sumida.

_Nós não estamos brigando meu amor... Nós só estamos conversando... Alto... – disse Rose com a voz aveludada.

_Estavam brigando sim, você até bateu nele! – Andie disse soltando o puff sem querer.

Os dois se entreolharam abismados, será que a pequena ouvira tudo?

_Hãn... Andie... Nós dois estávamos brincando, só isso – disse Scorpius sorrindo.

_Eu não sou criança! Eu sei que vocês não estavam brincando. – a pequena disse batendo o pé e os dois coraram.

Rose pensou um pouco, então disse:

_Filha peça para seu pai buscar uma blusa pra mim lá em casa? – ela perguntou para ver se Andie pelo menos deixava ela terminar a conversa.

_Está bem, mas, por favor, não briguem. – pediu.

_Não vamos brigar querida, agora, por favor, fale com seu pai. – a ruiva pediu suplicante, sabia que John iria buscar afinal a casa deles era ali perto.

_Eu já venho – a pequena disse e saiu saltitante a procura do pai, como se já tivesse esquecido o que ocorrera ali.

Então Rose se virou e encarou Scorpius ameaçadoramente.

_Você viu o que me causou? – ela perguntou.

_Você fala como se fosse à santa aqui – ele retrucou.

_Pare de ser tão sínico! Você também não é santo...

_É claro, porque você tem toda moral do mundo para me dizer isso... Não é senhorita traidora...

_Ah!... Me deixa! – ela disse se virando.

_Você tem de deixar meu coração antes... – ele sussurrou.

Rose saiu, lágrimas frias corriam por seu rosto, andou apressadamente sem olhar para trás, olhar para aqueles olhos frios novamente era como se fosse à dor da morte, a qual ela não conseguiria suportar.

_Rose – uma pessoa a chamou, então Rose virou-se para trás, mesmo sabendo de quem era a voz ficou surpresa.

_Lily – ela disse como num sussurro e abraçou a prima, como se Lily naquele momento, fosse à única que lhe entenderia.

_O que foi que aconteceu com você? – a ruiva perguntou percebendo que a prima não estava em seu juízo perfeito – Venha comigo – a chamou lhe puxando a mão.

Rose e Lily entraram na casa e Lily guiou a ruiva para o antigo quarto de sua mãe, local onde poderiam conversar sossegadas, sem interrupção de ninguém. Sentaram-se frente a frente.

_Agora me conte Rose, por que chora? – a ruiva perguntou.

_ “Ele” - apenas uma palavra para Lily entender tudo.

_Não acredito eu ainda chora por ele – Lily disse indignada.

_Fale-me qual é meu problema Luna? – ela perguntou – Fiz de tudo para nunca mais me encontrar com ele, então ele do nada reaparece – resmungou.

_Talvez a vida queira vocês juntos novamente – disse Lily sonhadoramente.

_Oras Lily, você está muito acostumada com contos de fadas – disse a ruiva – Mas a vida não é um conto de fadas.

_Eu não disse que a vida é um conto de fadas – retrucou.

_Eu sei, desculpe-me.

_Tudo bem – sorriu – Mas, às vezes o destino só quer ver vocês dois juntos novamente – Lily disse séria.

_Não seja besta Luna, eu e Scorpius já tivemos nossa chance, agora estou com John, e não poderia deixá-lo para viver um amor do passado. – disse como se fosse óbvio.

_A vida é sua, faça dela o que acha que é melhor, mas pense no que lhe falei, tem coisas no seu passado que Scorpius precisa saber – Lily disse.

_Lily não quero falar nisso – disse rapidamente.

_Eu sei da sua história Rose, sei tudo o que você passou, mas jurei nunca contar a ninguém, minha palavra ainda é a mesma de sempre. – a ruiva falou seriamente.

_E quero que permaneça assim, ninguém pode saber disso Lily, ninguém. – disse séria. – Obrigada, mesmo, nestes últimos anos – deu um abraço apertado na prima.

_Por nada Rose, pra isso que servem as amigas, e você também tem me ajudado muito, se não fosse por você, eu e Hugo, nunca estaríamos juntos – sorriu.

_Devo muito a você – Rose sorriu – Vamos voltar? – perguntou - Antes que alguém perceba que não estamos lá – levantou-se sorrindo.

_Vamos – Lily forçou um sorriso.

As duas seguiram caminho a tenda presente no jardim, mas antes de chegarem ao local viram de longe uma menina ruiva correndo na direção delas. Rose observou bem e notou que era Andie, e garota não parecia muito bem, em seus lindos olhos, caiam lágrimas e mais lágrimas. A ruiva correu mais rápido ainda quando viu a mãe e chegando perto a enlaçou em um abraço apertado.

_Andie o que foi pequena? – Rose se desesperou ao ver a filha naquele estado.

A menina nada falou, somente soluçava e tossia enquanto se engasgava com as suas próprias lágrimas.

_Ela não parece nada bem Rose – Lily disse nervosa ao ver a menina naquele estado.

_Eu sei Lily, mas ela não para de chorar – Rose disse nervosa – Andie escute a mamãe, fale-me o que aconteceu.

_Mamã... Papa... Pap... – ela tentou falar, mas foi inevitável, a cada palavra chorava ainda mais.

_Rose ela está tremendo – Lily disse nervosa.

_Eu sei, mas ela não fala – desesperou-se vendo a filha naquele estado – Andie olhe pra mim, pequena olhe nos meus olhos – Rose pediu suplicante – Filha aconteceu algo ao seu pai? – perguntou receosa.

A menina nada disse, apenas balançou a cabeça e soluçou ainda mais.

_Você veio andando da sua casa até aqui? – Lily perguntou surpresa.

Andie balançou a cabeça novamente e abraçou ainda mais Rose.

_Filha se acalme – Rose pediu – Agora fale, o que aconteceu?

Andie respirou e balbuciou algumas palavras se nexo:

_Fomos buscar sua blusa ma-ma-ma – tentou falar entre um soluço e outro – Mas... Ti-nha... Um... Ho-ho-mem... Lá... – tentou falar – Mas...

_O que aconteceu Andie? – Rose perguntou preocupada - O que aconteceu com seu pai? – perguntou ainda mais nervosa com a falta de diálogo da pequena.

_O... Ho... Mem... Ma-ma... Tou – disse e chorou descontroladamente.

_Andie tente falar, por favor, estou ficando preocupada. O que aconteceu? Cadê seu pai? – Rose perguntou novamente, tentando não demonstrar medo na fala.

_Mo-Mo... Reu... – Andie pronunciou e depois disso, nada mais disse, foi como se a pequena, não suporta-se dizer mais nada, como se sua mente não permitisse.

_Como assim morreu? Andie fale comigo, por favor – Rose suplicou.

_Rose não adianta, Andie não vai conseguir falar mais nada, está muito chocada – Lily disse – É melhor irmos ver o que aconteceu...

_Está certo – Rose disse nervosa – Lily vem comigo? – perguntou suplicante.

_Vamos – Lily disse nervosa, uma parte dela entendera o que Andie queria dizer, mas tudo o que ela desejava é que estivesse entendido tudo errado.

_Vamos andando mesmo, é aqui perto – Rose sorriu forçado, pegou Andie no colo novamente, para ver se a menina parava ao menos de chorar.

Andaram por uns dez minutos e quando chegaram a Rua da Alquimia, ao longe não dava para ver o que se sucedera. A cada passo um mistério, o que ocorrera ali? Várias pessoas estavam reunidas em frente ao jardim da casa de Rose.

“_O que estavam fazendo ali? – a ruiva pensou.”

Quando viram Rose todos olharam estupefatos, a pequena soluçava mais e mais, a cada passo que chegavam mais perto da casa. Rose então viu. Viu o corpo de John esticado no chão, os olhos abertos, a expressão vazia. Andie desceu do colo de Rose e correu ao encontro de Lily, não aguentaria chegar perto do pai novamente, não naquele estado. Então Rose caindo em si, saiu correndo e segurou o corpo desfalecido, balançando-o com se estivesse tentando acordar o morto.

_John!... Acorda... – suplicou – John, por favor, fale comigo... Não me deixe sozinha... Por favor... John... John...

Enquanto Rose tentava acordar o corpo morto de John, Lily observava de longe o sofrimento da prima.

Rose então olhou para prima como se suplicasse ajuda e disse:

_Luna busque ajuda, por favor... Por favor...

Lily nada disse apenas pegou Andie e saiu andando o mais rápido que podia, sabia que John estava morto, por ele nada ela podia fazer, mas por Andie, por Rose, ela iria buscar ajuda, não deixaria sua prima na mão, e agora era um momento delicado, John, estava morto. Está era a realidade.

_John... Por favor, fale comigo... John... Não me deixe... Andie precisa tanto de você... Eu preciso de você... Não me deixe John... John...

Rose chorava sobre o corpo, implorava para que ele voltasse, para que fosse apenas um mal entendido, que ele não tivesse morto. Ele não podia estar morto, não, não agora. Mas nada aconteceu, o corpo de John continuava intacto, sem nenhum movimento, sem nenhuma batida, sem vida.








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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam do capitulo? Bom, ruim, péssimo... Como será que Andie vai superar a perda de John? E Rose como reagirá? O que acharam da conversa entre Rose e Scorpius? E da conversa com Lily? Deixem suas opiniões. Obrigada pelos reviews, mesmo. Pelos elogios. Por tudo. Espero realmente que tenha gostado do capitulo.
p.s.: Aceito reviews, recomendações, criticas...
p.s.²: desculpe por qualquer tipo de erro de ortografia, eu que corrijo os capítulos e sempre pode ter alguma coisa que passou despercebido pelos meus olhos.
Bem é isso, até breve.
Beijocas Luna