The Fourth Quarter Quell escrita por Izzy Figueiredo


Capítulo 20
Maldita Irmand


Notas iniciais do capítulo

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_ E aí, parceiros? - Irmand disse, sua voz estava rouca, como se ela não falasse havia um tempo. _ Irmand... devolve nossas coisas. - Bill falou, tentando acalmar Irm. A expressão de raiva em seu rosto se aliviou um pouco, e aí lembrei. Irmand gostava de Billiam. E pensava que eu estava querendo namorar ele. Será que era por isso que ela estava aqui?

_ Não Bill, obrigada. Eu quero... - ela fez uma pausa dramática. - Vingança. Meu coração acelerou.

Sim, era por isso que ela estava aqui. Queria me matar porque eu roubei o "namorado" dela. Que justo.

_ V-vingança? - perguntou Billiam. Ele falava devagar, num tom calmíssimo.

_ Ela sabe por que eu quero vingança, certo, queridinha Catlyn. - Irmand apontou a lança para mim. Recuei. Ela se aproximou mais.

_ Irmand, chega pra lá! - Bill gritou e empurrou a lança dela para o lado com a lança dele.

Segurei meu machado com força, preparando pra atacá-la. Irmand parou, apontou a lança para Billiam e ia investir. Meu coração acelerou mais ainda, eu iria investir o machado nela agora... até que ela soltou a lança, o machado e a mochila. E abaixou a cabeça. Ia enfiar o machado naquela cabeça dela, mas Bill pos a mão na frente e sussurou um "Espera".Ah, sério que agora ele daria uma de sentimental?

_ Eu não consigo. - a voz de Irm saiu chorosa. - Eu... eu te amo, Bill. Levantei as sobrancelhas, e a reação de Billiam foi de total choque. É claro que ele nem desconfiava disso.

Eu devia ter contado pra ele. Iria investir meu machado agora, mas ele pediu pra eu esperar de novo.

_ O... quê? - ele gaguejou. _ Eu te amo, desde sempre. Desde o primeiro dia que te vi, quando nós ficamos amigos e... como ficamos melhores amigos e... - ela deu um olhar super raivoso pra mim. - E aí ela chegou. E você ficou amiga dela, e me esqueceu. Irm pegou sua lança do chão e foi pra cima de mim, com tudo.

Me defendi com o machado, e Bill avançou nela também. Ah, que raiva dela! Devia ter contado para Billiam antes, aí ela já estaria sendo levada por aquele aerodeslizador. Não desejaria isso a ninguém, algumas semanas atrás, mas agora essa garota me irritou! A culpa não era minha se ela era uma chata, e se eu fiquei amiga de Bill. Fiquei com pena dela a primeira vez que ela disse isso, mas agora...

De repente, me lembrei de Flinn, de seu beijo, e de minha promessa de voltar para ele. Defendi o golpe de Irm e investi o machado em seu pescoço. Ela desviou por muito pouco, mas ela não desciou do golpe de Bill. A lança dele acertou sua coxa direita. Ela deu um grito agoniante, e Billiam parou... soltou a lança e ajudou Irmand. Mas... o quê? Isso estava parecendo piada, show de bipolaridade, qual é! A maldita garota se apoiou nele, e se sentou no chão.

_Ah, fala sério! - gritei e apontei meu machado pra ela.

_ Cat, não! - Bill gritou e se pôs na frente de Irmand. Por trás dele, ela deu um sorrisinho. Argh, maldita! - Deixa ela.

Billiam se sentou ao lado dela e passou um pouco de unguento em sua coxa.

_Vai dormir, vai, confia em mim. - continuei no mesmo lugar. - Catlyn, vai!

Fiquei em pé, e Bill piscou pra mim. Ele estava tramando alguma. Relutante, me deitei e fiquei olhando, de relance, para os dois. Irmand sorria, e Bill a ajudava com só um pouquinho de unguento. Fiquei ali observando, até que acabei adormecendo, não sei como...

* * *

Acordei, sobressaltada, mas não tinha sonhado. Que sorte... olhei para os lados, a procurar da maldita Irmand e de Bill, mas encontrei apenas ele, dormindo.

_ Billiam! - gritei, acordando-o. - Cadê. Aquela. Estúpida?

_ Quem? - ele perguntou, sonolento.

_ Quem? A Irmand, né!

Bill olhou para os lados, inocente, mas percebi que ele estava mentindo. Ele mentia mal... Ele ficou em silêncio e olhou para baixo.

_ BILLIAM, O QUE VOCÊ FEZ? - gritei, sem nem me importar. Ele ficou em silêncio por alguns segundos, e depois disse, baixinho.

_ Eu... deixei ela ir. Meu queixo caiu, estava pasma.

_Como assim? Olha aqui Bil...

_ Antes de começar a dar bronca, quando ela disse que me amava... me lembrei da época que gostava dela. Mas aí parei pra pensar, e concluí que nuca daria certo, então deixei quieto. Mas quando ela disse aquilo... eu não consegui matá-la.

_ Ah, Billiam! _ Olha, eu dormi, e ela me acordou falando que queria ir, que nos deixaria em paz. Por minha causa, não tocaria em você, ela prometeu. Então eu deixei. A raiva agora percorreu meu corpo.

_ E você acreditou? Ela é uma falsa, uma v...

_ Ela não é, ok? - Billiam estava bem calmo. - Eu conheço ela, tá? Ela deixou todas as nossas coisas aqui, só levou suas armas...

_Pra que lado ela foi?

_ Pro sul... opa, pra que você quer saber?

_ Vamos para o sul, então! - queria pegar aquela garotinha, ah, queria...

_ Não, deixa ela! - dizendo isso, Billiam pegou a bolsa, onde todos os nossos suprimentos estavam, sua lança, pegou minha mão e me levou para o norte.

A Arena de samambaias agora parecia estar mudando de novo. As árvores estavam diminuindo, parecia que ia virar um campo... sei lá. Andamos um cinco minutos, eu tentei soltar minha mão, mas ele era forte.

_ Me solta! - gritei, e ameacei gritar mais ainda. Ele me soltou. - Como você pôde deixá-la ir?

Continuei andando rumo ao norte, não dava para voltar ao sul agora. Mas estava brava com Bill, isso estava. Irmand era falsa, e quando pudesse, iria me matar, tinha certeza.

Billiam ficou quieto e continuou andando. Ai, que fome que me deu agora! Resolvi procurar algum animal, e o único que achei foi um coelho, miúdinho, que conseguir abater (por incrível que pareça). Guardei-o, peguei um pedaço do biscoito que ainda tinha, e dei um pedaço a Bill, sem nem olhar para ele. Tomei um gole, também, da nossa garrafa. Precisava me contentar com isso.

Andamos até o final da tarde, só com alguns barulhos, mas nenhum tributo por perto. Três tiros de canhão, apenas. Desejei que um deles fosse de Irmand. E a Capital, será que estaria preparando outra surpresa pra gente?

_ Vamos para um pouco aqui, vai. - Billiam disse, quando achou uma samambaia maior e mais escondida. Me sentei, sem falar nada. Me encostei e pensei... a mesma pergunta veio a minha cabeça: como ele pôde fazer isso? Se ela gostava tanto dele assim, porque não correu atrás? Tentou se aproximar mais, falar o que sente; em vez de acumular raiva e descontar em mim agora?

Não sei por quanto tempo devaniei sobre isso, só sei que fui acordada pelo barulho do hino da Capital. Acho que ele havia sido transmitido mais cedo... Três pessoas mortas hoje: Joan, do distrido 8; Bount, do 9 e Agro, do 11. Mais três... agora sobraram... 24 ou 25 tributos, imagino..

Ainda... como eu queria ir logo para casa, como eu queria Flinn do meu lado! Era uma das coisas que eu mais queria, na vida.

_ Cat... - Billiam começou, mas eu ignorei. - Ok, você vai ter que me escutar de qualquer jeito. Eu não fiz por querer, tá? Eu só fiquei com dó, acho... quando você ficou minha amiga, eu realmente me afastei dela, mas eu sempre tentei puxar assunto com ela e tal... e eu sentia falta dela. Mas não sinto mais...

Olhei para ele. Eu acho que ele não esperava que eu perdoasse ele só por causa disso, não é? Porém, ele não disse mais nada, se levantou e chegou mais perto de mim. Foi se aproximando, cada vez mais, até que me ele me deu um beijo.

Não deu nem cinco segundos que seus lábios tocaram os meus e eu já o empurrei para o lado, perplexa. O que estava acontecendo?

_ Ei! - falei, envergonhada e com raiva. - O que estava pensando?

_ Eu... eu te amo. - Billiam foi bem direto.

BOOM! Mais um canhão. Fiquei tonta... Será que agora seria Irmand?

Ah, minha cabeça começou a doer mais e mais. Primeiro Bill mandando a Irmand fugir, depois ele me beijando e dizendo que gostava de mim... pensei em Flinn novamente, em Bárbare, nos meus pais que estariam me assistindo agora, em meus amigos, e em Flinn de novo... minha cabeça latejou cada vez mais; e de repente tudo ficou escuro e não me lembrei de mais nada.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando... comentem!



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