Small Bump escrita por seaweedbrain


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

QUANDO A LETRA DA MÚSICA COMEÇAR, ATIVEM THE IS THE END- THE MAINE. (http://www.youtube.com/watch?v=n2RYrg3g3uk)



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Victória acordou em sua cama, fixou seu olhar no teto e sorriu sozinha involuntariamente, ultimamente ela estava mais se parecendo com um bobo da corte quanto qualquer outro, era extremamente engraçada e sentimental, a pré-chegada do bebê fazia isso com seu emocional. Levantou-se pegando sua roupa de ginástica, para grávida que tinha sido um presente de Adriane e entrou em seu banheiro. Depois de tomar banho e se vestir estava com uma calça de moletom justa, do seu tamanho que ficava logo abaixo do quadril e tinha uma malha por cima até três palmos de sua grande barriga oval, que estava a mostra por conta do top que ela usava preto, se olhou no espelho, era engraçado; a barriga ser enorme e completamente desproporcional ao seu corpo que era realmente pequeno para aquilo. Já havia se perguntado várias vezes se iria dar conta daquilo, e às vezes tinha mesmo serias duvidas se iria conseguir trazer aquele bebê ao mundo.

Pegou seu casaco de moletom e o colocou já saindo do quarto e fechando a porta sem barulho, era 10h e Giovanna não acordava cedo em dias de sábado já que não trabalhava. Estava prendendo seu cabelo em um alto rabo de cavalo quando viu Elliot na cozinha e sorriu para o mesmo o cumprimentando.

– Giovanna ainda não acordou? – ele negou, vestia um pijama e estava com o cabelo desarrumado, alternando com sua cara de sono. White ultimamente passava constantes noites ali, era raro não estar enfornado lá ou Giovanna em seu apartamento, mas como lá tinha Zack, o que também não era muito problema já que ali tinha Victória, eles preferiam alternar o espaço de vez em quando. Mas nas ultimas duas semanas, Vick dormira cinco ou seis vezes na casa de Zack porque o garoto ainda não tinha se recuperado totalmente da perda de sua prima, os dois ficavam bem juntos, mas era como amigos, por enquanto. – Eu vou ir dar uma caminhada, a doutora que receitou isso na ultima visita. E passar em sua casa quando estiver voltando para pegar meu notebook de trabalho que deixei lá ontem. Diga a Gi que eu volto logo, e que eu... Estou bem.

– Vick... – White a chamou quando a mesma já se aproximava da porta pegando suas chaves no chaveiro ali perto. – Feliz Aniversário.

Zack acordou com uma dor de cabeça do tamanho de seu prédio, era culpa de Sam não ter dormido direito e ficar jogando seu inseparável vídeo game até altas três horas da manhã, e agora estava acordado e nem iria dar 11h. Hoje era seu dia de folga e agradeceu por isso, ter ficado rolando a noite toda sem conseguir não era nada bom quando se tem shows e entrevistas marcadas, não podia continuar nesse estado, ou iria sofrer seriam consequências depois. Colocou a cafeteira para fazer seu café enquanto procurava algo para comer no armário, brigaria com Elliot, já que desde que ele ficou mais ligado de alguma forma com Wicthoff os armários dali não paravam mais cheios, ou seja, nem se quer eram abastecidos, e Zack não era lá um dono de casa nato. Ouviu a porta ser destravada e olhou para mesma, já sabendo quem seria.

– Sabe, acho realmente que o bebê não gosta de estar de pé a está hora, Vick. – Zack flertou rindo enquanto olhava Goularth se aproximar parecendo cansada. Ela estava vestida com uma roupa de corrida, e seu moletom estava aberto deixando a mostra sua grande barriga de grávida, assustava um pouco Donovan, mas nada que passava depois dos dez primeiros segundos a encarando, o que ele fazia sempre e deixava Victória sem jeito. – E nem mesmo é legal acordar o pai desse bebê a esse horário.

– Pelo que eu vejo, você já estava acordado. – ela se sentou no sofá, ou se jogou, entendam como quiser. Zack riu pegando outra xícara de café e levando as duas cheias para a sala e depois voltou pegando um pacote de bolachas, indo se sentar junto a Victória. – e não se preocupe, quem carrega o peso de um bebê mal humorado sou eu. – Ela se contorceu fazendo uma careta e apertando logo abaixo o local da barriga, com a respiração forçada. Donovan foi em sua direção deixando o pacote de bolacha sobre a mesa de centro e segurando Vick pelas costas e ombros.

– Você está bem? – ele perguntou e Goularth o encarou, parecia nem se quer ter dormido a noite, seus lindos olhos verdes tinham olheiras roxas por toda sua extensão e eram fundos, não deixavam de ser bonitos, mas davam o ar de deprimentes ou tristes. Ou os dois

– Vou ficar. – ela assentiu o olhando e forçando um sorriso, Donovan se afastou pegando as xícaras e lhe entregando uma. – A medica disse que isso aconteceria, sabe, no ultimo mês. Disse que seria o mais difícil e dolorido, são efeitos colaterais. Acho que até o parto vai ser como ter alguém dentro de você querendo arrancar suas costelas. – Vick tomou um pouco de seu café. – Isso soa bem Bella Cullen. – ela riu da sua própria piada.

– E então... O que planejo para hoje? Não é todo dia que fazemos 19 anos. Não gosto disso, de você mais velha que eu. – Zack fez um bico enquanto Goularth o olhava incrédula. – que?

– Todos já estão sabendo? Digo, a rádio Giovanna contou mesmo, para todo mundo? – perguntou. – Não façam uma festa surpresa ou nada parecido, por favor. Odeio isso.

– Espere caixas vermelhas, balões entre outras coisas na sua porta. – Zack riu tomando seu café da cara que a menina fez, ela parecia emburrada, mas não era um emburrado de quando ele fazia algo de errado, era um emburrado de quando o bebê se mexia dentro da barriga dela, ou de quando ela errava o que estava escrevendo no seu notebook de trabalho. Não era como o emburrado que ela fazia quando ele saia com outras garotas, era o mesmo jeito emburrado de quando David comia todos os tacos e não deixou nada para ela, era o mesmo emburrado que ela tinha quando via que não tinha neve no chão, ou quando falhava na cozinha. Era um emburrado bastante feliz, e ele queria que ela ficasse assim por ele, um emburrado feliz era um bom começo. Zack sentiu suas bochechas arderem como se tivesse dito aquilo em voz alta, e estivessem rindo dele. Mas não passou de um pensamento, o mesmo que nunca iria ser dito em voz alta na presença de nenhum ser vivo. – E sério. Nada? Festa, jantar, bar? Nada?!

– Tenho recomendações a ficar em casa. A deitar e assistir teve, comendo algo que contenha vitamina C e A, algo que não tenha gordura. Estou fadada até os próximos dias, a fazer corridinhas leves para dilatar meu útero, a beber quase cinco litros de água por dia. – ela falou se reencostando no sofá, encarando Zack no mínimo de um jeito provocativo. – Se tiver uma ideia de fazer isso em forma de comemoração, sem bebida, sem dança ou sem exageros... Estou a ouvidos.

– Espere e aguarda Goularth. – Zack riu se levantando e indo para a cozinha, deixando uma Victória curiosa no sofá.

Sam e David estavam do outro lado do quarteirão de onde era a loja de discos de Ana Carolina, Murphy negava exigentemente, pedindo para um taxi surgir do nada e o tirar dali.

– Isso é maluquice Evans, porque vocês... Colocam-me sempre nessas coisas? Você e o Zack? – ele falou querendo dar um soco na cara do amigo que só sorria, como se pedisse algo extremamente fácil para o amigo. David não era bom com mentiras, e sempre que era questionado ele sempre acabava falando a verdade, nunca foi bom em enganar ninguém. Especialmente mulheres!

– Olha David, você é o único que pode. Zack não está com um humor bom para fazer isso, Joseph tá ocupado quase casando, e digo o mesmo para Elliot. Preciso de uma ajudinha com isso aqui, rapaz. – ele bateu no ombro de David que bufou rolando os olhos e olhando em volta. – Sabe o que fazer não é?

– Se me pegarem, a culpa é sua. – Murphy falou entre dentes colocando o capuz na cabeça e atravessando a rua, indo em direção à loja de discos vazia para a sua sorte, e chovia um pouco do lado de fora o que dificultava a vinda de clientes ao centro de Londres a pé. David entrou na loja, e para sua sorte Marins se encontrava no balcão sozinha lendo uma revista e com fones no ouvido que nem se quer o viu entrar, ele tirou o capuz e foi para o segundo corredor fingindo zapear CD por CD a procura de algo especifico.

– David? – ouviu a voz de Ana Carolina e se virou, já havia tirado seu capuz e até agora o plano de Sam tinha dado certo. – O que você está fazendo aqui?

– Olá Carol, bela manhã chuvosa não?! – ele tentou não engasgar enquanto a menina só deu de ombros, e ele suando por dentro teve que continuar. Porque ela não era mais esperta e não mandava o ir embora dali? Odiaria ter que continuar a mentir, mas pensando bem era uma coisa boa, e o garoto adorava ajudar os outros. – Bom, hoje é aniversário da Vick, vim procurar algo para ela, e algo para Sam...

– Sam? Hoje é aniversário dele também?! – perguntou erguendo uma das sobrancelhas e saindo de trás do balcão do caixa indo até Murphy.

– Não, ele me pediu para comprar Can’t Stop Won’t Stop, é um CD do The Maine, ele pediu porque sabia que eu viria aqui. Não aqui na sua loja, mas que eu iria a uma loja de CD. – viu a cara de confusa que Marins fez, e descobriu que estava ferrado. – Porque ele sabia que era um CD que eu iria dar para Victória.

– Bom... – Carol pareceu não se importar e foi até o outro lado do corredor, pegando um dos vários CDs com o nome do The Maine por cima em uma capa verde o entregando. – O Cd está aqui, e quer uma ajuda com o presente de Victória?

– Pode ser. – David respirou pesado, mas de alguma forma estava tudo dando certo. Ela voltou para onde Murphy estava e pegou outro CD da prateleira o entregando, por cima havia o nome All Time Low – The Three Words to Remember in Dealing With the End.

– E do All Time Low, sei que ela curte a banda e esse EP é meio histórico, o segundo da banda. Ela vai gostar. – Carol deu um meio sorriso, David pensou em continuar o plano quando os dois ouviram uma voz nas extremidades da loja.

– Amor, onde você guardou a caixa de... Caramba e David do The Kryptonite? – um cara alto com cabelos na altura do ombro lisos e bem branco, um britânico, David teve certeza. Não observou muito o cara, já passando os olhos para Carol que estava vermelha. – Como veio parar aqui? Está perdido?

– Não Brian, David é um... Amigo, já está de saída. – o cara não pareceu se importar e voltou lá para dentro. – Desculpe, ele...

– “Amor”? Já está saindo com outro cara Ana Carolina? – ele perguntou sussurrando próximo à garota com raiva, tinha passado sufoco por nada. Sam o pagaria por aquilo.

– O que foi, queria que eu ficasse presa a Evans eternamente?

– Não. Olha, ele fez um plano do caramba só pra ter... Você de volta eu acho, não me importa. E você vai ajudar, porque Sam tá pior do que tudo, e eu o odeio por me fazer de otário assim. Mas agora mais tarde você vai ir até esse endereço... – David entregou um pequeno papel dobrado para Marins que fitou o mesmo. – E vai se encontrar com Sam, caso contrario eu veio aqui te buscar Ana Carolina. – ele parecia convicto do que falava, e poucas vezes podíamos ver David tão certo do que falava, e com certa ira no tom de voz. Carol não se opôs. – Ótimo! – ele falou pegando a carteira e tirando cinquenta libras de dentro da mesma entregando para a garota. – Até mais, Carol.

Zack estava no apartamento de Victória e Giovanna, sozinho. Por sorte Adriane conseguiu trazer o que ele lhe pedira antes de Goularth chegar, e tinha conseguido expulsar Elliot e Giovanna dali a tempo também. Victória tinha ido à farmácia, ou algo assim, mas estava demorando e Donovan achou isso preocupante, mas logo que ela abriu a porta um sorriso se formou no rosto do garoto.

– Feliz aniversário. – Ele falou soltando alguns papeis brilhantes que ele mesmo tinha cortado por cima da garota que riu. – Espero que goste da sua mini festa especialmente para grávidas. – ele falou com um ar sério a encarando quando Victória olhava por cima de seu ombro a sala com o centro cheio de coisas, se aproximou e viu que o mesmo tinha muitas verduras e ao centro uma fondue fervendo, mais a frente tinha uma jarra que parecia ser de água e ao seu lado uma pilha de DVDs que Vick não conhecia, ela negou aquilo achando divertido. – Você disse algo sobre vitamina A e C, bastante água e sem agitação. Está aí, seu aniversário perfeito, futura mamãe.

– Achei que você iria ignorar isso. – ela pós sua bolsa sobre o sofá e caminhou até Zack sorrindo, o mesmo sorriu ao ver a expressão feliz e surpresa da garota, adorava seu sorriso, mas seu sorriso de surpresa era ainda mais lindo.

– E matar meu filho ou filha? Nem pensar, bonitinha. – ele falou tocando o nariz da garota. – Você também disse nada de surpresas, mas, consequentemente você já sabia que eu faria alguma coisa. – ele rolou os olhos teatralmente e colocou suas mãos nos bolsos.

– O que tem dentro da fondue? – Vick perguntou animada.

Evans estava agoniado andando de um lado para o outro e fazia um pouco de frio ali em cima, tudo bem, ponto um: Nunca mais organizar encontros em um terraço a quase trinta metros ou mais do chão. Ponto dois: Tentar parar de suar igual um idiota. Sam tremia, mas tinha certeza de que não era de frio. Estava com medo de Ana Carolina não aparecer, mas dito David ela iria aparecer mesmo depois de tudo, não entendeu muito bem porque o amigo estava tão para baixo talvez Marins tivesse lhe dito algo ruim, mas não conseguiu achar motivo nenhum depois do “Sim, ela vai aparecer” baixo de Murphy. Ouviu seu celular tocar e viu que era uma mensagem do porteiro “Ela está subindo” dizia a mesma, Sam sorriu como se seus dentes fossem capazes de dançar em sua boca, ou como se fosse capaz de mostrar todos os dentes de sua arcaria. Ele foi até o mini rádio que tinha ali e o ligou na música que queria do CD que David tinha comprado para ele, era perfeito. Mas a frente tinha uma mesa com um jantar preparado à luz de velhas, Evans pegou uma das rosas do jarro e esperou em pé ao lado da mesa ao som da música.

I'm taking, taking (Eu estou tomando, tomando)

All of my time (Todo o meu tempo)

I'm dodging words (Estou evitando palavras)

But she's saying the right line (Mas ela está dizendo em linha direta)

She made me, made me, oh so crazy (Ela me deixou, me deixou, oh tão louco).

But this time I feel like I'm doing something right (Mas desta vez eu sinto que estou fazendo algo certo)

Ana Carolina chegou ao terraço e logo levou as mãos aos braços cobertos apenas por uma fina camada de seu cardigã, ela fitou todo o local até olhar para Sam, o mesmo estava como sempre, com o seu estilo normal, penteado normal e fez tudo aquilo parecer uma bobagem a não ser pelo lindo sorriso no rosto e a rosa em sua mão, ele deu um passo em sua direção e Marins sentiu todo o seu corpo tremer em rejeição àquilo. Sam era quase hipnotizante com sua beleza, e ela não era nem um terço boa para ele. Sentiu-se idiota por ter aparecido, mas agora nem de longe poderia voltar, por segundos os dois se olharam firmemente, até Evans quebrar o silencio:

– Que bom que veio.

It makes me sick to think about (Me deixa cansado só de pensar)

Everything you put me through (Tudo o que me colocou dentro)

And how you left without saying goodbye (E como você saiu sem dizer adeus)

And if it's really over now (E se realmente acaba agora)

You could walk away, and it would be the last time (Você poderia seguir em frente, e seria a última vez)

Carol prestou atenção na letra da música que tocava pela primeira vez “Eu disse adeus” ela pensou, “mesmo sem ser minha real intenção”.

– David, meio, que me ameaçou. – ela não conseguiu olhar mais Sam e baixou o olhar para a rosa na mão de Evans, ele parecia confuso agora como se ela tivesse destruído seu plano, “Não siga com isso Evans” ela pediu em silencio enquanto respirava forçadamente forte.

– Isso é... Para você. – ele estendeu a rosa. – Tudo isso é. Inclusive eu.

This is the end (Este é o fim)

Of you and me (Entre você e eu)

Everything I use to be, back then (Tudo que eu estou acostumado a ser, então).

It meant something (Isso significa alguma coisa)

But you're living a lie (Mas você está vivendo uma mentira)

You just can't hide from me (Você simplesmente não pode se esconder de mim)

A cada parágrafo da música era como se Sam tivesse escolhido a música certa, e o mesmo tremeu por dentro, mas conseguiu continuar forte olhando para a garota linda em sua frente, sua simples garota. Aquela com quem ele sonhou a vida inteira, e que agora tentava fugir de suas mãos.

– Sam, eu...

– Escuta Carol... – ele começou, mas sua voz tremeu no nome da menina, e sua boca se abriu sem emitir som algum. – Eu sei que tudo isso é loucura, sei também que você preferia que essa declaração viesse de um cara normal. De um cara comum, não de mim, não de quem eu sou. Mas você nem ao menos me conheceu, ou se conheceu, conheceu o lado de que todos falam, de que o mundo todo conhece. Porque você simplesmente não... Tenta conhecer, você mesma?! Eu tenho pensado em você por dias, e desde que realmente eu coloquei meus olhos em você foi como se meu mundo não tivesse mais sentido. Isso soa tão clichê, e mesmo que pareça isso é completamente verdadeiro. – ele segurou a mão livre da garota que não tinha uma rosa e a olhou de perto agora. – Você só tem que dar uma única chance.

You had me hangin' on your last Word (Você tinha me pendurado na sua última palavra)

And now I'm feeling a little less than trusting (E agora estou me sentindo um pouco menos confiantes)

You had me wishin' we were somethin' (Você tinha desejado que fossemos alguma coisa)

But left me here with a whole lot of nothing now (Mas deixou-me aqui com uma série de nada agora)

This is the end (Este é o fim)

Of you and me (Entre você e eu)

Everything I use to be, back then (Tudo que eu estou acostumado a ser, então).

It meant something (Isso significa alguma coisa)

'Cause you're living a lie (Mas você está vivendo uma mentira)

You just can't hide from me (Você simplesmente não pode se esconder de mim)

– Eu não posso. – Carol puxou sua mão e fitou a decoração por cima do ombro de Sam, pediu para que aquela música acabasse, antes mesmo que acabasse com ela.

– Porque não? Eu sei... Sei que você me ama Carol. Não precisa esconder! Nós somos perfeitos um para o outro. – Evans falou baixo.

– Não diga isso Sam, por favor. – ela riu sínica. – Você ao menos escuta o difame que está dizendo? Sabe quantas garotas no mundo dariam tudo para estar em meu lugar agora? Eu não acredito que sejamos feitos um para o outro, caso contrario eu teria nascido como você, com algum dom, ou qualquer coisa do gênero. Nossos mundos são diferentes Sam, e você só está... Lutando contra isso, o que faz as coisas serem piores.

– Eu sei do seu medo, eu também teria. Mas eu amo você Ana Carolina. E eu quero você pra mim.

"Love is a luxury", she says ("O amor é um luxo", diz ela).

"I'd rather be in love than dead" ("Eu prefiro estar apaixonado do que morto")

Butnow, it's her, oh God know it's her (Mas agora, é ela, oh Deus sabe que é ela).

She's the type of girl who makes love hurt (Ela é o tipo de garota que faz o amor machucar)


Os dois se olharam fixamente, podiam ver o interior de cada um. Ana Carolina sabia que Evans não mentiria, aliás ele poderia ser qualquer coisa, menos mentiroso. Ela só não queria acreditar que ele o amava, e que esse amor era recíproco, porque como disse a música: “O amor é um luxo”, que não está no alcance dela.

She's taking, taking, all of my time (Ela está tomando,tomando, todo o meu tempo)

I'm dodging words, but (Estou evitando palavras, mas)

She's saying the right lines (Saying the right lines) (Ela está dizendo em linha direta (Dizendo em linha direta))

You make me, make me, oh so crazy (Você me deixa, me deixa, oh tão louco)

But this time I feel like I got it right (Mas desta vez eu sinto como se eu entendi direito)

– Eu vejo que você quer o mesmo que eu Carol, só está lutando contra. – Sam segurou o rosto da menina, que estava gelada e agora sem reação com o toque. – Não lute, seja minha. Simples assim...

– Eu... Eu não posso!

– Porque não? – Sam roçou os narizes ali, vendo a garota fechar os olhos relutantes.

– Porque eu tenho outro alguém!

2, 3, 4, 1

This is the end (Este é o fim)

Of you and me (Entre você e eu)

Everything I use to be, back then (Tudo que eu estou acostumado a ser, então)

It meant something (Isso significa alguma coisa)

'Cause you're living a lie (Mas você está vivendo uma mentira)

You just can't hide from me (Você simplesmente não pode se esconder de mim)

Sam sentiu como se todo o seu corpo fosse destruído em mínimos pedaços e alguém tivesse puxado como uma liga o seu coração para fora e cortado suas veias, depois sapateando em cima do mesmo e dando risada. Não estava sentindo as próprias mãos, agora que haviam caído ao lado de seu corpo e estava tremulas, ele se afastou com dois passos.

– Como é?

– Me desculpa Sam, tudo aconteceu tão rápido... E ele é tão... Tão normal. – ela falou com uma voz doce, mas Evans agora queria que ela pulasse daquele prédio. – Me desculpe por tudo. Acho que acabamos verdadeiramente aqui.

– Ei, Ana Carolina. – Evans a chamou quando ela já saia pela porta, à menina somente parou esperando ele falar algo. – Você é pior que eu. Pior do que eu nisso de fazer os outros sofrer. Parabéns. Acho que realmente temos uma ganhadora. – ele falou em um tom cínico e Marins somente desceu depois disso, deixando as lágrimas caírem pelo seu rosto e desejando estar bem longe dali. Longe de onde ela deixou seu coração.

Oh, this is the end (This is the end) (Oh, esse é o fim (esse é o fim))

Of you and me (Whoa) (entre você e eu (whoa))

Everything I use to be, back then (This is the end) (Tudo que eu estou acostumado a ser, então (esse é o fim)).

It meant something (Isso significa alguma coisa)

You're living a lie (Mas você está vivendo uma mentira)

You just can't hide from me (Você simplesmente não podTe se esconder de mim)

Sam se sentou na cadeira ali perto e ouviu a música parar e o CD continuar, pegou o vaso de vidro de flores e arremessou no rádio que caiu no chão fazendo um barulho alto junto ao vidro. Ele não acreditava que havia sido trocado, trocado por uma garota que ele podia nunca mais substituir. Odiava o fato de amá-la tanto, mas se prometeu que esse amor iria acabar, para o seu próprio bem e que nunca mais voltaria a amar mais ninguém.

Ouviu o seu celular tocar em seu bolso e bufou quando pegou o mesmo e viu o nome que piscava no visor.

– Zack agora com certeza não é um bom momento. – ele falou entre dentes.

– Cara... – a voz de Donovan era abafada e agitada, extremamente alta como se tivesse gritando. – Victória está dando a luz.




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Notas finais do capítulo

- E então, gostando? Deixem nos comentários... Vocês acham que a Vick vai conseguir ter o bebê? :c
- xx