Small Bump escrita por seaweedbrain


Capítulo 13
Capítulo 13




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Estavam todos na casa de David, Zack esperava no canto afastado de todos. Era o dia em que Emily voltava para NY outra vez, e em seguida iria para a Argentina colocar em forma alguns de seus projetos, fazia um mês e alguns dias que a menina estava ali, e rapidamente ela tinha conseguido se aproximar de Giovanna e Victória que nem a conheciam, ela era realmente uma boa amiga e todos sentiriam saudades dela, principalmente David.

– Eu vou sentir saudades de todos vocês. Mandem um beijo para Adriane por mim. – Emily falou sorridente, com lágrimas nos olhos, mas ela não queria chorar. Abraçou Joseph, Elliot, Giovanna, Sam e Victória dizendo adeus e foi até David que estava ao lado da porta e o abraçou forte, os dois selaram a despedida com um beijo. – Não se esqueça de me ligar.

– Quem sempre acaba fazendo isso é você. – David tentou sorrir, mas estava visível demais que estava triste, quando Emily o soltou e foi até Zack, Goularth o abraçou de lado o confortando. Zack amava sua prima como uma irmã, ela sempre o visitava, mesmo sabendo que em parte era pelo idiota quase namorado dela, mas ela sempre passava bastante tempo com ele, e sempre que precisava de ajuda era para Wolfe que ele ligava ou mandava sinal de fumaça, mesmo de longe a considerava como melhor amiga.

– Ei encaracolado. – ela o chamou e os dois se abraçaram fortemente, Emily então não conseguiu mais segurar as lágrimas e molhou o ombro de Donovan. – Prometo ligar assim que chegar a Liverpool. – ela suspirou e o olhou nos olhos, o mesmo assentiu sem palavras e soluçou como um bebê. – Prometa que vai cuidar do seu filho Zack, prometa que vai cuidar de Victória. – Zack assentiu mais uma vez, e foi outra vez abraçado entre choros. – Eu te amo príncipe.

– Eu também te amo princesa. – ele falou rouco por conta do choro e a garota pegou sua mala olhando pessoal na sala outra vez, mandou um beijo grande para ele e saiu do apartamento, deixando um silêncio na sala, eles se entre olharam. – Eu vou lá pra cima, qualquer coisa... – ele se virou e saiu em seguida de Emily, Vick e Giovanna se sentaram ao sofá de Murphy seguidas de Sam e Elliot. Joseph suspirou e saiu atrás de Zack sorrindo antes de fechar a porta e David rumou para dentro de seu quarto.

– Eu vou ir falar com ele... – Goularth informou e se levantou indo atrás de David que tinha entrado em seu quarto e estava sentado na cama com algo em mãos. – Ei...

– Oi. – ele olhou para a garota e sorriu forçado olhando a foto em sua mão novamente, Vick se aproximou e sentou-se ao lado de Murphy olhando que a foto era dele e de Emily em frente à London Eye. – Faz dois anos essa foto, eu nem se quer sabia que ia ficar tão famoso, estávamos nas ultimas audições do X-Factor quando ela apareceu no camarim, torcendo por Zack e eu a vi de longe. Depois que juntamos o grupo para concorrer, subornei Zack para ele me apresentar à prima gostosa dele, acabei descobrindo que ela não era só uma noite... Era a minha vida toda. – Uma gota de água caiu por cima do porta-retratos e David limpou os olhos com as costas das mãos olhando para cima em seguida, Goularth acompanhou seu movimento o observando. – Eu gosto quando ela vem nos visitar, mas quando ela vai embora preferia que ela não tivesse vindo. E como uma peça do quebra-cabeça que nunca se encaixara, mas você sabe que ela existe e faz parte. – Vick sentiu seus olhos marejarem com as palavras de David, nunca tinha o visto tão intenso, imaginou se Zack também estava da mesma forma e queria ser duas para estar nos dois lugares ao mesmo tempo. Ela passou um dos braços pelo braço de David e sorriu limpando sua bochecha de mais uma lagrima que escorria.

– Conheço ela há pouco tempo, mas já sei o quanto ela é incrível. Todas as conversas que tivemos, já estou com saudade. Ela me ajudou em muitas coisas, acredite, sei um pouco pelo o que está passando. – Goularth encostou sua cabeça no ombro de David. – espero que saiba que poderá contar comigo, para sempre. Não sou uma Emily Wolfe da vida, mas posso ser uma boa amiga de vez em quando.

– Obrigada Vick. – David encostou sua cabeça por cima de Victória e riu baixo.

– Qual é a graça?

– Sabe que eu até agradeço um pouco por Zack ter engravidado você? E bom ter você em nossas vidas, você e Giovanna, são tipos de garotas que não estamos acostumados há muito tempo. Ai vocês aparecem e dão um pouco de... De humanidade para a gente, coloca nossos pés no chão.

– Chega David, você intenso... Não fica legal. – os dois riram juntos, mas na verdade Victória só não queria chorar novamente, já tinha choro de mais para um dia só.

Aquela manhã passou rápido, virando fim de tarde em seguida, e todos haviam combinado de comer pizza na casa de Wicthoff e Goularth, os meninos iriam para uma pequena turnê de uma semana nos EUA, e Vick ficaria sozinha já que nos últimos dias, Wicthoff tinha virado algum tipo de secretaria dos meninos, não sabia como, mas agora estava na lista de pagamento do namorado. Victória também não viajaria por já estar com quase oito meses, faltando somente cinco dias, e não seria bom viajar nessas circunstâncias, e também tinha uma nova matéria da revista para preparar e essa renderia no máximo três páginas, então tinha realmente que caprichar no trabalho.

– Giovanna... – Vick gritou da cozinha depois de bater a geladeira. – Estamos sem refrigerante, tem que mandar os garotos trazerem com as pizzas. – Vick arfou comendo uma maça estava comendo mais do que algum tipo de animal, parecia que ia explodir, mas mesmo assim não conseguia parar.

– Eu já falei com eles, amorzinho. – Giovanna apareceu na cozinha, usando um vestido vermelho curto com uma jaqueta de couro preta e um salto vermelho no pé, tinha o cabelo preso em um rabo de cavalo e uma maquiagem intensa nos olhos.

– Aonde você vai? – Goularth se sentou em um dos bancos da cozinha fitando Wicthoff dos pés a cabeça.

– Depois do jantar em família, Elliot quer me levar numa balada no centro. Falei-te ontem, você me mandou ir catar coquinhos.

– Falar essas coisas enquanto estou dormindo não é bom. – As duas riram e ouviram a campainha tocar. – Eu atendo! – Vick se disponibilizou enquanto Giovanna pegava copos e pratos no armário, abriu a porta e todos entraram rápido, David carregava as caixas de pizza, e como sempre era o mais faminto, Adriane, Joseph, Sam entraram logo após, Elliot e Zack entraram juntos falando de alguma coisa sem nexo, pelo o que era previsto ele estava tentando animar o melhor amigo, com a partida da prima, Donovan foi o quem ficou mais abalado com tudo. – Eu pedi de brigadeiro. – Goularth fez um grande bico olhando as cinco pizzas sobe o balcão espalhadas. Sam apertou-lhe o bico e todos riram.

– Não tinha de brigadeiro bebêzinha, eles iriam demorar uma hora pra fazer ela. – Sam deu ombros vendo Vick rosnar para ele, tinha certeza de que a gravidez não fazia muito bem à amiga. Todos se serviram e se espalharam comendo, Vick e David aquela noite foram os que comeram mais, pareciam até estar realmente competindo em algum tipo de concurso, mas tudo era só a fome insaciável de uma Vick grávida, e um David normal. Em toda a bagunça alguém ouviu um ruído tocar, era um toque de celular claro e todos olharam seus objetos, mas só o de Zack estava verdadeiramente tocando.

– Alô... – ele falou deixando o prato no centro da sala, já que estava sentado no sofá. – Conheço sim, houve alguma coisa? – Todos olharam preocupados para Zack quando Elliot falou alto.

– Eita gente, olha que acidente feio. – alguns olharam a TV, mas Vick continuou fitando Zack que tinha a cor mudada de rosado para branco, de branco para azul e de azul para um vermelho muito vivo.

– Qual hospital? – ele assentiu timidamente. – Estou indo para aí. – ele falou rápido e desligou o celular, não falou nada com ninguém somente pegou a chave do carro em cima do balcão e saiu correndo, não sabia se tinha pegado a chave certa, só precisava de um carro. Ele saiu e deixou todos chamando seu nome na sala, Goularth foi a única que correu atrás do mesmo, percebendo que ele não tinha pegado o elevador já que o mesmo estava parado no andar, não correu o risco de descer correndo as escadas novamente e desceu de elevador, que ainda chegou primeiro que Zack no térreo. Donovan a olhou assustado, e ele estava pálido, branco como papel.

– Zack, o que aconteceu? – ela perguntou correndo atrás dele. – Zack. – ele não respondia, ela chegou mais perto e o puxou, os dois pararam um de frente ao outro com os rostos quase colados. – Dá para falar o que está acontecendo.

– Emily sofreu um acidente, entre Oxford e Birmingham. Pelo o que entendi é sério. – ele falou e recomeçou a andar, apertando o alarme do carro e acionando o do carro de Sam, ótimo, era rápido e tinha gasolina com toda certeza. Melhor que seu próprio carro, mesmo o mesmo não estando ali.

– E você quer viajar assim? A essa hora da noite? Sabe que só vai chegar lá amanhã cedo não é? – Vick foi atrás protestando e olhando para os dois lados da rua antes de atravessar, estava somente com uma calça de moletom, uma blusa de frio da GAP e suas botinhas de ficar em casa, tinha o cabelo amarrado em um coque, não estava pretendendo ir para Oxford naquele estado.

– Melhor chegar amanhã cedo do que amanhã a noite, ela pode estar precisando de mim. – ele falou entrando no carro, Victória deu a volta e entrou no mesmo também já colocando o cinto de segurança. – o que está fazendo?

– Se você vai, não vai sozinho. – ela perguntou o olhando firme, torcendo firmemente para que ele mudasse de ideia e pelo menos pegasse um voo ao amanhecer.

– Você está grávida Vick, se não quer me deixar ir sozinho vá chamar Sam ou David, eles poderão ir comigo.

– Para você ir embora enquanto faço isso? Nem pensar. – ela se ajeitou novamente no banco e sorriu forçado para Donovan que não a olhava mais e sim a rua, torcia para que ele estivesse pensando na bobagem que estava fazendo. Também queria ir ver Emily, e estava preocupada, mas não precisava de tudo aquilo. Zack somente ligou o carro e o arrancou, seguindo viagem rapidamente, Vick somente suspirou perdendo esperanças.

Os dois fizeram a viagem calados, somente fitando a rua nem se quer o rádio estava ligado. Já tinham comunicado os outros, que pediram para avisar caso algo estiver mesmo acontecendo, que iriam pelo amanhecer de avião. Zack estava sério, e Victória odiava isso, porque odiava quando ele se fechava e não se abria mais, odiava quando ele fazia esses votos de silêncio e nem se quer a olhava. Tinham parado em um posto de gasolina, e Vick como uma boa comilona quase levou a loja inteira, não se importava Zack merecia uma longa conta como aquela por estar sendo idiota o bastante. Estavam quase em Oxford agora, e o dia já estava amanhecendo, Vick olhou o relógio no painel do carro e viu que iria dar 7PM, Donovan deveria estar com sono, mas não cederia nunca.

– Encosta o carro. – Vick falou e Zack a olhou confuso. – Eu preciso vomitar. – falou a primeira desculpa de sua mente e Donovan o fez rapidamente, Goularth saiu do carro indo para o lado do motorista e abrindo a porta. – Saí!

– Como é? – ele perguntou surpreso.

– Você está quase morrendo de sono, e eu posso dirigir mais alguns quilômetros, anda. – ele não protestou deveria mesmo estar cansado, então só passou para o banco do passageiro por dentro do carro mesmo, fechando a porta do seu lado em seguida e observando Goularth entrar, a mesma arrancou com o carro.

Minutos depois Zack dormia feito um anjo no banco ali, mas Goularth não tinha muito tempo para o olhar. Sabia que o garoto amava a prima, mas não sabia que era para tanto, agora sabia realmente que seu laço de preocupação com Giovanna era eternamente normal, quanto o laço de Zack e Emily era esquisito, e altamente forte. Goularth viu placas do hospital rodoviário na pista, e observou o mesmo de longe, entrou no estacionamento e estacionou o carro de Evans, olhando Zack em seguida.

– Zack, ei Zack... – a garota o balançava, sabia como era difícil acordar Donovan. – Chegamos, acho que chegamos. – Zack acordou e coçou os olhos olhando o grande prédio em sua frente e tirando o sinto, saindo do carro sem falar com Victória, Goularth somente bufou e tirou a chave do contato pegando o celular do menino e saindo do carro o fechando em seguida. Perguntou-se se precisava mesmo de toda essa ignorância ou afobação, afinal não poderia ter acontecido algo assim tão grave com Emily, poderia? Viu Zack se identificar na recepção e parou ali perto das cadeiras vazias da sala de espera, a enfermeira falou com ele de um jeito doce e logo um homem alto chamou Zack no corredor. Vick somente observou, torcia para nada ter acontecido com Emily, caso contrario aquela seria uma fase difícil. Mas podia sentir seu coração se apertando, e odiava ter uma sensação para esse tipo de coisa. Ficou esperando Zack quando minutos depois ele saiu da sala do doutor, com a cabeça baixa e o rosto paralisado. Ele andou para fora em choque e Vick olhou para o doutor na porta, depois com um aceno de cabeça a incentivou a ir atrás de Zack, ela o fez em seguida achando o garoto andando de um lado para o outro ao lado do carro. – Zack, o que houve? – ela perguntou e ele somente a encarou, indo até ela e a abraçando firmemente, depois se podia ouvir soluços do garoto.

– Emily morreu. – ele sussurrou. – Emily está morta. Ela não vai mais voltar. – Zack parecia um bebê de tanto que chorava, e Vick também sentiu aquela vontade, apertou ainda mais o abraço de Zack vendo o quanto ele precisava isso como nunca.

Depois do enterro que foi feito em Londres, eles voltaram para casa todos calados, alguns familiares de Zack tinham aparecido já que os pais de Emily não eram mais vivos. Foi um enterro muito doloroso na opinião de Victória, porque por mais que tenham comparecido poucas pessoas, ainda sim todos pareciam que iriam sentir falta de Wolfe. Goularth por mais que não conhecesse Emily desde muito tempo, já sentia como se a garota fizesse falta há tempos, todos dizem que uma pessoa querida morrer é como se ela morasse longe, mas é completamente diferente. A distancia pode ser quebrada por uma carta, telefonema e internet... Já a morte não pode ser quebrada nunca, é um laço infinito que nunca se resolve. Victória se lembrou do enterro do avô, quando tinha 12 anos, lembra-se de sua avó cMurphydo próxima ao cachão, as duas e um amigo do avô de Vick eram os únicos no cemitério aquele dia, foi triste, mas mesmo assim o céu irradiava um lindo dia e um sol ardo; o avô de Victória adorava sol, e aqueles dias eram raros em Londres, eram muito raros e se lembra perfeitamente de um dia antes estar chovendo.

Entrou no seu apartamento com Giovanna e Elliot, espantando os pensamentos e já indo para o seu quarto. David estava inconsolável, chorou todo o enterro de soluçar e Vick o abraçava tentando fazer a dor parar, mas era impossível. Por sua vez, Zack não se quer soltou uma lágrima ou palavra jogou junto ao caixão uma rosa vermelha, e vez ou outra abraçava sua mãe, mas não falava, ele não falou desde a noticia do médico, desde que anunciou para Victória o ocorrido, e aquele temperamento de Donovan mexia com a cabeça de Goularth, porque ele parecia fraco, parecia quebrado; e ele estava. Não era justo o que ele fazia consigo mesmo, esconder a dor nunca fora uma grande saída. Goularth jogou a bolsa na cadeira de seu quarto, se sentando na cama e amarrando os cabelos em um coque frouxo. Ela não iria conseguir ficar ali sentada enquanto dois de seus melhores amigos sofriam desesperadamente a dez quilômetros dali. Mas se sentiu ridícula, por não saber o que fazer. Já era ruim de mais toda aquela tensão, imaginava que era pior ainda ter alguém ao seu lado lamentando o tempo todo, porque fora isso que aconteceu com ela e sua avó quando Sr. Cidney morreu. Mas no fundo, ninguém se importava realmente.

David subiu com Zack para o apartamento dele e de Elliot, depois que Donovan se despediu da família e que todos foram embora, os dois ficaram sozinhos. Murphy achou extremamente estranho Zack não dizer absolutamente nada no enterro, e ainda sim parecer forte; mas todos sabiam que era a única coisa que ele não era no momento resistente.

– Eu vou... Vou ir tomar um banho. – Zack avisou assim que entraram no apartamento, jogando suas chaves na mesa de centro da sala, Murphy suspirou.

– Zack... – chamou vacilante, com a voz confundivelmente baixa. Por um momento achou que Donovan não tinha ouvido, quando o mesmo virou, agora diferentemente há dois segundos com os olhos vermelhos. – Você não precisa fazer isso cara.

– Fazer isso o que Murphy? – ele perguntou soltando o peso do corpo finalmente, e toda a transparência da tristeza de mostrou, Zack estava realmente muito mal com tudo aquilo, e David se sentia um lixo agora, porque era claro que Donovan sofreria bem mais. Não era como se Emily pudesse ser substituída para nenhum dos dois, mas mesmo assim seria bem mais difícil para Donovan esquecer a dor.

– Esconder o que você tá sentindo, todos nós estamos sofrendo Zack.

– Ah! – ele arfou, dando uma gargalhada extremamente falsa depois, David o olhou intrigado, mas com os olhos ainda vermelhos enquanto Zack deixava algumas lágrimas escaparem. – Você acha que eu estou mal? Que eu não vou superar? Tudo bem. Eu estou mal, eu não vou superar isso. Emily era uma irmã pra mim, você sabe como eu sinto falta de uma irmã, e Emily era a coisa mais perto disso pra mim. Hoje, se caso isso tivesse acontecido com qualquer outra pessoa, eu ia me trancar no meu quarto e ia ligar pra ela, porque é sempre isso que eu faço quando as coisas dão errado, cara. Wolfe era a minha única saída e agora... Agora... Ela não está mais entre nós.

– Nós vamos superar Zack, temos uns aos outros. – Murphy falou se aproximando de Donovan e colocando uma mão em seu ombro, Donovan sorriu irônico e tirou a mão de David de si.

– Você não entende David. Cara, eu sei o quanto você gostava dela, mas não é a mesma coisa. Emily era minha irmã, entende? Ela era importante...

– E não é porque ela morreu que não vai continuar sendo, Donovan. – David negou com a cabeça, ficando nervoso com as atitudes do amigo. – Caramba! O que você vai fazer? Esquecer que Emily existiu? Isso é mais fácil pra você?!

– Vai ser mais fácil pra todo mundo assim. – Zack falou entre dentes, David não o respondeu deixando o garoto se virar e ir embora. Murphy ficou imaginando como tinham chegado aquele estado. Agora tudo ficaria bem mais difícil, porque Zack era realmente difícil. Sentou-se no sofá com as mãos no cabelo e não impediu que as lágrimas tomassem conta de seu rosto, dava pequenos soluços na sala vazia que soavam baixo ali, ouviu alguém abrir a porta, mas nem ao menos se deu o trabalho de olhar.

– Ah meu Deus! David... – O som da voz de Victória fez com que David ficasse ainda pior, talvez fosse exatamente por isso que Zack estava agindo daquela forma, era dolorido para ele porque Emily era a única que entendia sua situação, e agora não a tinha mais. David sentiu a dor que Zack passou todas as vezes que pensou perder Victória, e isso o fez ver com clareza tudo o que o amigo fez até ali, não que tivesse com cabeça para pensar em alguma coisa, quando seus momentos com Wolfe não o deixava em paz, e talvez ele nem quisesse. Sentiu Goularth sentar-se ao seu lado e o abraçar pelos ombros. – Vai ficar tudo bem, eu estou aqui. – ela disse em uma voz aveludada, David a olhou, seu rosto estava completamente vermelho, e seus olhos já mostravam algumas veias por dentro, que ardiam feito fogo.

– Zack está péssimo. – ele falou somente, Goularth sentiu dó pelo tom de voz do amigo que era sempre o tom mais brincalhão, mas criança de se ouvir, hoje estava rouco e com pouco som. – E é tudo culpa minha, eu fiz ele se sentir assim Vick.

– Não David, não é culpa de ninguém. – a menina abraçou fortemente Murphy, que soluçou ao chorar. – Zack está péssimo sim, assim como todos nós. Você e ele têm direito de ficar assim, inconsoláveis. Não quero que se culpe, se Donovan está sendo um idiota a culpa não é sua.

– Eu sinto Vick. – David a olhou nos olhos outra vez, e isso rachava o coração de Victória. Odiava ver alguém chorar perto dela, e ter a sensação de que não podia fazer nada para ajudar. – Eu sinto o que ele sentiu quando ficou a ponto de perder você. – Vick somente abraçou David de novo, suspirando em seguida, afogou seus dedos entre os cabelos loiros do menino, e olhou atrás da janela uma fina camada de neve cair lá fora. Não fazia a mínima ideia do que David falava já que da ultima vez que quase morreu Zack não se importou e até arrumou uma nova namorada. Não podia ficar irritada justo agora com Donovan, mas o sentimento lhe cresceu dentro do corpo, e não podia evitar pensar naquilo àquela hora. Era ridícula pelo fato de ainda ficar mal sabendo de que Zack não se importava com ela, mesmo sendo o contrario que o garoto mostrava. Murphy decidiu ir para sua casa e Goularth somente o deixou na porta, tomando coragem de enfrentar Zack sem sentir vontade de bater nele em seguida. Caminhou até o quarto do garoto sem fazer barulho e entrou depois de duas batidas na porta e não obter respostas, a porta do banheiro estava entre aberta, e assim que ela entrou Donovan saiu somente de samba canção de dentro do banheiro. Victória deixou de lado toda a vontade de bater em Donovan, todo o ódio que cresceu em um só pensamento, toda a raiva do momento. Zack estava desabando, ele estava realmente péssimo, disso David tinha completamente razão. Talvez ele estivesse tomando banho desde que chegara a casa, e por sua aparência tinha descontado todas as lágrimas por baixo da água do chuveiro. Tinha os olhos fundos e vermelhos, com olheiras arroxeadas por toda a extensão de seu olho, os lábios resecados, e a pele pálida, como se tivesse chorado durante semanas e não durante meia hora.

– Zack... – Goularth falou somente, mas o mesmo pareceu ignorar sua presença indo até seu closet. – Zack!

– O que você quer Goularth? – ele perguntou voltando com uma camiseta preta lisa, vestindo a em seguida. Os cabelos molhados deixaram gotas de água em sua camisa.

– Quero que você pare de agir como um idiota! – ele parou o que estava fazendo que era tirando o edredom de sua cama e fitou Victória, a encarando de cima a baixo, mas não prestou atenção em nada, somente na grande barriga da menina. – Que você pare de tratar David mal, que você pare de se torturar. Caramba Donovan, você não precisa sofrer em silencio.

– Preciso sim, tá legal? – ele falou chegando perto da garota, que recuou um passo se encostando à porta, Zack estava a centímetros de distancia e a encarava nos olhos profundamente, deixando transparecer toda a tristeza carregada do dia todo. – Não é fácil pra mim, não é fácil pra ninguém eu sei. Mas o que vai adiantar ficar cMurphydo? O que vai adiantar mostrar que eu sou um fraco? Que eu vou sofrer durante tempos pela falta de Emily? Diz-me, me de um bom motivo para mostrar para todo mundo o que por um acaso você está vendo agora... Todas as vezes que você ficou internada eu chorei feito um idiota, e eu cansei dessas pessoas me olhando com dó, como se... Se eu não tivesse culpa, mas se eu não fosse tão idiota talvez sim eu não tivesse culpa.

– Essas pessoas são seus amigos, sua família... – Vick falou com desdém das palavras de Zack, que continuou sério.

– Não deixam de serem pessoas. Eu simplesmente não vou aceitar se um fraco de novo, não vou passar por um chorão. Eu tenho direito a isso não tenho? De ser forte, ou pelo menos transparecer. Eu duvido que tenha alguém sofrendo mais que eu, em todo o mundo, mas eu não preciso mostrar isso, eu sinto. Não queria sentir, eu queria poder acordar e tudo isso ser só um pesadelo, mas não é... Está decretado para sempre. E eu vou sofrer com isso pelo resto dos meus dias. – Zack finalizou deixando uma lágrima rolar por sua bochecha, Victória levou sua mão até seu rosto, limpando a lágrima e acariciando em seguida, depois segurou com as duas mãos o pequeno rosto de Donovan e aproximou de si, selando os lábios sem nenhuma malicia, somente encostando um no outro. Zack que ficou sem reação não moveu um músculo, somente abriu novamente os olhos quando a garota se afastou.

– Você vai superar. Eu vou estar do seu lado durante o resto dos teus dias, para te lembrar de sempre como Emily amava o sorriso que você tem no rosto, e pra te lembrar de que sempre, independente do que for... – Victória colocou sua mão sobre o coração de Zack, sorrindo pouco depois. – Ela sempre estará em nossas vidas. Descanse Zack, volto quando você precisar. – Ela se virou cuidadosamente e abriu a porta do quarto já pronta para sair quando Donovan segurou sua mão, a mão dele estava gelada e tremula, que fez Victória se arrepiar com o toque.

– Fica aqui, por favor... Só está noite.


ui� r.`0��. adorável Vick, não tem como não amar você. Não se preocupe com as fãs dos meninos, tenho certeza que elas também vão amar o bebê e te amar assim que a noticia for solta.


– Só tenho medo... – Vick sorriu de lado sentindo uma lagrima escorrer de seus olhos, Emily segurou sua mão.

– Não tenha. Estou com David há dois anos, e só nos vemos quando ele vai para NY em turnê, ou quando eu venho aqui às três vezes por ano. Não somos fieis, não é como se estivéssemos presos um ao outro, gosto realmente de Murphy, mas sei que isso nunca daria certo. Sou quatro anos mais velha também, isso seria uma noticia e tanto para as fãs, e David é tão... Bebê. Mas você é Zack, e quase impossível de não ver a química entre os olhares. Se vocês não estão de certa forma prontos agora, vão estar depois. E só uma questão de tempo.

– Obrigada. – Goularth falou somente fitando Emily com um sorriso de lado. – Obrigada mesmo, eu precisava disso. Dessas palavras.

– Assim que eu te vi eu percebi isso, por isso sou psicóloga. – Emily deu um pequeno sorriso breve se levantando. – Agora vamos para a torta de Adriane...




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Notas finais do capítulo

- Ei pessoal, cadê as reviews? Estou me deprimindo assim :c
- xx



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