Small Bump escrita por seaweedbrain


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

- Primeiro capítulo completo.
- E como um "flashback" na vida da garota com que a história acontece, mas a narrativa é no presente.



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Capítulo I

A música alta entrava pelos tímpanos de Victória, e mesmo que ela estivesse disposta a ficar ali até a balada fechar, ou estivesse caindo tanto que seu corpo mal a aguentasse não podia negar quanto irritada ela ficou ao perceber o erro que tinha feito. Provavelmente depois de um termino de relacionamento não é uma boa escolha escolher de embebedar e ainda mais na primeira boate que aparecesse. Vick caminhou até o bar e pediu três doses de tequila com limões, estava sozinha já que seus amigos não estavam no mesmo estado que ela, no entanto o que ela mais queria era poder estar com a sua suposta amiga deitada em sua cama fazendo uma maratona de filmes mela-cueca e pipoca com chocolate a madrugada toda, o único problema é que sua suposta amiga tinha dormido com seu namorado, ou quase noivo se você pensa por um lado. O barman meio receoso entregou suas doses, e olhou a garota tomar à primeira, seca. Depois ela se virou pra ele e negou com a cabeça se sentando em seguida e ficou de cabeça baixa ali, sem dizer uma única palavra, mas com os olhos do outro em cima dela.

– A senhorita...

– A senhorita quer encher a cara e ficar em paz. Será que tem como? –ela perguntou o olhando completamente raivosa e virou outra doze, chupando o pedaço de limão que tinha ali do lado, o barman ergueu as mãos e sorriu, achando divertido e voltou a fazer manobras com algumas garrafas proibidas para menos de dezoito anos, mas que ninguém respeitava a tal lei.

Bebeu a outra doze em seguida, e respirou fundo gritando o barman e pedindo uma doze tripla de Martine, ele apenas assentiu e preparou ali na frente, como se Victória estivesse com cabeça pra olhar qualquer coisa, ou pra reparar em qualquer coisa. Estava arrasada, faz três ou quatro horas que ela pegou o ex-namorado na cama com sua ex-amiga, nada fazia sentido. Não tinha chorado ainda, e não queria chorar, só queria... Encher a cara naquela boate no norte de Nova Iorque sozinha, solitária. A solidão nessas horas é tão boa quanto qualquer outra coisa, ela deduziu colocando isso em sua coisa de afazeres dali em diante. Estava mais do que claro que ela tinha que sair dali, sair de perto de todos que ela achava poder confiar, fazer faculdade ali agora não parecia ter sido uma escolha boa. Tinha saído da sua pequena cidade no sul de Londres, para cursar um bom curso de jornalismo em Nova Iorque, tudo isso para que? Para virar a piada da vez pro cara que ela estava a dois anos, que tinha vindo com ela de Londres e que estavam com a data do casamento quase marcada, pra ser traída com a vadiazinha com quem ela dividia apartamento a um ano, não que Victória fosse feia ou algo do tipo, mas já era de se esperar que Ryan caísse nos peitos da próxima que passasse pela frente, uma boa loira oxigenada com silicones por toda a parte, e completamente – e literalmente – aberta para trair a otária de Londres. Bebeu de uma vez seu tri Martini e deixou a pequena azeitona ali.

– Oh! – ouviu um murmúrio atrás de si e fitou, desejando para não ser o idiota do ex-namorado, ou que talvez fosse porque o garoto estava na posição ideal para um belo soco no meio dos olhos, perfeito para quebrar um nariz. Goularth sorriu com isso e virou para frente, o garoto em si achou que ela tinha sorriso para ele, e achou aquilo ainda mais divertido. Enquanto Victória bebia sozinha e completamente civilizada comparada as outras garotas, Zack tinha a avistado de longe, do outro lado da pista vip e achou na hora que tinha de algum jeito falar com ela, afinal estava ali para isso, para curtir e ela parecia querer companhia, pelo menos de longe. – A gatinha tá sozinha?

– Agatinhaquer ficar sozinha! – Vick falou alto e em bom tom para que ele escutasse e fosse embora, colocou um pouco mais de rispidez na voz, não que já não tivesse naturalmente, mas achou ser preciso para aquele idiota sair de seu pé. O que ela não sabia era que Donovan era completamente insistente, e o que ele não sabia era que Goularth não queria nem papo.

– Posso perguntar o motivo pelo menos? – ela o olhou com os olhos cerrados e ele entendeu o recado ficando quieto e fitando o copo dela vazio. – Tudo bem, vamos fazer assim; se você me deixar te pagar outro tri Martini eu juro que vou embora daqui, caso contrario eu vou ficar até você ir embora. – Victória ouviu atentamente e rolou os olhos. “Garoto chato” pensou aquela era a melhor ideia em toda a noite. Ir embora! Parecia realmente convidadito, e então pela primeira vez ela olhou para o garoto a sua frente, ele tinha os olhos extremamente verdes, o que a deixou hipnotizada por um momento, e seus cabelos eram em cachos, cachos completamente bagunçados que a deixou muito feliz, ela adorava aquele tipo de cabelo e pela aparência de bem cuidados ficou ainda mais com vontade de tocar neles. Conteve sua vontade e olhou para a boca do garoto, era absolutamente convidativa, e como se não fosse o bastante ele mordeu seu lábio inferior de uma maneira muito sexy, Victória sentiu a nuca se arrepiar e olhou o garoto de cima a baixo, ele usava um jeans apertado, um all star branco, uma blusa branca e um blazer cinza por cima. Era atraente, e não tinha cara de tão novo assim, parecia de longe ter a mesma idade que ela, ou mais velho um ou dois anos. Não que ela ligasse para idade já que seu ex-namorado era seis anos mais velhos que ela, mas tinha cabeça de seis anos mais novos. Espantou os pensamentos quando pegou a azeitona do copo de tri Martini e mastigou, depois sugou os lábios e pensou em como aquela noite podia sim ainda ser divertida.

– O que te convence que eu vou ficar aqui e não ir embora te deixando sozinho? – ela perguntou curiosa e o garoto somente sorriu, o sorriso mais sexy que ela já viu na vida diria. Talvez o álcool enfim estava subindo para a cabeça.

– O fato de você ter me analisado de cima a baixo, e não ter saído daqui ainda me deixam sérias duvidas se você vai embora mesmo. – ele se encostou ao balcão e como já estava sentado apenas se virou para frente e pediu para o garçom um tri Martini e dose dupla de Tequila.

– Não. Hm... Desafio-te a pagar a bebida mais forte da casa pra dama aqui. – Victória falou e sorriu de lado para Zack que sorriu largamente trocando o pedido. Ele a fitou por um estante percebeu o cabelo do lado esquerdo da cabeça da menina preso com uma presilha e toda a franja em sua testa agora, o outro lado caia em cachos por cima de sua blusa branca, que ela usava acompanhada de uma calça preta cintura alta e um salto vermelho, extremamente linda e básica. Perguntou-se por que motivo tinha vindo justo nessa garota que já aparentava não querer companhia a uma boa distancia, mas Zack gostou do jeito como ela deu um fora no barman o deixando desconcentrado e voltando ao seu trabalho, ou como vários garotos olhavam para ela mesmo ela não tendo o maior decote da festa ou a maior bunda que rebola em todo o perímetro, o jeito simples e a expressão séria deixava um gosto de adquirir conhecimento, como se ela soubesse cada passo que estava dando.

– Zack Donovan. – ele ergueu a mão na direção de Goularth que foi pega de surpresa com a apresentação e fez o mesmo segundos após.

– Victória Goularth. – Ela sorriu sincera pela primeira vez na noite, e logo depois já estava bebendo a bebida que o barman entregou, era excepcionalmente boa e forte, mas isso não lhe importava queria encher mesmo a cara, e sair dali bêbada. E se possível ao lado de Zack.

Eles conversaram por um bom tempo, somente parando para beber suas bebidas, e os amigos de Zack assistiam a cena, abismados. Nenhum beijo, nenhuma aproximação, somente sorrisos e risadas realmente sinceras talvez por conta da bebida. Vick se sentia bem ali conversando com o desconhecido que prometia mudar seu dia, e o deixar com pelo menos um final bom, ou um começo depende da hora que seja. Eles disputaram sozinhos um vira-vira de tequila, e jogaram cinco partidas de “eu nunca” com a mesma bebida, parando porque Vick não aguentava mais rir. Não estavam em juízos tão perfeitos assim, mas não se importavam. Ambos queriam mesmo beber, e estavam felizes, que mal teria?!

– Ah meu Deus! – Zack tentou escutar o que a menina falava, e a encarou procurando algo de errado. – Eu adoro essa música! – falou pouco arrastado, não era tão fraca assim para beber, mas pera lá eram tequilas e um copo de pelo menos 350 ml daquela bebida forte alaranjada, Vick se sentia um pouco tonta mais precisava dançar antes que a noite acabasse. – Dança comigo, Donovan?

– Eu não sei... – ele falou olhando o estado da garota. Mas foi puxado a força. Glad You Came tocava na pista quando Victória desceu as escadas puxando Zack pelo pulso, eles pararam quase no meio da pista e ela se virou para ele se mexendo no som da batida, que o DJ remixava por cima da música. Ela passou os braços pelo pescoço de Zack e o fez colocar as mãos nos quadris dela que estava de olhos fechados agora, ela conduzia a dança já que ele não sabia o que fazer, mas logo começou a se mover no som da música com a garota junto de si, ela rebolava com uma das coxas entre a perna dele e Zack percebeu na hora que aquilo daria uma grande merda se continuasse assim, quando ela se soltou dele, mas o mesmo continuou segurando sua cintura, ela se encostou de costas nele rebolando ao som da música, Zack olhou para cima e suspirou com as abaixadas e levantadas precoces que Vick dava perto de mais dele. Viu o cabelo da garota para o lado e seu pescoço completamente descoberto e nessa hora ele beijou demoradamente aquela parte, Victória sentiu sua nuca se arrepiar com o toque a fazendo abrir os olhos e se virar para Zack que ficou poucos centímetros longe de seu rosto, eles se fitaram por um segundo e depois toda aquela distancia foi tirada quando ela se aproximou e roçou os lábios dos dele, mas não o beijou; em vez disso a garota mordeu seu lábio inferior e o puxou sem dó soltando ferozmente e passou suas unhas pelas costas de Zack tendo certeza que mesmo com dois panos por cima ele se arrepiou dos pés a cabeça, e tinha mesmo. Depois ainda ao som da música, Goularth juntou mais seu corpo de Donovan e o roçava ali tentando provoca-lo, como se fosse possível mais. Zack beijou o queixo da menina, a mandíbula e depois o lóbulo de sua orelha sussurrando ali.

– Você tá me provocando de mais. – ele falou e suspirou quando Vick passou as unhas entre seu cabelo e sua nuca, descendo um pouco por dentro do blazer e mordeu seu queixo beijando o mesmo lugar.

– E a intenção. – ela falou somente e riu maliciosa, Zack desceu as mãos de sua cintura para sua bunda e acariciou ali, Vick suspirou com o toque mais logo se recuperou, e Zack traçou a boca da menina com sua língua, mas a mesma se afastou um pouco não permitindo o beijo.

– E tem a intenção de terminar isso? – ele perguntou apenas, ela o soltou e deu a volta dançando no garoto que estava parado quase no meio da pista, ela sorriu sozinha e mordeu o lóbulo dele sussurrando.

– Quem sabe no seu apartamento. – ela falou pra ele e passou uma só unha em sua nuca, Zack sentiu o toque e todo o seu corpo estremeceu deixando somente um arrepio constante na sua espinha. – Te espero na saída daqui a cinco minutos. Não se atrase, amorzinho.

Ela subiu as escadas indo para a saída e Donovan continuou ali parado tentando rever os fatos. Cinco minutos. Correu para a parte vip novamente subindo de dois em dois degraus e quando atravessava a ponte da boate viu Victória entrando no banheiro feminino, sorriu sozinho. Talvez fosse álcool de mais pra uma pessoa só, porque nunca tinha ficado tão feliz por uma noite com uma garota, e olha que ele pode ter a que ele quiser.

– Elliot eu preciso da chave do quarto. – ele falou rápido, esquecendo por um instante que talvez fosse realmente arriscado levar Victória para o hotel, podia haver fãs lá. Coisa que ele não se importou muito.

– Sério isso Harry? Nós já...

– Por favor, você dorme com Sam ou David. – Zack implorou e Elliot o entregou a chave, mas pediu a chave de seu carro em troca. Claro que voltaria de taxi de qualquer jeito, mas não esperou para receber qualquer tipo de bronca e saiu correndo tropeçando nas pessoas para a saída. Quando chegou viu Victória com uma bolsa que ele não tinha notado antes nas mãos vermelha, e sorriu sozinho. Ainda era o efeito do álcool, tinha que ser! – E então...

– Zack, olha... – Goularth estremeceu, parecia que tinha ficado longe tempo de mais de Zack que havia até se esquecido de seu perfume, mas não, quando ele chegou perto pode sentir todo aquele aroma gostoso invadir seus pulmões, e por alguma razão Zack ficava mais bonito ainda a luz normal. Tinha esquecido completamente do que iria dizer aquela altura, mas não estava mais tão bêbada assim. – Eu não sei se é uma boa irmos para seu apartamento, sabe... Não sei o que estou fazendo...

– Ah, por favor! – ele já começava irritado, e Vick não entendeu o porquê daquilo. – Eu não vou te matar, e outra... – ele se aproximou a puxando pela cintura naquele instante, e aquilo fez Victória perceber que precisava viver para seu perfume agora, se tornou uma viciada. Tão rápido! Ele roçou os lábios no dela, encostando os narizes e a garota já estava com os olhos fechados. – Você precisa disso tanto quando eu.

Não ouve tempo para negações, eles entraram no carro de Elliot que chegou com o motorista da boate. Victória se aconchegou perto de Zack, ela virou sua cabeça e começou a beijar delicadamente cada espaço do pescoço de Donovan, que arrepiava a cada toque que a garota fazia. Apertou a cintura dela, tentando se segurar ali dentro, nunca desejou que aquele caminho se encurtasse tanto na vida dele. Sentiu-se um virgem pensando naquela maneira, e como se a garota ali fosse uma vadia de rua, que proporcionaria prazer a ele por uma hora e fosse embora, mal ele sabia que era mesmo assim. Os dois estavam acesos dentro de suas próprias roupas, e como Zack já esperava duas ou três garotas montavam guarda na frente do hotel, sorte a dele que elas estavam longe, e que o carro era suficientemente espelhado. Estacionou o carro na garagem subterrânea e saiu com Victória a seu alcanço, ela riu divertida e abraçou a própria cintura, Zack observou a cena quando chamou o elevador e a puxou para dentro quando o mesmo chegou, não importava as câmeras, ele a prensou na parede o elevador e encostou os seus lábios em um selinho longo, depois se tornou em um beijo quente, voraz e necessitado. Ao toque da língua do outro, cada um teve um pequeno arrepio em toda a espinha, e Vick colocou suas penas em volta da cintura de Donovan depois dele apertar repetidas vezes a mesma, deram sorte que ia dar quase três horas da manhã e que ninguém entraria no elevador àquela hora, se não Donovan estava perdido. Pararam no décimo segundo andar e Goularth desceu do colo do garoto, que a guiou com dificuldade para o quarto, Zack beijava o pescoço da menina parando somente para ter certeza do número do quarto, abriu o mesmo rápido e fechou com o pé, tendo sorte do sistema de abrir somente por dentro se você não tem o cartão. Ele jogou a garota na grande cama de casal que dividia com Elliot ficando por cima dela, depois começaram um novo beijo mais rápido ainda. Victória começou a tirar a blusa de Zack que a ajudou também com a sua, os sapatos já estavam na beira da cama e o excesso de roupa ainda incomodava ambas as partes. Zack desceu os beijos para o colo da garota e beijou em volta do sutiã dela que segundos depois foi parar no chão do quarto, ou em cima da TV não tinha certeza. Desceu seus beijos e Goularth segurava bem o cabelo do menino, soltando leves gemidos enquanto ele fazia o caminho beijando, desabotoou botão por botão da calça da mesma e a atirou longe segundos depois também, que ficou somente com uma mini calcinha preta, que foi colocada sem querer e sem nenhuma intenção e acabou saindo melhor que a encomenda, Donovan a tirou lentamente, fazendo o coração de Victória acelerar, não sabia se era por causa dele ou pela bebida, quase tudo ela acreditava ser pela bebida afinal mal conhecida Zack. O que fez um pequeno pensamento se formar em sua cabeça, estava praticamente transando com um garoto que mal conhecia que mal sabia o nome, e isso a deixou completamente irritada. Estava dando o troco no seu ex-namorado da pior forma possível, quase se rebaixando para a altura dele... Esses pensamentos foram imediatamente esquecidos quando Zack colocou dois dedos em sua intimidade a fazendo quase gritar de prazer, ele fazia o que bem entendia ali e a mesma não contentava seus gemidos, não diminuindo nem um pouco, torceu para não ter ninguém perambulando pelos corredores há essa hora, caso contrario iriam sim ouvir. Zack sorriu satisfeito e beijou a coxa da menina, e depois sua virilha a fazendo ir ao paraíso e voltar uma única vez, Victória suspirou completamente suada agora e puxou Zack achando alguma forma de algum lugar distante, o garoto que já se encontrava sem calça beijou seus lábios vermelhos por ela ter mordido tanto e brincou com a língua da mesma, levando um chupão no lábio.

– Você. Dentro. De. Mim. Agora! – ele entendeu aquilo como uma ordem, mas não demorou muito para ser feito, segundos depois seu pedido foi realizado com muito sucesso.

Na manhã seguinte Zack virou para o lado e rolou, acordando em seguida e lembrando que não era para estar sozinho. Levantou um pouco sua cabeça, olhando para ter certeza de que não tinha se deitado por cima de Victória, e não tinha mesmo. O mesmo se virou e se sentou procurando no quarto e a achou vestindo sua calça de costas com pressa e colocando a blusa em seguida, sem nem ao mesmo se arrumar direito, se virou para calçar os sapatos e viu Zack já acordado.

– Bom dia! – ela falou seca e foi em direção de um dos saltos vermelhos, olhando para o chão em busca de outro.

– Wow! – ele falou apenas se espreguiçando. – Saindo sem avisar? Muito bom isso... Não é como se fossemos casar de qualquer jeito. – ele brincou recebendo um olhar feio da menina que rolou os olhos achando o sapato atrás da poltrona do hotel.

– Eu estou... Atrasada. – pensou na melhor desculpa que podia encontrar, e achou o que queria realmente estar fazendo. – Tenho um voo, daqui à uma hora. – mentiu tão bem, que foi até o banheiro para se olhar no espelho, quase acreditando na própria desculpa.

– Para onde? – Donovan perguntou com uma das sobrancelhas erguidas, olhando a menina voltar e pegar sua bolsa na mesma poltrona onde estava seu sapato.

– Hm... Londres! – Vick verificou sua bolsa e olhou para Zack em seguida que tinha um sorriso bobo no rosto, nem ele sabia por quê.

– Londres é? – ele perguntou e se levantou, enrolando o lençol em sua volta já que estava nu, caminhou quebrando a distancia até Vick e ela pode sentir seu perfume quase a matando novamente, como ele coseguia? Mesmo depois de suar tanto ainda estar perfeitamente cheiroso! – Vamos se ver logo então.

– Não Donovan! – ela falou grossa, e deu um passo para trás suspirando em seguida. – Nunca mais nós nos veremos. – ela falou e sorriu sínica, Donovan não entendeu um terço, mas foi rápido o bastante pra antes dela ir segurar sua mão e colocar um papel já pronto – ele tinha truques – com o número de seu celular. Vick puxou a mão e o papel o olhando em seguida.

– Caso queira me ligar. – ele respondeu fazendo sua melhor cara de cachorro sem dono.

– Não creio que isso vá acontecer. – ela falou simplesmente, mas continuou com o papel. Não sabia onde estava e nem como voltaria para casa, se é que tinha ainda uma casa. Precisava mesmo voltar para Londres, o que não foi uma completa mentira para Donovan, se fosse possível voltaria hoje mesmo. Apertou o botão do elevador e logo em seguida dois garotos saíram rindo dele, parando somente quando viram ela, os dois olharam sem fingir para a garota fixamente que estranhou mais entrou no mesmo. – Bom dia. – falou educada e os dois saíram.

– Bom dia. – o mais baixo se virou e falou antes que a porta do elevador se fechasse. Ela olhou o espelho do mesmo e viu que nada tinha de errado em si, a não ser... A merda do sutiã que havia deixado lá em cima, não voltaria para buscar, mas a hipótese de que aquele garoto tinha ficado com algo dela a desesperava. Já era ruim de mais ela estar com o telefone dele e não ter forças para jogar no lixo, cruzou os braços acima dos peitos e foi até a recepção pedindo um taxi, viu que na porta por onde saiu um grupo de pelo menos vinte garotas se encontravam na frente e riu pensando em si mesma quando também fazia isso na infância, não pode deixar de se perguntar quando saiu quem elas estavam esperando, mas logo espantou esses pensamentos e entrou no seu taxi. Deixaria tudo para trás, a partir de agora.



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Notas finais do capítulo

- Espero que tenha gostado.
- Estarei esperando comentários sobre esse capítulo caso queiram o segundo. xoxo!