POV ANNABETH

–Annie, que hostória é essa?

– É isso mesmo! Temos que parar em um restaurante, estou sem comida em casa.

Legal. Outra desculpa esfarrapada.

–E você quer que eu acredite que isso não tem nada a ver com meu aniversário.

–Pois é. Quero sim. E afinal, estamos indo em um restaurante chique. Eu estaria indo de mini short e regata em um restaurante chique? E você está de bermuda. E chinelos. E além do mais, já comemos um cupcake pra comemorar. E ele era azul!

–Então você está supondo não saber nada sobre esse restaurante que supostamente não está com minha mãe e nossos amigos, não é?

–Exato - como ele adivinhou???

–Então tá. Vem, tem um atalho por ali. Vai levar a gente mais rápido para minha festa surpresa.

–Ai Percy... Só finja que você não sabe.

–Está bem - disse ele sorrindo - eu já fiz algumas aulas de teatro.

–Sério? - perguntei admirada.

–Sim. Eu fui o Homem Lagarta numa apresentação.

–Me da uma foto? Vou por na minha carteira!

Nós dois rimos muito.

Viramos em uma curva e tinha uma ladeira. A moto começou a ir muito rápido e Percy fez uma careta.

–Percy, diminui a velocidade.

–Mas está divertido - disse ele, mas eu não me convenci.

–Por favor... - eu pedi, meio que implorando.

–Diz que me ama - pediu ele.

–Eu te amo. Agora vai devagar. - eu estava me desesperando.

–Me abraça.

–Eu já estou abraçada com você.

–De qualquer jeito...

Eu o abracei com mais força.

–Diminui a velocidade.

–Pega meu capacete e põe em você. Ele está apertado.

–Percy, tem certeza que...

–Apenas ponha.

Peguei seu capacete e coloquei em minha cabeça.

–Agora vai devagar Percy!

–Annie... Eu te amo - disse ele, e uma lágrima caiu de seu olho.

–O que?

Naquele momento a ladeira estava terminando, e tinha uma curva. Percy não parou a moto e virou com toda a força. A moto caiu. Eu e ele fomos arremessados a distância.

Não sofri com o impacto. Estava de capacete, apesar de estar cheia de arranhões e cortes, alguns profundos. Lembrei de Percy e todos os meus medos se confirmaram. Lancei o capacete a distância e corri até ele. Ele estava desmaiado. Podia ver sangue...

–PERCY!!! - eu comecei a soluçar quase que imediatamente. Ele não podia... Não podia!!!

Eu o encarei, enquanto as lágrimas corriam pelo meu rosto. Eu mal via alguma coisa. Comecei a gritar por socorro. Eu queria correr dali e bater em todas as portas que pudesse, mas ao mesmo tempo não queria deixá-lo.

–ALGUÉM! SOCORRO! MEU NAMORADO CAIU DE MOTO E ESTÁ DESMAIADO!!!

Ninguém veio, então gritei mais alto, segurando mão dele.

–POR FAVOR! ALGUÉM! SOCORRO!!! CHAMEM UMA AMBULÂNCIA!!!

Consegui ver algumas pessoas vindo em minha direção, logo muitas. Eu segurei mais forte a mão de Percy e comecei a chorar desesperadamente debruçada em seu peito.

–Com licença, sou mecânico. Será que eu podia dar uma olhada na moto dele?

–Tanto faz - eu disse. O que me importava era ficar lá com ele e dar o maior apoio que eu conseguisse.

Ele foi até ela e analisou os cabos.

–O freio não estava funcionando.

–Como? - eu levantei meu rosto.

Uma mulher me disse:

–Isso não aconteceria se ele estivesse usando capacete.

Eu raciocinei.

–Ele estava - disse.

–Hum? - disse a mulher.

–Mas ele deve ter percebido o freio, pois me pediu para por o capacete dele.

Comecei a chorar muito mais do que já estava.

Uma garota abaixou ao meu lado e me abraçou. Eu soluçava incontrolávelmente. Pude ouvir sussurros das pessoas ao redor, mas nem me importei. Eu comecei a pensar a tarde, enquanto ele ainda estava bom. Parecia ter acontecido a uns vinte anos, apesar de eu nem ter essa idade ainda. Pude ouvir o barulho de uma sirene. Uma ambulância. Graças aos Deuses. Uns caras desceram de lá com uma maca, pegaram Percy e eu perguntei se podia acompanhá-lo. Entrei na ambulância, ainda chorando, apesar de menos do que estava antes. Segurei a mão de Percy e sussurrei:

–Tudo vai se resolver, meu amor...

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Quase chorei escrevendo!!! Ate o proximo! Kisses and more kisses!! !