Distrito 5 - A Força Da Inteligência escrita por BelleJRock


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, desculpa a demora. Bem, voltou a semana de prova. EEE... Que droga! Enfim, eu espero que vocês gostem desse capítulo que eu escrevi um pouquinho a mais e fiquei muuuuuito triste fazendo ele, pois é o penúltimo capítulo da minha fic. Aiin que triste. Tá eu sei que eu sou anormal, mas espero que gostem haha. E tomara que voltem a comentar, pois eu realmente achei que alguns me abandonaram D:



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                   Fico agarrada a um tronco de árvore com minhas pernas e braços em volta dele. Minha mochila pendurada em meu cotovelo e fica ameaçando cair sobre as cabeças de dois tributos. Estava óbvio com quem eu estava lidando. Katniss e P, seu parceiro.

                     Prendo a respiração e sinto que o vento para. O silêncio cai sobre a área que estamos e tudo fica tenso, estranho. Mas o que me deixa com mais raiva é saber que tenho medo deles. E, infelizmente, tenho que fugir de novo. Sair correndo de toda a ação e esperar que eles morram. Isso me deixa atordoada, com o sangue fervendo dentro do caldeirão, que é meu corpo.

                        Crac, crac, crac. As folhas quebram enquanto eles passam, lentamente, sob a árvore onde estou. Crac, crac, crac. Katniss está com a flecha posta no arco, e ela o segura fortemente com muita coragem, a espreita de algum tributo ou animal para espetá-lo com sua arma. Ela é realmente muito talentosa com esses objetos e fico com medo de ser vista. Minha morte seria muito rápida.

                        Crac,crac,crac. Seu parceiro, P, passa atrás dela. Carrega uma mochila grande e aparentemente cheia. Ele é tão loiro quanto me lembro no centro de treinamento e suas roupas estão acabadas. Bem, é até normal chegar a esse ponto de jogo assim, mas tenho certeza que ele passou por muitas dificuldades antes de encontrar Katniss. Crac, crac, crac. O barulho definitivamente vinha dele. Sua pisada era tão leve como a de um elefante, e nesse ritmo a flecha será inútil agora. Claro que Katniss percebera, pois quando estavam bem no meio da árvore, ela se vira bruscamente e sua expressão é de impaciência.

                            - O que é? – Pergunta P assustado.

                            -Você precisa fazer menos barulho ao andar. – Ela responde pensando o quanto isso é óbvio. – Não estou nem me referindo a Cato, mas você deve estar assustando todos os coelhos num raio de dez quilômetros.

                             - É mesmo? Desculpa, eu não sabia.

                             -Você consegue tirar essas botas? – Diz Katniss apontando para os pés de seu parceiro.

                             - Katniss, precisamos nos separar. Vou acabar espantando todos os coelhos da região. – Diz o garoto, mudando de assunto.

                             - Você está louco, Peeta? E se acontecesse algo?- A garota do 12 responde, escolhendo bem suas palavras para não deixar óbvio que alguém, denominado Cato, o mataria.  - Eu tiro minhas botas também, assim os dois não fazem barulho.

                              Então o nome do sujeito é Peeta. Por alguma razão isso não me lembra a nada, pois juro que ouvi outro nome do centro de treinamento.

                             - Como se você fizesse barulho. Eu nunca cacei antes.  – Ele diz enquanto seu rosto se murcha e transforma-se numa expressão enraivecida, mostrando o que ele realmente sente.

                             - Só porque sua perna está machucada. – Talvez seja essa a razão de Peeta não ter aparecido o jogo inteiro. Sua perna estava seriamente machucada e por isso escondera-se. Isso definitivamente afirma que na bolsa do distrito 12, no dia do ágape, era um remédio para a perna do Peeta. Depois que eles se encontraram, ela cuidou dele e isso conta se arriscar no meio daquele banho de sangue. Será que isso realmente era amor?

                              Ah! O amor... Como aqui existe amor... Dou uma risada irônica e ajeito minha mochila colocando-a sobre minhas costas enquanto ouço a conversa.

                              -Isso não tem nada a ver. Vamos nos separar e cada uma faz alguma tarefa. Seria mais produtivo.

                               - Para que? Para Cato o achar e matá-lo? – Ela disse tentando soar docilmente, mas não dá para falar algo desse tamanho sem chamá-lo indiretamente de fraco. Achei que ia começar uma discussão ao ver a expressão de Peeta e a indignação de Katniss, mas ele apenas sorri e fala:

                                - Eu já lutei com ele antes, lembra? Eu consigo me defender. – Algo chama a minha atenção, seria Peeta um ex-integrante do grupo dos carreiristas? ‘’Não, ele não. Tão paciente e dócil assim. Ou muito esperto. ’’ Ou simplesmente muito corajoso.

                         - Peeta, só precisamos tirar os sapatos e então voltamos a caçar. –Disse Katniss decidida. Sua teimosia ia bem além para proteger seu parceiro. Admiro esse sentimento de cuidado dela. Pelo menos é o que transparece. Uma ideia vem-me à cabeça e seguro um sorriso. Se eu fosse a parceira dela, iriamos brigar muito. Duas teimosas, duas estratégicas.  

                         - Eu tenho uma ideia. Você poderia me mostrar algumas plantas e raízes comestíveis e eu colho elas para comermos mais tarde. Sou bom nisso. – Ele diz entusiasmado e tentando convencê-la, como se estivesse livrando-se de alguma tarefa muito entediante.

                           Katniss e sua expressão de determinada morrem. Ela levanta as sobrancelhas, entorta a boca e seus olhos brilham. Ela encara Peeta por algum tempo e deduzi que ela estava aceitando sua proposta, apesar de estar nervosa e achar a maior idiotice. Por fim ela relaxa as mãos que seguravam o arco e flecha e respira fundo. E assim, diz:

                       - Tudo bem. Colha algumas dessas raízes e plantas. – Ela dizia enquanto apontava para o chão e mostrava-lhe como pegá-las fazendo gestos com as mãos. Falou quais não pegá-las e, rapidamente, vira-se sem dizer nada e começa a andar mais rápido que antes, procurando animaizinhos.

                          Peeta fica a encarando, admirando-a. Depois ele se vira e curva as costas para o chão, e vai voltando todo o caminho de onde viera pegando alguns vegetais.

                           Fico confusa de imediato. Eu tinha uma estratégia, mas agora tenho que adequá-la a situação a que encontro. Não vou enfrentar Katniss, não armada daquele jeito. E tem Peeta, mas acredito que apesar da perna ele tem força suficiente para dar um soco numa magricela como eu.

                            Espero Katniss virar a esquerda e procurar caça. Pulo da árvore e faço menos barulho que seu parceiro fazia somente andando. Olho para o fundo da mata e penso que poderia ir aquela direção e então eu fugiria e esperaria Cato encontrá-los. Baixo a cabeça e sinto-me triste com isso. Sem ter o poder de agir. Sem ter o poder de atuar. Ou de sustentar-me. Talvez seja isso que sempre me deixara alguns momentos desmotivados na arena. O fato de eu não poder provar à mim mesma qual meu valor aqui dentro.

                               Insensatez é o que fala a minha cabeça, mas eu sinto que preciso de um basta. Então, viro-me na direção que Peeta foi e, às espreitas, sigo-o.

                                Não preciso correr, ou procurá-lo. Ele não anda tão rápido quanto Katniss, muito menos faz silêncio. Vejo-o pegando algumas raízes que estavam difícil de arrancar. Ele fazia sons do ritmo de alguma canção, mas olhou para os lados e largou a mania. Acho que ele sentiu que alguém o seguia. Andei um passo para trás e continue seguindo-o quando finalmente arrancou as raízes.

                              Eu não sabia o que fazer. Talvez eu lançasse alguma faca nele com o treinamento que recebi, apesar dos resultados ridículos. Se Katniss me visse fazendo isso a deixaria furiosa, então teria que pensar num jeito de me livrar dela. Não levou segundos para que eu deixasse essa ideia de lado, mas se algo inesperado acontecer eu não poderei hesitar.

                              Eu não estou interessada em suas raízes e plantas, na verdade eu sei muito bem fazer isso. Eu estava interessada em sua mochila. Pois bem, com todo esse amor ocorrendo entre eles, os parceiros receberam muitos presentes, mas sei que não há tanta comida naquela bolsa. Eles receberam alimento fresco, típica da Capital. Então, comeram quase tudo e deixaram os que não estragariam de imediato para caso de alguma emergência.

                                Além disso, Katniss está caçando. Outra confirmação. O que deve haver dentro daquela mochila são suprimentos tais como cobertores, sacos quentes de dormir, objetos altamente úteis e facas, adaga e outros utensílios mortíferos. E remédios, algo de alta importância.

                                Continuamos a andar em sincronia sem ele saber de minha existência. Porém, começo a achar que ele percebeu por que de vez em vez ele olha para os lados, procurando-me. Passa-se cinco minutos de caminhada e decido esperar por alguma oportunidade para pegar a tal mochila.

                                

                                 Parecia um presságio de bom caminho. Uma borboleta linda de cores azuis e bolinhas laranja pousa em meus pés. Ela para de bater as asas e fica ali. Não tinha medo de mim. Por um momento eu parei de observar Peeta e fiquei admirando aquele ser pequeno. Sua asa começou a tremer e depois saiu voando, tocando meu nariz e indo para cima.

                                  Realmente muito incrível ver aquela criatura tão linda num local tão triste. Chacoalhei a cabeça e voltei a atenção para Peeta. Dessa vez ele metia a mão num arbusto pegando pequenas bolinhas pretas. Estendeu sua jaqueta no solo e colocou-as sobre ela.  Pegou aproximadamente treze delas. Apertei meus olhos, fui um pouco mais á frente e vi que não eram esferas pretas, e sim, amoras.

                                   Ele checava uma por uma com um olhar indeciso. Depois sentou-se ao lado delas e ficou observando o nada. Aquelas amoras estavam suculentas e eu não conseguia resistir á uma. Minha única vontade, simplesmente, era pegar aquelas amoras e depois a mochila de Peeta. Lembro quando comecei a gostar dessa frutinha.   Foi quando vim á Capital. Lá no meu distrito elas não existem, e quando as experimentei quase desmaiei.  

                                     Passaram-se alguns segundos e Peeta levantou-se. Ele olhou para todas as direções.  Ele estava aflito e secou o suor com a costa de sua mão.  E saiu. Simplesmente saiu. Talvez fora procurar alguma raiz a mais, e deixou as amoras para trás junto com sua mochila.

                                   Esperei um tempo para aceitar aquela oportunidade dada de graça. Tornei-me tensa e, até admito, com medo, mas fui dando passos involuntários. Até que cheguei perto do local onde Peeta estava. Hesitei, tentei lutar contra minhas pernas, tentei não suar, tentei segurar a respiração ofegante. Tentei lutar contra mim mesma, mas eu era mais forte. Mal podia acreditar. Abaixei-me e peguei uma amora.

                                    Podia sentir seu cheiro suculento.  


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler tuudo!! Se você gostou ou não, ou achou algum erro: mande reviews! Motiva muito a autora aqui, e ajuda a corrigir os erros. Não sou movida a reviews, mas é muito bom saber a opiniões de vocês! Obrigado, bjs.



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