Distrito 5 - A Força Da Inteligência escrita por BelleJRock


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oieee queridos leitores ! Primeiro queria me desculpar pela GIGANTESCA demora! A semana inteira eu não pude entrar no pc, só conseguir entrar uma vez na casa de uma amiga em que fui estudar. Bem, taí a razão da demora: escola. Estou tendo semana de provas e tá difícil a coisa aqui haha. Então o próximo capítulo também deve dmeorar um tico assim >< Bem, espero que gostem desse capítulo! Bjs e boa leitura.



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Sinto-me uma criança que está correndo em direção à felicidade. Finalmente ela a alcançou e uma sensação tênue atravessa sua alma e lhe dá um sentimento de segurança e paz. Mesmo nos céu cinza e empoeirado do distrito 5, mesmo em seu solo degradado e infértil e mesmo que o barulho dos pássaros e peixes já estejam extintos, a pequena criança consegue enxergar um paraíso.

‘’É exatamente assim que me sinto’’, penso. A sensação que invade meu corpo com o frescor da água da chuva é inigualável a qualquer situação que ocorreu aqui na arena.

De repente paro de dançar próximo ao rio que está se enchendo aos poucos e vou até minha mochila, que caiu no momento em que eu pulara da árvore. Abro-a e pego minhas duas garrafas. Finalmente poderei usá-las! Um sorriso vem em meus lábios e ele não sai mais.

As poças que estão formando ao meu redor se intensificam, e com elas dou uma rápida lavada nas garrafas abandonadas. A chuva está bem potente (talvez até mais do que imaginava), e não leva mais que vinte minutos para o rio encher-se novamente. Ponho água nas garrafas e vou até a árvore onde minha mochila está encostada.

Em movimentos rápidos coloco uma pílula em cada recipiente e espero os duradouros trinta minutos. Nesse meio tempo, guardo as garrafas dentro da mochila, camuflo-a com a lama que se forma ao redor do leito do rio e deixo-a no mesmo local. Sem nenhuma hesitação, e com a conclusão de que a área está limpa, tiro minha roupa ficando somente com as partes íntimas, e me jogo dentro do rio.

Mergulho, faço movimentos acrobáticos, jogo água para o ar e limpo toda a sujeira, sangue e substâncias que provavelmente desconheço em meu corpo. Vejo que meus cabelos cresceram e estão batendo no final de minhas costelas. Minha pele está extremamente áspera e quando passo as mãos em meu rosto sinto a oleosidade da sujeira saindo.

Depois de dez minutos de um banho maravilhoso, saio e vou até a árvore. Adentro um pouco mais na floresta a fim de proteger-me da chuva o máximo possível. É difícil encontrar um local, mas um pouco a leste de onde eu estava havia uma área com as copas das árvores bem entrelaçadas. Andei o trajeto todo somente de roupa íntima e consegui me secar o suficiente.

Minha roupa não está totalmente úmida, porém está insuportavelmente gelada. A chuva esfriou o clima, e como deixei minhas vestes de lado ela não se aqueceu com o calor humano. Vesti-la foi um sacrifício. Fiquei tremendo dentro da jaqueta fria e o cabelo molhado não ajudava muito. Pegaria uma bela gripe naquele estado, e tive que improvisar algumas ideias.

Peguei minha faca altamente cortante e separei uma mecha de cabelo. Medi até o final do ombro e comecei a corta-lo. Os grandes pedaços capilares caíam e quando chegavam ao chão separavam-se em milhares de fios. O solo ao meu redor começou a ficar com uma coloração laranja escurecido. Ver toda aquela cabeleira caindo me deu até dó. Dou um leve sorriso ao pensar que estou em preocupando com isso... Sempre gostei de cabelos grandes.

Passou vinte minutos quando terminei meu serviço. O novo corte não estava o dos melhores porque não conseguia ver boa parte do meu cabelo, porém secou mais veloz do que seria antes e em seguida amarrei-o num coque baixo 

Passou-se o tempo necessário para a purificação da água e ansiosamente  agarro em minhas preciosas garrafas. No momento em que encosto nas garrafas, meu corpo inteiro para de tremer e me concentro somente no conteúdo que se balança e está pronto para me abastecer de energia positiva. Destampo a garrafa e vou levando a boca lentamente. Esse momento, por mais simples que seja, deveria ser passado gloriosamente para a capital mostrando minha superação e consequentemente alguns patrocinadores generosos.

A água vai descendo em minha garganta ardilosamente. Sim, fico sentindo um pouco de dor, mas era o que eu realmente queria. Não bebo tudo de uma vez, pois tenho o risco de vomitar tudo para fora. De gole em gole bebo mais que a metade da garrafa e um gosto apetitoso, prazeroso, suave e precioso se prolifera em meu corpo.

A sensação de ter água em meu corpo nunca foi tão importante para mim. Sinto-me revigorada para qualquer situação, sinto-me feliz e potente. Começo a produzir saliva e minha língua fica toda eriçada. Meus lábios que estavam rachados e a ponto de sangrar para por aí ao receber água. Meu cansaço vai se transformando em contentamento.

Paro de beber quando a garrafa já está quase em seu fim. Respiro fundo e recosto minha cabeça satisfeita. Mal posso esperar ter vontade de urinar. Parece um privilégio para mim, e com isso dou uma leve risada sem sentido.

Guardo as garrafas e olho para o fundo da floresta escura e tenebrosa. Era somente iluminada de vez em vez quando um raio caía ao meio do temporal. Não pude sair do local onde estava, então fiquei torcendo para que nenhum raio atingisse a árvore em que recosto-me e eu acabasse morrendo eletrocutada.

Fiquei preparando-me para dormir e bolar um plano para ficar alerta a qualquer tipo de intruso, mesmo achando que ninguém sairia nesse temporal. Pego minhas mechas de cabelo e tento enterrar todas para que ninguém veja meu rastro. Começo a cavar buraquinhos ao meu redor para que a água escorra para lá e não acabe me encharcando. Depois pego meu saco de dormir e estico-o sobre o solo. Entro nele e faço tentativas em aquecer-me. É difícil conseguir um calor bom o suficiente para dormir, mas não estou me importando muito para isso agora. E antes que eu esqueça, aperto minha faca contra minha barriga e a deixo preparada.

Antes que eu pudesse dormir, algo martelava em minha cabeça. Aquela segunda pílula na bolsinha do ágape. Fiquei pensando no que era aquilo. Precisei dar mais uma olhada naquele comprimido e tirar alguma conclusão. Estico minhas mãos para fora e procuro o recipiente.

Verifico-o novamente e somente vejo um tubo cilíndrico com um comprimido lá dentro. Começo a pensar numa possibilidade: talvez isso seja um remédio para minhas dores e infecções devido a água suja e contaminada que eu bebera.

- Ele não poderia colocar algo mortífero no ágape... – Penso alto. O mais insensato aconteceu depois. Peguei a garrafa quase vazia, joguei o comprimido na boca e empurrei com a água. A dor em minha barriga continuava, mesmo depois de beber água limpa, e espero que a pílula sirva para isso. Porém, se eu não acordar amanhã, espero que ninguém mais morra em vão. Ou então que ninguém mais force essas mortes para nenhum fim. E então fui fechando meus olhos contra a paisagem escura e o som contínuo da chuva.

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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Odiaram? Algum erro? Mande reviews! É sempre bom saber o que vocês pensam da fic e em que eu posso melhorar e corrigir os erros. E se você gosta muito da fic recomendá-la ajudaria muito a divulgá-la. Obrigado por ler pessoal! Bjinhos



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