Spell The Most escrita por Angel Salvatore


Capítulo 27
Capítulo 26




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“Você o quê?”,eu perguntei tentando tirar a minha mão da dele, mas ele as segurava como se a sua vida dependesse disso.

“Calma, Alex”, ele disse tentando me acalmar. “Vou ter que dar um tempo da escola. Gabbe ficou doente, algum problema com os rins e ela precisa de um trasplantes. Parece que da família, só eu sou compatível com ela.”

“Mas, você vai voltar?”, eu perguntei temorosa. Eu não sabia como iria sobreviver sem Nick para me dar apoio. Não depois da facada nas costas de Nathan.

“É, claro que eu volto, meu amor”, ele se inclinou e me deu um beijo rápido nos lábios. “Vou viajar domingo, mas eu não queria ir com esse clima ruim entre a gente, sabe?”

“Daqui a 3 dias?”, eu perguntei.

Ele assentiu.

“Mas, antes de ir, queria te perguntar se você não gostaria de ir ao jogo de sábado comigo. Como em um último encontro antes da viagem”, ele perguntou e voltou a acariciar meu rosto.

“Qual vai ser o jogo desse fim de semana?”, eu perguntei, mas já estava pronta para aceitar qualquer coisa. Até briga na lama.

“Beisebol”, ele disse. Seus olhos se moviam dos meus lábios até os olhos, como se estivesse pedindo permissão. “Ás 8 horas, tá tudo bem para você?”

“Uhum”, eu disse e comecei a me aconchegar em seus braços.

Nick tomou isso um sinal de paz e me beijou. Eu me encostei na cama e o puxei pela blusa para que viesse comigo, mas que não nos separássemos. Eu precisava tanto daquilo que me doía negar. Nick consegui, depois de um bom tempo nos beijando, se aconchegar em mim. Logo ele me abraçou e sussurrou em meu pescoço.

“Não sabe como eu vou sentir falta disso”

“Eu também”, eu respondi, mas meus pensamentos estavam longe.

Agora que Nick iria viajar, não teria mais ninguém que me deter-se de conhecer melhor Nathan. Ninguém, a não ser Lana. E, claro, meu relacionamento com Nick ainda continuaria, mesmo a distância.

Sem querer, comecei a imaginar como seria o relacionamento de Nathan e Lana. Como seria a sensação daqueles lindos lábios pressionados contra o seu? Seriam macios ou rudes? Ou dos dois?

E, quem me protegeria de mim mesma quando Nick não estivesse mais ali?

“Hum, Alex”, Nick me chamou.

Eu abri meus olhos sem saber exatamente quando os tinha fechado e o encarei. Nick tinha levantado a cabeça que, até aquele momento, estava deitada em minha barriga. Eu parei de fazer carinho em seus cabelos negros e olhei bem fundo de seus olhos azuis.

Algo me dizia que eu não iria gostar nada do que estava por vir.

“Sim?”, eu respondi.

“Aquela briga que você teve com Lana, a pouco, foi por causa do Castille?”, Nick perguntou bem devagar e destacando cada palavras para que eu não me fizesse de desentendida com ele, de novo.

Mas, quem disse que funcionou?

“O que você está...? Nick, você, por acaso, está insinuando que eu...?”, como percebi que não estava conseguindo terminar uma frase e respirei fundo. “Olha, Nick”, eu comei e olhei além de seus olhos, com o pensamento único de que eu não poderia mentir para ele. “Eu esbarrei em Lana, ela me xingou, eu fiquei fula, ela me ameaçou e eu parti para ação.”

Sem que eu percebesse, tinha meio que fugido da pergunta. Mas, Nick, não pareceu notar. Ele queria aproveitar cada momento como se fosse o último.

Por isso, ficamos o restante da noite conversando, rindo e nos beijando. E meio que lamentamos quando o toque de recolher soou como um alarme de incêndio em nossos ouvidos.

Eu queria acompanhar Nick até o seu quarto, mas ele insistiu que estava tudo bem dele ir sozinho. Ele não queria que eu andasse sozinha na noite de Spell the Most. Ah, mal sabia ele que eu já o tinha feito muitas vezes. Principalmente, ontem.

Não era lá a melhor das ideias do mundo, andar sozinha e no escuro por um lugar onde moravam cerca de 50 vampiros e 30 lobisomens sádicos e que adoravam um lanchinho fresco.

Não que estivesse com medo! Oh, não! Conhecia aquela escola como a palma da minha mão e sabia que nenhuma criatura sádica seria maluca o suficiente para cruzar o meu caminho. A não ser que quisesse virar churrasquinho. Oh, sim!

Mas, deixei Nick ir e o observei partindo da entrada do lobby. Ás vezes, no meio do caminho, ele parava, se virava para mim e me mandava beijos. Era fofo e eu retribuía com grande prazer.

Ficou assim até ele sumir da vista e eu entrar no dormitório. Luen ainda não tinha chegado e eu não estava com energia para esperá-la.

Toquei de roupa e, antes que eu percebesse, eu estava jogada em minha cama e dormindo tão profundamente que, se alguém tentasse me acordar, e conseguisse, seria um milagre.

E aconteceu.

No meio da noite, me senti sendo sacudida e acordei com os olhos arregalados e preocupados de Luen.

Por um momento, pensei que mais alguém tinha sido assassinado, mas Luen parecia um pouco menos atordoada e mais preocupada. Isso me fez ficar preocupada também.

“O que foi?”, eu perguntei me sentando e abraçando minhas pernas. Era impressão minha ou o quarto tinha esfriado?

“Eu tive uma visão”, Luen disse. “Lana cercou Suzy lá fora, na grande área antes dos estábulos. Você tem que detê-la”

De um jeito doente, me senti como o Mulher Maravilha, mas não durou muito até que a situação de Suzy entrasse de vez em meus cérebro.

“Lana fez o quê?”, eu me levantei e já fui vestindo uma calça preta de moletom que eu peguei no caminho e um top branco qualquer que eu achei no armário. “Como você sabe que é hoje?”

Nesse ponto, eu já estava calçando meus tênis e prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Luen apenas foi até a janela e puxou as cortinas. Por um momento me perguntei se ela conseguia enxergar o estábulo dali. Não. Nem eu conseguia. A luz da lua entrou em nosso quarto.

“Não sei, mas eu sinto que é hoje”, ela se virou para mim e o seu rosto foi parcialmente iluminado pela luz da lua.

Seus olhos estavam sérios.

“Lana não está aqui”, ela fez um movimento com a cabeça para a cama.

Eu o segui e vi que a cama de Lana estava intocada. Ela nem, se quer, tinha vindo dormir. Sem mais nenhuma palavra, me levantei e fui em direção a porta, já pronta para correr.

A voz de Luen me parou.

“O que eu faço?”, ela perguntou se movendo um pouco para o meu lado.

“Acorde Lien e Ryan”, respondi sem hesitar. “Apenas eles, Luen. Todos ainda estão de luto. Se a situação estiver feia, chame a diretora”

Luen assentiu e já estava pronta para ir, quando hesitou e me perguntou:

“O que você fará para deter Lana?”

Eu não respondi e saí correndo para o fundo do corredor passando por inúmeras portas de quartos. A de Lien e Suzy eram duas portas de distância. Mas não era para lá que eu ia. Era para a saída de incêndio.

Eu tinha aprendido a sair por ela no primeiro ano, com Drake. Era o um meio de sair depois do toque de recolher, sem que ninguém ficasse sabendo, incluindo a inspetora. Desci as escadas rápida como nunca e tive cuidado ao abrir a porta, se não o alarme seria disparado e não seria nada legal.

Eu não sabia o que iria fazer, porque primeiro, meu sangue estava fervendo com a ideia de ver Lana machucando Suzy. E segundo, meu corpo estava formigando com a hipótese de terminar o que tínhamos começado hoje de manhã.


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