Ever And Forever escrita por Priih _ ncesa


Capítulo 9
Diagnóstico


Notas iniciais do capítulo

Bem, depois de surtar com o capítulo 599 de Naruto (que eu ainda acho que é fake, pois nada faz sentido e TOOOODAS as idades daquele flash back estão erradas! Sem contar que, o que o rosto no Minato estava fazendo no monte dos Hokages?! Ele se tornou Hokage anos depois daquilo!!! ESTÁ TUUUDO ERRADO! Enfim...), estou um pouco mais calma (MENTIRA!) e venho lhes trazer mais um capítulo! Espero que gostem!
Enjoy~



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Capítulo VIII

Diagnóstico

-

Lembro de você caída em meus braços

Chorando pela morte do seu coração

Você era uma pedra preciosa

Tão delicada, perdida no frio

Você estava sempre tão perdida na escuridão.

Pictures of You, The Cure.

-

Depois de mais lágrimas, gritos e insistência, Kakashi havia conseguido acompanhar Jun, e agora ambos estavam sentados esperando pela tal doutora. O silêncio entre eles era tão tenso que poderia ser apalpado.

Kakashi suspirou e olhou pelo cantos dos olhos, vendo que ainda haviam rastros de lágrimas pelo rosto da jovem. Suspirou mais uma vez. Se ele houvesse pelo menos suspeitado...

- Ora, ora, ora... Que bons ventos o trazem aqui Kakashi? – Uma voz disse as suas costas, e surpreso ele virou o pescoço.

- Tsunade-sama? – Ele não acreditava que estava vendo a loira ali na sua frente. Tsunade tinha um caso de uma vida inteira com Jiraya. Desde que ele se dava por gente, Tsunade e Jiraya estavam juntos, ou mais ou menos juntos. Mesmo na meia idade Tsunade estava ótima. O cabelo loiro preso nas suas tão costumeiras maria-chiquinhas baixas e os fartos seios tão fartos quanto ele se lembrava.

- Vejo que estás ótimos Kakashi! – Tsunade se aproximou e deu-lhe um tapinha nas costas.

- Mais ou menos... – Murmurou, lançando um olhar preocupado a Jun. Tsunade seguiu o seu olhar e viu que o rosto da jovem não era dos melhores.

- Oh querida, o que aconteceu? – Tsunade se aproximou dela e pousou a mão no ombro de Jun. Mas a jovem não respondeu, apenas balançou a cabeça e desviou o olhar. – Vamos entrar, vamos...

Kakashi a encarou confuso, mas quando Jun se levantou e seguiu Tsunade, ele fez o mesmo.

Adentraram em um amplo e bonito consultório, que pelas fotos na mesa, Kakashi adivinhou que era o consutório particular de Tsunade. Isso elucidava suas dúvidas. A médica que Jun havia vindo ver no hospital era Tsunade. Isso o deixava um pouco menos preocupado.

Se sentaram e Tsunade olhou para Jun, esperando.

- Os exames, Tsunade-san... – Jun estendeu os exames por cima da mesa. Eles estavam um pouco bagunçados e massados, alguns até mesmo pisados, por causa da cena que havia acontecido mais cedo. Porém, se Tsunade percebeu isso, não disse nada.

- Parece que o Kakashi descobriu, não é? – A loira perguntou bondosamente, olhando de Jun para Kakashi.

- Sim, descobri... – Kakashi deixou um longo e sonoro suspiro sair. Ainda não conseguia acreditar que Jun havia estado grávida. Grávida de um filho dele.

- Bem, bem... – Tsunade murmurou e se pôs a olhar os exames. – Parece que seu útero está se recuperando, e seus pulmões também.

- Pulmões? – Perguntou Kakashi. Disso ele não sabia.

- Jun ficou muito doente depois que você se acidentou, teve pneumonia causada por uma bactéria. Ela passou a maior parte daquela época nesse hospital, ou visitando a você, ou internada. – Explicou Tsunade séria. Se Jun não ia contar o que acontecera, ela iria. Achava um absurdo a jovem tentar esconder aquilo do Kakashi e fazê-lo pensar que tudo eram flores. – Ela teve alta apenas duas semanas antes de você.

- Como é? – Ele se virou para Jun, que olhava para um ponto interessante na parede a frente. – Você estava doente?

- Está. – Corrigiu Tsunade e levantou um exame a altura dos olhos. – Ela está anêmica. Você ainda está com hemorragias, Jun?

- Um pouco... – Disse a jovem com a voz fraca.

- Parece que a curetagem não fez muito resultado. Pensei que depois de dois meses o seu ciclo normal de menstruação ia conseguir eliminar tudo do seu útero, mas acho melhor nós fazermos uma intervenção cirurgica... – Tsunade baixou o exame e pôs os finos óculos, voltando a examinar o exame. Seus olhos já não eram os mesmos.

- Intervenção cirurgica? – Kakashi se assustou um pouco com aquilo. Não havia entendi metado do que Tsunade havia dito, mas havia captado aquelas duas palavras. – Por que ela precisa de uma intervenção cirurgica?

- Porque ela ainda está apresentando sinais de que há algo no útero dela. Normalmente, quando se sofre um aborto, uma interveção cirurgica é feita, para limpar o útero. Essa intervenção é chamada de curetagem, mas parece que na Jun não teve efeito, ela ainda apresenta febre, dor e hemorragia, e isso está deixando-a anêmica. Por isso eu recomendo outra interveção cirurgica, essa chamada de aspiração por vácuo. – Explicou a loira. – Isso pode assustar, mas a aspiração a vácuo é um método mais rápido e indolor de cura.

- Eu vou fazer...

- Espere aí! – Kakashi interrompeu a jovem. – Você nem ao menos sabe os riscos dessa cirurgia e já vai falando que vai fazer...? Está louca?!

- Isso vai me deixar curada, não é? – Jun falou, se dirigindo a Tsunade e ignorando Kakashi. – Então eu vou fazer.

- Os riscos... – Tsunade falou quando percebeu que Kakashi ia intervir novamente. – Os riscos são mínimos. Não há nada com o que se preocupar. Ela faz a cirurgia, e no mesmo dia está liberada. Só não poderia fazer extravagâncias por alguns dias, e terá de manter um tempo de resguardo. – Tsunade não sabia como estava a relação entre eles dois, mas acho importante frizar aquela parte, pois quem podia saber, não é?

- Posso marcar a cirurgia para quando? – Perguntou a jovem, querendo dar um fim de uma vez por todas aquela situação.

- Amanhã, se você quiser. – Tsunade deu de ombros. – É uma cirurgia rápida, posso fazer até agora se você quiser.

- Ela precisará ficar internada? – Kakashi perguntou. Do jeito que Jun era doida, era bem capaz de ela fazer aquela bendita cirurgia naquele mesmo momento.

- Sim, para pelo menos passar a noite.

- Então... – Jun suspirou e se pôs de pé. – Vamos fazê-la!

- Espere Jun! – Tsunade a chamou quando a menina já estava a meio caminho da porta.

- O quê? – Ela se voltou. – Só temos isso para conversar. Vim saber apenas sobre o meu útero e sobre os meus pulmões. Só sobre essas duas coisas. – Jun frizou as duas últimas palavras e Tsunade suspirou.

Kakashi podia apostar que Jun estava escondendo outra coisa dele. Mas ele sabia que agora não era o momento certo para pressioná-la. Suspirando, também se levantou e a acompanhou para a porta, Tsunade vindo logo em seguida.

- Venha comigo Jun, vou pedir a uma enfermeira para prepará-la pra o procedimento e arrumar um quarto para passares a noite... E você, Kakashi... - Tsunade se voltou para o grisalho. – Espere aqui, ok?

Kakashi assentiu e viu as mulheres segirem para o corredor.

Jun estava escondendo coisas dele. Escondendo muitas coisas dele. Ele tinha eté medo de descobrir que coisas eram essas. Bufou e se jogou numa cadeira ali por perto, deixando a cabeça descançar nas mãos. Aquilo havia deixado ele acabado.

Talvez Jun tivesse razão, talvez ele não devesse saber dessas coisas, ser poupado doiria menos. Mas isso era errado. Era errado ele ser poupado enquanto ela estava sofrendo sozinha. Suspirou e levantou a cabeça, vendo Tsunade vir em sua direção.

- E aí? – Ele perguntou para a loira que se sentou ao lado dele.

- E aí que você escolheu a mulher mais teimosa e cabeça dura do mundo para se casar! – Desabafou Tsunade e riu em seguida. – Ela é muito forte, a Jun.

- Percebi... Mas me diz Tsunade. – Não custava tentar. – O que mais a Jun está escondendo de mim?

- Parece que você percebeu, nee. – A loira deu um sorriso triste. – Mas infelizmente por causa da ética médica eu não posso te contar, mesmo ela sendo sua esposa. A única coisa que eu posso te dar é um conselho. Fique de olho nela. Ok? Ela vai precisar de você.

Kakashi assentiu e observou Tsunade se levantar e se afastar.

Jun precisava dele, e ele estaria ali por ela, mesmo que não a amasse. Ou melhor, mesmo que ele não lembrasse do amor que havia sentido por ela. Sabia que algum dia se lembraria desse sentimento, só não sabia quando. Por enquanto, tudo o que poderia fazer era reprimir seus sentimentos por Anko e ficar ao lado de Jun. Era o mínimo que ele devia a menina.

Se espreguiçou, e logo em seguida seu telefone se pôs a tocar.

- Mochi-mochi? – Não fazia a mínima ideia de quem o poderia estar ligando, pois aquele era um telefone novo, já que o seu anterior foi perdido no acidente. Apenas Jun tinha aquele número, ou assim ele pensava.

- Yo Kakashi!

- Jiraya-sama?! – Para a surpresa de Kakashi, a voz de Jiraya entrou pela sua orelha esquerda.

- E quem mais poderia ser? Haha. – Riu-se o velho. Kakashi poderia apostar que ele estava bêbado.

- Isso era exatamente o que eu estava me perguntando... – Kakashi bocejou e piscou os olhos. Não estava dormindo muito bem nesses últimos dias. Talvez pela culpa de continuar pensando em Anko.

- Eu acabo de conversar com a Jun, e pelo o que ela me disse, você tem se esforçadoo bastante, não é?

Kakashi ficou momentaneamente sem palavras. Jun havia ligado para Jiraya nesse meio tempo? Por que ela faria isso? Balançou  a cabeça para clarear os pensamentos.

- Sim... – Respondeu pausadamente, destravando seu encéfalo. – Tenho estudando bastante. Peguei todas as referências que me passastes.

- Oh, subarashi! Isso é maravilhoso Kakashi! – O velho exclamou e Kakashi teve que afastar um pouco o telefone móvel do ouvido. Jiraya falava gritando. – Você acha que está pronto para voltar a dar aulas? Jun acha que você está!

- Pronto?! – Kakashi exclamou, e dessa vez foi Jiraya quem afastou o telemóvel. – Pronto para voltar a dar aulas?!

- Jun acha que sim! – O velho disse animadamente. – E se ela acha que isso, eu posso confiar nela. Agora eu quero a sua resposta Kakashi. Você quer voltar a dar aulas?

- Sim! – E aquela era uma resposta sincera. O que mais Kakashi queria era a sua vida de volta, e dar aulas era a sua vida. Não sabia fazer mais nada que não fosse ser chamado de sensei. – Sim! – Repetiu para dar enfase. – Eu quero voltar a dar aulas!

- Então chegue cedo na segunda-feira e venha direto para o meu escritório, Hatake-sensei! Matta nee...

- Ja nee...

Kakashi desligou o celular e estático, ficou a fitar o aparelho agora com a ligação encerrada por alguns minutos. Nem podia acreditar que muito em breve ele estaria voltando a dar aulas!

Suspirou e um largo sorriso invadiu-lhe a face. Não poderia estar mais feliz do que isso.

E tudo isso, como sempre, era graças a Jun. Aquela menina sempre estava a um passo a frente dele.

Mesmo enquanto doente e a caminho da sala de cirurgia, ela se preocupava com ele, e havia feito uma ligação para Jiraya. Ele não tinha ideia de como agradecê-la. Na verdade, ele tinha. Ele tinha que se esforçar em recuperar logo as suas memórias e devolver-lhe de uma vez por todas o Kakashi que ela amava, e o Kakashi que a amava de volta.

Ele faria isso.

Ele precisava fazer isso.

Era o mínimo que ele poderia fazer por ela, já que ela estava fazendo tudo  por ele.

Decidido, Kakashi se levantou e foi procurar Tsunade. Pois, se Jun ia passar a noite, ela precisaria de uma muda de roupa e talvez alguns itens de higiene pessoal.

Foi por um corredor em que ele havia visto Tsunade virar. Seguiu por ele e virou para a direita, já que a esquerda era intitulada como uma área apenas para enfermeiros. Seguiu mais alguns passos e escutou a voz da loira. Estava prestes a chamá-la quando percebeu que ela conversava com alguém. Jun.

Não querendo interromper a conversa delas, ele se encostou na parede, para que elas não lhe vissem e esperou. Só não podia imaginar que o assunto da conversa delas fosse ele.

- Jun querida... – Ele ouviu Tsunade falar. – Você deveria contar tudo para o Kakashi. Ele merece saber. Ele é o seu marido!

- Não Tsunade-sensei! – A voz de Jun parecia chorosa. – Ele não precisa saber, ele realmente não precisa saber. Isso é algo que eu tenho que lidar!

- Demo...

- Não! Eu não vou contar! – Ela estava resoluta. Desde o momento em que soube que Kakashi estava desmemoriado, ela havia tomado essa decisão. Certas coisas Kakashi não precisava saber, e se dependesse dela, ele nunca saberia.

- Jun. – A voz de Tsunade perdeu toda a gentileza. Estava dura. – Você deve contar a ele. Na sua situação... – A loira suspirou. Não sabia como fazer aquela menina teimosa a escutar. – Você não corre risco de vida querida. Mas se continuar desse jeito... Não sei o que pode acontecer com você! Ele é seu marido...

- Não! – Jun a interrompeu. – Pare de repetir que ele é meu marido. – Jun começou a chorar, e em meio as lágrimas e soluços continuou. – Ele pode ser meu marido por causa de um papel, mas no coração dele eu não passo de uma desconhecida. Desconhecida essa que é uma pedra no seu sapato!

- Jun... – Tsunade murmurou.

- Sabe o quanto dói ver que ele não me ama? Ver que o homem que me fez juras de amor, me beijou, abraçou e tocou não se lembra de nada disso?! – A voz da jovem saia entrecortada e forçada, por causa das lágrimas. – Sabe o quanto dói ver no fundo dos olhos dele que ele não me ama? Saber que ele ama a outra? Porque eu sei que ele ama a Anko!

- Não fale uma coisa dessas Jun... – Tsunade tentou intervir, mas foi em vão. Jun não a escutaria. Não escutaria a ninguém.

- Ele não me ama! Eu não passo de uma desconhecida incoveniente com quem ele está amarrado!

- Ele vai se lembrar...

- Não! – Jun praticamente gritou, e Kakashi se encolheu aonde ele estava. Com medo de ser visto. – Ele não vai se lembrar! Já se passou quase um mês. Ele não vai se lembrar!

- Claro que vai! – Exclamou Tsunade. – Você mesma me disse que ele havia se lembrado da música. Que ele havia se lembrado de que tocava algum instrumento...

- Tocar algum instrumento é igual a andar de bicicleta. Não é algo que você se esquece facilmente. – Jun quase riu. A situação era toda tão absurda que ela tinha vontade de rir. – Tocar algum instrumento está ligando a várias áreas do cérebro, como a área motora. Área essa que não foi afetada no acidente. Sabe... Eu pesquisei.

- Jun... – Tsunade tentou mais uma vez. Kakashi torcia para que Tsunade pudesse falar algo para acalmar a Jun, para fazer com que o sofrimento da jovem diminuisse um pouco, pois ele mesmo não sabia. – Ele vai se lembrar, você não pode perder a fé...

- Eu já a perdia a muito, muito, muito tempo! Ele não vai se lembrar! Não vai! Eu sempre serei uma estranha. Sempre serei um incomodo para ele! – A voz de Jun estava carregada de tristeza e desgosto. Aquilo era demais para ela aguentar.

- Jun, se passou pouco tempo, menos de um mês... – Tsunade não ia desistir tão fácil. Havia acompanhado a luta que Kakashi e Jun haviam feito para ficarem juntos no passado. A relação deles não poderia acabar tão fácil assim.

- Quando nós nos conhecemos... – Jun parou de chorar, e agora tinha uma tom de voz mais baixo e complacente. Estava resiginada. – Um mês foi o tempo de nos tornarmos amigos, de rirmos juntos e comermos juntos. Agora, esse mesmo tempo se passou, e o máximo que fazemos sem nos contranger é o Kakashi me observar preparar as refeições! Ele não consegue conversar comigo, ele não consegue perguntar certas coisas para mim e nem ao menos me olhar nos olhos!

Aquilo já era o suficiente para Kakashi escutar.

Por mais que cada palavra que Jun tivesse falado doesse, todas elas eram verdade.

Ela estava se esforçando para aquela relação dar certo, mas não ele. Ele só estava deixando a correnteza o levar, sem fazer nada. Ele tinha que mudar aquela atitude.

Suspirando, ele deixou o local sem fazer barulho. Ainda escutando a, agora, voz exaltada de Tsunade.  A loira estava tentando mais para a relação deles dar certo do que o próprio Kakashi. Ele tinha que mudar isso.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bem, é melhor eu começar a fugir, não é? Kkkkkkkkkkkkkkkk Ainda mais porque no próximo capítulo a Jun e o Kakashi receberam uma visita nenhum pouco bem-vinda KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK só digo que ele é um albino de boca suja ahahhahahaahahhaha ~corre~
Ja nee~