Andando na velocidade normal, acompanhada pela menina, Jody levou cerca de 45 minutos para chegar em casa.

A tal garota seguia em silêncio, sem levantar a cabeça e ela tremia.

-Qual o seu nome?

-Julia. –Ela respondeu, e depois o silêncio predominou o resto do caminho.

Assim que chegaram na casa, que estava toda apagada, a menina parou.

-Obrigada.

-Pelo que? –Perguntou Jody.

-Por me tirar da floresta.

-Ah por favor, isso é o que eu faço. –Jody sorriu amigavelmente. –Tem lugar pra ficar?

Julia negou de leve com a cabeça, com as bochechas corando.

-Pode ficar aqui até encontrar algum lugar.

-Tem certeza? É melhor eu ir pra cidade e procurar algum lugar pra ficar por lá.

-Que isso? Pode ficar até você achar algum lugar pra ficar.

-Eu não quero incomodar ninguém.

-Tudo bem. Não é incomodo. AI CARALHO. –Jody berrou, quando tropeçou em alguém que estava sentado no degrau perto da porta.

-Não grita génio.

-Seu merda. –Ela bufou. –Que porra você está fazendo sentado na porta Dylan?

-Pensando?

-Isso foi uma pergunta? –Ele deu ombros. –A Patty te colocou pra fora?

-Se ela tivesse feito isso eu tava no meu quarto né esperta.

-Tá pensando em que?

-Em que fazer pra Patty me ouvir.

-Ela não é surda sabe.

-Mas ela tá me ignorando.

-Ok então. Boa sorte pra você.

-Tava onde engraçada?

-Na floresta. –Ela deu ombros e apontou para Julia, que estava encolhida atrás dela. –Vai ficar ai?

-Vou.

-Tá bom, boa sorte. –Jody seguiu, abrindo a porta e chamando Julia junto.