Venatus Hags escrita por Mayumi Kawakami


Capítulo 2
Feitiçaria


Notas iniciais do capítulo

É, eu demorei mas tá aí o/ Culpem a minha doença, ela me deixou de cama por um tempo -.-' Fiquei imensamente feliz com os reviews que recebi só com aquele prólogo. Como pediram tentei fazer um capítulo maior, era pra acontecer muito mais coisa só que então o capítulo iria ficar enorme e minhas ideias iam acabar. Ah, tradução de algumas coisas:Mère - mãe em francêsPère - pai em francêsLuminarium - luz em latinLembrando que essas traduções foram by Google então, eu não sei de nada 8D Sem previsão para segundo cap. aproveitem esse e não atirem em mim :3 Sério, deu trabalho para terminar ele u-u



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O pôr-do-sol estava bonito. Mas não era apreciado pelo jovem que cavalgava em direção à sua casa, que estava bem perto. E ficou por uns momentos assim até puxar as cordas da cela, avisando seu cavalo para parar. Depois de tanto tempo havia voltado para casa. Ou melhor, a mansão dos Erudon.

Ronan Erudon, francês e nobre, regressava ao seu lar após ter servido como soldado à Guerra dos Cem Anos vencida orgulhosamente. Só que às coisas não estavam muito boas, com as más colheitas vinha a fome e a Peste Negra se instalava aos poucos em toda a Europa. Mas naquele momento ele queria rever a família. Desceu do cavalo e caminhou em direção à porta da mansão, logo sendo recebido por um rosto conhecido.

– Fico feliz que tenha retornado Sr. Erudon – o albino falava tentando esconder um sorriso enquanto se curvava em uma pequena reverência – sua família lhe aguarda na sala de recepção.

– Já disse que não precisa me tratar com tanta formalidade Harpe, nos conhecemos há muito tempo, não tem problema – esboçou um sorriso que foi retribuído com um também.

– Bem vindo de volta, Ronan. – o tom era simpático – Sua família lhe aguarda, precisa se apressar, sua mère ficou muito preocupada por você ter ido à guerra – e olhou para Ronan meio hesitante, como se quisesse contar algo importante, já que como ele e Ronan, que não tinha irmãos, foram criados praticamente juntos, o azulado já sabia identificar o que o outro queria.

Sua atenção foi roubada quando avistara um casal sentado à mesa da sala de recepção, degustando de algum chá. A caminhada apressada que ele fez, despertou o casal da apreciação do chá que logo em seguida se levantaram para rever o filho. A mulher de cabelos pretos azulados se aproximou sem muita formalidade e abraçou Ronan com a força que sentia no coração aflito quando pensava que ele estava na guerra, mas agora ela não sentia mais isso.

– Seja bem vindo de volta, querido Ronan – ela se afastou um pouco e beijou a testa dele levemente – fico imensamente aliviada que tenha voltado bem!

– Senti saudades mère, fico extremamente feliz em poder estar aqui e rever todos. – um sorriso sincero que o azulado sabia fazer muito bem se formou em seus lábios e sua mãe com os olhos marejados se pôs ao lado do marido, que tinha o peitoral estufado, em orgulho do filho que honrara a pátria, ganhado aquela guerra contra os malditos ingleses que durou tanto tempo.

– Estou orgulhoso de você filho, honrou tanto a pátria como a fama do nome Erudon! – ele colocou a sobre o ombro do rapaz – Estou tão feliz que tenha voltado sã e salvo, você deve estar cansado da viajem e com fome, certo? – o azulado concordou com a cabeça. – Então vamos fazer uma bela ceia para comemorar a sua volta! – o homem deu um sorriso radiante e andou até Harpe, que estava no canto da sala observando com aquele olhar angustiado.

– Sr. Erudon, avisarei os cozinheiros para terminarem o prato principal da ceia o mais breve possível, enquanto isso servirei as entradas. – e se retirou em passos rápidos.

Com a ceia anunciada, Ronan despiu seu casaco e deu a um de seus empregados para que lavasse e então se sentou à mesa. Logo Harpe apareceu com uma bandeja com três pratos de sopa.

– Hoje foi lhes preparado como entrada sopa de frango de galinha importada da Áustria. – o albino serviu a comida – Desejam mais alguma coisa?

– Por enquanto pode se retirar, quando os pratos principais da ceia estivem quase prontos venha aqui nos informar. – os três então começaram a degustar da sopa enquanto o outro se retirava do local.

– Então Ronan, conte os detalhes desta última batalha! – tomou um gole de sopa – Ouvi dizer que desta vez a artilharia somada à força de nossos cavaleiros decidiu a guerra! – Khier falava animadamente, curioso em saber como terminou a guerra.

– Sim père, o general Jean Bureau é muito competente e inteligente. Primeiro ele ameaçou a fortaleza de Castillon dos ingleses com arqueiros e os atraiu para uma armadilha. Nunca tinha visto tantos canhões juntos, disseram que foram trezentos! Com isso boa parte do exercito inglês foi eliminada e então, para evitar que os sobreviventes recuassem, o Sr. Bureau tinha preparado um exercito de seis mil soldados franceses para entrar em batalha. Eu estava nesse grupo e posso dizer que foi fácil derrotar os sobreviventes ingleses. Estávamos reconquistando algumas cidades e como uma delas era perto daqui resolvi pedir permissão para voltar. Acho que por enquanto teremos um tempo de paz, parece que a Inglaterra está em guerra civil e sem exércitos para nos atrapalhar. – Ronan explicava tudo aos seus pais, que estavam bem atentos ao que ele dizia.

– Como esperado de meu filho! – o Sr. Erudon estava sorridente em saber sobre a batalha, mas olhou para o lado, viu Brigitte com uma expressão preocupada e logo entendeu. Deveriam contar para ele. Mas Harpe entrou na sala de jantar e vendo que ninguém falava anunciou.

– Senhores e senhoras, o prato principal já está pronto, devo servi-los agora?

– Ah! Harpe pode servi-los sim. – desta vez a mulher respondeu. Então o albino retirou os pratos de sopa, logo em seguida dois empregados entraram no cômodo e colocaram sobre a mesa um prato extenso de carne de porco assada cortada em fatias e um prato grande de arroz. Outros também apareceram colocando um prato de carne de cabrito cozida e outro de peixe sem a maioria dos espinhos. Harpe retornou com três pratos, os colocando também sobre a mesa para que os Erudon pudessem se servir como quisessem. E por fim serviu o vinho a todos.

– Então eu vou me retirar para descansar. Se precisarem de mim para algo, por favor, mandem me chamar. – O rapaz de olhos vermelhos se ausentou do lugar junto com os outros dois empregados, dando espaço ao silêncio.

– Bem... Ahn, Ronan querido precisamos te contar uma coisa... – a Sra. Erudon falou hesitando e olhou para o lado acenando com a cabeça que sim para o Sr. Erudon.

– E o que seria? – o garoto pegou um pedaço de carne e colocou no prato que já continha arroz.

– Ronan você sabe que a Europa está um caos certo? – o azulado adquiriu uma expressão seria e concordou com o pai que explicava, comendo depois um pedaço de carne – Bem, durante uma festa da família Sieghart em comemoração ao casamento de Elesis e Ercnard, conheci a família Eryuell, eles são nobres do Sacro Império Romano-Germânico. – uma pausa foi feita, pois Khier comia nesse instante - Então, nesta festa conhecemos a elegante e doce senhorita Lire Eryuell. Descobrimos, pelos pais dela, que ela precisa noivar e garantir seu futuro. Depois de muito discutir, eu e Brigitte decidimos que o melhor seria noivar vocês dois, traria vantagens para as duas nações, evitaria futuras guerras. Você entende Ronan? – a última frase pareceu despertar o garoto do transe, afinal, noivar e casar assim, de repente? Sabia de suas responsabilidades como nobre, mas ainda precisava pensar...

– E-eu... Eu entendo père, mas primeiro eu queria pensar um pouco e talvez poderíamos adiar o casamento para eu conhecer a senhorita Eryuell melhor... – o rapaz estava confuso, precisava de um tempo para refletir.

– Pensamos que diria isso Ronan, então providenciamos uma viajem até onde a família Eryuell mora, que fica perto entre as fronteiras francesas e germânicas. Mas o único problema é que não sabíamos que você iria demorar tanto para voltar já você tinha avisado isso na semana passada. – a mãe de Ronan hesitou um pouco antes de falar, parecia escolher as palavras – Ronan, para conseguir chegar lá no tempo em que informamos a família Eryuell, você terá que partir amanhã. Sei que está exausto, mas tem qu-

– Amanhã?! – o tom de voz se levantou, cortando Brigitte – Ah! Eu... Desculpe-me – o rapaz respirou profundamente, se acalmando – Então se eu preciso partir amanhã é melhor eu repousar, certo?

– Sim Ronan... Desculpe-nos por isso – a mulher já fazia uma expressão de culpa, então o jovem a interrompeu.

– Então se me dão licença, mère e père, vou me retirar para descaçar. – fez uma pequena curva mostrando respeito e se retirou do recinto, caminhando até a escada principal que ficava bem em frente à entrada. Subindo ela, teve que parar para analisar qual das portas era seu quarto, pois depois de tanto tempo todas pareciam iguais.

Reconhecendo melhor, entrou na terceira porta se deparando com seu quarto todo arrumado, do jeito que havia deixado. Despiu as botas e deixou sua espada na estante próxima à cama, era sempre bom ficar atento, a família Erudon era famosa por seus cavalheiros talentosos que serviram as guerras por décadas e por isso mercenários e caçadores de recompensas sempre recebiam um bom dinheiro pela cabeça de qualquer membro da família. Sua tia era exemplo disso, num passeio pelo lago em comemoração ao aniversário de uma de suas amigas, que durou até tarde, fora morta por um caçador de recompensas. O marido dela, tio de Ronan, até hoje não conseguiu encontrar tal assassino, só sabe que seu nome é Lupus.

Feito isso trocou de roupa para uma mais confortável e se deitou na cama de casal. Iria se casar, só conseguia pensar nisso. Como seria sua vida depois disso? E a Lire Eryuell, como será que ela é? Só que se isso ajudasse a nação ele iria fazer. Já participara de poucas guerras, mas elas eram o bastante para presenciar a morte de muitos, às vezes inocentes ou lutavam ali contra a vontade... Sentiu o cansaço no corpo e lentamente fechou as pálpebras, deixando o silêncio reinar no cômodo adormecendo.

Um símbolo desconhecido começou a brilhar no braço de Ronan, logo em seguida desaparecendo. Era resultado de uma bruxaria feita bem longe dali. Uma previsão precisa dos próximos dias, e o resultado da jovem fora: algo de grande importância se realizaria na sexta-feira, no auge da lua cheia. A garota de cabelos roxos fez um rosto preocupado e desfez cuidadosamente o “circulo mágico” para não sobrarem rastros que indicassem por onde ela teria passado. Ouviu breves barulhos de folhas e viu diante da escuridão pequenas mechas azuis.

– Mari? – a pergunta foi feita e a jovem de olhos bicolores apareceu surgindo de trás uma árvore.

– Afirmativo. Amy veio nos visitar, vamos voltar para o abrigo. E lembre-se que amanhã precisamos terminar de atravessar esse bosque para chegar á vila mais próxima, a comida está acabando. – a azulada falou sem expressar nada e se virou fazendo um sinal para segui-la.

– Sim Mari. – uma empolgação foi notada na sua voz – Faz um tempo que não vejo a Amy, será que ela esta tendo muitos consertos musicais?

– Provavelmente. Esta noite está muito fria e também está difícil de enxergar. – Mari parou e estendeu o braço para frente fechando os olhos para se concentrar – Luminarium – e fios finos de luz foram se juntando até formar uma esfera que além de iluminar emanava calor também. Então as duas continuaram a caminhar pelo bosque com mais cautela, pois apesar do horário ainda poderiam ser vistas. Afinal, eram consideradas bruxas e nada mais obvio do que fugir da caça ás bruxas.


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Notas finais do capítulo

Weeeeee, parabens você terminou sou leitura torturante 8DD Quaisquer erros me avisem! Se virem, para não esquecerem, sei lá, abre o bloco de notas copia e cola 8DD E deixem reviews se não a Mari vai usar um Zero Absoluto em você U-Ú



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