Dois Caminhos, Um Só Destino escrita por LEvans, Cella Black


Capítulo 20
Capítulo 19 - Antes que termine o dia


Notas iniciais do capítulo

N/A: Oie!!! Tem alguém aí??? Bem, eu sei que demoramos... mas o capítulo ta tão legal... será que vocês vão nos perdoar depois de lê-lo?
Sem mais enrolações. Nos vemos nas notas finais



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243551/chapter/20

Will I ever know how it feels to hold you close

(Será que vou saber como é ter você por perto)

And have you tell me whichever road I choose, did you'll go?

(E te ouvir dizer que vai comigo para o caminho que eu escolher?)

One and only - Adele

O Beco Diagonal estava tão movimentado quanto qualquer outro dia normal, embora houvesse espaço o suficiente por entre as ruas para locomoção dos bruxos. Em tempos de natal e início de ano letivo em Hogwarts, aquilo nem sempre era possível. No entanto, nem mesmo a quantidade de pessoas e o sol que parecia castigá-los foi capaz de impedir que um pequeno grupo de amigos se reunisse.

–Muito bem, agora que estamos todos aqui, alguém pode me dizer por que estou tomando um sorvete delicioso ao invés de estar no Departamento de Aurores, trabalhando? Não que eu esteja reclamando... –Falou Rony, animado com os minutos de “folga” surpresa naquela manhã.

Harry revirou os olhos, enquanto Gina, Hermione e Viviane deram pequenas risadas. Os 5 estavam perfeitamente acomodados em uma mesa da Sorveteria Fortescue, deliciando-se do sorvete que cada um escolhera para si naquela manhã ensolarada e, embora todos estivessem felizes –por motivos diferentes- com a pequena reunião de última hora, Rony era, de longe, o mais animado. O tamanho de sua bola de sorvete falava por si só.

–Esse – Gina colocou quatro pedaços de papel em cima da mesa – é o motivo, maninho. – A ruiva sorriu satisfeita ao ver a cara de surpresa do irmão. Jurava que, se o sorvete dele tivesse vida própria, se derramaria em lágrimas por ter sua atenção arrancada de si pelos ingressos de Quadribol.

–Ingressos para o jogo da Bulgária contra o Puddlemere? Como você...?

–Hermione, acho que essa pergunta não condiz com a sua inteligência. –Respondeu Viviane, antes de por uma colher de seu sorvete na boca.

–Oh, tem razão. –Concordou Hermione, virando-se para Gina e a presenteando com um sorriso. – Parabéns, Gi! Isso é maravilhoso!

–Parabéns? Por que para...? – Pronunciou Harry pela primeira vez depois de comer todo o seu sorvete.

–Gina irá cobrir seu primeiro jogo de Quadribol pelo Profeta. Não é demais? –Respondeu Viviane, visivelmente orgulhosa pela conquista da amiga.

–E, como tal, ganhei cortesias para o jogo. Como me ajudaram com a mudança, nada mais justo do que dá-las à vocês. –Explicou Gina, olhando para todos. O sorriso dela era o mais sincero e radiante que Harry já vira desde a sua volta a casa dos Weasley.

–‘Tá brincando? UAU! Nunca pensei que carregar aquelas caixas me deixaria tão feliz! –Revelou Rony, fazendo os amigos rirem. – Obrigado, maninha. Com certeza estarei lá para prestigiar você e a vitória do Puddlemere!

–Puddlemere? Qual é, Rony!? –Exclamou Harry, divertido.

–Enquanto Viktor Krum viver, minha torcida nunca será da Bulgária. –Respondeu o ruivo, curto e grosso antes de voltar a atenção para o seu enorme sorvete. Hermione revirou os olhos, fazendo Gina rir.

–Viktor? Ele sempre foi bastante simpático conosco. Qual o problema com ele? – Quis saber Viviane.

–Longa história. –Respondeu Harry, divertindo-se com a cara carrancuda do amigo.

–Obrigada pelo ingresso, Gi. Sabe que não sou muito fã de Quadribol, mas irei com muito prazer. Já estou ansiosa para ler a sua coluna sobre o jogo! –Exclamou Hermione.

–E eu para escrevê-la!

–Finalmente alguma parte boa desse jornal! Voltarei a ler O Profeta só por sua causa, Gi. Dependendo de suas palavras, posso até moldurar a sua coluna relatando a vitória do Puddlemere. Ficará lindo na parede de nossa futura casa, não é Mione?

–E quem disse que eu torcerei para o Puddlemere? – Hermione ergueu uma sobrancelha.

–Eu torcerei para eles, então você também. Temos que aprender a compartilhar as coisas, não é? Coisas de casamento e tudo o mais... – Respondeu ele, enquanto limpava o canto da boca suja de sorvete de sua noiva antes de depositar um selinho ali.

Gina esperou ouvir a resposta da amiga, mas toda vez que Rony falava do casamento, parecia que o coração de Hermione derretia, esquecendo qualquer asneira que o ruivo houvesse falado antes dessa palavra. A caçula dos Weasley não a julgava por tal ato. Sabia o quanto ela estava ansiosa para caminhar em direção a Rony vestida de branco.

–Ei, há um convite sobrando. –Observou Viviane, olhando para o centro da mesa.

–É para John. –Respondeu a ruiva, virando-se para Harry logo depois. –Pensei que ele estaria com vocês. Se importa de entregar a ele?

–Acho que não vou precisar. –Falou o Auror, olhando por cima do ombro de Gina, observando John trazer um Teddy muito animado sentado em um de seus ombros.

Viviane acompanhou o olhar de Harry, vendo um loiro alto desviando-se de alguns bruxos, parecendo completamente alheio aos olhares femininos que ele atraia. Quando seus olhos se encontraram, um sorriso surgiu nos lábios da morena, o que não passou despercebido por quem estava na mesa, a não ser por um Rony preocupado demais em comer seu sorvete antes que esse derretesse.

–Ali! Eles estão ali, tio John!! -Exclamou Teddy, apontando em direção a sorveteria.

–Já vi, amigão. Já vi... -Respondeu o loiro, tendo os olhos presos em Viviane. Como será que ela estava? Não desviando o olhar do dela, John procurou algum resquício de tristeza nas feições da morena, mas tudo o que ela demonstrava era... alegria? Não sabia dizer ao certo, mas o sorriso que ela lhe direcionou fez com que ele se sentisse subitamente mais vivo, além da certeza de que, após o acontecimento no Caldeirão Furado, ela estava bem.

–Padrinho! –Gritou Teddy, quando John o colocou no chão , correndo em direção a Harry.

–Oi, campeão. –Disse o auror, pegando o afilhado no colo.

–Pintinha. – Cumprimentou John, após ter feito o mesmo com os demais.

–John. –Respondeu Viviane, amaldiçoando-se por sentir-se tão extasiada por vê-lo ali.

Estranhamente, vendo-o naquele momento, Viviane se sentiu subitamente mais segura, embora tivesse completa ciência do local em que se encontrava e das pessoas ao seu lado. Mas, além da estranha sensação, olhar para o loiro fez com que ela se lembrasse do que ele havia lhe pedido no quarto do Caldeirão Furado, e do que teria que fazer antes que aquele dia terminasse.

–Isso é o que eu estou pensando?- Exclamou o loiro, ao olhar para os ingressos em cima da mesa, parecendo maravilhado.

Gina riu e levantou-se, pegou um ingresso e virou-se para John.

–E um é seu. –Disse a ruiva.

–Jura? Ruiva, você é demais. –Falou o loiro, dando um abraço de urso em Gina. –Ei, Weasley, espero que você tenha juntado alguma grana, pois a Bulgária vai fazer essa bosta que você chama de time comer poeira.

–Vai se foder... Ai! –Exclamou Rony, após ter recebido um peteleco da namorada.

–O Teddy, Ronald!

–Foi mal!

–Sorvete? –Perguntou Harry, olhando para o afilhado, que levantou todo animado puxando o auror em direção ao balcão do local. Gina observou os dois por um momento, ficando completamente absorta da conversa na mesa, e não pode deixar de notar em como Harry parecia mais velho ao lado de Teddy. Como padrinho, ela imaginava que o auror deveria fazer muitas vontades do menino, mas que também aprendera a ser firme nos momentos certos. Com o olhar preso nos dois, a ruiva pensou que Harry, de certo modo, havia conquistado aquilo que sempre quis: uma família.

Com o barulho de cadeiras se arrastando, Gina voltou novamente a atenção para a mesa, se deparando com Rony, Hermione e John já de pé.

–Ei, você acabou de chegar. –Apontou ela para o loiro.

–Só vim deixar o pacote pro Potter. –Declarou ele. Seus olhares em direção a Viviane não passaram despercebidos pela ruiva. –Obrigado pelo convite, ruivinha. A gente se vê no jogo.

–E nós temos que ir resolver o restante dos preparativos para o casamento. –Disse Hermione, dando um beijo na testa da amiga e de Viviane. –E pare de revirar esses olhos, Ronald, ou eu juro que você dorme no sofá na noite de núpcias!

Com um Rony resmungando, os três saíram da sorveteria e desapareceram em meio a massa de bruxos e bruxas nas ruas do Beco Diagonal. Segundos depois, Viviane se levantava do lado da ruiva.

–Eu vou pra Gemialidades. –Disse a morena diante do olhar questionador da amiga. –Vou fazer esse favor pro nosso amigo auror ali.

–Devo lembrar que você é a MINHA amiga? –Gina sorria sapeca.

–Enquanto você fingir que não ta achando maravilhosa a minha ideia de deixar você sozinha com o Potter, acho que gosto mais dele. –E, dando uma piscadela pra ruiva, Viviane saiu andando em direção a loja da Jorge Weasley, enquanto Gina ria.

No minuto seguinte, Teddy e Harry voltavam a se sentar na mesa.

–Uau, que sorvetão. Acho que você o Rony foram almas gêmeas em outra vida! –Brincou a ruiva, olhando para um Teddy sorridente com a sua enorme tigela de sorvete. A boca do menino já estava melada, assim como alguns de seus dedos, o que Gina achou adorável.

–Almas gêmeas? –Perguntou o menino, curioso.

Harry apenas observava a interação dos dois em sua frente, feliz pela amizade que ambos pareciam ter construído em tão pouco tempo. Sem poder controlar, sua mente montou diversas cenas como aquela: ele, Gina e Teddy juntos, passeando e se divertindo por algum lugar de Londres, como uma família perfeita. Perfeita para ele.

–Humm... é. Almas gêmeas é como chamamos pessoas que foram destinadas a ficarem juntas. É uma espécie de crença trouxa. –Gina apoiou os braços cruzados em cima da mesa, adorando a conversa.

–Ah, igual o tio Rony e a tia Hermione? – Gina confirmou com a cabeça e Teddy levou mais uma colher de sorvete a boca antes de voltar a falar. – Então... você é a alma gêmea do meu padrinho, Tia Gina?

Harry engasgou-se com a própria saliva ao mesmo tempo que seu corpo ficava da cor de um tomate. Seus olhos dirigiram-se para Gina, procurando se desculpar com o comentário do afilhado. No entanto, ela não parecia envergonhada ou sem graça. Ao contrário do que Harry imaginava, Gina ria olhando para ele, com uma das sobrancelhas erguidas como se houvesse adorado vê-lo todo vermelho.

–Ted...- Antes que Harry pudesse repreender Teddy, Gina o interrompeu.

–Oh, e porque você está me perguntando isso, Teddy? – O sorriso sapeca, parecido com o que Harry via no rosto do afilhado minutos antes desse aprontar algo, estava estampado no rosto da ruiva.

–Porque... o meu padrinho... tem uma foto sua na gaveta dele. –Respondeu tranquilamente o menino, tomando o seu sorvete por entre as palavras. – E o tio John me disse que quando um homem gosta muito de uma mulher, ele fica toda hora a observando, e o meu padrinho olha muito para você, tia Gina.

–Eu vou matar o John. – Bufou Harry, bagunçando os cabelos com uma das mãos, perguntando-se como diabos ele sabia da foto. Evitando olhar para Gina e ainda vermelho, Harry ajudou Teddy a limpar os dedos sujos do sorvete.

–Como você... Você tava procurando o que nas minhas gavetas, Teddy? –Indagou ele, incrédulo.

– A sua varinha... –Respondeu ele, abaixando a cabeça como se estivesse envergonhado.

O auror suspirou, passando uma das mãos por seus cabelos. Teddy era uma criança bruxa e, como tal, não via a hora de fazer magia. Sabendo disso, Harry tomava muito cuidado em deixar a varinha longe do alcance do afilhado toda vez que ele ia passar o dia em seu apartamento, temendo que, se a encontrasse, pudesse causar alguma explosão ou algo parecido que o obrigasse a dar explicações para os seus vizinhos trouxas.

–Teddy, você sabe que não pode usar uma varinha ainda, não sabe? Ainda mais sendo de outro bruxo. –Disse Harry, vendo o afilhado assentir, ainda parecendo envergonhado. Gina, no entanto, observada tudo calada e absolutamente encantada com o relacionamento dos dois. –É perigoso, e nós dois não sabemos o que diabos a sua vó faria comigo caso alguma coisa acontecesse com você. Então, se me prometer que não vai mais atrás da minha varinha e a de qualquer outro bruxo, eu posso comprar uma de brinquedo pra você.

Naquele exato momento, o cabelo de Teddy mudou diversas vezes de cor, demonstrando sua ansiedade e animação. Levantou a cabeça e que Gina e Harry viram foi um sorriso mais sincero que uma criança poderia dar.

–Eu prometo! –Disse ele, fazendo com que Harry ficasse satisfeito.

–Muito bem, então. O que acha de ir até a Gemialidades Weasley, visitar o tio Jorge? Se quiser, pode ir escolhendo sua varinha, mas sem causar nenhuma confusão ou bagunça. – Propôs Harry. Teddy levantou-se da mesa na mesma hora, visivelmente animado.

–Obrigado pelo sorvete. – Agradeceu ele, antes de dar um abraço no padrinho e em uma Gina ainda sorrido e sair correndo em direção a loja de logros sob o olhar do casal a mesa.

–Me desculpa pelo Teddy, ele... –Começou Harry, depois que avistou o afilhado adentrar na loja dos gêmeos Weasley, mas Gina o interrompeu.

–Não tem problema. Ele é adorável, e parece saber muito bem como deixar você sem graça. –Zombou.

–Em breve, ele fará isso com você. Pode esperar. –Declarou ele, fazendo-a rir.

Depois disso, ficaram uns minutos em silêncio, apenas observando a movimentação no beco diagonal, até que Gina resolveu retomar a conversa.

–Então você tem uma foto minha? –Quis saber ela, encarando-o tão cheia de autoconfiança que Harry se sentiria covarde se desviasse os olhos dos dela.

–Tenho. –Respondeu. –Estávamos em Hogwarts e você parece muito feliz na foto, e eu sabia que se eu a guardasse, toda vez que eu pensasse em você, seria daquela forma... Depois da sua decisão em ir pra Gales, a foto era o mais próximo que eu poderia ter de você, então... eu a guardei.

Gina assentiu, dando um meio sorriso.

–Porque seria completamente normal guardar uma foto na gaveta de meias. –Disse a ruiva, irônica.

Harry riu diante das palavras dela. Naquele momento, ela se parecia mais com a Gina da foto do que ele imaginava ser possível. A única diferença era o fato dela estar mais bonita. Como homem, ele não pôde deixar de notar as curvas que seu corpo adquirira. Não que ele não gostasse da Gina de 15 anos, mais magra e, ainda sim, com curvas atraentes. No entanto, os 6 anos em que eles não se viram fizeram-na mulher, fazendo com que não chamasse apenas atenção de jovens, mas também de muitos homens mais velhos.

Era impossível não se sentir atraído por ela, por mais que Harry soubesse que não era apenas aquilo. Atração ele sentira por Jean, o que sustentou seu relacionamento por um bom tempo, mas por Gina era muito mais que isso. Não apenas desejava-a, como também pensava nela quase que 24 horas por dia. Por vezes, se pegava sorrindo feito bobo ao lembrar dos beijos que trocaram, embora o que tivesse acontecido depois deles não fosse de muito agrado.

Agora, a imagem de uma Gina de 15 anos não vinha mais em sua mente quando pensava na ruiva, e sim a imagem da Gina mulher, da Gina sentada em sua frente naquela tarde. E ele adorava ter motivos para observá-la sem ser indiscreto. A forma como os lábios levemente rosados se movimentavam conforme ela falava, os cabelos soltos voando conforme o vento, os seios que -ele notara através do decote comportado da blusa-, estavam maiores dos que os da Gina de 6 anos atrás e que subiam e desciam no ritmo de sua respiração, a curva de seu quadril e as pernas torneadas que naquele momento ele não via devido a mesa... Tudo. Tudo nela ele admirava e imaginava como seria a maravilhosa sensação de tocar e sentir a pele dela na sua.

Mas errara. Tinha deixado-a ir com o coração ferido, magoada com ele, não havia sido completamente sincero com ela quando voltara e, agora, a ruiva merecia que ele fosse franco com ela, nem que isso significasse contar que costumava olhar para sua foto por longos minutos toda vez que abria a gaveta de seu criado mudo.

–Não era a gaveta de meias. –Falou ele, sorrindo. – Não queria que Rony visse, ou Hermione.

Ele sabia que não precisava explicar o motivo daquilo, pois Gina conhecia os dois tão bem quanto o próprio Harry. E ele se sentia aliviado por isso.

–Eu posso te devolver a foto, se você quiser.

–Oh, não. Acho que ela já se acostumou com a sua gaveta. –Disse Gina, parecendo nem um pouco incomodada.

–Obrigado. Eu não ia querer devolver mesmo. – Revelou ele, dando um meio sorriso que Gina tratou de retribuir. –Então, eu queria lhe propor uma coisa. Aceitei o seu convite para o jogo de Quadribol, então espero que olhe com carinho para o que eu irei lhe oferecer agora.

Gina cruzou as pernas e arrumou os cabelos dispersos com o vento. Curiosa e um pouco receosa, ela acenou com a cabeça para ele continuar.

–Bem... quero que vá em um lugar comigo na sexta a noite. –Disse ele, mantendo o olhar sobre Gina. Embora a expressão de seu rosto estivesse normal, o bater de seus dedos na mesa denunciavam o seu nervosismo.

–Ah... – A ruiva simplesmente não sabia o que falar. Óbvio que esperava algum convite vindo dele, mas não tão cedo. Seria o momento certo? Estava disposta a dar uma chance para o sentimento que há anos havia guardado bem no fundo do seu coração?

–Escute, Gina... Eu sei que talvez eu esteja sendo precipitado demais, extrapolando um maldito tempo que vem me consumindo há dias... –Harry passava a mão direita nos cabelos, nem um pouco preocupado em esconder o nervosismo agora. – Mas não é uma espécie de... Encontrou romântico. Apenas quero lhe levar em um lugar. Você vai gostar, tenho certeza. Garanto que não irá se arrepender.

–Harry, eu acho qu...

–Gina – ele a interrompeu- lembra-se quando conversamos n’A Toca? Quando eu disse que não ia desistir de você? –A ruiva demorou um tempo até assentir com a cabeça e deixá-lo continuar. – Eu falei a verdade. Mas irei respeitar o seu tempo. Você disse que não terminou com David por mim, e infelizmente sei que é a verdade. – Harry suspirou – Anos atrás, quando estávamos em Hogwarts, eu estava tão cego por um bruxo psicopata que demorei a enxergar e entender coisas que estavam bem na minha frente. Eu demorei a enxergar você. Bem, tive sorte de não ser tarde demais, assim como espero ter agora, por isso irei esperar. Nunca forçaria você a nada. Posso ser paciente como você foi em Hogwarts e, independente do que nos tornaremos, estarei feliz por pelo menos ter tentado.

Gina o encarava com um sorriso singelo nos lábios, o mesmo que agora estava nos lábios dele também. Saber que o moreno estava disposto a esperar - ainda que não soubesse pelo o que esperar - deixava claro que tudo o que queria era ela em sua vida, de um jeito ou de outro.

–Então... antes de dar alguma resposta, posso saber onde pretende me levar? –Perguntou ela depois de alguns minutos em silêncio. Sua voz saiu um pouco baixa, mas Harry fora capaz de ouvir.

–Não. –Gina ergueu uma das sobrancelhas, estranhando a resposta dele, que riu antes de continuar. – Desculpa, mas é uma surpresa. Tudo o que precisa é confiar em mim. Acho que, depois de 6 anos longe, você vai gostar de reviver alguns velhos hábitos.

Vendo que não conseguiria nada além daquelas palavras, ela o fuzilou com os olhos de uma maneira tão engraçada e moleca que nem fora capaz de intimidá-lo. Por fim, ela respirou fundo e já começava a formular a resposta que ele estava esperando um tanto nervoso. Mas antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Teddy e o pequeno Fred vieram correndo e gritando em direção do casal. Harry e Gina levantaram-se da mesa no mesmo instante, temendo que algo grave estivesse acontecendo.

–Padrinho, tia Gina! – Disse Teddy, ofegante. – O bebê do tio Jorge...

Então Fred, o único filho de Angelina e Jorge até então, completou:

–O MEU IRMÃO VAI NASCER!

10 minutos mais tarde, Harry e Gina se viam em meio a um alvoroço dentro da loja de logros de Jorge. Aparentemente, o ruivo gritara para todos ali dentro que Angelina estava em trabalho de parto e que seu filho – ou filha- iria nascer. Desde então, ninguém saiu da loja. Todos queriam estar ali quando o filho de Jorge Weasley, um dos mais ricos do Beco devido ao sucesso de suas invenções, chorasse pela primeira vez no colo dos pais. Bom, havia também o fato dele ser irmão de Rony e amigo de Harry, é claro.

–Licença, licença. –Pedia Gina, tentando abrir caminho por entre os milhares de bruxos ali presentes. Ela já sentia alguns fios de cabelos grudarem em seu rosto devido ao suor.

–Onde está Teddy? –Perguntou Harry, logo atrás dela, aproximando-se do ouvido da ruiva para que ela ouvisse.

–Não faço ideia. –Respondeu ela, varrendo com os olhos o interior da loja a procura dos cabelos ruivos do pequeno Fred que, juntamente com Teddy, adentrou correndo na Gemialidades e, aproveitando-se da pequena estatura, sumiram por baixo das pernas e vestes dos bruxos ali presentes.

Gina tentou se equilibrar na ponta dos pés, a procura de algum caminho que pudesse seguir até as escadas que os levaria ao apartamento em que o irmão morava com Angelina e o filho. Um arrepio involuntário subiu por seu corpo quando, com a movimentação de uma senhora um tanto corpulenta, Harry firmou as mãos em sua cintura ao vê-la se desequilibrar em sua direção. De repente, o fato da loja de logros estar tão cheia pareceu-lhe maravilhoso, pois ela pôde disfarçar rapidamente a sensação que havia lhe tomado com tal ação, porém, Harry pareceu não se importar, afinal, estando muito próximo a ela, podia sentir ainda mais o seu perfume floral.

–Vamos por ali. –Disse Harry, no ouvido de Gina, empurrando-a levemente.

Eles conseguiram avançar para o centro da loja, onde vários bruxos conversavam animadamente. Alguns apostavam o sexo do bebê, que Jorge decidira descobrir apenas quando ele nascesse, porque, segundo ele, “a expectativa é a alma da surpresa”.

Não muito longe, ambos encontraram Teddy e Fred, que já haviam alcançado as escadas e subiam correndo em direção ao andar de cima. No entanto, uma massa de bruxos e crianças que encaravam ansiosos a porta no fim das escadas causavam uma barreira quase impenetrável entre o local e Harry e Gina.

–Precisamos avisar o resto da família! –Disse Gina, sua voz demonstrava um pouco de impaciência.

–Mandaremos um patrono e usaremos a lareira de Jorge. Vem. –Harry, então, passou a frente de Gina e segurou uma de suas mãos para que se mantivessem juntos. Pouco importava se aquilo fosse causar burburinhos entre os fofoqueiros ali no meio, eles só precisavam chegar as escadas. –Licença, abram espaço, por favor! –Falou ele, elevando a voz.

Alguns olharam-nos raivosos, outros, porém, reconheceram-nos imediatamente e ajudaram Harry e Gina a passar. Por fim, tendo os pés doloridos por terem sido esmagados por outros, conseguiram chegar as escadas, e subiram rapidamente em direção a casa de Jorge.

Para a surpresa de ambos, a sala de Jorge já estava lotada. Quase todos os irmãos Weasley estavam ali, com exceção de Percy e o pai, Arthur, que deveriam estar tentando se livrar das tarefas no Ministério.

–Eu não sabia o que fazer, então chamei todos. Molly e uma curandeira estão lá no quarto com Angelina. –Disse Viviane assim que viu a amiga, parecendo um pouco eufórica e nervosa.

–Obrigada, Ane. Eu havia esquecido que você já estava aqui. A loja está uma loucura! –Falou Gina.

–Gina! –Exclamou Hermione, bastante sorridente, se aproximando. –Deus, viemos correndo. Tivemos que adiar os preparativos para amanhã. Jorge está elétrico!

–Será que ele vai desmaiar de novo dessa vez? –Perguntou Harry, caçoando do amigo.

–Eu não sei, mas Rony e os outros estão fazendo uma aposta.

–Ah, não posso perder isso! –Exclamou o auror, indo em direção a massa de cabelos ruivos atrás da amiga.

Só quando Harry soltou sua mão foi que Gina percebeu que até aquele momento estavam de mãos dadas. Céus, ela já até podia ouvir os comentários provocantes de Viviane, que a encarava com um sorriso cínico nos lábios e com as sobrancelhas levantadas, como se estivesse dizendo que nenhuma objeção da ruiva faria algum efeito sobre ela.

Houve um estampido na lareira quando Percy apareceu junto com Arthur, ambos ainda vestidos com os trajes do trabalho.

–20 nuques que o Jorge desmaia! –Gritou Percy, animado, indo em direção aos irmãos.

–É sempre assim? –Perguntou Viviane, que olhava a discussão dos homens junto com Gina. Hermione revirava os olhos ao lado delas.

–Bem-vinda a família. –Disse Carlinhos, que ouvira o comentário, dando dois tapinhas no ombro esquerdo de Viviane.

–Pelo menos eu não fiz cocô nas calças! –Guinchou Jorge, os outros homens gritando um “éééé” em concordo.

–Ora, foi você que colocou bombas de bosta nas minhas calças! –Acusou Gui, ofendido.

–Jorge, por que não está lá dentro? –Indagou Arthur.

–Nem pensar! Eu ainda não superei todos os nomes que a Lina me chamou da última vez. E quero que o meu filho conheça o pai vivo, não morto.

Próximo a eles, as esposas, preocupadas com Angelina, se abanavam e relembravam quando passaram pela mesma situação que a amiga.

– Gui chorrou quando Vic nasceu. Foi adorráver! –Comentou Fleur, com os olhos brilhantes e o pequeno Louis nos braços.

–Eu nunca vi Percy tão nervoso como no dia que desconfiamos que eu estava grávida. Tive que acalmá-lo, e não o contrário. Ele já tem os nomes, sabiam? Eu não! Imagino se o teste houvesse dado positivo... –Comentou Audrey, suspirando. Gina havia a conhecido há algumas semanas atrás, quando essa fora n’A Toca com Percy.

Em um canto afastado delas, Fred, Dominique, Victoire e Teddy se distraiam em tentar adivinhar o sexo do mais novo membro da família, ansiosos para vê-lo tanto quanto qualquer um ali na sala. Enquanto Victoire e Dominique estavam certas que seria uma menina, os meninos começaram a apostar seus doces, certo de que ganhariam mais um companheirO.

Eram neles que os olhos de Gina estavam, o que Viviane e Hermione perceberam.

–Gi? Algo errado? – Quis saber Hermione.

–Oh, humm, não. Não é nada. –Respondeu a ruiva, voltando a atenção para as amigas. – É só que, estando aqui, agora, me faz lembrar dos momentos que perdi enquanto estive longe. Não presenciei o nascimento de Victoire, nem de Dominique ou Fred.

–Seus sobrinhos adoram você, Gina. –Falou Viviane. – Eles tem orgulho de terem uma estrela do Quadribol como tia. E, me desculpe, mas não vejo outra maneira disso ter acontecido se você não estivesse longe deles.

Gina sorriu para a amiga. Observando as crianças, ela prometeu a si mesma de que nunca mais iria perder o nascimento dos outros que futuramente viessem.

Segundos depois, uma Molly um tanto descabelada apareceu na sala, sendo abordada rapidamente pelos familiares, inclusive as crianças, que começaram a pular pedindo informações. Aparentemente, o mais novo Weasley iria demorar algum tempinho para nascer.

–Os intervalos das contrações já estão diminuindo. Logo logo ganho mais um neto! –Exclamou a matriarca Weasley, sorridente, antes de voltar para junto de Angelina em um dos quartos da casa.

Antes que terminasse o dia, a família Weasley ganharia mais um membro.

Assim, todos se acomodaram. As mulheres encaminharam-se para um dos sofás e continuaram a conversar animadamente. Do outro lado da sala, Gui tirava algumas cervejas amanteigadas e uísque de fogo da dispensa do irmão e distribuía para todos. As crianças, porém, fizeram uma pequena roda e se sentaram no tapete, onde uma partida de um jogo qualquer começou.

–Então... –Começou Viviane, sentada ao lado de Gina, alheia a conversa das demais mulheres próxima à elas. –Posso perguntar o que vocês conversaram ou vou correr risco de vida?

Gina suspirou olhando para suas mãos em cima de suas coxas.

–Harry me chamou para sair. –Revelou. –Mas não é bem um encontro. É apenas como... amigos.

–E pra onde vocês vão?

–Como assim? Eu não disse que aceitei! –Disse Gina, sussurrando para que somente a amiga ouvisse.

–Você negou? –Perguntou Viviane, curiosa. –Ruiva, você é muito cabeça dura. O que está te impedindo de aceitar?

Gina não respondeu de imediato. Talvez porque o fato de pensar ter muitos motivos quando na verdade nenhum era sólido o suficiente a pegou desprevenida.

–Na verdade, Fred e Teddy chegaram bem na hora. Não pude responder nada.

–Graças a Mérlim, assim não deu tempo de você negar. Então, você pode muito bem aceitar agora. –Disse Viviane, prontamente. – Ou mais tarde... quer dizer, não deixe o coitado do Harry esperar até o fim do dia. Não o torture tanto.

–Eu não disse que ia aceitar. – Falou a ruiva. Seus olhos varreram a sala e, para a sua surpresa, pegou Harry a olhando. Ambos trocaram um sorriso breve, mas logo depois uma ligação parecia manter seus olhares conectados, não precisando de mais nenhum gesto de comunicação. Gina sabia que ele estava pensando em seu convite sem resposta assim como ela estava.

–Mas você vai. –Afirmou Viviane, sorrindo ao ver o sorriso que a amiga e Harry trocaram. –Porque você quer, ruiva. Eu acho que está na hora de você pensar só em você, esquecer ex-namorados e ex-namoradas ou o que podem falar.

Gina não respondeu. Resolveu dar atenção a conversa das mulheres de sua família, falando em poucos momentos porque, ainda que tentasse ser mais participativa, os olhos de Harry insistiam em encontrar os seus, feito uma imã. Só foram deixar de trocar olhares quando Hermione e Fleur a arrastaram para cozinha, uma vez que já passava do horário do almoço e nenhum ali presente havia almoçado.

Embora a receita de Fleur com a ajuda de Hermione, Gina, Viviane e Audrey houvesse ficado bastante apetitosa –tanto que por pouco Rony não lambeu o prato-, Jorge não conseguiu engolir nada que não fosse sua própria saliva. Molly havia saído mais uma vez do quarto onde encontrava-se Angelina, e alertou que a qualquer momento a criança nasceria, de modo que o papai do momento ficara bastante nervoso e ansioso.

–Seu irmão ainda não desmaiou. – Gina levou um pequeno susto com a entrada repentina de Harry na cozinha, trazendo os últimos dois pratos sujos nas mãos. A ruiva havia abandonado o outro cômodo com uma pilha de pratos sujos da mesa improvisada no meio da sala. O Auror achou que seria uma ótima oportunidade de falar com ela a sós.

Gina o viu depositar os pratos junto aos outros sujos na pia antes de responder.

–Jorge nunca gostou de ver sangue. Acho que foi realmente mais seguro ele ter escolhido ficar pra fora do quarto.

–Droga... acho que vou perder uma aposta. – Comentou Harry, parecendo realmente decepcionado, o que arrancou um riso de Gina.

Ela apoiou-se no balcão ao lado do fogão exatamente como ele havia feito. Meros centímetros os distanciavam.

–Obrigado.

–Como?

–Pelas entradas do Jogo de Quadribol. Não cheguei a agradecer. – Harry ajeitou o óculos no rosto e passou uma das mãos nos cabelos desgrenhados. Queria falar do convite que havia feito a ela, mas se conteve. Fora sincero em todas suas palavras na sorveteria e, ainda que ficasse triste, entenderia se ela não mais voltasse a tocar no assunto em um gesto mudo de responder “não”.

Mas havia esperança! Os sorrisinhos e olhares trocados na sala significavam algo, não é? O monstro no peito de Harry dava cambalhotas de ansiedade, agarrado aqueles pequenos gestos que o encheram de expectativa. Tinha que significar algo!

–Vai ser divertido. – Respondeu ela. – E, se a Bulgária ganhar, posso citá-lo na minha coluna, dizendo como o tão fiel torcedor do time de Vitor Krum ficou feliz. Afinal, os leitores te adoram, não é?

Gina o olhava com uma cara maligna, ainda que sorrisse. Sabia o quanto Harry odiava ser o centro das atenções.

–Oh, por favor, não faça isso. – Pediu, entrando na brincadeira.

–Humm... posso pensar nessa possibilidade. Mas vai depender se...

Gina aumentou o sorriso quando Harry arqueou uma das sobrancelhas, visivelmente curioso com o final da frase. Ah, se ela soubesse como seus sorrisos mexiam com ele...

–Vai depende se...?

–...se você vai estar livre na sexta a noite.

Harry respondeu com um sorriso tão largo quanto o estampado no rosto de Gina.

–XXXXX-

Depois de um dia como aquele, ele quase não acreditava que finalmente estava em casa, onde poderia tomar um bom banho e desfrutar de sua cama. Não que estar com os Weasley fosse algo incômodo. Na verdade, depois de passar o dia inteiro em meio a tanto alvoroço e cabelos incrivelmente vermelhos, seu apartamento parecia o exemplo da mais perfeita calmaria. Mas, apesar de todo o cansaço que tomava seu corpo, sentia-se leve. Talvez fosse pela recepção calorosa que Almofadinhas lhe dera assim que adentrou pela porta – o que o fazia sentir-se com as energias revigoradas- ou talvez, fosse pelos vários motivos responsáveis pelo sorriso que se negava a sair de seus lábios desde cedo.

O choro estridente vindo do quarto em que Angelina estava.

O sorriso de todos presentes na sala apertada.

Jorge gritando para todos em sua loja que era pai de uma menina e que ela só iria conhecer os homens depois dos 30.

Ou, muito provavelmente – e ele bem sabia que esse era o principal ponto dentre os outros-, Gina aceitando seu convite. De uma maneira completamente diferente do que ele tinha imaginado que ela poderia o fazer, é claro, mas, ainda sim, inteiramente de uma forma que a Gina que ele lembrava faria.

Nem mesmo o fato de ter perdido a aposta, o único ponto negativo do seu dia, pôde abalar sua felicidade.

– ‘Quê dia, amigão. –Disse Harry, coçando rapidamente a cabeça de Almofadinhas, antes de tirar sua capa. Em resposta, o cão apenas abanou ainda mais o rabo. Então, ele parou balançá-lo, colocou a língua novamente dentro da boca e olhou em direção de onde seu dono havia entrado. –O que foi?

Harry já estava novamente próximo a porta antes mesmo que a campainha soasse. Depois de anos com seu cachorro, ele sabia exatamente quando uma pessoa estava chegando. Então, olhou através do pequeno círculo na madeira e franziu o cenho ao se deparar com quem estava do outro lado, afinal, haviam acabado de se despedir na casa de Jorge.

Virou a chave e abriu a porta.

–Viviane. –Saldou Harry, não sabendo muito bem como agir.

–Oi. –Disse a jogadora de Quadribol, dando-lhe um sorriso. –Sinto muito pela hora, mas eu... Posso entrar?

–Hã.. Claro.

Harry deu passagem para a morena, que fez um rápido carinho em Almofadinhas depois que esse deu alguns pulinhos em suas pernas, mostrando claramente que a reconhecia.

–Rony e Hermione...? –Começou ela, olhando-o com as duas mãos nos bolsos traseiro de seu jeans.

–Foram para a casa dos pais dela. –Respondeu ele. –Aconteceu alguma coisa?

Viviane suspirou diante da pergunta. Observou Almofadinhas sair trotando para o lado de Harry antes de responder:

–Não. Quer dizer, sim. –Falou ela, olhou-o diretamente nos olhos. - Têm uma coisa que eu preciso falar pra você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: HINNY VOLTOU! Eu to muuuuuito ansiosa pra saber a opinião de vocês sobre esse capítulo. FINALMENTE os momentos guardados desde o comecinho da fic estão ganhando vida aaah!!!! Esperamos realmente que a demora tenha valido a pena.
Fred ganhou uma irmã!
Ginaa aceitou!
Algum palpite sobre o local para onde Harry a levará???
E Viviane...??? Ta, isso aí fica para os próximos caps hehehe
Pedimos perdão pela demora. O nosso dia a dia ta muito corrido, principalmente agora que tomamos rumos completamente diferentes. Mas, sempre arrumamos um jeito e voltamos com um cap novo!! haha!
Bem, é isso!
O PRÓXIMO CAPÍTULO VAI SER LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINNDOOO!!! Vai ter tanto Hinny que vocês vão até enjoar... :x sem previsão para a próxima atualização, mas acreditamos que não vá demorar tanto.
Aguardamos as reviews!
Beijãooooo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dois Caminhos, Um Só Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.