Um Dia na Praia escrita por Machene


Capítulo 6
Exibição Dramática




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Cap. 6

Exibição Dramática


Para relaxar depois de tanto trabalho, Willa convida seus amigos pra pular na piscina no terraço do casarão. Sokka e Aang espalham água para todos os lados quando resolvem competir pra ver quem faz o melhor mergulho de bomba-d'água. Katara ri, mas Suki reclama do estrago da maquiagem. Toph relaxa confortavelmente sobre a cadeira-de-praia. Mesmo sem trabalho de verão pra resolver, Willa convidou Tai Li para vir também, que aceitou de muito bom grado.


Ela também está tomando sol na cadeira-de-praia próxima a Toph, sendo que de costas e o sutiã do biquíni pende por baixo, desamarrado para o bronzeado. Willa coloca uma bandeja com alguns petiscos marinhos sobre a mesa entre as garotas e se vira para Zuko bem quando ele está tirando o típico roupão. Sendo que sua camisa não está por baixo, ele exibe imediatamente o seu peitoral másculo ao jogar a peça para o lado esquerdo e, curiosamente, pássaros voam na hora.


As meninas suspiram descaradamente, o que não chama a atenção dele, mas sim da dupla de amigos enciumados. Da calçada, em pouco tempo um grupo de garotas se reúne pra admirar a "paisagem" e elas acabam irritando Willa, que sem dó nem piedade usa a mangueira rebolada em um canto para afugentá-las. Apenas Toph e Tai Li percebem, então desatam a rir enquanto a coitada cora. Ela entra de novo na cozinha por trás da porta de vidro e Zuko a segue.


Com um bico, Willa começa a servir os refrescos. A garota usa o mesmo biquíni da praia, com uma blusa praticamente transparente por cima, e toma um susto ao escutar o rapaz.


– Você devia pular na piscina também. Não vai relaxar um pouco? – com aquele sorriso e o peitoral à mostra, impossível o resultado ser outro: ela derrama o suco na mesa, paralisada.

– Ai meu Deus! – ela larga a jarra sobre a mesa e corre para buscar um pano limpo dentro do armário, limpando o suco em seguida – Eu já estou relaxada demais! – ela murmura.

– Estou vendo. – mas ele escutou – Não tem nada a ver comigo, tem?

– O QUE? – ela esbarra em um copo e por muito não quebra – CLARO QUE NÃO!

– E por que esse nervosismo todo? – Zuko ri, fazendo-a ficar ainda mais nervosa.

– É fome. – ele se aproxima devagar enquanto ela recua.

– Nós comemos faz pouco tempo. – Willa dá a volta na mesa, segurando-a.

– Mas eu ainda estou com fome! – eles ficam na brincadeira de rodar a mesa até que ela se desequilibra ao topar num banco e Zuko consegue pegá-la pelos braços.

– Não estava tão nervosa assim quando nos beijamos antes. – ambos coram.

– Antes você não estava seminu. – sem poder se conter, ele começa a rir.

– Se tem alguém que devia estar preocupado aqui, esse alguém seria eu!... – Zuko envolve a moça em um abraço, ficando sério e ainda mais envergonhado – Você está me deixando louco, desfilando por aí com esse biquíni minúsculo!

– Ele não... É tão pequeno assim... – ela gagueja – E eu estou com uma blusa por cima...

– Não é o bastante pra me aquietar. – a essa altura, Zuko já está sussurrando enquanto o seu nariz fareja o perfume de papoula dela.

– Zuko... – ela também sussurra, extasiada pela aproximação da boca dele em seu pescoço – Se os meus pais pegarem a gente, papai vai ter um ataque!

– Então é melhor você me beijar rápido. – só Deus sabe a coragem e tamanha ousadia que essa criança precisou ter pra botar isso para fora!


Willa sorri envergonhada, disposta a correr o risco de ser flagrada, e sem perder tempo se atreve a circular o braço esquerdo no pescoço dele, ao mesmo instante em que a outra mão sobe pelo braço atrevido dele em sua cintura, subindo a blusa. A mão direita dele puxa-a pelas costas para ainda mais perto. Em meio ao abraço caloroso, eles andam pra trás desnorteados conforme as línguas brigam por espaço e Willa acaba esbarrando no escorredor da pia, derrubando copos.


O barulho chama a atenção de todos, que correm para a cozinha. Eles se soltam na mesma hora. Melanie chega curiosa na cozinha, mas Lino aparece logo aflito, segurando, sabe Deus por que, um guarda-chuva. Morta de vergonha, Willa tapa o rosto com as mãos.


– Willa, o que aconteceu? – o pai ameaça erguer o guarda-chuva e alguns dos presentes se seguram para não rir – Nós ouvimos um barulhão!

– Eu derrubei os copos e alguns talheres na pia sem querer. – ela explica corada.

– Senhor Lino... – Zuko começa e todos o encaram – Eu... Gostaria de pedir a sua filha em namoro. – a pobre garota, que já estava corada, fica ainda mais e os amigos se animam.

– Ora, ora. – Melanie sorri – Que pedido interessante! Não acha querido? – o marido mal consegue se mover de tanta surpresa, o que deixa todos em apreensão – Lino!

– Oh sim!... – ele pisca os olhos e parece acordar, abaixando o guarda-chuva.

– Eu prometo que vou cuidar bem dela! – Zuko continua – Vou... Protegê-la e amá-la... E não vão ter uma queixa de mim, eu garanto! – a respiração dele se acelera.

– Ah querido, não faça promessas que não pode cumprir! – Melanie começa, chocando até mesmo Lino – Todos cometem erros em algum momento, e eu não tenho dúvida que em alguma hora a Willa vai voltar chorando para casa por causa de uma briga, mas eu confio em você. Sei que vai cuidar bem da minha menina. – Zuko sorri sinceramente ao olhar de mãe e Willa ri sem saber o que dizer enquanto os amigos comemoram – E você Lino? – o pai os encara sério.

– Vou te colocar em período de experiência. – ele sorri e o rapaz estende sua mão.

– Obrigado senhor. – enquanto os homens apertam as mãos, a galera vibra.

– Ai Willa, que bom! – Tai Li ri e entra no abraço em conjunto com Katara e Suki.

– Agora você vai poder agarrá-lo em público sem medo! – Toph sussurra e ela cora.

– É. Agora só falta arranjar um namorado pra Toph. – Suki comenta e é a vez da menina corar e as outras rirem enquanto Aang e Sokka vão cumprimentar o novo ex-solteiro.

– Meus parabéns cara! – Aang aperta a mão já livre de Zuko quando os pais saem dali.

– Ah Zuko, dá cá um abraço, seu garanhão! – Sokka o agarra pelo pescoço e esfrega o seu cabelo com o punho, fazendo todos rirem.

– Tá bom Sokka, me larga! – o rapaz consegue se soltar e faz um bico.

– Vem cá, deixa eu te ajudar. – Willa ri e arruma o cabelo dele.

– Ei, vamos jogar coringa na piscina! – Tai Li sugere – O Sokka fica no meio.

– Ah, por que sou sempre eu que fico como o coringa?

– Porque é o que tem mais cara de palhaço! – Katara diz e todos riem.

– O último que chegar é a mulher do padre! – Aang grita e o grupo sai correndo.

– Quer jogar com eles? – Willa se vira ao mais novo namorado e ele sorri maliciosamente.

– Depois... Agora quero curtir a minha namorada. – ela ri e volta a beijá-lo até ele parar – Willa, eu sempre quis te perguntar... – pausa sério – Não... Sente nojo da minha cicatriz?

– Nojo? – ela repete incrédula – Claro que não!... Mas sempre quis perguntar o que houve.

– Foi... O meu pai que me queimou... No meio da raiva quando eu o desafiei um dia... – de cabeça baixa ele finaliza, entristecido, até Willa erguer seu rosto com as mãos e sorrir.

– Mas eu não sinto repulsa. É o seu rosto. Ele pertence a você, o homem que eu amo! – ele fica estático por algum tempo, surpreso, mas logo sorri e a abraça apertado.


...



– Ah, eu nem acredito que acabaram as férias! – Sokka já começa o dia reclamando.

– Uma hora iam ter que acabar. – Suki dá de ombros, segurando sua mão.

– Pra falar a verdade, eu fico um pouco aliviada. Gosto da escola!

– Só você Katara. – Toph fala logo atrás dela – Eu detesto ter que acordar cedo!

– Pelo menos não temos mais que nos preocupar com Azula ou Mai. – Aang sorri, dando sua mão para a namorada segurar e ela aceita com carinho.

– Alguém sabe quanto tempo vai demorar pra Willa chegar aqui?

– Bem lembrado Tai Li! Ela disse que ia se transferir pra nossa escola. – Katara relembra.

– Zuko deve estar todo animado. – Suki sorri – Quer ir perturbá-lo? – volta-se a Sokka.

– Mas é claro! – eles saem correndo corredor afora, em direção à cantina.

– Ei, esperem por mim! – Toph ri e os segue na mesma velocidade.

– Eles não mudam nunca! – Aang ri e as meninas o acompanham.

– Eu acho melhor nós irmos atrás, se não Willa vai ter que se encontrar com o Zuko lá na diretoria, por ter espancado os amigos! – os outros concordam às gargalhadas com Tai Li e vão.


No segundo horário de aula, Willa aparece carregando uma mochila e a professora pede a ela que se apresente para a turma. Obviamente, está na mesma sala que Zuko. Ele oferece uma cadeira vazia ao seu lado e a garota senta de bom grado, trocando um sorriso corado com ele. O grupo de homens entre em rebuliço, em especial duas garotas nas últimas cadeiras na fileira do rapaz. Mai fuzila Willa com os olhos, que parece perceber, mas ignora, e Azula está pensativa.


No intervalo, uma chuva de garotos chega perto da pobre novata, perguntando detalhes e intimidades da sua vida. Tai Li se apressa em chamar Zuko. Willa começa a ficar nervosa com o grande número de perguntas e a aproximação, e então seu herói a salva, puxando seu braço.


– Ei, ela é minha namorada pessoal! Deem o fora! – os rapazes começam a reclamar sobre a sorte de Zuko e o azar deles, então Willa o abraça e os outros soltam resmungos de lamento ao coro, para depois cumprimenta-lo com apelidos e palavrões considerados elogios – Tá bom!... – ele os faz se aquietarem – Se eu ver qualquer um dando em cima dela, vai se entender comigo!


Eles soltam vaias e risos ao mesmo tempo. Willa fica sem saber como reagir, então apenas se esconde entre os braços do namorado com vergonha. Zuko ri e sai da sala com ela. Andando pelos corredores em direção à cantina, a moça permanece abraçada com o jovem, descendo todas as escadas para as salas do ensino médio. Ele começa a rir quando vê que Willa está quieta.


– Ficou envergonhada? – ele pergunta, recebendo um sorriso tímido em resposta – Sinto muito. Eu devia ter avisado... Eles são um bando de cachorros no cio! – eles riem.

– Mas todos parecem legais e te respeitam muito. Ou estou enganada?

– Pode-se dizer isso... A maioria deles se metia em várias confusões comigo.

– Bom saber! – ela comenta e ele ri – Não vou precisar me preocupar em te visitar durante o intervalo na diretoria ou na enfermaria, certo?

– Claro que não! Sou um novo homem, graças a você! – eles se beijam.

– Não seja bobo! – ela limpa a marca de batom no canto da boca dele – Você quis mudar e conseguiu. Fez isso sozinho, sem minha ajuda.

– Mas mudar fica mais fácil quando temos alguém para quem nos esforçar!


Willa desiste de discutir e o beija novamente. Quando chegam à cantina, testemunham a completa algazarra de uma competição de "quem pega na boca mais salgadinhos no ar". Aang e Sokka estão jogando coxinhas pequenas no ar junto de outros dois rapazes não identificados. Ao que parece, um tem treze anos e o outro dezessete. Acontece que o mais novo é famoso por já ter comido cinco cachorros-quentes sozinho em meia hora! O resultado não poderia ser diferente...


– Ganhei! – ele grita erguendo os braços e só então se percebe que Toph está entre o grupo, vibrando tanto quanto qualquer homem – Vocês podem desistir, eu sou o melhor!

– Eu quero uma segunda rodada! – Sokka exige uma revanche bem quando Aang cai com a cara na mesa e é acudido por uma risonha Katara.

– Cai dentro! – o vitorioso aceita o desafio com um olhar sério e eles recomeçam.

– Vocês são uns animais! – o mais velho ri e se levanta – Pra mim já chega.

– Ei Chao! – Zuko o chama e ele se aproxima sorrindo, apertando sua mão.

– Oi Zuko! Como vai? – o jovem olha para o lado – Vejo que está bem acompanhado.

– Eu sou a Willa, namorada dele. – ela se apresenta e aperta sua mão também.

– É um prazer. Eu soube pelo jornal que a filha do corredor de automobilismo Shubolt ia estudar na nossa escola, só não sabia que estava namorando o meu melhor amigo! – pausa – Eu sou Chao Yang. Os caras aqui gostam de fazer um trocadilho com o meu nome...

– Tchau Chao! – três dos rapazes no recinto passam por eles e gritam em coro, resultando em risadas conjuntas dos que escutaram.

– É triste! Podem rir... – os três riem juntos.


Chao tem olhos verdes e cabelos curtos da cor preta, com claro gel devido à elevação para cima. Ele é magro e dono de um belo tanquinho. Usa luvas pretas e está com uma espada presa na bainha e amarrada por um cordão vermelho para que ele pendure no braço.


– Essa é uma espada de verdade? – Tai Li chega perto e o questiona com brilho nos olhos.

– Um? – ele olha para o lado e sorri – Ah, é sim. – segura a espada – Quer ver?

– Posso? – ela procura confirmar e sorri quando Chao balança a sua cabeça, segurando o objeto – Que incrível! Eu nunca vi uma tão de perto assim! – ele ri.

– Mas por que te deixam trazer uma espada para a escola? – Willa questiona.

– Eu sou do clube de Kendô. – Chao explica – Levo a minha espada para todos os lugares.

– Que legal! – Tai Li o encara, segurando a espada com as duas mãos – Eu queria ser um membro do clube, mas estava cheio e eu acabei indo na segunda opção, que é o clube de Karatê.

– Eu também acho Karatê muito legal! – Chao se vira totalmente para ela – Gosta do circo?

– A minha mãe é acrobata e o meu pai trapezista. – ele pende o queixo, fazendo-a rir.

– Mentira! – anima-se – Isso é demais! Mas... – encurta o sorriso – Por que não está com eles? O circo viaja de cidade em cidade, não é?

– É, mas eles querem que eu tenha uma boa educação e por isso me deixaram terminar os meus estudos aqui. Quando eu me formar, vão me levar embora. – Chao parece ficar deprimido por um momento, abaixando um pouco a cabeça, mas logo a ergue mais alto do que nunca e ri.

– Será que se eu disser que sou seu amigo, eles me deixam entrar de graça?

– O que? – ela ri também diante do seu sorriso enorme – Mas você não é meu amigo!

– Não sou agora. – ele estende a mão – Quer ser a minha amiga? – Tai Li fica parada por alguns instantes e então alarga o sorriso, aceitando o aperto de mão.

– Claro! – Zuko e Willa se entreolham e ela ri, sussurrando no ouvido dele.

– Acho melhor deixar os dois sozinhos. Eles estão se dando bem. – o namorado concorda.

– Olha... Nós vamos ver a competição do Sokka e do baixinho. Até mais!


Chao e Tai Li acenam, voltando a conversar e saindo em pouco tempo da cantina. O casal volta para perto do grupo de alunos em volta dos competidores. Eles estão empatados.


– Quem é aquele garoto? – Willa aponta ao adversário de Sokka – Você disse "baixinho".

– Esse apelido foi criado pra ele e todos os caras o chamam assim. Foi transferido este ano.

– Ganhei! – o grito do dito cujo chama a atenção deles.

– Ah, qual é! – Sokka lamenta, recebendo um carinho de consolação de Suki.

– Ele consegue comer tanto assim? É tão pequenininho! – Willa se surpreende e Zuko ri.

– Aê Zeni, vem cá! – ele chama e o garoto se aproxima com a boca toda suja – Limpe essa prova do crime. – o menino pisca rapidamente e se apressa em passar a mão na boca, tirando os risos de Willa – Esta é a minha namorada, Willa. – ela sorri e estende a mão.

– Prazer. – eles dizem ao mesmo tempo, fazendo-a rir mais.


Zeni tem cabelos curtos e negros, assim como os expressivos olhos, com franjas laterais e no topo. De fato, ele é baixinho para a sua idade, o que levanta algumas suspeitas de para onde vai tudo o que ele consome. Com o canto dos olhos, Willa olha Toph parada perto deles, com um olhar meio vago. Parece paralisada. De surpresa, Zeni arrota sem mesmo tapar a boca. Alguns dos presentes fazem cara de nojo e ele começa a reclamar se nenhum dos outros faz o mesmo.


Os olhinhos de Toph piscam por um momento e Willa, antes que perceba, é sequestrada.


– Que é isso Toph? – ela solta o braço das mãos da menina e se surpreende quando a vê.

– Willa, eu... Acho que estou apaixonada. – elas ficam mudas por alguns segundos.

– É sério? – empolgada, Willa procura confirmar – Por quem? – a pequena não fala, o que acaba não sendo necessário quando ouve as risadas de Zeni – É por ele?

– Chi, fala baixo! – põe um dedo na frente da boca.

– Por que tudo isso? – Willa ri – Basta ir falar com ele.

– Aí é que está! Eu não sou fofa, bonita ou engraçada como vocês. Que chance eu tenho? – as duas encaram-no – Ele é demais! – Toph suspira bem na hora em que Zeni arrota novamente e recebe uma batida na cabeça de um dos colegas.

– É? – Willa faz uma careta – Tá bom. – suspira e ri – Gosto não se discute...

– O que eu faço? Você pode me ajudar! É a garota mais bonita da escola! Talvez da cidade!

– Opa, calma lá! Não vamos exagerar! Eu nem conheço a cidade toda!

– Mas todos os homens caem aos seus pés. O que eu preciso fazer pra ele gostar de mim?

– Em primeiro lugar Toph que eu não gosto de receber essa atenção toda. Em segundo, os únicos conselhos que eu posso dar: "seja você mesma" e "não se intimide". Relaxe!

– E como espera que eu fique calma na frente dele? Para falar a verdade, com aquele rosto de garota não tinha como eu me interessar, mas quando eu vi como ele se comporta... – pausa e suspira, olhando na direção dele junto com Willa – Eu pensei "não posso julgar pela aparência".

– Pois é... – a mais velha solta um riso nervoso – Eu acho que vocês dois combinam.

– Jura? – os olhinhos de Toph brilham e Willa concorda com a cabeça.

– Com certeza! – ela toca os ombros da pequena – Agora eu acho que você devia ir até lá e falar com ele. Basta agir naturalmente e tenho certeza que ele não vai resistir!

– Mas o que eu falo? – Toph questiona enquanto é empurrada – Tem muita gente lá!

– É só puxar assunto. Comece elogiando ele por ter ganhado do Sokka.

– Mas aquilo lá, até eu ganhava do Sokka! – Willa faz uma cara de paisagem.

– Então tá. – logo as duas chegam perto de Zuko e do restante do grupo de amigos – Diga oi! – Willa sussurra no ouvido de Toph e vai para perto do namorado, que a abraça pela cintura e beija o topo de sua cabeça, observando a cena – Anda!

– Tá! – a baixinha faz um bico emburrado, tomando fôlego e abrindo um sorriso enquanto se aproxima do pretendente – Oi Zeni. – ele e todos os outros se voltam para ela, assustando-a.

– Oi. – ele sorri também e fica esperando que ela diga mais alguma coisa – É...

– Eu sou... Toph. – fala devagar – Parabéns... Sabe, pela sua vitória. – ele sorri ainda mais.

– Valeu! – o coração da pobrezinha quase sai pela boca, então ele se vira – Até mais galera. – o tom é de expulsão, o que provoca olhares e resmungos maliciosos, fazendo Toph corar antes de Zeni se voltar pra si novamente – Você é veterana?

– Sou. – sorri – Eu ia à sorveteria aqui em frente. Quer vir? – ele olha de relance para trás.

– Não está com seus amigos? – ela nem se incomoda em olhar para ver eles estão perto.

– Ah, não são meus amigos! – abana a mão esquerda – Vamos? – Zeni sorri, colocando as mãos nos bolsos da calça e andando ao lado dela para fora da cantina.

– Viram isso? Ela nos ignorou! – Sokka reclama incrédulo.

– Você também nos ignora quando está com a Suki. – Katara devolve e o aborrece.

– Ah gente, deixem eles. – Willa sorri – Acho que não vai demorar muito para dois novos casais aparecerem, afinal, a Tai Li também foi embora! – todos riem.


Continua...


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